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Papers by TANIA MOTA CHISTE

Research paper thumbnail of “Eu queria ser branco”: reflexões que transbordam as linhas de existência da criança negra

Simbiótica. Revista Eletrônica, Jul 1, 2015

Resumo: Este artigo tem como proposta refletir sobre a maneira como as crianças negras presentes ... more Resumo: Este artigo tem como proposta refletir sobre a maneira como as crianças negras presentes no espaço escolar estão experienciando seus processos de constituição identitários, a partir da fala de um aluno negro que sonha em ser branco. Entende que a escola é um importante espaço de formação do sujeito e procura mostrar também como os discursos produzidos e legitimados pelas ideologias racistas do século XIX influenciaram e influenciam o reconhecimento simbólico do sujeito negro na sociedade brasileira. Para isso, busca dialogar com autores como Schwarcz (1993), Gomes (2007) Paixão (2006), Moura (1988), Munanga (1999), Ramos (1943), Hasenbalg (1992) e Freyre (1933), entre outros que vêm contribuindo para o aprofundamento e melhor compreensão da questão etnicorracial da desigualdade brasileira na educação e na sociedade. Finalmente, o artigo aponta para a necessidade da escola e da sociedade de criar espaços de diálogos e mecanismos potentes para mudar as 1 Essa é a fala de um menino negro de 7 anos ao ser questionado sobre qual seria o seu sonho. Na escola em que ele estuda-no 2º ano das séries iniciais do Ensino Fundamental-, estava-se trabalhando com um projeto institucional que abordava a literatura africana e afro-brasileira. Após a leitura de uma história sobre o sonho de alguns animais, a professora perguntou aos alunos qual era o sonho deles. Com a voz bem baixa e com os olhos voltados para o chão, esse menino disse que o seu sonho era "ser branco".

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Simbiótica. Revista Eletrônica, Jul 1, 2015

Resumo: Este artigo tem como proposta refletir sobre a maneira como as crianças negras presentes ... more Resumo: Este artigo tem como proposta refletir sobre a maneira como as crianças negras presentes no espaço escolar estão experienciando seus processos de constituição identitários, a partir da fala de um aluno negro que sonha em ser branco. Entende que a escola é um importante espaço de formação do sujeito e procura mostrar também como os discursos produzidos e legitimados pelas ideologias racistas do século XIX influenciaram e influenciam o reconhecimento simbólico do sujeito negro na sociedade brasileira. Para isso, busca dialogar com autores como Schwarcz (1993), Gomes (2007) Paixão (2006), Moura (1988), Munanga (1999), Ramos (1943), Hasenbalg (1992) e Freyre (1933), entre outros que vêm contribuindo para o aprofundamento e melhor compreensão da questão etnicorracial da desigualdade brasileira na educação e na sociedade. Finalmente, o artigo aponta para a necessidade da escola e da sociedade de criar espaços de diálogos e mecanismos potentes para mudar as 1 Essa é a fala de um menino negro de 7 anos ao ser questionado sobre qual seria o seu sonho. Na escola em que ele estuda-no 2º ano das séries iniciais do Ensino Fundamental-, estava-se trabalhando com um projeto institucional que abordava a literatura africana e afro-brasileira. Após a leitura de uma história sobre o sonho de alguns animais, a professora perguntou aos alunos qual era o sonho deles. Com a voz bem baixa e com os olhos voltados para o chão, esse menino disse que o seu sonho era "ser branco".

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