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sobre ciume e inveja by Lunardon Vaz

Calíope-a musa da poesia épica e da ciência Calíope em grego clássico significa a Bela Voz. Filha... more Calíope-a musa da poesia épica e da ciência Calíope em grego clássico significa a Bela Voz. Filha de Zeus e de Mnemósine, foi a primogênita das nove musas da mitologia grega. Em sua representação traz junto de si um rolo de pergaminho e uma pena, indicando que apreciava o conhecimento e as ciências. Com o deus Apolo teve Lino, o famoso Orfeu e as sereias. Ela ensinou ao seu filho Orfeu os versos para cantar. Foi amante do deus da Guerra, o poderoso Ares e com ele teve quatro filhos fundadores das tribos trácias, como por exemplo Odomanthus que deu origem aos Otomanos. Em Hesíodo, ela era a mais sábia das Musas como também a mais assertiva devido sua eloquência e sabedoria. Calíope, desceu a Terra para mediar o espetacular, o divino, o mundo maravilhoso das palavras e de seus significados poéticos e transcendentes entre os deuses e os mortais. Graças a sua inspiração, os poetas, os grandes cientistas, os valentes aventureiros visionários, logram conhecer e transmitir o conhecimento da eternidade.

TEIA-A mãe da luz de seus olhos Relata-se que em mitologia grega, a divina titânide Teia, também ... more TEIA-A mãe da luz de seus olhos Relata-se que em mitologia grega, a divina titânide Teia, também chamada de Tia, significa brilho de grande amplitude. Filha dos deuses primordiais, Urano e Geia era a responsável de dotar com seu brilho intrínseco o ouro, a prata e as gemas preciosas. Mas, sua principal faculdade era o brilho que se transmite pelo olhar.

Figura central da Mitologia Cristã, o demônio é a personificação do mal que nos assombra desde te... more Figura central da Mitologia Cristã, o demônio é a personificação do mal que nos assombra desde tempos imemoriais. No começo, o medo assombroso era o do escuro, pois não tínhamos o fogo e vivíamos na selva ou na savana onde não havia como se esconder dos perigos que nos ameaçava constantemente. Nas diversas mitologias pelo mundo afora, o demônio sempre esteve presente como um personagem ou outro. Especificamente na mitologia grega, ele é associado ao deus Hermes, devido a este ser ágil, perspicaz, muito inteligente e com a capacidade genuína de se comunicar com todos os demais deuses e entre os mundos. Na sequencia das mitologias ocidentais, o demônio é associado à figura de Merlin, o mago da mitologia celta, um ser mágico, metade humano, metade divino. Mas foi na Mitologia Cristã, onde o demônio foi depositário de todo o mal, gerando a grande dicotomia entre bem e mal, o que não se apresentava nas mitologias anteriores nas quais o demônio tinha lá suas qualidades e os demais deuses tinham lá os seus defeitos.

ATLAS-O sustentador de mundos O titã Atlas, também conhecido como Atlante na Mitologia Grega, tem... more ATLAS-O sustentador de mundos O titã Atlas, também conhecido como Atlante na Mitologia Grega, tem suas origens como filho do titã Jápeto e da oceânide Ásia. Foi casado com a também oceânide Pleione, foi pai das sete filhas que eram ninfas, as Hespérides, que são deusas primaveris fazendo parte do ciclo do dia, passeiam pelos céus iluminando as tardes do mundo. Atlas foi também o pai das sete plêiades que formam a cauda da constelação estelar de Touro. A morada de Atlas ficou identificada como As montanhas de Atlas, uma cordilheira a noroeste da Africa, atual Marrocos, Tunísia e Argélia. Conta-se que Atlas veio a se unir com os demais titãs que representavam as forças do caos e da desordem com o objetivo de conquistar o Olimpo, que por sua vez, representava a energia do espírito, da ordem e do Cosmos.

NARCISO Narciso, símbolo da vaidade, é um dos personagens mitológicos mais citados nas áreas da p... more NARCISO Narciso, símbolo da vaidade, é um dos personagens mitológicos mais citados nas áreas da psicologia, filosofia, música, artes plásticas e literatura. É ele o destaque na coluna "Mitos na Atualidade -o que isso ter a ver com você", com a psicóloga Sonia Lunardon Vaz.

Mortos estão todos os deuses; agora queremos que o além do homem viva!" -Nietzsche em Assim Falou... more Mortos estão todos os deuses; agora queremos que o além do homem viva!" -Nietzsche em Assim Falou Zaratustra Há muito que o filósofo Friedrich Nietzsche proclamou que Deus está morto. E muitos dados mitológicos corroboram sua fala. A HISTÓRIA CONTADA EM MITOS Já do século XIII, chega a nós através da mitologia nórdica, também chamada de mitologia viking ou escandinava, o portentoso Ragnarök, que em português significa o destino dos deuses. Ragnarök é um evento importante no cânone nórdico sendo objeto de estudos acadêmicos e teóricos. Nesse evento os deuses que viviam na terra, enfrentam o fim de tudo e um a um os deuses caem diante do gigante Surt que já existia antes dos deuses e que carrega uma espada flamejante. Surt que vivia onde a terra terminava, onde a névoa se transformava em luz, abandona seu posto espalhando o fogo pelo mundo em meio à batalha dos deuses contra os gigantes do gelo exterminando a todos e a tudo. Contudo, o fogo de Surt não alcança a Árvore do Mundo, Yggdrasil, e dois mortais se escondem em segurança no

ALGUMAS RELAÇÕES/OUTRAS RALAÇÕES "Camélia ficou viúva Joana se apaixonou Maria tentou a morte Por... more ALGUMAS RELAÇÕES/OUTRAS RALAÇÕES "Camélia ficou viúva Joana se apaixonou Maria tentou a morte Por causa de seu amor..." PAULINHO DA VIOLA CAMÉLIA DE PLATÃO Camélia flor-botão roubaram-lhe os sonhos quando ainda virgem, as pessoas esvaziadas lhe imputaram a peja da imoralidade libidinosa.

O ciúme e a inveja são sentimentos que fazem parte da natureza humana. Eles são universais e embo... more O ciúme e a inveja são sentimentos que fazem parte da natureza humana. Eles são universais e embora pertençam a todos, usualmente, são percebidos como desagradáveis e indignos. Desse modo, a pessoa ciumenta e ou invejosa se aparta desses sentimentos como sendo nela originados e transfere sua origem e motivação para os outros. Rotineiramente assistimos o ciumento em franco estado escaldante de emoção querendo que o outro faça isso ou aquilo para que ele não sinta o ciúme, transferindo assim sua responsabilidade do próprio sentimento e iniciando um processo de controle sobre o outro que pode chegar às raias da loucura e morte. O invejoso, a partir de comparações, entende que o outro é mais belo, mais inteligente, mais eficiente ou mesmo possui habilidades que ele gostaria de ter e não tem. Busca destruir o outro que está " maior " ou se saindo " melhor " que ele. É uma questão de equilíbrio das coisas, pois sua comparação com aquele que é " menor " ou " menos " o coloca no topo, havendo alguém com mais o coloca abaixo e isso, o invejoso não irá permitir e nesse caso, como no caso do ciumento, pode chegar à morte e a loucura. Percebemos até aqui que se trata de um processo insano. O ciumento estará sempre coberto de razão, ou seja, ele ou ela possuem argumentos pinçados da moralidade e outros muito bem inventados que acreditam justificar sua insanidade, utilizando os mesmos argumentos " cheios de razão " em seu

A noite desceu quente e abafada.

Os romanos o chamavam de Netuno e era retratado tal qual a imagem de Zeus, forte, poderoso e com ... more Os romanos o chamavam de Netuno e era retratado tal qual a imagem de Zeus, forte, poderoso e com longas barbas, uma figura temerosa de grande poder.

Sebastian, o morcego do radar, como sempre, estava voandinho por sobre a cabeça da Spyller enquan... more Sebastian, o morcego do radar, como sempre, estava voandinho por sobre a cabeça da Spyller enquanto ela mexia em seu caldeirão preparando um carinho para a reunião com os amigos daquela tarde.

A deusa Hera dos gregos, chamada Juno pelos romanos, personifica o arquétipo da esposa, o desejo ... more A deusa Hera dos gregos, chamada Juno pelos romanos, personifica o arquétipo da esposa, o desejo ardente de estar envolvida num relacionamento comprometido.

Héstia para os gregos e Vesta para os romanos, é a primeira filha de Réia e Crono e consequenteme... more Héstia para os gregos e Vesta para os romanos, é a primeira filha de Réia e Crono e consequentemente a irmã mais velha da segunda geração dos deuses olímpicos e uma das principais entre as doze deusas olímpicas.

Na mitologia grega, as Moiras (em grego antigo Μοῖραι) eram as três irmãs que determinavam o dest... more Na mitologia grega, as Moiras (em grego antigo Μοῖραι) eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos.

A quarta e última tarefa de Psique consiste em descer aos Infernos, ao mundo de Hades, e receber ... more A quarta e última tarefa de Psique consiste em descer aos Infernos, ao mundo de Hades, e receber de Perséfone, a rainha infernal e guia das almas, uma caixinha que contem o ungüento da beleza e juventude eternas.

Afrodite, venerada em todos os templos como deusa do amor e da feminilidade, teve muitos amantes ... more Afrodite, venerada em todos os templos como deusa do amor e da feminilidade, teve muitos amantes e dentre eles o seu filho Eros, o deus do amor.

ainda no início do século XX, visitou uma tribo primitiva em uma de suas várias excursões de estu... more ainda no início do século XX, visitou uma tribo primitiva em uma de suas várias excursões de estudos, presenciou o pajé da tribo reunir toda a comunidade para que todos se inteirassem de um sonho de um determinado membro da tribo.

A noite desceu quente e abafada.

Aurora é uma deusa primordial, antes dela tudo era Caos. É a deusa Aurora que abre caminho para o... more Aurora é uma deusa primordial, antes dela tudo era Caos. É a deusa Aurora que abre caminho para o Sol. É responsável por dar passagem à carruagem de Hélios, o deus do Sol, tanto no amanhecer quanto em sua volta, no entardecer. Dado ao seu caráter efêmero, Aurora pode se vestir de várias formas e se transformar no que desejar, por isso, todo despertar é uma surpresa e uma possibilidade. Teve vários romances, sobretudo com mortais, e desses romances muitos filhos e filhas nasceram cada qual com sua peculiaridade. Eu, insisto em dizer que Aurora faz filhos com nós mortais, todos os dias e continuará a fazer por toda a eternidade cósmica.

Adônis, o deus da beleza e do desejo O rei da Síria, Téias, tinha uma filha de nome Mirra que des... more Adônis, o deus da beleza e do desejo O rei da Síria, Téias, tinha uma filha de nome Mirra que desejou competir por sua beleza com a deusa Afrodite. E como todos os deuses são loucos, Afrodite rogou uma maldição sobre Mirra. Por haver afrontado a deusa agora teria uma paixão pelo próprio pai. Mirra totalmente possuída pela maldição, concebeu um plano junto com sua aia Hipólita de modo a conseguir enganar Téias unidose a ele durante doze noites consecutivas. Na derradeira noite, o rei descobriu o engodo e a perseguiu para matá-la. Os deuses dela se apiedaram e a transformaram na árvore que hoje possui o seu nome, Mirra. Meses depois, a arvore começou a inchar, no decimo mês ela se abriu nascendo Adônis, tão belo e tão singelo que a própria Afrodite, tocada por sua radiante beleza, o recolheu e secretamente o levou ao Hades para que Perséfone, a guia das almas, o cuidasse. Depois de ter se tornado um jovem, Perséfone se negou a devolvê-lo para a deusa do amor. A luta entre as duas deusas foi arbitrada pelo deus do Olimpo que estipulou que Adônis passaria um período do ano com Afrodite e outro período com Perséfone tendo também um tempo do ano só para si. A jovem Ártemis, deusa da caça e da Lua, e não se sabe bem o porque, lançou contra ele a fúria de um javali que o matou. A pedido de Afrodite, o jovem de rara beleza foi transformado por Zeus na flor da primavera de nome anêmona que até hoje simboliza o amor intenso, mas frágil ou mesmo ameaçado.

A Alquimia nas relações O estudo da alquimia nos chega como uma metáfora para o desenvolvimento d... more A Alquimia nas relações O estudo da alquimia nos chega como uma metáfora para o desenvolvimento do humano e de suas relações. Verificada a luz do elemento simbólico é, em particular, do interesse analítico na transformação da personalidade como também na transformação social e coletiva. Os alquimistas dos séculos XV e XVI tinham como objetivo transformar as matérias básicas em ouro ou em um elixir universal como também em libertar a alma de sua prisão corpórea numa transformação transcendental. Em Psicologia Analítica, os instintos contam como matéria básica a serem transformados em ouro, o que significa, após todo o processo alquímico, que os instintos passam a ser respeitos e acolhidos pelo ego sem que esse se deixe tomar por eles, numa perfeita gestão dos afetos e dos sentimentos. Libertar a alma, que significa psique, de sua prisão corpórea, não é vista como uma tarefa religiosa, mas antes como a tarefa de educar a psique para que essa possa pensar a si mesma de modo ético e temperado de acordo com todas as suas contradições, até abandonar a dicotomia ao perceber a si e ao mundo como uma totalidade que abarca todas as diferenças.

ATENA-A Gestão da Inteligência O nascimento de Atena foi um grande acontecimento. Zeus, o deus do... more ATENA-A Gestão da Inteligência O nascimento de Atena foi um grande acontecimento. Zeus, o deus do Olimpo, após sentir fortes dores de cabeça, pediu a Hefesto, o deus da forja que o ajudasse. Quando Hefesto abriu sua cabeça com seu machado de bronze, houve uma explosão de luz que glorificou os céus e a terra. Urano, pai Céu e Réia, mãe Terra estremeceram ao ouvir o grito de Atena ao brotar da testa de seu pai.

CARONTE-O barqueiro O velho barqueiro Caronte, que transporta as almas dos mortos até o Hades, a ... more CARONTE-O barqueiro O velho barqueiro Caronte, que transporta as almas dos mortos até o Hades, a última morada, nasceu de Nix, a deusa da noite e de Érebo, deus da obscuridade e das sombras. Nasceu num tempo tão antigo que não existe memória possível de recordar. Conta-se que o nome Caronte significa literalmente "brilho intenso". Em alusão ao seu nome, dizem que as pessoas, um segundo antes de morrer, apresentam no olhar um brilho particular, também conhecido como sendo um olhar de fogo em que brilha de uma só vez a consciência que talvez não tivessem cultivado no decorrer de sua existência.

Laio e Jocasta eram reis de Tebas, antes de contraírem matrimonio o Oraculo de Delfos vaticinou q... more Laio e Jocasta eram reis de Tebas, antes de contraírem matrimonio o Oraculo de Delfos vaticinou que o filho que teriam mataria o pai e depois casaria com a mãe. Depois do nascimento de seu filho Édipo, Laio o abandona aos perigos da floresta. Foi então adotado pelos reis de Corinto. Já adulto soube da profecia e fugiu do reino com medo e asco de que assim acontecesse com os pais que amava, os únicos que conhecia. No caminho de sua fuga, entra em discussão com a comitiva do rei de Tebas. Édipo mata a todos. Já na cidade de Tebas resolve um enigma proposto pela Esfinge, como premio Édipo recebe a mão da viúva e rainha do lugar, tornando-se rei de Tebas e marido de sua mãe. Em Psicologia, Freud deu o nome de Complexo de Édipo à fixação afetiva do filho pela mãe, em alusão ao caráter incestuoso de ambos. O Complexo de Electra, correspondente a fixação afetiva da filha pelo pai, foi sugerido por Jung, contemporâneo a Freud. Nessa tragédia, Electra era filha de Agamenon de Micenas e de Clitemnestra sua esposa. O rei Agamenon, lutou na batalha de Troia e quando de sua volta foi assassinado pela sua esposa e seu amante Egisto. Electra convence seu irmão Orestes a se vingarem pela morte do pai e presencia a morte da mãe e de seu amante quando ambos estão justamente visitando a tumba de seu pai.

DIONISO-O Deus das Serpentes No Olimpo, é o deus Dioniso que encarna o lado sagrado da serpente e... more DIONISO-O Deus das Serpentes No Olimpo, é o deus Dioniso que encarna o lado sagrado da serpente e de sua representação como espírito livre e libertário contra o engessamento que nos foi imposto a partir das leis. É fato que anterior a Dioniso o simbolismo do sagrado da serpente, já se apresentava nos cultos das Grandes deusas ctonianas como Hécate, por exemplo, como também através de profetas, sacerdotes e sacerdotizas na loucura das aparições e de suas revelações.

EROS-O sangue de rosas Eros era um deus grego do amor a provocar a ligação entre as pessoas. Sem ... more EROS-O sangue de rosas Eros era um deus grego do amor a provocar a ligação entre as pessoas. Sem nenhum aviso prévio, golpeia com força os corações, provocando confusão de sentimentos. Nas palavras de Hesíodo em Teogonia, poeta da antiga Grécia dos anos 700 antes de Cristo, o deus Eros "afrouxa os membros e debilita a mente." Em alguns mitos era filho de Ares e Afrodite, mas segundo O Banquete de Platão, o deus foi concebido por Poros, deus da abundância e por Penia, a pobreza. Sempre representado como um jovem despreocupado e belo, coroado principalmente de rosas, flores que estão estreitamente associadas a esse deus.

Éter-o deus que está para além do céu Éter, também conhecido como Acmon, é o deus da claridade qu... more Éter-o deus que está para além do céu Éter, também conhecido como Acmon, é o deus da claridade que se encontra no mais puro do ar e que fica para além da atmosfera terrestre. O lugar onde se encontra o Olimpo, bem como todas as moradas de deuses. Éter é a luz nascida da obscuridade noturna. Nix, a noite, é sua mãe e pela manhã sua irmã e esposa Hemera, dispersa as sombras da noite para então, revelar o brilhante Éter azul do dia. A luz primordial do universo. Etérea, palavra derivada de éter, é utilizada para descrever algo que é extremamente fino, delicado e aerado, quase que demasiadamente perfeito para esse mundo do humano em que vivemos.

HERMES 'Mitos na Atualidade-o que isso tem a ver com você' Nova coluna da Revista do Meio-Dia, co... more HERMES 'Mitos na Atualidade-o que isso tem a ver com você' Nova coluna da Revista do Meio-Dia, com episódios inéditos toda sextafeira. Produção e apresentação da psicóloga Sônia Lunardon Vaz. Confira a coluna de estreia veiculada hoje. Em destaque Hermes, o mensageiro dos deuses.

OIZYS-a deusa da tristeza (oozes) Na genealogia mítica da criação do mundo, é comum descrevê-la a... more OIZYS-a deusa da tristeza (oozes) Na genealogia mítica da criação do mundo, é comum descrevê-la a partir do Caos. A frase: "No princípio era o Caos", é popularmente conhecida. O curioso é que a deusa Oizys, já existia antes mesmo do Caos. Sendo ela a deusa da tristeza e da miséria, podemos entender que anterior a qualquer possibilidade de criação, a tristeza e a miséria existia plenamente. O berço da humanidade fica assim ressignificado. No mais recôndito de nosso ser, habita essa deusa primordial. Oizys é filha da noite, sua mãe é Nix por si só segundo o poeta Hesíodo. Os poetas Higino e Cícero reportam sua paternidade a Érebo, personificação das trevas e da escuridão.

Onfalo significa umbigo e, universalmente, está relacionado com o simbolo do centro do mundo. Em ... more Onfalo significa umbigo e, universalmente, está relacionado com o simbolo do centro do mundo. Em variadas tradições se supõe que a origem do mundo tenha acontecido a partir do umbigo, de onde a manifestação de vida passa a irradiar nas quatro direções. São famosas as sacerdotisas do deus Apolo por canalizarem as profecias do deus para os homens que ali se postavam para receber benção e sabedoria sobre seu destino.

Os arquétipos Anima e Animus É preciso estabelecer quais são as diferenças entre energia psíquica... more Os arquétipos Anima e Animus É preciso estabelecer quais são as diferenças entre energia psíquica masculina e energia psíquica feminina para o bom entendimento dos conceitos anima e animus. Essas diferenças não a podemos localizar apenas com base na cultura de uma sociedade.

Monstros na Revolução Que morra a velha forma humana e que viva a nova! Essa frase poderia resumi... more Monstros na Revolução Que morra a velha forma humana e que viva a nova! Essa frase poderia resumir toda a simbologia dos monstros porque a revolução deseja chegar à uma radical transformação do humano para, então, tornar o humano apto a viver num novo mundo.

O sentido arquetípico na profissão médica O Centauro Quiron da miologia grega é o representante d... more O sentido arquetípico na profissão médica O Centauro Quiron da miologia grega é o representante do profissional de saúde. Na mitologia ele é um centauro, possui um torso humanoide unido as quatro patas de um cavalo. Habilidosos com o arco e a flecha nos faz compreender que o curador ou curadora deverá possuir um foco reto e ágil em sua habilidade de cura e tratamento. Após as batalhas contra os deuses conhecida como Centauromaquias, Quiron foi poupado por se haver ficado ao lados dos deuses. Diferentemente dos demais, Quiron possuía sensibilidade curativa e logo se converte na primeira deidade da Terapêutica e da Cirurgia. Nos clássicos gregos, aparece como educador e mestre na arte de curar. Tratou de vários heróis gregos e romanos, incluindo Aquiles, Enéas, Teseu e Jasão, sendo também o mestre de Asclépio, o deus da Medicina.

Homens e mulheres estão imersos num mundo de objetos e assim não podem ser pensados independentem... more Homens e mulheres estão imersos num mundo de objetos e assim não podem ser pensados independentemente deles. São produtos de sua cultura e do seu meio, paradoxalmente, eles fabricam sua cultura e seu meio.

ONFALO DE DELFOS, 2022

Wotan em O Anel do Poder, 2022

O PODER-A Saga do deus Wotan "É indispensável que em cada indivíduo se produza um desmoronamento,... more O PODER-A Saga do deus Wotan "É indispensável que em cada indivíduo se produza um desmoronamento, que se dissolva o que existe e se faça uma renovação sem impô-la ao próximo sob o manto farisaico do amor cristão ou do senso de responsabilidade social-ou o que quer que seja para disfarçar as necessidades pessoais e inconscientes de poder". C.J.JUNG

SIBILA - A Profetiza, 2022

Sibila foi o nome dado às lendárias profetisas, dentre elas a Sibila de Cumes, uma das mais reput... more Sibila foi o nome dado às lendárias profetisas, dentre elas a Sibila de Cumes, uma das mais reputadas da Antiguidade. Sibila de Cumes, profetizou no Oráculo de Delfos, o umbigo do mundo e quando o Cristianismo ganhou território foi embora para uma gruta no mais alto cume de montanhas, e de lá, passou a contar histórias carregadas de informações, transmitindo aos seus ouvintes o que o futuro poderia reservar, bem como sobre as grandezas e as pequenezas humanas. Sua nova morada foi associada à derrota do paganismo, no entanto, aqueles e aquelas que buscam sabedoria continuam a subir até o Paraíso da Sibila para estar com ela e compartir sua sabedoria e prazer.

Medusa representa nossas pulsões espiritual e evolutiva, mas em estagnação pervertida seja pela v... more Medusa representa nossas pulsões espiritual e evolutiva, mas em estagnação pervertida seja pela vaidade, seja pelo poder. Quando a olhamos sem refletir no nosso próprio espelho, o espelho da culpa, somos imediatamente petrificados. E quando, a olhamos através do espelho, através de nossa coragem em olhar para o que há de mais deplorável em nosso psiquismo, então conseguimos harmonizar essas forças e com elas viver em sintonia, utilizando seu poder frente a inimigos e situações que nos exige cumprir em ato de bravura.
Uma outra coisa ainda mais magnífica acontece quando enfim ousamos olhar para o espelho de nossas próprias perversidades, conseguimos usar a espada, tal qual fez o herói Perseu e com ela decapitar a Górgona. A espada simboliza o poder de discernimento e justiça frente aos nossos próprios sentimentos e emoções e ou conteúdos psíquicos.

Essa história envolve três personagens e representa uma das mais encantadoras histórias de amor e... more Essa história envolve três personagens e representa uma das mais encantadoras histórias de amor entre os deuses e os mortais. Tudo começou com o ciúmes de Afrodite por Psique. A deusa era reverenciada em seu templo devido a sua beleza, que significa sensibilidade. No entanto, seu templo estava se esvaziando porque os mortais agora atribuíram à princesa Psique essa beleza de sensibilidade amorosa que era apenas da deusa. Afrodite recorre ao seu filho Eros, que envenene suas flechas com a poção do amor e atinja Psique para que esta se enamore do mais terrível e feio monstro. A par desse fato, o rei e a rainha, pais de Psique consultam Apolo no oráculo de Delfos que já fora instado por Afrodite a corroborar com sua vingança. Dessa maneira, Apolo destina Psique a ser amarrada num penhasco para encontrar seu esposo monstro vindo das profundezas. Foi diante desse cenário que Eros se aproxima de Psique para concluir a vingança de sua mãe. No entanto, ele mesmo se fere em sua flecha e quando se dá conta é tarde demais, está perdidamente apaixonado por Psique. Liberta a princesa e convoca o vento Zéfiro para leva-la ao seu palácio. Ao acordar, Psique está no reduto de amor de seu Eros. Mas, há uma condição para viver todo esse prazer: não pode olhar para seu amado, afinal ele é um deus e ela apenas uma mortal. Instigada por suas irmãs, que por inveja tramaram para destruir seu idílio, Psique acende um candeeiro e na noite avançada vai espiar Eros e se queda totalmente apaixonada diante de sua beleza deificada. Porém, uma gota do azeite do candeeiro cai no ombro de Eros acordando-o. Magoado e com dores, abandona sua princesa indo ter ao palácio da mãe para curar sua ferida que o deixou doente e acamado. Psique vagueia pelo mundo afora em busca de seu amor, pede ajuda a todos os deuses, mas para todos os males do amor, só há um remédio, implorar no templo de Afrodite. Cheia de inquietação e tristeza Psique vai ao encontro da sogra. A deusa do amor a recebe com olhar feroz e insultos. Como se não bastasse sua investida contra a indefesa menina, lhe impõe quatro tarefas absurdas e perigosas para só então, obter o poder de se encontrar com Eros novamente.

CLITEMNESTRA-seu sofrimento por conta do machismo Quando o machismo se instalou¿ A partir do mome... more CLITEMNESTRA-seu sofrimento por conta do machismo Quando o machismo se instalou¿ A partir do momento em que a sociedade deixou de contemplar a deusa terra submeteu a mulher em uma condição inferior ao homem e isso se deu há milênios, antes da igreja e antes do capitalismo que, na verdade, foram moldados pelo machismo já existente. O mito de Clitemnestra simbolicamente fecha o destino da mulher grega, civilização base de nossa sociedade. Eis aí sua história: Clitemnestra foi esposa do rei de Micenas, Agamemnon, líder dos exércitos gregos em Troia. A bela rainha era irmã gêmea não-idêntica de Helena e filha de Leda com Tíndaro. Zeus se enamora de Leda e esta para escapar de suas investidas se transforma em gansa. No final, como sempre, Zeus consegue o que deseja ao se transformar em cisne e Leda dele se engravida, no entanto já estava grávida de seu marido Tíndaro, de modo que ela ainda como gansa põe dois ovos, do formado pela semente de Zeus nasceram os imortais Helena e Pólux e do outro nasceram os mortais Castor e Clitemnestra. O rei de Micenas, Agamemnon, passou a cortejar Clitemnestra que já estava casada com Tântalo II, Agamemnon traiçoeiramente assassinou Tântalo e ao filho recém-nascido de Clitemnestra obrigando-a, em seguida, a aceita-lo como marido. Menelau que se casou com Helena era irmão de Agamemnon, por ocasião do rapto de Helena por Páris, os irmãos se juntaram para guerrear em Troia para resgatar Helena e claro, os tesouros da cidade. Acontece porém, que Agamemnon ofendeu a deusa Artemis ao tirar a vida de uma de suas corças, assim a cada vez que tentava ir para o mar com suas embarcações, por influência de Artemis o mar se tornava tão revolto que se fazia impossível o tal empreendimento. Agamemnon e Clintemnestra tiveram quatro filhos: Ifigenia e Electra; Crisótemis e Orestes. Para aplacar a ira de Artemis Agamemnon deverá sacrificar Ifigenia. Elaborando um plano sinistro escreve uma carta para sua esposa Clitemnestra dizendo que Ifigenia deve ir até ele para se casar com Aquiles, o mais renomado dos heróis aqueus. Esse sacrifício reacendeu o rancor e o desprezo da rainha Clitemnestra. Mas, possibilitou a ida dos vingadores de Helena até Tróia. A batalha de Tróia durou 10 anos e nesse interim Clitemnestra iniciou um plano de desforra contra o marido. Procurou o apoio de Egisto que odiava o rei Agamêmnon tanto quanto ela. A chegada de Agamemnon a Micenas foi um triunfo. Ao seu lado na carruagem sentava-se a profetisa Cassandra, uma das presas que lhe coubera na divisão do rico espólio de Troia. Clitemnestra o recebeu fingidamente com todas as honras e já no interior de seu palácio ela e Egisto sacrificaram o rei de modo violento como requer a vingança. Electra, sua filha, não se conforma com o ato e em defesa do pai instiga seu irmão Orestes a desforra contra sua mãe que em seu entendimento traiu seu pai com outro homem e o assassinou. Orestes degola a mãe e sai incólume após seu julgamento feito por juízes do patriarcado e Clitemnestra se transformou na posterior literatura da época em uma prostituta vulgar, um sinônimo de mulher fácil que se vendia por bagatela.

CÉRBERO-o guardião do mundo infernal, simboliza os próprios infernos Cérbero, filho da víbora Equ... more CÉRBERO-o guardião do mundo infernal, simboliza os próprios infernos Cérbero, filho da víbora Equidna e do gigante Tifon, é o cão usualmente representado com três cabeças, que guarda as portas do Hades, o reino dos mortos. Cérbero está ali para interditar a entrada dos vivos e mais que tudo, caso entrassem, para impedir sua saída. O cão do Hades representante do terror da morte, simboliza o medo da descida ao interior sombrio de cada um de nós. O medo de viver a perda e as transformações com as quais a vida nos fornece através de seus múltiplos reveses, bem como da sensibilidade que nos obriga a vivenciar sentimentos e sensações que podem não estar de acordo com as expectativas do coletivo. O fato de interditar a passagem dos vivos significa a resistência contra a aventura de se conhecer inclusive as próprias intensidades e o fato de impedir a saída significa o medo de não conseguir emergir à consciência ao se deixar ir para conhecer tais intensidades. É o pavor do desconhecido em si mesmo. C.G.Jung relata que Equidna, a mãe de Cérbero, representa a figura da mãe numa perspectiva analítica do incesto: "Bela e jovem mulher até a cintura, mas a partir daí, uma serpente horrenda." Enquanto que o pai Tifon, é um gigante que provoca os ventos ferozes e violentos. Diante dessa dinâmica simbólica é de se esperar que Cérbero seja um monstro a ser repelido pelos humanos. Infelizmente, negar a si mesmo o encontro com suas sombras, é a causa da apatia emocional e de todas as doenças psíquicas. Hercules e Orfeu nos fornece um caminho para acessarmos nosso lado sombrio, aquele que tentamos fazer de conta que não existe, nossa honestidade psicoemocional. Enquanto Hercules desceu ao Hades e capturou Cérbero mediante sua força de vontade, Orfeu o fez adormecer com sua musicalidade. Assim, o demônio interior pode ser suplantado pelo ego que usa sua força braçal para enfrenta-lo e utiliza de uma perspectiva filosófica para adormece-lo o suficiente para espiar o mundo inferior e de lá sair ainda mais fortalecido. O que acontece com aqueles que jamais dão uma chance ao conhecimento de seu aspecto sombrio¿ Comumente sofrem uma catábase que se configura numa morte simbólica, pode ser uma grande perda, por exemplo, talvez até a falência financeira. A catábase é uma descida ao Hades, um enfrentamento a Cérbero quer queira quer não queira. Ela é uma condição indispensável para a anábase, a subida, a escalada definitiva na busca da transformação do humano velho para o novo humano. Luc Benoist, ensaísta francês, escreveu a respeito desse tema:" A viagem subterrânea, durante a qual os encontros com os monstros miticos configuram as provações de um aspecto iniciático, era, na realidade, um reconhecimento de si mesmo, uma rejeição dos resíduos psíquicos inibidores, ... uma dissolução das cascas..." É por isso que as psicólogas e os psicólogos sabem que os fortes agarram seus instintos à unha todos os dias, mesmo temendo, enfrentam Cérbero e entram e saem de seu Hades. Os fracos fogem de suas emoções e sentimentos e acabam tendo de enfrentar a Cérbero em uma catábase que mais dias, menos dias acabará por acontecer. O Inconsciente almeja a luz, almeja participar da consciência, e jamais descansa de fazer pressão ao ego através de conteúdos dos mais amenos aos mais assombrosos.

Cassandra era uma princesa de Tróia, filha do rei Priamo e da rainha Hécuba. Era uma dentre os 19... more Cassandra era uma princesa de Tróia, filha do rei Priamo e da rainha Hécuba. Era uma dentre os 19 filhos do casal real, incluindo o grande Heitor e o belíssimo Páris, aquele mesmo que roubou Helena do rei Menelau e que originou a guerra e a queda de Tróia. O deus Apolo se enamorou de Cassandra e em seu afã para conquistá-la concedeu-lhe o dom da profecia, também chamada de mantéia. Apolo, o eternamente jovem, impôs-lhe uma condição para receber o dom: que a linda princesa se entregasse a ele. Após receber o dom, Cassandra se negou a satisfazer-lhe os desejos. O deus Já não podia retirar-lhe o dom que lhe fora dado, de modo que resolveu amaldiçoa-la e foi assim que Cassandra, apesar de saber tudo que iria acontecer, ficou sem nenhuma credibilidade. Por mais que alertasse sobre os acontecimentos futuros, ninguém lhe dava ouvidos. Cassandra profetizou que Paris seria o responsável pela queda de Tróia devido à sua descabida paixão por Helena, entretanto, tudo se passou como se ela nunca houvesse profetizado. Menelau juntou exércitos para resgatar sua esposa Helena e Tróia foi derrotada através do subterfugio de que os gregos se valeram ao presentear o rei de Tróia com o cavalo de madeira engendrado por Ulisses, que escondia em seu interior os soldados que após adentrarem na cidade aguardaram que todos estivessem dormindo e, nesse momento propício atacaram Tróia, vencendo sem muita resistência. Devido a essa passagem mitológica se originou a frase "presente de grego" que alude a estratégia traiçoeira com a qual destruíram a cidade troiana. São quatro as funções da psique: duas racionais = pensamento e sentimento e duas outras de percepção irracional = sensação e intuição. Cassandra representa a percepção intuitiva. E tal qual se passa com Cassandra , se passa em nossa sociedade por demais racional em que a função intuitiva é desqualificada e desacreditada. No entanto, através das percepções de sensação e de intuição é que se produz grandes e pequenas invenções e teses cientificas, basta compreender que antes de concretizar um lápis, um vaso, uma casa ou qualquer outro objeto, como a invenção da penicilina, do avião e a própria teoria da

ATENÁ = O FEMININO CEREBRAL Métis pertenceu à geração dos titãs, era filha de Oceanus e de Tétis.... more ATENÁ = O FEMININO CEREBRAL Métis pertenceu à geração dos titãs, era filha de Oceanus e de Tétis. Deusa primordial possuía o poder de se transformar e seu nome significa a qualidade da sabedoria combinada com a astúcia e mais tarde, essas mesmas qualidades foram consideradas como características do povo ateniense. Tétis foi a primeira esposa do poderoso Zeus, Réia sua sogra, adverte seu filho Zeus de que um dos filhos do casal se tornaria o deus dos deuses. A princípio Zeus viu nessa fala apenas o ciúmes, o que de fato era mesmo, mas ao saber que sua esposa estava grávida, ficou com receio de que o prognóstico materno se cumprisse. Num ato vil, pediu a Métis que se transformasse em uma mosca, o que ela atendeu por ingenuidade e por amor. No entanto, quando ela pousa nas mãos de Zeus esse a aprisiona engolindo-a em seguida. Por medo da feminino, da sabedoria advinda de suas criações, o homem diminui a mulher e de fato, o Patriarcado engoliu essa deusas que desapareceu no mundo Ocidental. Astuciosamente, porém, Métis deposita seus ovos no cérebro de Zeus e conforme a criança vai crescendo vai crescendo também sua cabeça até que finalmente, sente dores terríveis, a dor do parto. Pede a seu filho Hefesto, o deus da forja, que o liberte da dor atroz. Hefesto abre sua cabeça com um machado e imediatamente de dentro salta sua filha a deusa Atená, adulta e já armada com lança e couraça. Embora tenha herdado da mãe a astúcia e a prudência, para sempre se torna a filha do pai desconhecendo que tivera uma mãe. Atená, nascida do cérebro de Zeus, é a guerreira estrategista e também da inteligência e das artes. Em tempo de guerra todos contavam com sua habilidade bélica e às artes domésticas em tempos de paz. Diferentemente de seu irmão Ares, o deus da guerra, Atená é comedida, protetora, conselheira e patrona dos homens e das mulheres heroicos, das tecelãs, dos ourives e das costureiras. Ao contrário de sua meia irmã Ártemis que prefere as matas e a vida selvagem, Atená prefere a tecnologia e a ciência, bem como a urbanização, inclusive fundou uma cidade que traz o seu nome, Atenas. Essa deusa valoriza o domínio da vontade e do intelecto sobre o instinto e a natureza. Jean Shinoda Bolen, afirma em seu livro As Deusas e as Mulheres, que "A perspicácia de Atená, possibilita à mulher avançar efetivamente onde quer que as considerações políticas ou econômicas sejam importantes." Parece até um bando de moscas a zumbir na orelha do Patriarcado! O arquétipo de Atená confere às mulheres a inteligência estratégica que é ligada ao prático e ao pragmático não se deixando dominar pelas emoções ou sentimentos. Determinada, prática, descomplicada, e segura, adora conhecer coisas, sua curiosidade a leva para variados e múltiplos estudos, sempre discreta não faz e não participa do que é espalhafatoso. Embrenhada no Patriarcado, mesmo porque nasceu do pai, o arquétipo de Atena, confere a sabedoria prática e decidida para conviver e ser vitoriosa mesmo diante das agruras desse sistema.

Por céus e mares eu andei Vi um poeta e vi um rei Na esperança de saber o que é o amor Ninguém sa... more Por céus e mares eu andei Vi um poeta e vi um rei Na esperança de saber o que é o amor Ninguém sabia me dizer E eu já queria até morrer Quando um velhinho com uma flor assim falou O amor é o carinho É o espinho que não se vê em cada flor É a vida quando Chega sangrando Aberta em pétalas de amor Hoje vamos falar de amor¿ AS TRES FASES DO AMOR Quem já não se viu enredado nas malhas e nos laços desejosos do amor¿

Um feliz dia para todos! O que os mitos nos contam¿ Ele nos falam sobre padrões de comportamento ... more Um feliz dia para todos! O que os mitos nos contam¿ Ele nos falam sobre padrões de comportamento que temos desde as primeiras civilizações! E é sobre isso que quero compartilhar com vocês através de suas histórias. As proezas do Deus grego Hermes ou para a Mercurio para os romanos. Deus da eloquência, da hermenêutica, das comunicações e viagens, do comércio, da ginástica, da astronomia, da magia, da divinação, dos ladrões, dos diplomatas e de algumas formas de iniciação, guia das almas dos mortos para o reino de Hades. E comunicador com todos os deuses e reinos. Voce sabia que foi o deus hermes quem inventou o primeiro instrumento musical do mundo¿ E que ele tem asas nos pés sendo assim muito rápido e sagaz¿ Sabia também que o deus hermes representa a consciência mercurial o que significa que a tudo e a todas as coisas penetra¿ Assim ele tem passagem livre por todos os reinos, por todos os deuses, por todos os homens e mulheres sempre em diálogo e aprendizagem , bem como trata da absorção das diferenças e as contempla. É justamente em homenagem aos comunicadores e educadores de todos os tipos que resolvi falar sobre ele em primeiro lugar aqui na radio uel, principalmente também porque Hermes é o representante da comunicação. Ele me lembra muito aquelas crianças que já nascem sabendo fazer coisas e que possuem a facilidade em várias áreas, deixando-nos perplexos com sua sabedoria e sagacidade. Primeiramente vou contar sua história : As primeiras descrições do mito de Hermes datam do período arcaico da cultura grega. Uma das mais importantes consta no Hino Homérico a Hermes, uma criação anônima dos séculos VII ou VI a.C. que trata de seu nascimento e primeiras proezas. O Hino abre com uma saudação ao deus, chamando-o de Senhor do Monte Cilene e da Arcádia, dos rebanhos de ovelhas, e mensageiro dos deuses. Também o nomeia como filho de Zeus, fruto de seu amor com Maia, uma ninfa filha de Atlas e Pleione, a mais velha, sábia e bela de sete irmãs, as Plêiades. Vivendo em uma caverna, escondida dos olhares humanos e principalmente do notório e tempestuoso ciúme de Hera, esposa de Zeus, Maia deu à luz a "esta engenhosa criança, este hábil planejador de artifícios, o perseguidor e capturador de gado, o pastor dos sonhos, este cidadão da noite que espreita nos umbrais". Não demorou para mostrar sua origem divina: nascido pela manhã, já ao meio-dia estava tocando a lira, e à tardinha furtou o gado de Apolo.[11] Ao sair da caverna onde nasceu, Hermes, deparou-se com uma tartaruga, e disse que ela lhe anunciava uma boa sorte. Ao mesmo tempo conferiu-lhe dons: enquanto vivessem as tartarugas

Souza Brandão, ele diz: "Originariamente, cada ser humano tinha a sua moira, a saber, sua parte, ... more Souza Brandão, ele diz: "Originariamente, cada ser humano tinha a sua moira, a saber, sua parte, seu quinhão de vida, de felicidade, de desgraça." De acordo com os estudos de Homero, Da deusa da noite, Nix, e sem pai, nasceram as três deusas irmãs do destino, Cloto, Lachesis e Átropos. A ideia da vida e da morte, se fazem presentes no ato de fiar, assim temos que : Cloto deriva da palavra em grego fiar, significando que Cloto é a fiandeira. Ela segura o fuso e vai puxando o fio da vida de cada um de nós mortais bem como de todos os deuses. Lachesis, advém do verbo grego sortear. Lachesis é a sorteadora, ela enrola o fio da vida e sorteia o nome de quem vai morrer. Átropos que em grego se traduz por voltar, significa ser ela a inflexível, aquela que não volta atrás. Ela corta o fio da vida. As três juntas simbolizam o destino tanto dos humanos quanto dos deuses. Nenhum deus está acima delas que perfazem a projeção de uma lei que nem mesmo eles podem transgredir. Nas batalhas mesmo que um deus proteja alguém, se elas o escolher e cortar o seu fio esse deus cede para o destino. Quando alguém chega a esse mundo sofrerá o destino que as fiandeiras teceram assim que a mãe o deu à luz. E na roda da fortuna, estará ora em cima ora em baixo, marcando as voltas que a vida dá. Existe o destino imediato que pode ser perturbado por ações imediatas. O destino é uma variável como outra qualquer. A natureza não funciona por uma razão e nem pelo acaso, funciona por chances e está longe de ser simples, é bastante complexa. A psique tanto coletiva quanto a individual pode ser comparada a um liquido, se você fizer um movimento aqui criara uma onda que rebombará lá e a falta desse movimento também reverbera e traz uma resposta.

AS AMAZONAS e as mulheres guerreiras Dentre as mulheres guerreiras temos as Amazonas que talvez s... more AS AMAZONAS e as mulheres guerreiras Dentre as mulheres guerreiras temos as Amazonas que talvez seja uma reminiscência das sociedades matriarcais. São comparadas às Valquírias provenientes do mito nórdico do deus Votan. Para melhor utilizar seu arco e flecha, retiram um dos seios. São guerreiras, caçadoras e sacerdotisas. Rendem culto à deusa da lua, Ártemis. As Amazonas governam a si mesmas e só se unem aos homens para a procriação. Entretanto criam somente as filhas, cegam e mutilam os meninos e os abandonam às portas das aldeias por onde passam. Na mitologia grega simbolizam as mulheres matadoras de homens, desejam tomar seu lugar a ponto de rivalizar e matar, sacrificam para isso sua feminilidade esgotando a força vital da mulher, acabam por não serem bem quistas nem por homens e nem por mulheres, tão somente pelas suas iguais. O único refúgio é o clã que vem alimentar ainda mais sua ideologia. Em última instância, as Amazonas expressam a recusa ao feminino e a vã tentativa em substituir sua natureza que se compõem com a feminilidade por um ideal tão somente viril. Embora sejam comparadas as Valquírias como dito anteriormente, em verdade, são semelhantes apenas no fato de que são guerreiras. As Valquírias não odeiam os homens e nem os mutilam. Elas são mensageiras dos deuses e os guiam nas batalhas instigando-lhes à bravura até a morte. Elas mesmas os inspiram indo à frente das batalhas montadas em corcéis rápidos como o raio. Entretanto, após a morte dos guerreiros, são as Valquírias que os recebem e os recompensam com as delicias do Paraiso. Assim, diferentemente das Amazonas, as Valquírias representam a embriaguez do arrebatamento e a ternura das recompensas, o heroísmo e o descanso do guerreiro ou da guerreira. É interessante notar que quando se fala das Amazonas, logo vem á lembrança a deusa Artemis, inclusive as Amazonas lhe rendem culto. Novamente aqui a semelhança está somente no fato de serem ambas guerreiras e caçadoras, pois Ártemis está bem longe da crueldade primaria que as Amazonas representam. A deusa Ártemis, é independente e não se deixa penetrar pela cultura patriarcal e nem deseja ser ela mesma um poder másculo como deseja a Amazona. Ártemis, é a deusa da lua, e também a protetora dos partos seja de homens seja de mulheres. Como deusa da Lua, seu ideal é o feminino e não o masculino representado, em nossa cultura pelo seu oposto, o Sol. Ártemis, tem seu irmão gêmeo, Apolo, o deus solar, enquanto ela é a deusa lunar. A inteligência lógica do masculino unida à inteligência ilógica do feminino. A visão nítida do masculino e a visão sombreada do feminino. Aquele enxerga o que está aqui e agora, o objeto em si mesmo; aquela enxerga o que está por detrás do objeto, sua subjetividade, a sombra que o tal objeto produz. O casal gemelar, nasceu unido e unido deveria permanecer na natureza do humano. Não há motivo para um invejar o outro. Só há motivo para a admiração recíproca. Ártemis, também não negou e nem trucidou os homens, inclusive se apaixonou por Orion. E foi exatamente, num dia em que se achou possuída pelo poder que perdeu seu amor para sempre. Zeus se apiedou de Orion e por isso fez dele a constelação de estrelas que até hoje admiramos lá nas noites do céu.

Ártemis é filha de Zeus, deus do Olimpo e de Leto, a deusa do anoitecer. Nasceu um pouco antes de... more Ártemis é filha de Zeus, deus do Olimpo e de Leto, a deusa do anoitecer. Nasceu um pouco antes de seu irmão gêmeo Apolo, deus do Sol e da Musica, e ajudou no parto da mãe passando a ser a deusa protetora dos partos e dos bebes. Aos três anos pediu ao pai uma roupa de caça e desejou jamais se casar. Diante dessa criança destemida e vivaz, Zeus imediatamente lhe concedeu os desejos. Uma roupa de couro, arco e flechas de prata e para sempre uma deusa virgem, o que significa que não se deixa penetrar pelo sistema patriarcal. Sendo ela deusa da Lua, sua visão é lunar, visão que percebe as sombras e delas se familiariza, assim como fazem os poetas! Ao contrário de seu irmão Apolo que tem a visão solar, direta e racional, Ártemis possui a visão instintual! Com seu arco mira sua flecha e alcança seu objetivo de modo reto como a mente solar de Apolo. Ártemis se utiliza do saber instintivo e da ordem da razão! Caçar é espreitar, é conhecer o terreno e a caça, é manter a calma e saber o tempo certo de fazer o abate.qualidades instintivas que conduzem a empreendimentos e realizações. Simbolicamente, a mente Artemísia é perspicaz, e quando busca seu alvo, certamente o alcançara, pois seu foco é inabalável. A arqueira pode objetivar qualquer alvo, seja ele próximo ou distante. Representa a habilidade em se concentrar intensamente naquilo que é importante e de permanecer imperturbável no trajeto até que alcance o objetivo. Ártemis se enamorou de Órion, um caçador. Apolo, seu irmão, se sentiu ofendido por esse amor. Certa vez, Apolo viu Órion nadando nas águas do mar. Buscou por Ártemis e a desafiou a acertar uma flecha naquele objeto redondo que estava ao longe no mar. Inadvertidamente, movida pela ânsia do desafio, Ártemis matou Órion. Desse modo, devido sua competitividade, o homem a quem ela amava se tornou sua vítima. Esse é o maior perigo em Ártemis, sua natureza competitiva pode matar os afetos. Outrossim, ela é sinônimo de qualidade de empreendimento e de competência. A preocupação pelas mulheres fracas e pelas jovens são a base para a organização de clinicas de pessoas estupradas, de legítima defesa, de socorro às mulheres hostilizadas e maltratadas, bem como o cuidado em relação ao parto e a disposição em combater incesto, pornografia e pedofilia. A mulher que se identifica com os instintos representados por Ártemis não vive fascinada por dominar os homens e nem mesmo deseja relacionamentos do tipo "mim Tarzan, tu Jane". E nem vive para a relação mãe-filho. Evita os homens que queiram ser o centro de sua vida, dando

APOLO-o deus da luz Apolo é considerado o deus da juventude e da luz, primordialmente identificad... more APOLO-o deus da luz Apolo é considerado o deus da juventude e da luz, primordialmente identificado com o Sol. Filho de Zeus e da titã Leto. Sua irmã gêmea Artemis auxilia em seu parto junto a mãe. Ambos nasceram na ilha de Delos, onde sua mãe se refugiou para se esconder da gigante serpente Piton que a perseguia a mando de Hera, esposa de Zeus. Hera havia sequestrado a deusa das contrações para que Leto não pudesse dar à luz ao seu filho, outras divindades conseguem resgatar a deusa das contrações e, finalmente, ele nasce. Como imediatamente tomou da ambrosia, a bebida dos deuses, não teve infância, pois já se tornou deus forte e adulto. Armado com seu arco e flechas dourados, mata a serpente Piton, símbolo das forças do mundo subterrâneo e do caos irracional. Ali onde ela morre, Apolo instala o Oráculo de Delfos, por isso as sacerdotisas são chamadas de pitonisas. Apolo é o primeiro deus a responder no Oráculo e seu meio irmão Dioniso é o segundo. Assim é que Apolo além de ser o deus da razão, da luz, é também um deus guerreiro e deus dos mistérios e da sombra. Ampliando suas qualidades para um deus também da cura pelo sono, deus das ervas, das pragas e das doenças, dos arqueiros e até da morte súbita, além de ser o deus da razão e do equilíbrio. Depois, com o presente de Hermes que lhe oferece a lira em troca de bois, Apolo também passa a ser o deus da música, o maior de todos instrumentistas e patrono das musas, com uma delas, Calíope, Apolo tem o seu filho Orfeu, o mais celebre poeta da mitologia grega! Dizem alguns interpretes desse mito que a gigante serpente Piton é o lado escuro da mãe, e que ao matar tal monstro, Apolo se separa psicologicamente da mãe, daí sua multiplicidade que engloba a sombra e a luz. Apolo é um deus pleno porque que se utiliza tanto da razão quanto dos instintos produzindo a razão sensibilizada pelos afetos e não apenas a racionalidade doentia que se observa nos psicopatas que não possuem acesso aos afetos. Além do que Apolo faz uma composição com o seu meio irmão Dioniso, que representa as intensidades tanto do prazer quanto dos delírios. Este

Uma só mulher pode questionar as leis do Estado ou o Estado é inquestionável¿ Antígona é uma peça... more Uma só mulher pode questionar as leis do Estado ou o Estado é inquestionável¿ Antígona é uma peça teatral de Sófocles e se constitui em uma continuação de sua peça dramática intitulada Édipo Rei. A peça fez sua estreia nos idos de 441 a.C., no Teatro Grego em Atenas, num grande evento sobretudo religioso que se realizava anualmente. Após Édipo descobrir que se casara com sua mãe Jocasta, ele furou seus olhos e se exilou deixando seus filhos no poder: Etéocles, Polinice, Antígona e Ismênia. Entretanto, Etéocles se negou a dividir o poder com seus irmãos. Diante desse conflito Polinice organizou um exército na cidade vizinha para enfrentar seu irmão, por fim, ambos digladiaram e morreram e o tio Creonte herdou o trono de Tebas. O rei Creonte determina que Etéocles receberia todas as honrarias fúnebres e que Polinice não teria sequer um funeral alegando que este lutou contra a pátria por ter armado seu exército em outra cidade. Creonte, usando de seu poder, estabelece que quem o desobedecesse receberia pena de morte. Antígona fica indignada com a decisão de Creonte por entender que este estava desrespeitando as leis naturais e divinas para que a alma não ficasse vagando sem destino, de modo que se arrisca para enterrar seu irmão despojado. Hemon filho de Creonte e noivo de Antígona deveria, ele mesmo, aplicar a pena de morte. Apaixonado que estava se casou em segredo com Antígona, no entanto diante da obstinação do pai, teve de executar a lei de Estado. Matou Antígona e na sequência, a si mesmo. A esposa de Creonte diante da morte de seu filho, tirou sua própria vida encerrando a tragédia grega que evidenciou o conflito entre as tradições religiosas representadas por Antígona e o poder humano representado por Creonte. A finalidade dessa obra seria a de duramente criticar ambas as tendências extremistas que deveria, de acordo com Sófocles, estabelecer um acordo entre ambas. Enquanto Creonte se investe de um poder arbitrário, Antígona provoca, pela primeira vez na história grega, a reivindicação de seu direito individual contra o poder do Estado. Devido a sua desobediência perdeu a vida e provocou a morte de mais duas pessoas e Creonte devido a sua ambição e despotismo, perdeu sua esposa e seu filho. A tragédia nos incita a pensar sobre a responsabilidade de nossas ações dentro de uma dada sociedade. O drama não indica apenas a situação individual, mas sobretudo a situação social. Antígona problematiza os valores preconceituosos da sociedade a medida em que vai adquirindo mais consciência no seu combate contra o edito real. Daí em diante a peça se desenvolve entrelaçando valores antagônicos enaltecendo o poder dos oprimidos contra os opressores. Devemos lembrar que a religião não só era a base da organização da sociedade antiga como perfazia os laços humanos mais íntimos. A luta em vão de Antígona para estabelecer seu direito individual contra o poder arbitrário do Estado representado por Creonte acaba por remeter os que assistem a peça à um amálgama de simpatia e empatia tanto por Antígona quanto por Creonte, porque a peça, essencialmente, revela o antagonismo entre a Lei dos Deuses e a Lei do Homem, podendo ser vista como um dos primeiros impasses jurídicos relatados na História.

HEFESTO, nasceu devido a uma competição de Hera com Zeus, o pai dos deuses. É que Zeus havia dado... more HEFESTO, nasceu devido a uma competição de Hera com Zeus, o pai dos deuses. É que Zeus havia dado à luz a deusa Atená que nasceu de sua cabeça em grande esplendor, visto que ela é a deusa da fecundidade, da vitória e da sabedoria. Hera, resolve então que também ela deve ter um filho sozinha. Dessa disputa desmesurada, nasce Hefesto que segundo a versão de Homero, já teria nascido coxo. Humilhada com a fealdade do filho, Hera o lançou do alto dos céus em direção a Terra. Após a queda que durou um dia inteiro, o infeliz caiu no mar sendo recolhido por duas ninfas que o guardaram numa gruta submarina por nove anos, onde Hefesto então, tem sua longa aprendizagem trabalhando o ferro, o bronze, o ouro e pedras preciosas, tornando-se o mais engenhoso de todos os filhos do céu. Hefesto agora é o senhor do fogo, até mesmo seu jeito claudicante de andar lembra a dança da labareda. São várias suas conquistas, além de ser esse deus a fazer todos os objetos de metal necessários aos demais deuses, Hefesto criou a primeira mulher, a irresistível Pandora! Valente e destemido foi parte ativa nos combates e quando as águas ameaçaram engolir Aquiles, Hefesto as venceu com seu fogo. O fogo que incendeia a água! Além do domínio sobre o fogo, apanágio dos xamãs, Hefesto tem o poder mágico de atar e desatar os nós, ligar e desligar! Assim sendo Hefesto, agora já amadurecido e pleno, fabrica e envia para Hera, um trono de ouro, delicadamente trabalhado em pedras preciosas. Hera ficou extasiada, jamais havia visto uma arte tão rica e bela, mas ao sentar-se no trono ficou atada, ficou presa sem que nenhum dos deuses pudesse libertá-la. Foi necessário que Dioniso embriagasse Hefesto para que este, enfim, libertasse Hera. Simbolicamente, essa saga nos diz que o filho conseguiu paralisar os efeitos psicológicos que sua mãe lhe causava, tornando-o fraco e inferiorizado. Aquele que desejar seguir seu próprio caminho e viver seu propósito há de se libertar psicologicamente de sua mãe! ... acrescento que de seu pai também!