Shirley Miranda - Academia.edu (original) (raw)
Papers by Shirley Miranda
Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, 2020
Os quilombos no Brasil consistem no mais evidente mecanismo de enfrentamento ao sistema escravist... more Os quilombos no Brasil consistem no mais evidente mecanismo de enfrentamento ao sistema escravista, emblema da resistência coletiva que constitui a diáspora africana. Em 2012 foram publicadas as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola. As recomendações e desafios dessa modalidade de educação dirigem-se às professoras. Poderíamos falar então em uma docência quilombola? Esse artigo discute essa indagação a partir das narrativas de quatro professoras que se reconhecem quilombolas, se autodeclaram negras e atuam em escolas situadas nos territórios onde vivem. Seguimos nas trilhas das narrativas para evidenciar quem são e como se formaram docentes quilombolas e que deslocamentos produzem para a relação entre gênero e docência. O artigo está organizado em cinco tópicos. Após a introdução, discutimos os percalços da formação docente das professoras entrevistadas. No terceiro tópico refletimos sobre a relação gênero e raça e as desestabilizações que propõem a um...
Poiésis - Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, 2014
Este artigo pretende apontar a articulação gênero, raça e educação, a fim de contribuir com a pro... more Este artigo pretende apontar a articulação gênero, raça e educação, a fim de contribuir com a produção educacional com enfoque feminista e antirracista. Para tal, indagaremos sobre alguns processos simbólicos e educativos, tendo como principal eixo de análise, a mídia como dispositivo curricular e seus efeitos formadores ou deformadores de sujeitos, sobretudo, quando se trata de adolescentes em processos tensos de construção identitária. A partir de uma disposição instigada pela indagação: “como se aprende a ser menina negra?” analisaremos a temporada do programa de TV Brazil’s Next Top Model, que se classifica como uma “academia de modelos”, tratando-o como campo no qual se produzem discursos e se estabelecem práticas que regulam comportamentos e mediam relações conflitivas entre adolescentes negras, mestiças e brancas. A análise desdobra-se sobre a composição da branquitude como efeito discursivo que incide sobre o corpo negro e analisa a trajetória de uma mulher negra no programa...
Educação em Revista
RESUMO: A presença africana é constitutiva do continente americano, mas permanece circunscrita a ... more RESUMO: A presença africana é constitutiva do continente americano, mas permanece circunscrita a uma hierarquia racial. Esse processo, caracterizado pelo epistemicídio reverbera-se na educação escolar que integrou os processos de dominação à custa da negação culturas, línguas, narrativas. Práticas discursivas que se sustentam em dispositivos de políticas educacionais para o reconhecimento da presença negra no continente americano consistem no tema desse artigo. O conceito de diáspora oferece aporte analítico para focalizarmos esses dispositivos na prática discursiva dos movimentos negros e afrodescendentes. No primeiro tópico, abordamos, a partir dos procedimentos da tradução intercultural, as aproximações entre Brasil e Colômbia nas disputas dos movimentos negros e afrodescendentes pela educação. Em seguida, analisamos demandas desses movimentos convertidas em políticas de educação, sob a égide da diversidade. Por fim, identificamos reverberações das políticas de diversidade que pe...
Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, 2020
Os quilombos no Brasil consistem no mais evidente mecanismo de enfrentamento ao sistema escravist... more Os quilombos no Brasil consistem no mais evidente mecanismo de enfrentamento ao sistema escravista, emblema da resistência coletiva que constitui a diáspora africana. Em 2012 foram publicadas as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola. As recomendações e desafios dessa modalidade de educação dirigem-se às professoras. Poderíamos falar então em uma docência quilombola? Esse artigo discute essa indagação a partir das narrativas de quatro professoras que se reconhecem quilombolas, se autodeclaram negras e atuam em escolas situadas nos territórios onde vivem. Seguimos nas trilhas das narrativas para evidenciar quem são e como se formaram docentes quilombolas e que deslocamentos produzem para a relação entre gênero e docência. O artigo está organizado em cinco tópicos. Após a introdução, discutimos os percalços da formação docente das professoras entrevistadas. No terceiro tópico refletimos sobre a relação gênero e raça e as desestabilizações que propõem a um...
Poiésis - Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, 2014
Este artigo pretende apontar a articulação gênero, raça e educação, a fim de contribuir com a pro... more Este artigo pretende apontar a articulação gênero, raça e educação, a fim de contribuir com a produção educacional com enfoque feminista e antirracista. Para tal, indagaremos sobre alguns processos simbólicos e educativos, tendo como principal eixo de análise, a mídia como dispositivo curricular e seus efeitos formadores ou deformadores de sujeitos, sobretudo, quando se trata de adolescentes em processos tensos de construção identitária. A partir de uma disposição instigada pela indagação: “como se aprende a ser menina negra?” analisaremos a temporada do programa de TV Brazil’s Next Top Model, que se classifica como uma “academia de modelos”, tratando-o como campo no qual se produzem discursos e se estabelecem práticas que regulam comportamentos e mediam relações conflitivas entre adolescentes negras, mestiças e brancas. A análise desdobra-se sobre a composição da branquitude como efeito discursivo que incide sobre o corpo negro e analisa a trajetória de uma mulher negra no programa...
Educação em Revista
RESUMO: A presença africana é constitutiva do continente americano, mas permanece circunscrita a ... more RESUMO: A presença africana é constitutiva do continente americano, mas permanece circunscrita a uma hierarquia racial. Esse processo, caracterizado pelo epistemicídio reverbera-se na educação escolar que integrou os processos de dominação à custa da negação culturas, línguas, narrativas. Práticas discursivas que se sustentam em dispositivos de políticas educacionais para o reconhecimento da presença negra no continente americano consistem no tema desse artigo. O conceito de diáspora oferece aporte analítico para focalizarmos esses dispositivos na prática discursiva dos movimentos negros e afrodescendentes. No primeiro tópico, abordamos, a partir dos procedimentos da tradução intercultural, as aproximações entre Brasil e Colômbia nas disputas dos movimentos negros e afrodescendentes pela educação. Em seguida, analisamos demandas desses movimentos convertidas em políticas de educação, sob a égide da diversidade. Por fim, identificamos reverberações das políticas de diversidade que pe...