TULIO FERREIRA - Academia.edu (original) (raw)
Papers by TULIO FERREIRA
REVISTA DE ESTUDOS INTERNACIONAIS
Resumo: Este artigo, vinculado aos estudos de mídia e relações internacionais, trata da ação do O... more Resumo: Este artigo, vinculado aos estudos de mídia e relações internacionais, trata da ação do Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA), criado pelos EUA, durante a Segunda Guerra Mundial (II GM), para coordenar o relacionamento com os países do continente americano. Dentre os diferentes programas culturais patrocinados pelo OCIAA, observa-se a utilização de meios de comunicação de massa como instrumento para propagação da denominada 'Política de Boa Vizinhança'. Assim, este artigo analisa, entre 1940 e 1946, a eventual utilização do cinema para promover a aproximação hemisférica. Para tanto, de modo a exemplificar esta ação, foram analisadas e comparadas peças cinematográficas de Walt Disney e Orson Welles, buscando esta intencionalidade em seus conteúdos, além de eventuais diferenças, na defesa de valores da citada política externa estadunidense para a América Latina e, mais especificamente, para o Brasil.
Meridiano 47 - Journal of Global Studies, 2013
O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade... more O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade intelectual. No entanto, sao notorios os desrespeitos aos mesmo direitos no territorio nacional. Percorrendo o historico da construcao do arranjo multilateral de defesa da propriedade intelectual, o artigo discute algumas das razoes desta contradicao entre as politicas externa e interna do Brasil.
Resumo O artigo compara o tratamento da Política Externa Brasileira (PEB) nos semanários Veja e C... more Resumo O artigo compara o tratamento da Política Externa Brasileira (PEB) nos semanários Veja e CartaCapital durante os dois mandatos presidenciais de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010). Analisou-se, qualitativa e quantitativamente, cinco grupos temáticos relacionados à PEB com o intuito de contribuir para adensar os estudos sobre meios de comunicação e política externa no Brasil. Assim, em consonância com as abordagens da Análise de Política Externa (APE) e considerando a mútua influência entre mídia, opinião pública e processos políticos, ressaltou-se o papel dos meios de comunicação como ator político. Demonstrou-se, assim, a diferença no tratamento do tema nos dois semanários, testando-se a hipótese de que a divergência explícita das linhas editoriais resultaria em contrastes na cobertura do assunto.
<jats:p>Baum e Potter (2018) enquadram a mídia como ator estratégico independente e possuid... more <jats:p>Baum e Potter (2018) enquadram a mídia como ator estratégico independente e possuidor de diferentes incentivos e preferências. Dada a posição dos grupos midiáticos como mediadores da informação em meio a dois outros importantes atores na condução da política externa – tomadores de decisão e opinião pública – objetiva-se aqui analisar dois corpus: o primeiro composto de editoriais da Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo; e um outro contendo os discursos divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores, a fim de compreender as interações dessa triangulação de atores no caso da crise venezuelana, especificamente entre março e setembro de 2017, período que corresponde a convocação da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela. Os principais resultados apontam para a existência de alinhamento nas considerações entre os tomadores de decisão, os grupos midiáticos avaliados e a opinião pública brasileira sobre a crise venezuelana, embora os incentivos e interesses que os mobilizam sejam diferentes. Os métodos utilizados são a análise semântica dos editoriais; análise de conteúdo quanto aos discursos divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores; quanto aos dados de opinião pública, foi utilizada a análise estatística.</jats:p>
Meridiano 47, 2013
O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade... more O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade intelectual. No entanto, sao notorios os desrespeitos aos mesmo direitos no territorio nacional. Percorrendo o historico da construcao do arranjo multilateral de defesa da propriedade intelectual, o artigo discute algumas das razoes desta contradicao entre as politicas externa e interna do Brasil.
Os intelectuais sao parte constitutiva das sociedades. Seu papel encampa a producao de ideias que... more Os intelectuais sao parte constitutiva das sociedades. Seu papel encampa a producao de ideias que podem ser utilizadas como ‘ road maps ’ para os formuladores e executores da politica externa. Neste sentido, o artigo analisa a atuacao de dois intelectuais do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) que defenderam conceitos que, mesmo que involuntariamente, acabam por compor o arcabouco ideologico da PEI (Politica Externa Independente).
Conjuntura Austral, 2020
O artigo analisa a formulação da Política Externa Brasileira (PEB) no contexto do conflito da Gue... more O artigo analisa a formulação da Política Externa Brasileira (PEB) no contexto do conflito da Guerra das Malvinas (1982), tendo como foco principal o entendimento da posição adotada pelos atores mais relevantes no âmbito deste processo. Assim, o presente estudo busca compreender a opção diplomática brasileira pela “neutralidade imperfeita”, bem como identificar e analisar a influência dos diferentes atores envolvidos no processo de formulação e implementação da política exterior relativa ao conflito. Argumenta-se que a atuação do governo brasileiro resultou do contexto histórico nacional e de relacionamento bilateral com a Argentina, pela centralidade do país vizinho para o governo de João Figueiredo (1979-1985) e pelas características institucionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Neste sentido, a identificação da unidade de decisão prevalente, nomeadamente o Ministro das Relações Exteriores do Brasil à época, Ramiro Saraiva Guerreiro, e o Presidente da República, João...
Revista Brasileira de Política Internacional, 2019
• Este é um artigo publicado em acesso aberto e distribuído sob os termos da Licença de Atribuiçã... more • Este é um artigo publicado em acesso aberto e distribuído sob os termos da Licença de Atribuição Creative Commons, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
Revista Brasileira de Política Internacional, 2002
Revista Brasileira de Política Internacional, 2006
Neste artigo se analisa a política externa do Brasil na gestão do general João Baptista de Olivei... more Neste artigo se analisa a política externa do Brasil na gestão do general João Baptista de Oliveira Figueiredo, último presidente do ciclo militar iniciado com o Golpe de 1964. O Brasil viveu, neste período, processo de abertura política e de recondução do país ao regime democrático. Neste contexto, a Política Exterior da nação conhecida por parte da historiografia como Universalismo caracterizou-se pela aproximação comercial com diversos países nos quatro cantos do mundo e pelo discurso de denúncia das desigualdades existentes no sistema internacional. Entretanto, devido à crise manifestada, no período, em várias dimensões da vida nacional, o Universalismo não se estabeleceu em bases consensuais no aparato burocrático do Estado brasileiro. Houve claras manifestações de descontentamento em relação àquela política externa capitaneada pelo chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro. Assim, o argumento centra-se na discussão e demonstração do contraste entre o Universalismo e seus críticos, bu...
REVISTA DE ESTUDOS INTERNACIONAIS
Resumo: Este artigo, vinculado aos estudos de mídia e relações internacionais, trata da ação do O... more Resumo: Este artigo, vinculado aos estudos de mídia e relações internacionais, trata da ação do Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA), criado pelos EUA, durante a Segunda Guerra Mundial (II GM), para coordenar o relacionamento com os países do continente americano. Dentre os diferentes programas culturais patrocinados pelo OCIAA, observa-se a utilização de meios de comunicação de massa como instrumento para propagação da denominada 'Política de Boa Vizinhança'. Assim, este artigo analisa, entre 1940 e 1946, a eventual utilização do cinema para promover a aproximação hemisférica. Para tanto, de modo a exemplificar esta ação, foram analisadas e comparadas peças cinematográficas de Walt Disney e Orson Welles, buscando esta intencionalidade em seus conteúdos, além de eventuais diferenças, na defesa de valores da citada política externa estadunidense para a América Latina e, mais especificamente, para o Brasil.
Meridiano 47 - Journal of Global Studies, 2013
O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade... more O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade intelectual. No entanto, sao notorios os desrespeitos aos mesmo direitos no territorio nacional. Percorrendo o historico da construcao do arranjo multilateral de defesa da propriedade intelectual, o artigo discute algumas das razoes desta contradicao entre as politicas externa e interna do Brasil.
Resumo O artigo compara o tratamento da Política Externa Brasileira (PEB) nos semanários Veja e C... more Resumo O artigo compara o tratamento da Política Externa Brasileira (PEB) nos semanários Veja e CartaCapital durante os dois mandatos presidenciais de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010). Analisou-se, qualitativa e quantitativamente, cinco grupos temáticos relacionados à PEB com o intuito de contribuir para adensar os estudos sobre meios de comunicação e política externa no Brasil. Assim, em consonância com as abordagens da Análise de Política Externa (APE) e considerando a mútua influência entre mídia, opinião pública e processos políticos, ressaltou-se o papel dos meios de comunicação como ator político. Demonstrou-se, assim, a diferença no tratamento do tema nos dois semanários, testando-se a hipótese de que a divergência explícita das linhas editoriais resultaria em contrastes na cobertura do assunto.
<jats:p>Baum e Potter (2018) enquadram a mídia como ator estratégico independente e possuid... more <jats:p>Baum e Potter (2018) enquadram a mídia como ator estratégico independente e possuidor de diferentes incentivos e preferências. Dada a posição dos grupos midiáticos como mediadores da informação em meio a dois outros importantes atores na condução da política externa – tomadores de decisão e opinião pública – objetiva-se aqui analisar dois corpus: o primeiro composto de editoriais da Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo; e um outro contendo os discursos divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores, a fim de compreender as interações dessa triangulação de atores no caso da crise venezuelana, especificamente entre março e setembro de 2017, período que corresponde a convocação da Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela. Os principais resultados apontam para a existência de alinhamento nas considerações entre os tomadores de decisão, os grupos midiáticos avaliados e a opinião pública brasileira sobre a crise venezuelana, embora os incentivos e interesses que os mobilizam sejam diferentes. Os métodos utilizados são a análise semântica dos editoriais; análise de conteúdo quanto aos discursos divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores; quanto aos dados de opinião pública, foi utilizada a análise estatística.</jats:p>
Meridiano 47, 2013
O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade... more O Brasil e um participante de primeira hora dos arranjos multilaterais de protecao da propriedade intelectual. No entanto, sao notorios os desrespeitos aos mesmo direitos no territorio nacional. Percorrendo o historico da construcao do arranjo multilateral de defesa da propriedade intelectual, o artigo discute algumas das razoes desta contradicao entre as politicas externa e interna do Brasil.
Os intelectuais sao parte constitutiva das sociedades. Seu papel encampa a producao de ideias que... more Os intelectuais sao parte constitutiva das sociedades. Seu papel encampa a producao de ideias que podem ser utilizadas como ‘ road maps ’ para os formuladores e executores da politica externa. Neste sentido, o artigo analisa a atuacao de dois intelectuais do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) que defenderam conceitos que, mesmo que involuntariamente, acabam por compor o arcabouco ideologico da PEI (Politica Externa Independente).
Conjuntura Austral, 2020
O artigo analisa a formulação da Política Externa Brasileira (PEB) no contexto do conflito da Gue... more O artigo analisa a formulação da Política Externa Brasileira (PEB) no contexto do conflito da Guerra das Malvinas (1982), tendo como foco principal o entendimento da posição adotada pelos atores mais relevantes no âmbito deste processo. Assim, o presente estudo busca compreender a opção diplomática brasileira pela “neutralidade imperfeita”, bem como identificar e analisar a influência dos diferentes atores envolvidos no processo de formulação e implementação da política exterior relativa ao conflito. Argumenta-se que a atuação do governo brasileiro resultou do contexto histórico nacional e de relacionamento bilateral com a Argentina, pela centralidade do país vizinho para o governo de João Figueiredo (1979-1985) e pelas características institucionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Neste sentido, a identificação da unidade de decisão prevalente, nomeadamente o Ministro das Relações Exteriores do Brasil à época, Ramiro Saraiva Guerreiro, e o Presidente da República, João...
Revista Brasileira de Política Internacional, 2019
• Este é um artigo publicado em acesso aberto e distribuído sob os termos da Licença de Atribuiçã... more • Este é um artigo publicado em acesso aberto e distribuído sob os termos da Licença de Atribuição Creative Commons, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o autor e a fonte originais sejam creditados.
Revista Brasileira de Política Internacional, 2002
Revista Brasileira de Política Internacional, 2006
Neste artigo se analisa a política externa do Brasil na gestão do general João Baptista de Olivei... more Neste artigo se analisa a política externa do Brasil na gestão do general João Baptista de Oliveira Figueiredo, último presidente do ciclo militar iniciado com o Golpe de 1964. O Brasil viveu, neste período, processo de abertura política e de recondução do país ao regime democrático. Neste contexto, a Política Exterior da nação conhecida por parte da historiografia como Universalismo caracterizou-se pela aproximação comercial com diversos países nos quatro cantos do mundo e pelo discurso de denúncia das desigualdades existentes no sistema internacional. Entretanto, devido à crise manifestada, no período, em várias dimensões da vida nacional, o Universalismo não se estabeleceu em bases consensuais no aparato burocrático do Estado brasileiro. Houve claras manifestações de descontentamento em relação àquela política externa capitaneada pelo chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro. Assim, o argumento centra-se na discussão e demonstração do contraste entre o Universalismo e seus críticos, bu...