Willian Eduardo Righini de Souza (original) (raw)

Papers by Willian Eduardo Righini de Souza

Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, 2023

A biblioteca pública desempenha um papel inclusivo ao receber pessoas em situação de vulnerabilid... more A biblioteca pública desempenha um papel inclusivo ao receber pessoas em situação de vulnerabilidade social, como aquelas em situação de rua, sob a influência de drogas e com doenças mentais. Nesse contexto, algumas bibliotecas públicas, especialmente nos Estados Unidos, têm contratado assistentes sociais para oferecer apoio a esses grupos. Para melhor atendê-los, é preciso conhecer as suas necessidades, como eles veem a biblioteca e o atendimento que recebem. Também é fundamental compreender como bibliotecários e assistentes sociais podem trabalhar em sintonia, compartilhando conhecimentos e dividindo responsabilidades quando o usuário apresenta suas demandas. Assim, propõe-se discutir essa relação profissionala partir de documentos disponíveis na base de dados Web of Sciencesobre o atendimento de grupos de usuários específicos na biblioteca pública, como pessoas em situação de rua, desempregados e imigrantes. A análise indica que a relação de trabalho entre bibliotecários e assistentes sociais ainda não está bem definida, que muitos bibliotecários consideram não terem sido preparados em sua formação para receber os mais diversos tipos de usuários e que a cooperação entre esses profissionais tende a se limitar ao atendimento de usuários em circunstâncias emergenciais, sem uma maior discussão sobre as interseções entre as suas respectivas áreas do conhecimento.

Revista Educação e Cultura Contemporânea, 2020

Discute a importância da leitura de clássicos literários no Ensino Médio e as práticas de leitura... more Discute a importância da leitura de clássicos literários no Ensino Médio e as práticas de leitura entre jovens. A partir da observação empírica em um grupo de leitura com alunos do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública federal localizada no Estado de São Paulo, aponta que é frequente a rejeição a livros considerados clássicos no ambiente escolar. Tendo esse quadro como referência e por meio de pesquisa bibliográfica, reflete sobre a necessidade de se realizar esse tipo de leitura na escola. Argumenta que a escola não tem como garantir prazer estético ao aluno, ainda que possa facilitá-lo por meio de mediações. Nesse sentido, defende um maior diálogo entre as áreas da Educação e da Ciência da Informação, contribuindo para atividades extracurriculares, o incentivo à leitura integral de textos, a mediação cultural e a valorização da biblioteca.

Encontros Bibli, 2020

Apresentar e discutir a criação de bibliotecas de sementes em bibliotecas públicas. Ao analisar e... more Apresentar e discutir a criação de bibliotecas de sementes em bibliotecas públicas. Ao analisar esse serviço, pretende contribuir para as reflexões sobre o papel da biblioteca pública na contemporaneidade. Método: Em sua primeira parte, o artigo realiza uma revisão de literatura para expor a concepção de biblioteca de sementes disponível nos escassos trabalhos sobre o tema. Em seguida, desenvolve um estudo de caso sobre a criação de uma biblioteca de sementes na biblioteca de uma instituição de ensino brasileira. Resultado: Constata que as bibliotecas de sementes têm se expandido em países como os Estados Unidos, mas a discussão sobre esse serviço é ainda incipiente na Ciência da Informação. Expõe que esses projetos desejam conscientizar seus usuários sobre a alimentação saudável e a preservação do meio ambiente, além de disponibilizar informações que subsidiam o manejo das sementes oferecidas. Contudo, a falta de profissionais qualificados, espaços adequados e recursos financeiros dificultam a sua continuidade em bibliotecas públicas. Conclusões: A biblioteca de sementes se insere nas reflexões sobre a existência de uma biblioteca pública dinâmica e rica em serviços, de acordo com os anseios de sua comunidade. Entretanto, estudos de caso revelam os desafios que algumas bibliotecas precisam superar para conseguir desenvolver esse tipo de iniciativa com eficiência e sem comprometer os serviços já existentes.

Entreideias: educação, cultura e sociedade, 2019

Pretende-se discutir as diferentes motivações que atuam nas práticas de leitura durante a adolesc... more Pretende-se discutir as diferentes motivações que atuam nas práticas de leitura durante a adolescência, afetando a compreensão, fruição, capacidade imaginativa e retenção de informações, especialmente na leitura de textos literários. As motivações foram divididas em extrínsecas e intrínsecas para mostrar que, embora elas coexistam e se relacionem, os seus efeitos são, na maioria das vezes, antagônicos, sobretudo quando analisadas isoladamente. Nesse sentido, aponta-se que as motivações intrínsecas são um fator preponderante para o letramento literário, devendo ser um elemento mais valorizado para que adolescentes alcancem uma maior inclusão social na sociedade da informação. Para apresentar esses resultados, produziu-se uma revisão de literatura com obras que buscaram investigar os fatores que encorajam uma pessoa a ler, como pressões escolares, elogios e recompensas. Conclui-se que as motivações intrínsecas são as mais positivas para o letramento literário por melhorar a compreensão textual, a aquisição de vocabulário e a expressão verbal, além de estarem relacionadas a um maior interesse por diferentes culturas e a frequência a instituições culturais.

Informação & Informação, 2018

Introdução: O Brasil tem ganhado diversos clubes de leitura nos últimos anos, exigindo uma maior ... more Introdução: O Brasil tem ganhado diversos clubes de leitura nos últimos anos, exigindo uma maior atenção da academia para entender esse fenômeno já popularizado na América do Norte e Europa.
Objetivo: Pretende-se discutir as principais críticas aos clubes de leitura em relação ao perfil dos seus frequentadores, à seleção de livros, aos tipos de leitura, aos modos de interação (presencial ou virtual) e ao papel do mediador.
Metodologia: Por meio de uma revisão de literatura, comparam-se os argumentos prós e contrários aos clubes de leitura, especialmente em relação ao modelo dominante nos Estados Unidos e Europa.
Resultados: Apresentam-se os diferentes tipos de clubes existentes (para adultos, escolar, televisivo, virtual, etc.) e apontam-se as suas principais características.
Conclusões: Um clube torna-se mais eficaz e atraente quando consegue conciliar o prazer com o estudo literário. Para tanto, defende-se a presença de um mediador e algum tipo de roteiro para discussão.

Discute-se o oferecimento de serviços e atividades de mediação cultural fora do edifício da bibli... more Discute-se o oferecimento de serviços e atividades de mediação cultural fora do edifício da biblioteca. A partir da concepção de biblioteca como um espaço de mediações, indaga-se como atender as diferentes necessidades informacionais e de mediação cultural dos usuários quando o edifício da instituição não dispõe de estrutura física adequada. Por meio de pesquisa bibliográfica e estudos de caso, como o da criação de um grupo de conversação em inglês em uma biblioteca escolar/universitária, aborda-se as vantagens e os desafios de realizar essas ações em um local externo. Ao considerar a diversidade de serviços e a contribuição para o aumento do capital social, reflete-se sobre a missão das bibliotecas no século XXI e os ajustes a serem feitos para que elas se constituam em centros do conhecimento. Conclui-se que oferecer atividades fora dos muros da biblioteca é importante para alcançar usuários com dificuldades de locomoção, além de ser uma ação de marketing. Contudo, em alguns contextos, como na falta de funcionários e de investimentos, criar serviços em outro local pode não ser uma solução para a inexistência de estrutura física, impossibilitando o bom funcionamento da instituição.

Verifica-se, nos últimos anos, um crescente debate, seja na imprensa, nas redes sociais ou nas ca... more Verifica-se, nos últimos anos, um crescente debate, seja na imprensa, nas redes sociais ou nas casas legislativas de todo o Brasil, sobre a " ideologia de gênero ". A partir do discurso de que esta " ideologia " seria uma " ameaça à família " , " a Deus " , " à moral e aos bons costumes " , políticos conservadores têm tentado aprovar leis para impedir a discussão nas escolas de temas relacionados ao conceito de gênero, incluindo nesta proibição o acesso a livros, didáticos ou ficcionais. Considerando esse quadro, apresenta-se uma revisão de literatura que relaciona os estudos de gênero e as pesquisas sobre censura no Brasil com o objetivo de investigar se tais ações políticas e práticas discursivas são uma novidade, como a expressão " ideologia de gênero " , ou se suas justificativas e consequências apresentam uma continuidade com outros momentos da história do país. Conclui-se que as tentativas de censura a livros que questionam a moral sexual dominante são uma realidade ao menos desde o Estado Novo e que os argumentos utilizados contra determinadas fontes de informação se assemelham ao longo do século XX e início do XXI. Alerta-se ainda para o risco do emprego de expressões vagas e obscuras que podem promover a censura, mesmo quando ela não está definida explicitamente em lei.

Palavras-chave: Censura. Estudos de gênero. Livro. Biblioteca. Orientação sexual.

O artigo discute as principais características dos canais de venda de livros, especialmente os de... more O artigo discute as principais características dos canais de venda de livros, especialmente os de livro de bolso. Indica como as representações das coleções bibliográficas são influenciadas pelos locais onde são expostas e comercializadas. Aponta que, ao longo de séculos, cada canal privilegiou determinados perfis de leitores, embora as suas fronteiras tenham se atenuado nas últimas décadas. Expõe que alguns canais, como o porta a porta, o reembolso postal, o Clube do Livro e a internet, são mais fluídos e não apresentam a rigidez da divisão identificada entre livraria e canais alternativos, como: a banca de jornal, o supermercado e a estação de trem. Conclui que os conflitos em torno das representações dos canais de venda se atenuaram nos últimos anos, mas ainda ajudam a explicar a nossa relação com determinados gêneros, coleções e espaços de oferecimento de livros.

Logos, 2013

Pretende-se apresentar e discutir o surgimento de algumas das principais editoras/coleções de liv... more Pretende-se apresentar e discutir o surgimento de algumas das principais editoras/coleções de livros em brochura nos Estados Unidos e Inglaterra durante o século XX. Ao mesmo tempo, procura-se esclarecer o significado e extensão da expressão Revolução da brochura e mostrar como esse mercado sofreu significativas transformações ao longo dos últimos setenta anos. Palavras-Chave: Livro em brochura; livro econômico; mercado editorial.

O artigo discorre sobre a história do livro de bolso na França, do lançamento da coleção Le Livre... more O artigo discorre sobre a história do livro de bolso na França, do lançamento da coleção Le Livre de Poche, em 1953 às propostas editoriais do início do século XXI. Destaca-se a materialidade dos livros, como o formato e o número de páginas, e aspectos de sua produção e oferta, como o número de exemplares e o preço final. Percorrendo seis décadas, enumeram-se iniciativas, como o semi-poche e o livre à 10 francs, que permitiram questionar a própria ideia de livro de bolso. Por fim, retrata-se o estado atual deste mercado na França.

Pretende analisar a divisão dos patrimônios culturais em materiais e imateriais. A partir de revi... more Pretende analisar a divisão dos patrimônios culturais em materiais e imateriais. A partir de revisão de literatura e resoluções oficiais apresentam-se os discursos e condições que produziram esta categorização historicamente. Em seguida, sustenta-se que todo bem cultural possui ambas as características, demonstrando que tal oposição é apenas circunstancial e não se sustenta na relação da sociedade com os seus produtos culturais. Assim sendo, o artigo contribui para uma reflexão sobre os estudos patrimoniais e as abordagens produzidas por diferentes disciplinas, entre elas a Ciência da Informação.

Na Ciência da Informação, bibliotecas, museus e arquivos têm se apresentado como verdadeiros labo... more Na Ciência da Informação, bibliotecas, museus e arquivos têm se apresentado como verdadeiros laboratórios para projetos de mediação cultural. Após o mapeamento do ambiente, do acervo, dos profissionais e visitantes, instituem-se ações para promover a apropriação de saberes e obras pelo público. Deste modo, estes centros de informação se configuram como espaços semicontrolados que permitem identificar suas características para projetar uma intervenção, no caso, a mediação cultural 1 .

O objetivo deste artigo é analisar os limites e contribuições da história oral para uma discussão... more O objetivo deste artigo é analisar os limites e contribuições da história oral para uma discussão sobre a fronteira entre o individual e o coletivo
na construção mnemônica, permitindo, entre outras coisas, um questionamento sobre a ideia de autonomia e/ ou dominação/ reprodução discursiva nos relatos produzidos. Ao mesmo
tempo, pretende-se abordar a possibilidade da narrativa elaborada pela história oral incentivar nos entrevistados uma reflexão crítica sobre
a sociedade e suas experiências pessoais, demonstrando suas especificidades na escrita da história. Em relação ao papel da memória,
analisamos as diferenças de pensamento entre Maurice Halbwachs, com sua teoria dos quadros sociais de memória, e Walter Benjamin/ Hannah Arendt, que identificam, na modernidade, o declínio da experiência coletiva e tradição. Já sobre a construção de uma narrativa por meio de entrevistas, dialogamos com Michel de Certeau, Paul Veyne e Carlo Ginzburg para uma discussão sobre a validade de alguns tópicos da teoria da história para o contexto de produção da história oral.

Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas ... more Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas desde a invenção da imprensa que buscaram ampliar o consumo de livros e/ou diversificar o seu público leitor utilizando a sua edição, o que permitiu, entre outras coisas, o surgimento do livro de bolso. Como resultado, sustentamos que, apesar da popularização e massificação do livro ter ocorrido somente no século XIX, as intervenções editoriais desenvolvidas nesse período com a finalidade de alcançar classes antes não leitoras já eram aplicadas há alguns séculos.

Le succès du livre de poche au XXe siècle, avec des collections atteignant des millions d’exempl... more Le succès du livre de poche au XXe siècle, avec des collections atteignant des millions d’exemplaires vendus, a fait s’interroger ses partisans tout autant que ses détracteurs sur la possibilité qu’une politique d’encouragement à la lecture passant par une baisse des prix, l’apparition de nouveaux points de vente destinés à toucher ceux qui n’achètent jamais ou rarement des livres, et ainsi susciter l’émergence de nouveaux lecteurs. L’idéal de démocratisation culturelle, qui touchait également les secteurs de la musique, du théâtre et des arts visuels, a connu un regain d’intérêt dans le milieu universitaire et dans l’administration culturelle publique. Compte tenu des précédents concernant l’expansion des collections de poche au Brésil, cet article examine dans quelle mesure le livre de poche a été considéré, au Brésil, comme un instrument d’encouragement de la lecture publique dans un pays pour lequel les obstacles éducatifs et symboliques concernant le rapport à l’écrit persistent. La vaste bibliographie, en France tout comme au Brésil, produite autour de la genèse de l’idée de « démocratisation culturelle », montre que la place dévolue au livre de poche comme instrument potentiel des politiques culturelles, reste faible, faute d’avoir pu générer, tout comme le cinéma, un consensus sur la question des publics de bénéficiaires d’ouvrages édités sous ce format. Nous proposons, dans cet article, d’analyser le discours sur le public du livre de poche au Brésil en nous demandant dans quelle mesure les pratiques de lecture sur petit format peuvent promouvoir la consommation de livres en touchant un plus large public, comme les maisons d’édition le suggèrent.

Ao contrário de países como França e Inglaterra, o Brasil não possui uma tradição de publicação d... more Ao contrário de países como França e Inglaterra, o Brasil não possui uma tradição de publicação de bibliografias comerciais correntes ou públicas nacionais que permitam averiguar a produção nacional de livros por longos períodos, ainda que o depósito legal seja uma realidade há mais de um século. As nossas principais bibliografias foram interrompidas ou perderam continuidade após alguns anos, dificultando a realização de pesquisas sobre determinados períodos históricos. Atualmente, o Brasil não dispõe de uma bibliografia nacional corrente e a Biblioteca Nacional enfrenta dificuldades para manter os seus registros eletrônicos atualizados. Nesta perspectiva, defende-se que os catálogos editoriais podem contribuir para pesquisas ao permitir a constituição de listas bibliográficas, embora, na maioria das vezes, não adotem um vocabulário controlado para facilitar a recuperação dos seus registros. Com o advento do digital, diversas editoras têm substituído a produção de catálogos impressos pela disponibilização de registros online. Assim sendo, aborda-se, a partir deste quadro, o catálogo editorial e a bibliografia com fontes de pesquisa assim como se discute os avanços e desafios para a produção desses instrumentos na contemporaneidade.

Revista FAMECOS, 2014

Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas ... more Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas que pretenderam popularizar o livro no Brasil e alcançar novos leitores, levando à criação de coleções de livros de bolso. Como resultado, observamos que, apesar da existência de livros de bolso no país não ser algo recente, cada período privilegiou determinados públicos, características editoriais, estratégias de venda e divulgação, revelando a relação dessas coleções com o contexto socioeconômico no qual elas foram produzidas.

Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, 2010

... patrimônio nacional eo instrumento estabelecido para preservá-lo, o tombamento, referia-se ..... more ... patrimônio nacional eo instrumento estabelecido para preservá-lo, o tombamento, referia-se ...e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V. os conjuntos urbanos e ... arquivos, coleções em museus e acervos bibliográficos em bibliotecas que podem ser ...

Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, 2011

Page 1. DOI:10.5007/1984-8951.2011v12n101p219 Cad. de Pesq. Interdisc. em Ci-s. Hum-s., Florianóp... more Page 1. DOI:10.5007/1984-8951.2011v12n101p219 Cad. de Pesq. Interdisc. em Ci-s. Hum-s., Florianópolis, v.12, n.101, p.199-218, ago/dez 2011 Os usos sociais do conceito de cultura: a legitimação de patrimônios por representações ...

Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, 2023

Revista Educação e Cultura Contemporânea, 2020

Encontros Bibli, 2020

Entreideias: educação, cultura e sociedade, 2019

Informação & Informação, 2018

Palavras-chave: Censura. Estudos de gênero. Livro. Biblioteca. Orientação sexual.

Logos, 2013

Revista FAMECOS, 2014

Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas ... more Este artigo apresenta, por meio de uma revisão de literatura, algumas das principais iniciativas que pretenderam popularizar o livro no Brasil e alcançar novos leitores, levando à criação de coleções de livros de bolso. Como resultado, observamos que, apesar da existência de livros de bolso no país não ser algo recente, cada período privilegiou determinados públicos, características editoriais, estratégias de venda e divulgação, revelando a relação dessas coleções com o contexto socioeconômico no qual elas foram produzidas.

Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, 2010

Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas, 2011

Apresentam-se as contribuições e os benefícios da literatura segundo diferentes autores da teoria... more Apresentam-se as contribuições e os benefícios da literatura segundo diferentes autores da teoria literária para discutir a legitimidade dos clubes de leitura a partir dos usos do livro e da leitura realizados pelos seus integrantes. O Brasil tem ganhado diversos clubes de leitura nos últimos anos, alguns de alcance nacional. Essa maior visibilidade, impulsionada pela Internet, estimula questionamentos sobre as razões do seu sucesso, o interesse em sua participação e os tipos de leitura que eles realizam ou mesmo incentivam. Na bibliografia internacional, encontram-se inúmeras críticas aos clubes, como a falta de uma discussão mais aprofundada da obra lida, a inobservância da intertextualidade, a pouca variedade de gêneros, entre outras características que, em alguns casos, transformariam o livro em apenas um acessório de um encontro entre amigos. Por outro lado, ao considerar as opiniões de leitores comuns, verificam-se diversas vantagens que os clubes trariam à vida de seus participantes. Nesse sentido, busca-se mostrar como os clubes de leitura, em crescimento no país, colaboram para reflexões sobre a importância da literatura tanto para o indivíduo como para a sociedade.

Pretende-se discutir como a consolidação da noção de patrimônio intangível na segunda metade do s... more Pretende-se discutir como a consolidação da noção de patrimônio intangível na segunda metade do século XX reformulou a própria ideia de patrimônio, sua identificação, preservação, promoção e valor social. Ao contrapor os enfoques no objeto e no discurso, procura-se apontar as bases da oposição entre os conceitos de patrimônio material e imaterial. A partir da Teoria da Materialidade da Comunicação, de Hans Ulrich Gumbrecht, defende-se um maior reconhecimento do aspecto material dos patrimônios culturais, não o reduzindo a mero suporte do sentido. Conclui-se que todo patrimônio intangível possui uma materialidade e que ela afeta os indivíduos antes mesmo de se estabelecer como discurso.