laura camila silva da silva (original) (raw)

Teaching Documents by laura camila silva da silva

Research paper thumbnail of David Widhopff e a produção de ilustrações simbolistas na Amazônia (1894-1896)

Anais do V Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Brasileira de Estudos do Oitocentos (SEO), 2023

O presente trabalho pretende analisar a presença e produção do ilustrador David Ossipovitch Widho... more O presente trabalho pretende analisar a presença e produção do ilustrador David Ossipovitch Widhopff (1867-1933), contratado, entre os anos de 1894 e 1896, para o cargo de professor do Lyceu Benjamin Constant e da Escola Normal, ambos situados na cidade de Belém, no norte do Brasil. Suas obras serão analisadas buscando relacioná-las a referências do simbolismo, fruto de sua formação em academias e instituições de ensino francesas e com destaque para a Académie Julian, onde Widhopff estudou entre 1887 e 1890. Sua atuação em Belém se deu, para além das salas de aula, na produção de ilustrações para os jornais paraenses O Mosquito, A Província Illustrada, ZigZag e Folha do Norte. Neste trabalho abordaremos algumas das ilustrações produzidas para o ZigZag e o Folha do Norte. Com destaque para as ilustrações com traços simbolistas em suas composições, selecionamos para este artigo as obras "Homenagem do ZigZag á memória do grande poeta Gonçalves Dias" (1895), "O ZigZag ao Dr. Eduardo Ribeiro" (1895) e "Homenagem da Folha do Norte ao Grande Mestre Carlos Gomes" (1896). Por meio do simbolismo presente em suas produções, Widhopff nos permite estabelecer relações entre os diferentes circuitos de artes brasileiros e franceses, por meio da análise da trajetória do artista entre estes dois países.

Research paper thumbnail of DAVID WIDHOPFF: A TRAJETÓRIA DE UM RUSSO AFRANCESADO NA AMAZÔNIA

Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO), 2022

Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Arte da UNIFE... more Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História
da Arte da UNIFESP, sob orientação da Profa. Dra. Elaine Dias, é voltada para a análise das obras de David Widhopff (1867-1933), artista que nasceu em 1867, na cidade de Odessa, e que esteve presente no Brasil, especificamente no Estado do Pará, no final do século XIX. Ainda em Odessa, Widhopff iniciou seus estudos na Academia de Bellas-Artes, quando tinha apenas 16 anos. Na França, expôs nos Salões de Paris nos anos de 1888, 1891 e 1893 recebendo boa recepção por parte de importantes jornais franceses, entre os quais “Les Temps”, “L’Eclair”, e “Le Radical”. Isto lhe rendeu o reconhecimento como um artista “russo afrancesado”. A presença de David Widhopff no campo das artes da Amazônia se deu por meio do incentivo governamental por parte do Estado do Pará, quando o Governador Lauro Sodré o contratou para reger as cadeiras de pintura e desenho em dois dos principais colégios da elite de Belém: Liceu Paraense (ou Lyceu Benjamin Constant) e Escola Normal. Com sua chegada em 1893, Widhopff fez amizades com outros artistas estrangeiros que lá estavam, como Maurice Blaise, Giuseppe Leone Righini, Domenico de Angelis, Joseph Casse, João Carlos Wiegandt, dentre outros. Protagonizou exposições e conflitos com o Liceu Paraense, atuou como diretor artístico de jornais como O Mosquito, Tico-Tico e Zig-Zag, fez ilustrações para poemas e contos de Paulino de Brito, para a segunda edição do livro “Horto” de Auta de Souza, dentre outros. Além disso, produziu inúmeras gravuras de outros artistas, políticos e diretores de jornais, que hoje se encontram em diversos museus, acervos pessoais e leilões.

Books by laura camila silva da silva

Research paper thumbnail of PARIS TOUJOURS PARIS: Maurice Blaise e as influências francesas no patrimônio histórico de Belém do Pará.

Livro Anais do 3 Seminário Internacional da rede TP3: Turismo, Patrimônio e Políticas Públicas, 2019

Na virada do século XIX para o XX, com o auge da exploração da borracha na Amazônia, começa a se ... more Na virada do século XIX para o XX, com o auge da exploração da borracha na Amazônia, começa a se consolidar o fortalecimento de um circuito artístico no norte do Brasil que estabelece relações profundas com centros intelectuais europeus, especialmente na Itália, Portugal e França. Entre todos, é incontornável o prestígio da França republicana. Fruto dessa influência, inúmeros incentivos governamentais são criados a pintores e músicos franceses, que são contratados como professores e para atividades em repartições governamentais de obras públicas, além de uma clara inserção na sociedade paraense, como artistas, educadores e comerciantes. Tratamos aqui em especial de Maurice Blaise (1868-1949), contratado em Paris e que aparece na imprensa paraense, pela primeira vez, em 26 de maio de 1894, compondo uma listagem de imigrantes que chegam a Belém do Pará.

Papers by laura camila silva da silva

Research paper thumbnail of David Widhopff e as ilustrações do maestro Carlos Gomes em Belém do Pará

Atas do XVII Encontro de História da Arte, 2023

Resumo O presente artigo pretende analisar as ilustrações de David Widhopff que fazem referência ... more Resumo O presente artigo pretende analisar as ilustrações de David Widhopff que fazem referência a passagem do maestro Carlos Gomes em Belém do Pará, entre os anos de 1895 e 1896. As obras nos permitem pensar como as representações ajudaram a compor, por meio dos jornais, uma memória da importância do teatro para a sociedade paraense. Nesse contexto, Widhopff representou o cenário artístico e cultural de Belém, focando na temática da ópera e nas representações do maestro que, junto das críticas de jornais publicadas acerca da temporada lírica de 1895, apresentam distintas leituras para a mesma temática.

Research paper thumbnail of David Widhopff e as ilustrações satíricas no periódico paraense O Mosquito

Anais SEPHA UERJ: trajetórias plurais, 2023

O presente trabalho analisa as ilustrações que compunham o periódico O Mosquito, feita pelo caric... more O presente trabalho analisa as ilustrações que compunham o periódico O Mosquito, feita pelo caricaturista e diretor artístico David Osipovitsch Widhopff. O artista chegou a Belém em 1894, contratado para o cargo de professor de desenho na Escola Normal e no Lyceu Benjamin Constant. No ano de 1895, teve a oportunidade de trabalhar como ilustrador nos jornais paraenses O Mosquito, A Província Illustrada e Zig-Zag. As ilustrações divulgadas n’O Mosquito “Um amargo quarto d’hora para o sr. Percopo”, “A Anna Politova na noite de seu benefício” e “Sua majestade Joana e seu pintor” serão analisadas no presente artigo, visando discutir e refletir sobre as escolhas do artista em relação ao que seria divulgado no periódico. São ilustrações referentes aos acontecimentos da época e que dedicaram grande destaque ao teatro e à ópera da estação lírica de 1895, ocorrida no Theatro da Paz. Objetiva-se investigar o estudo da produção, circulação e recepção das obras e do jornal enquanto representações do interesse do artista russo pela cultura brasileira, o cunho irônico de suas caricaturas e a inclusão de Widhopff em meio aos círculos artísticos e culturais da sociedade paraense do final do século XIX.

Research paper thumbnail of O russo David Widhopff em Belém do Pará: circulação e transferências artísticas na representação de temáticas brasileiras (1893-1910)

Atas do XVI Encontro de História da Arte, 2022

Esse artigo, orientado pela Profa. Dra. Elaine Dias, no PPGHA-UNIFESP, pretende analisar as ilust... more Esse artigo, orientado pela Profa. Dra. Elaine Dias, no PPGHA-UNIFESP, pretende analisar as ilustrações feitas por David Widhopff em sua passagem por Belém, bem como as obras posteriores abordando temáticas brasileiras. São elas: a ilustração Sua majestade Joana e seu pintor (1895), A mulata paraense (1895) e a ilustração de Auta de Souza, para a segunda edição do livro Horto (1910). Pretendo investigá-las enquanto representações do interesse do artista pela cultura brasileira. Para isso, serão utilizadas fontes documentais e bibliográficas, no intuito de compreender o contexto social e cultural vivenciado por Widhopff, em meio a Amazônia do final do século XIX.

Research paper thumbnail of De literatas a dançarinas: as representações das artistas nas obras de David Widhopff

Ó abre alas que eu quero passar: olhares femininos e sobre mulheres na História., 2022

David Ossipovitch Widhopff nasceu em 5 de maio de 1867, em Odessa (Rússia), e teve sua formação a... more David Ossipovitch Widhopff nasceu em 5 de maio de 1867, em Odessa (Rússia), e teve sua formação artística majoritariamente na França, o que lhe rendeu a alcunha de "russo afrancesado''. Ingressou na na Académie Julian 853 e expôs nos Salões de Paris de 1888, 1891 e 1893, em um período do século XIX em que, [...] o mundo das artes rejeitava as fronteiras nacionais, estimulava intercâmbios e incentivava um mercado mundial para as artes e para a literatura. Roma, Paris, Londres, Lisboa eram centros difusores de bens culturais. Língua, estética, modelos, padrões circulariam de Moscou a Belém do Pará, de Istambul a Santiago do Chile 854. Fator que fez, ainda em 1893, com que o artista viesse ao Brasil por convite do Governo do Estado do Pará para reger as cadeiras de pintura e desenho em dois dos principais colégios da elite de Belém: Liceu Paraense (ou Lyceu Benjamin Constant) e Escola Normal, sendo nomeado posteriormente para o cargo de diretor da Escola de Pintura da Academia de Belas Artes, recentemente instituída no Estado 855 .

Research paper thumbnail of DAVID WIDHOPFF: A TRAJETÓRIA DE UM RUSSO AFRANCESADO NA AMAZÔNIA

Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO), 2022

Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Arte da UNIFES... more Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Arte da UNIFESP, sob orientação da Profa. Dra. Elaine Dias, é voltada para a análise das obras de David Widhopff (1867-1933), artista que nasceu em 1867, na cidade de Odessa, e que esteve presente no Brasil, especificamente no Estado do Pará, no final do século XIX. Ainda em Odessa, Widhopff iniciou seus estudos na Academia de Bellas-Artes, quando tinha apenas 16 anos. Na França, expôs nos Salões de Paris nos anos de 1888, 1891 e 1893 recebendo boa recepção por parte de importantes jornais franceses, entre os quais "Les Temps", "L'Eclair", e "Le Radical". Isto lhe rendeu o reconhecimento como um artista "russo afrancesado". A presença de David Widhopff no campo das artes da Amazônia se deu por meio do incentivo governamental por parte do Estado do Pará, quando o Governador Lauro Sodré o contratou para reger as cadeiras de pintura e desenho em dois dos principais colégios da elite de Belém: Liceu Paraense (ou Lyceu Benjamin Constant) e Escola Normal. Com sua chegada em 1893, Widhopff fez amizades com outros artistas estrangeiros que lá estavam, como Maurice Blaise, Giuseppe Leone Righini, Domenico de Angelis, Joseph Casse, João Carlos Wiegandt, dentre outros. Protagonizou exposições e conflitos com o Liceu Paraense, atuou como diretor artístico de jornais como O Mosquito, Tico-Tico e ZigZag , fez ilustrações para poemas e contos de Paulino de Brito, para a segunda edição do livro "Horto" de Auta de Souza, dentre outros. Além disso, produziu inúmeras gravuras de outros artistas, políticos e diretores de jornais, que hoje se encontram em diversos museus, acervos pessoais e leilões.

Research paper thumbnail of Uma cidade sobre duas rodas: Ciclismo e gênero em Belém do Pará (1890-1910

Revista Discente Ofícios de Clio, 2021

A chegada da bicicleta em Belém no início dos anos 1890 representou a inserção de um elemento que... more A chegada da bicicleta em Belém no início dos anos 1890 representou a inserção de um elemento que ajudou a produzir novas formas de sociabilidades. Como veículo de transporte, esporte e lazer, sua imagem, associada ao momento de riqueza e ostentação que a cidade vivenciava, foi utilizada como produto de movimentação do mercado e símbolo de progresso e modernidade. Notícias presentes em diversos jornais da época, divulgadas em suas seções esportivas e informes cotidianos dão uma ideia do uso disseminado que o veículo alcançou nos anos de 1890 a 1910, bem como dos debates entre autoridades da medicina que expunham algumas restrições de uso, em especial, às mulheres, as quais, já se fazendo presentes em passeios e modalidades específicas de competição, tiveram que lidar com algumas limitações na prática ciclística.

Conference Presentations by laura camila silva da silva

Research paper thumbnail of Os artistas e intelectuais europeus no cenário artístico paraense

O advento da borracha na Amazônia no fim do século XIX tornou possível a presença de artistas est... more O advento da borracha na Amazônia no fim do século XIX tornou possível a presença de artistas estrangeiros no campo das artes da Amazônia. Foi por meio de contratações governamentais que artistas como Maurice Blaise, Joseph Cassé, David Widhopff e Johan Karl Wiegandt adentraram no cenário paraense, com o papel de consolidar um modelo artístico nos moldes europeus. Pretendo analisar brevemente a inserção dos artistas na arena das artes do Pará, o caráter histórico de suas obras, e as suas participações na Exposição Artística e Industrial de 1895.

Research paper thumbnail of David Widhopff e a produção de ilustrações simbolistas na Amazônia (1894-1896)

Anais do V Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Brasileira de Estudos do Oitocentos (SEO), 2023

O presente trabalho pretende analisar a presença e produção do ilustrador David Ossipovitch Widho... more O presente trabalho pretende analisar a presença e produção do ilustrador David Ossipovitch Widhopff (1867-1933), contratado, entre os anos de 1894 e 1896, para o cargo de professor do Lyceu Benjamin Constant e da Escola Normal, ambos situados na cidade de Belém, no norte do Brasil. Suas obras serão analisadas buscando relacioná-las a referências do simbolismo, fruto de sua formação em academias e instituições de ensino francesas e com destaque para a Académie Julian, onde Widhopff estudou entre 1887 e 1890. Sua atuação em Belém se deu, para além das salas de aula, na produção de ilustrações para os jornais paraenses O Mosquito, A Província Illustrada, ZigZag e Folha do Norte. Neste trabalho abordaremos algumas das ilustrações produzidas para o ZigZag e o Folha do Norte. Com destaque para as ilustrações com traços simbolistas em suas composições, selecionamos para este artigo as obras "Homenagem do ZigZag á memória do grande poeta Gonçalves Dias" (1895), "O ZigZag ao Dr. Eduardo Ribeiro" (1895) e "Homenagem da Folha do Norte ao Grande Mestre Carlos Gomes" (1896). Por meio do simbolismo presente em suas produções, Widhopff nos permite estabelecer relações entre os diferentes circuitos de artes brasileiros e franceses, por meio da análise da trajetória do artista entre estes dois países.

Research paper thumbnail of DAVID WIDHOPFF: A TRAJETÓRIA DE UM RUSSO AFRANCESADO NA AMAZÔNIA

Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO), 2022

Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Arte da UNIFE... more Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História
da Arte da UNIFESP, sob orientação da Profa. Dra. Elaine Dias, é voltada para a análise das obras de David Widhopff (1867-1933), artista que nasceu em 1867, na cidade de Odessa, e que esteve presente no Brasil, especificamente no Estado do Pará, no final do século XIX. Ainda em Odessa, Widhopff iniciou seus estudos na Academia de Bellas-Artes, quando tinha apenas 16 anos. Na França, expôs nos Salões de Paris nos anos de 1888, 1891 e 1893 recebendo boa recepção por parte de importantes jornais franceses, entre os quais “Les Temps”, “L’Eclair”, e “Le Radical”. Isto lhe rendeu o reconhecimento como um artista “russo afrancesado”. A presença de David Widhopff no campo das artes da Amazônia se deu por meio do incentivo governamental por parte do Estado do Pará, quando o Governador Lauro Sodré o contratou para reger as cadeiras de pintura e desenho em dois dos principais colégios da elite de Belém: Liceu Paraense (ou Lyceu Benjamin Constant) e Escola Normal. Com sua chegada em 1893, Widhopff fez amizades com outros artistas estrangeiros que lá estavam, como Maurice Blaise, Giuseppe Leone Righini, Domenico de Angelis, Joseph Casse, João Carlos Wiegandt, dentre outros. Protagonizou exposições e conflitos com o Liceu Paraense, atuou como diretor artístico de jornais como O Mosquito, Tico-Tico e Zig-Zag, fez ilustrações para poemas e contos de Paulino de Brito, para a segunda edição do livro “Horto” de Auta de Souza, dentre outros. Além disso, produziu inúmeras gravuras de outros artistas, políticos e diretores de jornais, que hoje se encontram em diversos museus, acervos pessoais e leilões.

Research paper thumbnail of PARIS TOUJOURS PARIS: Maurice Blaise e as influências francesas no patrimônio histórico de Belém do Pará.

Livro Anais do 3 Seminário Internacional da rede TP3: Turismo, Patrimônio e Políticas Públicas, 2019

Na virada do século XIX para o XX, com o auge da exploração da borracha na Amazônia, começa a se ... more Na virada do século XIX para o XX, com o auge da exploração da borracha na Amazônia, começa a se consolidar o fortalecimento de um circuito artístico no norte do Brasil que estabelece relações profundas com centros intelectuais europeus, especialmente na Itália, Portugal e França. Entre todos, é incontornável o prestígio da França republicana. Fruto dessa influência, inúmeros incentivos governamentais são criados a pintores e músicos franceses, que são contratados como professores e para atividades em repartições governamentais de obras públicas, além de uma clara inserção na sociedade paraense, como artistas, educadores e comerciantes. Tratamos aqui em especial de Maurice Blaise (1868-1949), contratado em Paris e que aparece na imprensa paraense, pela primeira vez, em 26 de maio de 1894, compondo uma listagem de imigrantes que chegam a Belém do Pará.

Research paper thumbnail of David Widhopff e as ilustrações do maestro Carlos Gomes em Belém do Pará

Atas do XVII Encontro de História da Arte, 2023

Resumo O presente artigo pretende analisar as ilustrações de David Widhopff que fazem referência ... more Resumo O presente artigo pretende analisar as ilustrações de David Widhopff que fazem referência a passagem do maestro Carlos Gomes em Belém do Pará, entre os anos de 1895 e 1896. As obras nos permitem pensar como as representações ajudaram a compor, por meio dos jornais, uma memória da importância do teatro para a sociedade paraense. Nesse contexto, Widhopff representou o cenário artístico e cultural de Belém, focando na temática da ópera e nas representações do maestro que, junto das críticas de jornais publicadas acerca da temporada lírica de 1895, apresentam distintas leituras para a mesma temática.

Research paper thumbnail of David Widhopff e as ilustrações satíricas no periódico paraense O Mosquito

Anais SEPHA UERJ: trajetórias plurais, 2023

O presente trabalho analisa as ilustrações que compunham o periódico O Mosquito, feita pelo caric... more O presente trabalho analisa as ilustrações que compunham o periódico O Mosquito, feita pelo caricaturista e diretor artístico David Osipovitsch Widhopff. O artista chegou a Belém em 1894, contratado para o cargo de professor de desenho na Escola Normal e no Lyceu Benjamin Constant. No ano de 1895, teve a oportunidade de trabalhar como ilustrador nos jornais paraenses O Mosquito, A Província Illustrada e Zig-Zag. As ilustrações divulgadas n’O Mosquito “Um amargo quarto d’hora para o sr. Percopo”, “A Anna Politova na noite de seu benefício” e “Sua majestade Joana e seu pintor” serão analisadas no presente artigo, visando discutir e refletir sobre as escolhas do artista em relação ao que seria divulgado no periódico. São ilustrações referentes aos acontecimentos da época e que dedicaram grande destaque ao teatro e à ópera da estação lírica de 1895, ocorrida no Theatro da Paz. Objetiva-se investigar o estudo da produção, circulação e recepção das obras e do jornal enquanto representações do interesse do artista russo pela cultura brasileira, o cunho irônico de suas caricaturas e a inclusão de Widhopff em meio aos círculos artísticos e culturais da sociedade paraense do final do século XIX.

Research paper thumbnail of O russo David Widhopff em Belém do Pará: circulação e transferências artísticas na representação de temáticas brasileiras (1893-1910)

Atas do XVI Encontro de História da Arte, 2022

Esse artigo, orientado pela Profa. Dra. Elaine Dias, no PPGHA-UNIFESP, pretende analisar as ilust... more Esse artigo, orientado pela Profa. Dra. Elaine Dias, no PPGHA-UNIFESP, pretende analisar as ilustrações feitas por David Widhopff em sua passagem por Belém, bem como as obras posteriores abordando temáticas brasileiras. São elas: a ilustração Sua majestade Joana e seu pintor (1895), A mulata paraense (1895) e a ilustração de Auta de Souza, para a segunda edição do livro Horto (1910). Pretendo investigá-las enquanto representações do interesse do artista pela cultura brasileira. Para isso, serão utilizadas fontes documentais e bibliográficas, no intuito de compreender o contexto social e cultural vivenciado por Widhopff, em meio a Amazônia do final do século XIX.

Research paper thumbnail of De literatas a dançarinas: as representações das artistas nas obras de David Widhopff

Ó abre alas que eu quero passar: olhares femininos e sobre mulheres na História., 2022

David Ossipovitch Widhopff nasceu em 5 de maio de 1867, em Odessa (Rússia), e teve sua formação a... more David Ossipovitch Widhopff nasceu em 5 de maio de 1867, em Odessa (Rússia), e teve sua formação artística majoritariamente na França, o que lhe rendeu a alcunha de "russo afrancesado''. Ingressou na na Académie Julian 853 e expôs nos Salões de Paris de 1888, 1891 e 1893, em um período do século XIX em que, [...] o mundo das artes rejeitava as fronteiras nacionais, estimulava intercâmbios e incentivava um mercado mundial para as artes e para a literatura. Roma, Paris, Londres, Lisboa eram centros difusores de bens culturais. Língua, estética, modelos, padrões circulariam de Moscou a Belém do Pará, de Istambul a Santiago do Chile 854. Fator que fez, ainda em 1893, com que o artista viesse ao Brasil por convite do Governo do Estado do Pará para reger as cadeiras de pintura e desenho em dois dos principais colégios da elite de Belém: Liceu Paraense (ou Lyceu Benjamin Constant) e Escola Normal, sendo nomeado posteriormente para o cargo de diretor da Escola de Pintura da Academia de Belas Artes, recentemente instituída no Estado 855 .

Research paper thumbnail of DAVID WIDHOPFF: A TRAJETÓRIA DE UM RUSSO AFRANCESADO NA AMAZÔNIA

Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO), 2022

Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Arte da UNIFES... more Esta pesquisa, atualmente desenvolvida no Programa de Pós-graduação em História da Arte da UNIFESP, sob orientação da Profa. Dra. Elaine Dias, é voltada para a análise das obras de David Widhopff (1867-1933), artista que nasceu em 1867, na cidade de Odessa, e que esteve presente no Brasil, especificamente no Estado do Pará, no final do século XIX. Ainda em Odessa, Widhopff iniciou seus estudos na Academia de Bellas-Artes, quando tinha apenas 16 anos. Na França, expôs nos Salões de Paris nos anos de 1888, 1891 e 1893 recebendo boa recepção por parte de importantes jornais franceses, entre os quais "Les Temps", "L'Eclair", e "Le Radical". Isto lhe rendeu o reconhecimento como um artista "russo afrancesado". A presença de David Widhopff no campo das artes da Amazônia se deu por meio do incentivo governamental por parte do Estado do Pará, quando o Governador Lauro Sodré o contratou para reger as cadeiras de pintura e desenho em dois dos principais colégios da elite de Belém: Liceu Paraense (ou Lyceu Benjamin Constant) e Escola Normal. Com sua chegada em 1893, Widhopff fez amizades com outros artistas estrangeiros que lá estavam, como Maurice Blaise, Giuseppe Leone Righini, Domenico de Angelis, Joseph Casse, João Carlos Wiegandt, dentre outros. Protagonizou exposições e conflitos com o Liceu Paraense, atuou como diretor artístico de jornais como O Mosquito, Tico-Tico e ZigZag , fez ilustrações para poemas e contos de Paulino de Brito, para a segunda edição do livro "Horto" de Auta de Souza, dentre outros. Além disso, produziu inúmeras gravuras de outros artistas, políticos e diretores de jornais, que hoje se encontram em diversos museus, acervos pessoais e leilões.

Research paper thumbnail of Uma cidade sobre duas rodas: Ciclismo e gênero em Belém do Pará (1890-1910

Revista Discente Ofícios de Clio, 2021

A chegada da bicicleta em Belém no início dos anos 1890 representou a inserção de um elemento que... more A chegada da bicicleta em Belém no início dos anos 1890 representou a inserção de um elemento que ajudou a produzir novas formas de sociabilidades. Como veículo de transporte, esporte e lazer, sua imagem, associada ao momento de riqueza e ostentação que a cidade vivenciava, foi utilizada como produto de movimentação do mercado e símbolo de progresso e modernidade. Notícias presentes em diversos jornais da época, divulgadas em suas seções esportivas e informes cotidianos dão uma ideia do uso disseminado que o veículo alcançou nos anos de 1890 a 1910, bem como dos debates entre autoridades da medicina que expunham algumas restrições de uso, em especial, às mulheres, as quais, já se fazendo presentes em passeios e modalidades específicas de competição, tiveram que lidar com algumas limitações na prática ciclística.

Research paper thumbnail of Os artistas e intelectuais europeus no cenário artístico paraense

O advento da borracha na Amazônia no fim do século XIX tornou possível a presença de artistas est... more O advento da borracha na Amazônia no fim do século XIX tornou possível a presença de artistas estrangeiros no campo das artes da Amazônia. Foi por meio de contratações governamentais que artistas como Maurice Blaise, Joseph Cassé, David Widhopff e Johan Karl Wiegandt adentraram no cenário paraense, com o papel de consolidar um modelo artístico nos moldes europeus. Pretendo analisar brevemente a inserção dos artistas na arena das artes do Pará, o caráter histórico de suas obras, e as suas participações na Exposição Artística e Industrial de 1895.