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Books by Yves São Paulo

Research paper thumbnail of A metafísica da cinefilia

Editora Fi, 2020

Cada espectador de cinema é diferente, se porta de maneira própria perante um filme, sente algo d... more Cada espectador de cinema é diferente, se porta de maneira própria perante um filme, sente algo de completamente diferente do restante do público. Ainda assim, existe algo que o grande apaixonado por esta arte possui em comum com outros que partilham desta paixão, e este algo carrega o nome de cinefilia. Neste livro busca-se compreender as diferentes abordagens de um espectador frente a um filme, para que se caminhe em direção à compreensão de que a cinefilia é uma emoção que une espectador e filme num mesmo tecido de memória.

Papers by Yves São Paulo

Research paper thumbnail of Nadia Virginia Carneiro e Charliston Nascimento (Orgs.) Dossiê Estética Contemporânea - Revista Ideação, n.31 (2015)

Revista Ideação - Dossiê Estética Contemporânea, 2015

DOSSIÊ “ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA” (Organização de Nadia Virginia Carneiro e Charliston Pablo do N... more DOSSIÊ “ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA”
(Organização de Nadia Virginia Carneiro e Charliston Pablo do Nascimento - Revista Ideação, n.31, 2015):

ARTIGOS:

Carla Milani Damião (UFG): “A reconfiguração do conceito de sinceridade em teorias pós-modernas”;

Carol Barreto (UFBA) e Leandro Soares da Silva (UNEB): “Moda: aspectos discursivos da aparência”;

Charliston Nascimento (UEFS): “O dilema da mimesis em Arthur Danto”;

Edson Manzan Corsi: “A histeria e a perda: considerações sobre a histeroepilepsia de Fiódor M. Dostoievski”;

João Ricardo Moderno (UERJ): “Estética da liberdade em Ionesco”

Miguel Gally (UnB): “A (des)importância do espaço para pensar as artes visuais: entre Heidegger e o ambiente da arte”;

Nadia Virginia Carneiro (UNEB): “Arte, reprodutibilidade, consumo e outras modernidades devoradoras”;

Pedro Carneiro (UEFS): “Análise musical na perspectiva de uma fenomenologia da percepção”;

Rodrigo Duarte (UFMG): “A atualidade da teoria crítica no Brasil: o exemplo da indústria cultural”

Washington L. L. Drummond (UNEB): “Sacrifício das formas: da estética ao sujeito”

Lennon Noleto (UnB): “Como ver o mundo: a vanguarda romântica de Franz Marc”;

Marcelo Vinicius Miranda Barros (UEFS): “Arthur Danto e o limite do papel do discurso: entre a filosofia e a literatura”;

Ramiro Délio Borges de Meneses (Universidade Católica Portuguesa): “Hospitalidade como desconstrução pela parusia segundo Jacques Derrida”;

Yves Marcel de Oliveira São Paulo (UEFS): “O espetáculo experimentado: o plano-sequência e o cinema realista”.

Research paper thumbnail of Uma interpretação do papel da escuridão no sublime de Burke

REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA

John Locke interpreta que a luz causa mais dores do que a escuridão. A partir desta leitura, Edmu... more John Locke interpreta que a luz causa mais dores do que a escuridão. A partir desta leitura, Edmund Burke realiza uma crítica ao seu antecessor para mostrar o papel da escuridão e da obscuridade no desenvolvimento das ideias de sublime. O sublime de Burke compreende a uma transformação da dor em deleite, quando a dor desaparece. Desta forma, a escuridão, sendo fonte de horror e dor, seria também uma das fontes para extrair ideias sublimes a partir da evocação de algo que se esconde por trás de sua miragem da ausência. Seguindo a leitura acerca do que é o sublime em Burke, do papel da escuridão em promover o sublime, do conflito entre escuridão e luz, será feita a interpretação de uma obra fílmica – O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman – e de uma obra literária – Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago. Em ambos os casos serão notados o papel da obscuridade, mas a partir de imagens divergentes.

Research paper thumbnail of O Espetáculo Experimentado: O Plano-Sequência e O Cinema Realista

Partindo da teoria da atencao de Hugo Munsterberg e sobre o pensamento do plano-sequencia de Andr... more Partindo da teoria da atencao de Hugo Munsterberg e sobre o pensamento do plano-sequencia de Andre Bazin, fazemos no presente estudo o questionamento sobre a forma de um cinema realista. Realista nao simplesmente no sentido de apresentar detalhes da realidade, mas de ser capaz de inserir o espectador na obra. O espectador participando do espetaculo faria mais que assisti-lo, o experimentaria. Para isso e necessario um estudo das formas do cinema, levando em conta suas tecnicas. No presente artigo sera feito este exercicio de pensamento do cinema, introduzindo-nos brevemente em sua historia ate o momento em que o plano-sequencia passa a desempenhar papel importante dentro da cinematografia mundial.

Research paper thumbnail of A metafísica da cinefilia: uma leitura bergsoniana do cinema

Research paper thumbnail of Travelling É Uma Questão Moral: A Filosofia Do Cinema

Filosofando Revista De Filosofia Da Uesb, Jan 11, 2014

A discussao acerca da moral no cinema vai muito alem do simples questionamento da trama de um fil... more A discussao acerca da moral no cinema vai muito alem do simples questionamento da trama de um filme, uma vez que a forma do filme tambem pode estar suscetivel a esse debate. A conscientizacao de que a forma do filme tambem interfere no modo de ver o seu conteudo dita a construcao deste artigo. Partimos, assim, do principio desse questionamento com a sentenca: “travelling e uma questao moral”. Dessa moral encontrada num movimento de câmera, discutimos a representacao encontrada em dois filmes sempre lembrados quando desta discussao: Noite e neblina e Kapo.

Research paper thumbnail of Bergson literato – ensaio sobre o estilo de composição do texto filosófico

Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), 2019

Neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de escritafilosófica e as influências que os ... more Neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de escritafilosófica e as influências que os artifícios de composição do literatoficcionista podem exercer sobre a criação de um texto de filosofia, tomandoo caso específico da filosofia de Henri Bergson, e como o usode imagens e analogias, particularmente, desempenham papel especialno desenvolvimento da intuição como método para chegar à duração.

Research paper thumbnail of O Relógio, O Cinematógrafo e O Instante: Henri Bergson Na Virada Do Século

Revista Ideação, 2018

O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma ... more O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma característica em comum: o tratamento do tempo como sendo quantitativo. Henri Bergson traça o paralelo entre o cinematógrafo e a inteligência. O cinematógrafo refaz o movimento a partir de instantes. Mas o tempo é mais que uma coleção de instantes. O cinematógrafo e o relógio tratam o devir sempre do mesmo modo. Com o auxílio de Mary Ann Doane, daremos uma segunda chance ao cinematógrafo. Esta máquina criada ao apagar das luzes do século XIX é capaz de fazer arte. E assim, ela também é capaz de criar uma experiência de duração.

Research paper thumbnail of A coincidência, o espectador e o papel da crítica: Um ensaio bergsoniano

Resumo: por meio deste ensaio nos propomos a pensar a critica de cinema em tres diferentes estagi... more Resumo: por meio deste ensaio nos propomos a pensar a critica de cinema em tres diferentes estagios, cada um deles em relacao um com o outro. O primeiro trata de estabelecer uma base bergsoniana para a discussao, tomando como ponto de partida seu ensaio Introducao a metafisica, de 1903, e as concepcoes de coincidencia e simpatia nele desenvolvidas. O segundo estagio parte das nocoes encontradas no ensaio de Henri Bergson para pensar o espectador de cinema e, mais especificamente, o critico enquanto espectador. Dai passarmos para o terceiro estagio e encontramos o objetivo central de nosso ensaio, pensar a experiencia do critico como espectador e o modo como ele pode tambem transformar seu trabalho numa experiencia literaria que aproxime seu leitor de intuir a experiencia tida por ele (o critico) ao assistir ao filme criticado.

Research paper thumbnail of Introdução Ao Sublime Em Longino

Peri Hypsous e o mais antigo tratado sobre o sublime a chegar as nossas maos. O presente artigo r... more Peri Hypsous e o mais antigo tratado sobre o sublime a chegar as nossas maos. O presente artigo revisita sua historia, desde a querela envolvendo a identidade do autor, ate as variantes interpretativas de sua insercao no universo da retorica. Tambem sera interpretada a relacao do termo grego Hypsos, traduzido por sublime, com a nocao de Logos e as implicacoes filosoficas desta relacao. Ao relacionar Hypsos com Logos, o tratado de Longino se posiciona divergente aos demais tratados retoricos sobre arte, abordando um sentimento natural com repercussoes eticas.

Research paper thumbnail of A Metafísica Da Cinefilia: Uma Leitura Bergsoniana Do Cinema

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFBA, fundamentando na metaf... more Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFBA, fundamentando na metafísica de Henri Bergson a busca pela compreensão da Cinefilia como emoção.

Research paper thumbnail of O nascimento de uma sexta arte

Revista Sísifo, 2020

O nascimento de uma sexta arte Ensaio sobre o cinematógrafo Ricciotto Canudo Traduzido por Yves S... more O nascimento de uma sexta arte
Ensaio sobre o cinematógrafo
Ricciotto Canudo
Traduzido por Yves São Paulo
Ricciotto Canudo (1877-1923) foi um poeta, romancista e crítico de cinema italiano, frequentemente referenciado como o responsável pelo título de "sétima arte" ao cinematógrafo, ainda nos idos da década de 1910. Seu ensaio de 1911, aqui reproduzido integralmente em tradução inédita, faz parte de uma primeira compreensão de Canudo sobre a nova arte, contando o cinematógrafo como sendo a sexta arte, muito em inspiração do que haveriam feito filósofos como Kant e Hegel antes dele, que listavam cinco artes. É somente em 1923 que Canudo publicará seu Manifesto das Sete Artes, onde apontará o cinema como sendo a sétima arte, incluindo à lista a dança faltante na primeira incursão. Contudo, o leitor encontrará neste O Nascimento de uma Sexta Arte um ensaio de fôlego, defendendo o Cinematógrafo como arte, própria ao mundo moderno, realizando o exercício de pensar a novidade tanto em seu aspecto estético, quanto ontológico, oferecendo rico material aos estudiosos de filosofia da arte, e em particular aos estudiosos da arte cinematográfica.

Research paper thumbnail of Formas do intangível: Carl Th. Dreyer e o conceito de "estilo transcendental"

Revista Sísifo, 2020

O livro Transcendental Style in Film, escrito em 1972 pelo futuro diretor de cinema Paul Schrader... more O livro Transcendental Style in Film, escrito em 1972 pelo futuro diretor de cinema Paul Schrader, oferece talvez a mais extensiva análise de como um estilo particular de filme pode ter uma significância religiosa específica. O artigo provê uma discussão crítica da teoria de Schrader, com foco particular nos filmes de Carl Th. Dreyer. As ideias de Schrader são comparadas a explicações alternativas das mesmas características estilísticas feitas por autores como David Bordwell e Torben Grodal. O artigo conclui que enquanto Schrader identifica um número pertinente de características estilísticas, o "filme transcendental" é mais bem compreendido como subconjunto dos filmes de arte. A descrição de Torben Grodal dos entrelaçamentos entre o efeito de um estilo saliente (e por vezes abstrato) e o conteúdo temático indicativo de maior significância, casado com a contribuição de um espectador bem disposto, é, o artigo argumenta, mais plausível que a análise de Schrader.
Palavras-chave: Carl Theodor Dreyer; Paul Schrader; Religião e filme; Estilo transcendental; Estilo fílmico; Teoria cognitiva de cinema.
Abstract
The book Transcendental Style in Film, written in 1972 by future film director Paul Schrader, offers perhaps the most extensive analysis of how a particular film style might have a specifically religious significance. The article provides a critical discussion of Schrader's theory, with a particular focus on the films of Carl Th. Dreyer. Schrader's ideas are compared to alternative explanations of the same stylistic features provided by David Bordwell and Torben Grodal. The article concludes that while Schrader Identifies a number of pertinent stylistic features, the 'transcendental film' is better understood as a subset of the art film mode. Torben Grodal's description of the intertwined effect of a salient (often abstract) style and thematic content indicative of higher meaning, coupled with the contribution of a suitably disposed spectator, is, the article argues, more plausible than Schrader's analysis.

Research paper thumbnail of A resistência do silêncio

Revista Sísifo, 2019

Neste ensaio buscamos pensar o silêncio como uma forma de resistência política. Dentro do mundo d... more Neste ensaio buscamos pensar o silêncio como uma forma de resistência política. Dentro do mundo das redes sociais e do compartilhamento de dados entre grandes corporações, o fornecimento de dados por parte dos usuários de aplicativos e plataformas digitais se tornou um valioso componente do jogo mercantil. Tendo ciência do valor de sua palavra, o usuário destas plataformas também pode começar a pensar até que ponto também o seu silêncio tem valor. Palavras-chave: Silêncio; Big data; indústria cultural; sublime.

Abstract In this essay we seek to think of silence as a form of political resistance. Within the world of social networking and data sharing between large corporations, the provision of data from users of digital applications and platforms has become a valuable component of commercial gaming. Being aware of the value of your word, the user of these platforms can also begin to wonder to what extent their silence also has value. Fica o silêncio depois da música e depois do sermão, que importa que se louve o sermão e aplauda a música,

Research paper thumbnail of A COINCIDÊNCIA, O ESPECTADOR E O PAPEL DA CRÍTICA: UM ENSAIO BERGSONIANO

Revista ArteFilosofia, 2019

Resumo: Por meio deste ensaio nos propomos a pensar a crítica de cinema em três diferentes estági... more Resumo: Por meio deste ensaio nos propomos a pensar a crítica de cinema em três diferentes estágios, sendo que cada estágio relaciona-se ao outro. O primeiro trata de estabelecer uma base bergsoniana para a discussão, tomando como ponto de partida seu ensaio Introdução à metafísica, de 1903, e as concepções de coincidência e simpatia nele desenvolvidas. O segundo estágio parte das noções encontradas no ensaio de Henri Bergson para pensar o espectador de cinema e, mais especificamente, o crítico enquanto espectador. Passamos então para o terceiro estágio e encontramos o objetivo central de nosso ensaio, pensar a experiência do crítico como espectador e o modo como ele pode também transformar seu trabalho numa experiência literária que aproxime seu leitor de intuir a experiência tida por ele (o crítico) ao assistir ao filme criticado.

Research paper thumbnail of Profundidade e Movimento - tradução

Revista Sísifo

O texto que segue logo abaixo se encontra no livro The photoplay: a phsycological study, escrito ... more O texto que segue logo abaixo se encontra no livro The photoplay: a phsycological study, escrito por Hugo Munsterberg em 1915. Mais do que uma curiosidade histórica-por ter sido um dos primeiros estudos feitos sobre cinema-o texto de Munsterberg surge para nós como uma provocação curiosa: o estudo das ações da forma do espetáculo fílmico sobre o espectador de cinema. Munsterberg beira o científico neste estudo, buscando o embasamento de suas afirmações junto a experimentações e técnicas desenvolvidas ao longo das décadas no século XIX que envolvem a compreensão do que seriam profundidade e movimento e como se dá a sua relação com o sujeito inteligente que com eles se depara. De seu livro, encontram­se traduzidos para o português somente os capítulos IV, V e VI no livro A experiência do cinema. Este capítulo que é aqui apresentado faz parte da primeira parte do livro juntamente com estes capítulos traduzidos por Teresa Machado no citado livro. CAPÍTULO III PROFUNDIDADE E MOVIMENTO O problema está agora bem claro para nós. Dar­nos­ia o instrumento fílmico apenas a reprodução fotográfica de uma performance no palco; existiria outro objetivo senão ser um substituto mais barato do verdadeiro teatro, e seria sua estética bem menor do que aquela da verdadeira arte dramática, estando relacionada a esta tal como a fotografia de uma pintura para a obra­prima original? Ou nos trariam as imagens em movimento uma arte independente, controlada por leis estéticas próprias, trabalhando com recursos intelectuais fundamentalmente diversos daqueles do teatro, com âmbitos próprios e objetivos ideais próprios? Se estes problemas até então negligenciados são nossos, precisamos perguntar em nossas futuras discussões sobre quais livros teriam posto em primeiro plano as imagens em movimento, nomeadamente a técnica física de produzir imagens para filme ou Hugo Munsterberg-Profundidade e movimento taumatrópio

Research paper thumbnail of ENTREVISTA COM FILÓSOFO NEWTON DA COSTA

Revista Sísifo

RESUMO Reconhecido internacionalmente por ter desenvolvido a lógica paraconsistente, o filósofo N... more RESUMO Reconhecido internacionalmente por ter desenvolvido a lógica paraconsistente, o filósofo Newton da Costa, talvez o mais destacado brasileiro no campo da filosofia e da lógica, fala nesta entrevista, cedida à Revista Sísifo, sobre sua carreira, sua visão a respeito do fazer filosófico, especialmente no Brasil, e como apreende o fazer de uma filosofia mais autoral.

Research paper thumbnail of Janelas e janelas: sobre Janelário, de Rodrigo Ornelas

Jornal Fuxico (UEFS)

Resenha do livro Janelário, de Rodrigo Ornelas, página 11

Research paper thumbnail of Bergson literato - ensaio sobre o estilo de composição do texto filosófico

Princípios Revista de Filosofia, Natal, v. 26, n. 50, maio.-ago

Doutorando em filosofia pela UFBA Resumo: neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de ... more Doutorando em filosofia pela UFBA
Resumo: neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de escri-ta filosófica e as influências que os artifícios de composição do literato ficcionista podem exercer sobre a criação de um texto de filosofia, to-mando o caso específico da filosofia de Henri Bergson, e como o uso de imagens e analogias, particularmente, desempenham papel especial no desenvolvimento da intuição como método para chegar à duração.
Palavras-chave: Henri Bergson; escrita filosófica; duração; intuição.

Abstract: in this essay we will seek to make an incursion through the style of philosophical writing and the influences that the fictional writer's artifice of composition can exert on the creation of the text of philosophy, in the specific case of Henri Bergson's philosophy and how the use of images and analogies, particularly, play special roles in the development of intuition as a method to reach the goal of Bergson's metaphysical contributions, duration.

Research paper thumbnail of O relógio, o cinematógrafo, e o instante: Henri Bergson na virada do século

Revista Ideação, 2018

O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma ... more O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma característica em comum: o tratamento do tempo como sendo quantitativo. Henri Bergson traça o paralelo entre o cinematógrafo e a inteligência. O cinematógrafo refaz o movimento a partir de instantes. Mas o tempo é mais que uma coleção de instantes. O cinematógrafo e o relógio tratam o devir sempre do mesmo modo. Com o auxílio de Mary Ann Doane, daremos uma segunda chance ao cinematógrafo. Esta máquina criada ao apagar das luzes do século XIX é capaz de fazer arte. E assim, ela também é capaz de criar uma experiência de duração.

Research paper thumbnail of A metafísica da cinefilia

Editora Fi, 2020

Cada espectador de cinema é diferente, se porta de maneira própria perante um filme, sente algo d... more Cada espectador de cinema é diferente, se porta de maneira própria perante um filme, sente algo de completamente diferente do restante do público. Ainda assim, existe algo que o grande apaixonado por esta arte possui em comum com outros que partilham desta paixão, e este algo carrega o nome de cinefilia. Neste livro busca-se compreender as diferentes abordagens de um espectador frente a um filme, para que se caminhe em direção à compreensão de que a cinefilia é uma emoção que une espectador e filme num mesmo tecido de memória.

Research paper thumbnail of Nadia Virginia Carneiro e Charliston Nascimento (Orgs.) Dossiê Estética Contemporânea - Revista Ideação, n.31 (2015)

Revista Ideação - Dossiê Estética Contemporânea, 2015

DOSSIÊ “ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA” (Organização de Nadia Virginia Carneiro e Charliston Pablo do N... more DOSSIÊ “ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA”
(Organização de Nadia Virginia Carneiro e Charliston Pablo do Nascimento - Revista Ideação, n.31, 2015):

ARTIGOS:

Carla Milani Damião (UFG): “A reconfiguração do conceito de sinceridade em teorias pós-modernas”;

Carol Barreto (UFBA) e Leandro Soares da Silva (UNEB): “Moda: aspectos discursivos da aparência”;

Charliston Nascimento (UEFS): “O dilema da mimesis em Arthur Danto”;

Edson Manzan Corsi: “A histeria e a perda: considerações sobre a histeroepilepsia de Fiódor M. Dostoievski”;

João Ricardo Moderno (UERJ): “Estética da liberdade em Ionesco”

Miguel Gally (UnB): “A (des)importância do espaço para pensar as artes visuais: entre Heidegger e o ambiente da arte”;

Nadia Virginia Carneiro (UNEB): “Arte, reprodutibilidade, consumo e outras modernidades devoradoras”;

Pedro Carneiro (UEFS): “Análise musical na perspectiva de uma fenomenologia da percepção”;

Rodrigo Duarte (UFMG): “A atualidade da teoria crítica no Brasil: o exemplo da indústria cultural”

Washington L. L. Drummond (UNEB): “Sacrifício das formas: da estética ao sujeito”

Lennon Noleto (UnB): “Como ver o mundo: a vanguarda romântica de Franz Marc”;

Marcelo Vinicius Miranda Barros (UEFS): “Arthur Danto e o limite do papel do discurso: entre a filosofia e a literatura”;

Ramiro Délio Borges de Meneses (Universidade Católica Portuguesa): “Hospitalidade como desconstrução pela parusia segundo Jacques Derrida”;

Yves Marcel de Oliveira São Paulo (UEFS): “O espetáculo experimentado: o plano-sequência e o cinema realista”.

Research paper thumbnail of Uma interpretação do papel da escuridão no sublime de Burke

REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA

John Locke interpreta que a luz causa mais dores do que a escuridão. A partir desta leitura, Edmu... more John Locke interpreta que a luz causa mais dores do que a escuridão. A partir desta leitura, Edmund Burke realiza uma crítica ao seu antecessor para mostrar o papel da escuridão e da obscuridade no desenvolvimento das ideias de sublime. O sublime de Burke compreende a uma transformação da dor em deleite, quando a dor desaparece. Desta forma, a escuridão, sendo fonte de horror e dor, seria também uma das fontes para extrair ideias sublimes a partir da evocação de algo que se esconde por trás de sua miragem da ausência. Seguindo a leitura acerca do que é o sublime em Burke, do papel da escuridão em promover o sublime, do conflito entre escuridão e luz, será feita a interpretação de uma obra fílmica – O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman – e de uma obra literária – Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago. Em ambos os casos serão notados o papel da obscuridade, mas a partir de imagens divergentes.

Research paper thumbnail of O Espetáculo Experimentado: O Plano-Sequência e O Cinema Realista

Partindo da teoria da atencao de Hugo Munsterberg e sobre o pensamento do plano-sequencia de Andr... more Partindo da teoria da atencao de Hugo Munsterberg e sobre o pensamento do plano-sequencia de Andre Bazin, fazemos no presente estudo o questionamento sobre a forma de um cinema realista. Realista nao simplesmente no sentido de apresentar detalhes da realidade, mas de ser capaz de inserir o espectador na obra. O espectador participando do espetaculo faria mais que assisti-lo, o experimentaria. Para isso e necessario um estudo das formas do cinema, levando em conta suas tecnicas. No presente artigo sera feito este exercicio de pensamento do cinema, introduzindo-nos brevemente em sua historia ate o momento em que o plano-sequencia passa a desempenhar papel importante dentro da cinematografia mundial.

Research paper thumbnail of A metafísica da cinefilia: uma leitura bergsoniana do cinema

Research paper thumbnail of Travelling É Uma Questão Moral: A Filosofia Do Cinema

Filosofando Revista De Filosofia Da Uesb, Jan 11, 2014

A discussao acerca da moral no cinema vai muito alem do simples questionamento da trama de um fil... more A discussao acerca da moral no cinema vai muito alem do simples questionamento da trama de um filme, uma vez que a forma do filme tambem pode estar suscetivel a esse debate. A conscientizacao de que a forma do filme tambem interfere no modo de ver o seu conteudo dita a construcao deste artigo. Partimos, assim, do principio desse questionamento com a sentenca: “travelling e uma questao moral”. Dessa moral encontrada num movimento de câmera, discutimos a representacao encontrada em dois filmes sempre lembrados quando desta discussao: Noite e neblina e Kapo.

Research paper thumbnail of Bergson literato – ensaio sobre o estilo de composição do texto filosófico

Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), 2019

Neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de escritafilosófica e as influências que os ... more Neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de escritafilosófica e as influências que os artifícios de composição do literatoficcionista podem exercer sobre a criação de um texto de filosofia, tomandoo caso específico da filosofia de Henri Bergson, e como o usode imagens e analogias, particularmente, desempenham papel especialno desenvolvimento da intuição como método para chegar à duração.

Research paper thumbnail of O Relógio, O Cinematógrafo e O Instante: Henri Bergson Na Virada Do Século

Revista Ideação, 2018

O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma ... more O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma característica em comum: o tratamento do tempo como sendo quantitativo. Henri Bergson traça o paralelo entre o cinematógrafo e a inteligência. O cinematógrafo refaz o movimento a partir de instantes. Mas o tempo é mais que uma coleção de instantes. O cinematógrafo e o relógio tratam o devir sempre do mesmo modo. Com o auxílio de Mary Ann Doane, daremos uma segunda chance ao cinematógrafo. Esta máquina criada ao apagar das luzes do século XIX é capaz de fazer arte. E assim, ela também é capaz de criar uma experiência de duração.

Research paper thumbnail of A coincidência, o espectador e o papel da crítica: Um ensaio bergsoniano

Resumo: por meio deste ensaio nos propomos a pensar a critica de cinema em tres diferentes estagi... more Resumo: por meio deste ensaio nos propomos a pensar a critica de cinema em tres diferentes estagios, cada um deles em relacao um com o outro. O primeiro trata de estabelecer uma base bergsoniana para a discussao, tomando como ponto de partida seu ensaio Introducao a metafisica, de 1903, e as concepcoes de coincidencia e simpatia nele desenvolvidas. O segundo estagio parte das nocoes encontradas no ensaio de Henri Bergson para pensar o espectador de cinema e, mais especificamente, o critico enquanto espectador. Dai passarmos para o terceiro estagio e encontramos o objetivo central de nosso ensaio, pensar a experiencia do critico como espectador e o modo como ele pode tambem transformar seu trabalho numa experiencia literaria que aproxime seu leitor de intuir a experiencia tida por ele (o critico) ao assistir ao filme criticado.

Research paper thumbnail of Introdução Ao Sublime Em Longino

Peri Hypsous e o mais antigo tratado sobre o sublime a chegar as nossas maos. O presente artigo r... more Peri Hypsous e o mais antigo tratado sobre o sublime a chegar as nossas maos. O presente artigo revisita sua historia, desde a querela envolvendo a identidade do autor, ate as variantes interpretativas de sua insercao no universo da retorica. Tambem sera interpretada a relacao do termo grego Hypsos, traduzido por sublime, com a nocao de Logos e as implicacoes filosoficas desta relacao. Ao relacionar Hypsos com Logos, o tratado de Longino se posiciona divergente aos demais tratados retoricos sobre arte, abordando um sentimento natural com repercussoes eticas.

Research paper thumbnail of A Metafísica Da Cinefilia: Uma Leitura Bergsoniana Do Cinema

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFBA, fundamentando na metaf... more Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFBA, fundamentando na metafísica de Henri Bergson a busca pela compreensão da Cinefilia como emoção.

Research paper thumbnail of O nascimento de uma sexta arte

Revista Sísifo, 2020

O nascimento de uma sexta arte Ensaio sobre o cinematógrafo Ricciotto Canudo Traduzido por Yves S... more O nascimento de uma sexta arte
Ensaio sobre o cinematógrafo
Ricciotto Canudo
Traduzido por Yves São Paulo
Ricciotto Canudo (1877-1923) foi um poeta, romancista e crítico de cinema italiano, frequentemente referenciado como o responsável pelo título de "sétima arte" ao cinematógrafo, ainda nos idos da década de 1910. Seu ensaio de 1911, aqui reproduzido integralmente em tradução inédita, faz parte de uma primeira compreensão de Canudo sobre a nova arte, contando o cinematógrafo como sendo a sexta arte, muito em inspiração do que haveriam feito filósofos como Kant e Hegel antes dele, que listavam cinco artes. É somente em 1923 que Canudo publicará seu Manifesto das Sete Artes, onde apontará o cinema como sendo a sétima arte, incluindo à lista a dança faltante na primeira incursão. Contudo, o leitor encontrará neste O Nascimento de uma Sexta Arte um ensaio de fôlego, defendendo o Cinematógrafo como arte, própria ao mundo moderno, realizando o exercício de pensar a novidade tanto em seu aspecto estético, quanto ontológico, oferecendo rico material aos estudiosos de filosofia da arte, e em particular aos estudiosos da arte cinematográfica.

Research paper thumbnail of Formas do intangível: Carl Th. Dreyer e o conceito de "estilo transcendental"

Revista Sísifo, 2020

O livro Transcendental Style in Film, escrito em 1972 pelo futuro diretor de cinema Paul Schrader... more O livro Transcendental Style in Film, escrito em 1972 pelo futuro diretor de cinema Paul Schrader, oferece talvez a mais extensiva análise de como um estilo particular de filme pode ter uma significância religiosa específica. O artigo provê uma discussão crítica da teoria de Schrader, com foco particular nos filmes de Carl Th. Dreyer. As ideias de Schrader são comparadas a explicações alternativas das mesmas características estilísticas feitas por autores como David Bordwell e Torben Grodal. O artigo conclui que enquanto Schrader identifica um número pertinente de características estilísticas, o "filme transcendental" é mais bem compreendido como subconjunto dos filmes de arte. A descrição de Torben Grodal dos entrelaçamentos entre o efeito de um estilo saliente (e por vezes abstrato) e o conteúdo temático indicativo de maior significância, casado com a contribuição de um espectador bem disposto, é, o artigo argumenta, mais plausível que a análise de Schrader.
Palavras-chave: Carl Theodor Dreyer; Paul Schrader; Religião e filme; Estilo transcendental; Estilo fílmico; Teoria cognitiva de cinema.
Abstract
The book Transcendental Style in Film, written in 1972 by future film director Paul Schrader, offers perhaps the most extensive analysis of how a particular film style might have a specifically religious significance. The article provides a critical discussion of Schrader's theory, with a particular focus on the films of Carl Th. Dreyer. Schrader's ideas are compared to alternative explanations of the same stylistic features provided by David Bordwell and Torben Grodal. The article concludes that while Schrader Identifies a number of pertinent stylistic features, the 'transcendental film' is better understood as a subset of the art film mode. Torben Grodal's description of the intertwined effect of a salient (often abstract) style and thematic content indicative of higher meaning, coupled with the contribution of a suitably disposed spectator, is, the article argues, more plausible than Schrader's analysis.

Research paper thumbnail of A resistência do silêncio

Revista Sísifo, 2019

Neste ensaio buscamos pensar o silêncio como uma forma de resistência política. Dentro do mundo d... more Neste ensaio buscamos pensar o silêncio como uma forma de resistência política. Dentro do mundo das redes sociais e do compartilhamento de dados entre grandes corporações, o fornecimento de dados por parte dos usuários de aplicativos e plataformas digitais se tornou um valioso componente do jogo mercantil. Tendo ciência do valor de sua palavra, o usuário destas plataformas também pode começar a pensar até que ponto também o seu silêncio tem valor. Palavras-chave: Silêncio; Big data; indústria cultural; sublime.

Abstract In this essay we seek to think of silence as a form of political resistance. Within the world of social networking and data sharing between large corporations, the provision of data from users of digital applications and platforms has become a valuable component of commercial gaming. Being aware of the value of your word, the user of these platforms can also begin to wonder to what extent their silence also has value. Fica o silêncio depois da música e depois do sermão, que importa que se louve o sermão e aplauda a música,

Research paper thumbnail of A COINCIDÊNCIA, O ESPECTADOR E O PAPEL DA CRÍTICA: UM ENSAIO BERGSONIANO

Revista ArteFilosofia, 2019

Resumo: Por meio deste ensaio nos propomos a pensar a crítica de cinema em três diferentes estági... more Resumo: Por meio deste ensaio nos propomos a pensar a crítica de cinema em três diferentes estágios, sendo que cada estágio relaciona-se ao outro. O primeiro trata de estabelecer uma base bergsoniana para a discussão, tomando como ponto de partida seu ensaio Introdução à metafísica, de 1903, e as concepções de coincidência e simpatia nele desenvolvidas. O segundo estágio parte das noções encontradas no ensaio de Henri Bergson para pensar o espectador de cinema e, mais especificamente, o crítico enquanto espectador. Passamos então para o terceiro estágio e encontramos o objetivo central de nosso ensaio, pensar a experiência do crítico como espectador e o modo como ele pode também transformar seu trabalho numa experiência literária que aproxime seu leitor de intuir a experiência tida por ele (o crítico) ao assistir ao filme criticado.

Research paper thumbnail of Profundidade e Movimento - tradução

Revista Sísifo

O texto que segue logo abaixo se encontra no livro The photoplay: a phsycological study, escrito ... more O texto que segue logo abaixo se encontra no livro The photoplay: a phsycological study, escrito por Hugo Munsterberg em 1915. Mais do que uma curiosidade histórica-por ter sido um dos primeiros estudos feitos sobre cinema-o texto de Munsterberg surge para nós como uma provocação curiosa: o estudo das ações da forma do espetáculo fílmico sobre o espectador de cinema. Munsterberg beira o científico neste estudo, buscando o embasamento de suas afirmações junto a experimentações e técnicas desenvolvidas ao longo das décadas no século XIX que envolvem a compreensão do que seriam profundidade e movimento e como se dá a sua relação com o sujeito inteligente que com eles se depara. De seu livro, encontram­se traduzidos para o português somente os capítulos IV, V e VI no livro A experiência do cinema. Este capítulo que é aqui apresentado faz parte da primeira parte do livro juntamente com estes capítulos traduzidos por Teresa Machado no citado livro. CAPÍTULO III PROFUNDIDADE E MOVIMENTO O problema está agora bem claro para nós. Dar­nos­ia o instrumento fílmico apenas a reprodução fotográfica de uma performance no palco; existiria outro objetivo senão ser um substituto mais barato do verdadeiro teatro, e seria sua estética bem menor do que aquela da verdadeira arte dramática, estando relacionada a esta tal como a fotografia de uma pintura para a obra­prima original? Ou nos trariam as imagens em movimento uma arte independente, controlada por leis estéticas próprias, trabalhando com recursos intelectuais fundamentalmente diversos daqueles do teatro, com âmbitos próprios e objetivos ideais próprios? Se estes problemas até então negligenciados são nossos, precisamos perguntar em nossas futuras discussões sobre quais livros teriam posto em primeiro plano as imagens em movimento, nomeadamente a técnica física de produzir imagens para filme ou Hugo Munsterberg-Profundidade e movimento taumatrópio

Research paper thumbnail of ENTREVISTA COM FILÓSOFO NEWTON DA COSTA

Revista Sísifo

RESUMO Reconhecido internacionalmente por ter desenvolvido a lógica paraconsistente, o filósofo N... more RESUMO Reconhecido internacionalmente por ter desenvolvido a lógica paraconsistente, o filósofo Newton da Costa, talvez o mais destacado brasileiro no campo da filosofia e da lógica, fala nesta entrevista, cedida à Revista Sísifo, sobre sua carreira, sua visão a respeito do fazer filosófico, especialmente no Brasil, e como apreende o fazer de uma filosofia mais autoral.

Research paper thumbnail of Janelas e janelas: sobre Janelário, de Rodrigo Ornelas

Jornal Fuxico (UEFS)

Resenha do livro Janelário, de Rodrigo Ornelas, página 11

Research paper thumbnail of Bergson literato - ensaio sobre o estilo de composição do texto filosófico

Princípios Revista de Filosofia, Natal, v. 26, n. 50, maio.-ago

Doutorando em filosofia pela UFBA Resumo: neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de ... more Doutorando em filosofia pela UFBA
Resumo: neste ensaio buscaremos realizar incursão no estilo de escri-ta filosófica e as influências que os artifícios de composição do literato ficcionista podem exercer sobre a criação de um texto de filosofia, to-mando o caso específico da filosofia de Henri Bergson, e como o uso de imagens e analogias, particularmente, desempenham papel especial no desenvolvimento da intuição como método para chegar à duração.
Palavras-chave: Henri Bergson; escrita filosófica; duração; intuição.

Abstract: in this essay we will seek to make an incursion through the style of philosophical writing and the influences that the fictional writer's artifice of composition can exert on the creation of the text of philosophy, in the specific case of Henri Bergson's philosophy and how the use of images and analogies, particularly, play special roles in the development of intuition as a method to reach the goal of Bergson's metaphysical contributions, duration.

Research paper thumbnail of O relógio, o cinematógrafo, e o instante: Henri Bergson na virada do século

Revista Ideação, 2018

O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma ... more O relógio e o cinematógrafo são duas invenções populares do século XIX. As duas compartilham uma característica em comum: o tratamento do tempo como sendo quantitativo. Henri Bergson traça o paralelo entre o cinematógrafo e a inteligência. O cinematógrafo refaz o movimento a partir de instantes. Mas o tempo é mais que uma coleção de instantes. O cinematógrafo e o relógio tratam o devir sempre do mesmo modo. Com o auxílio de Mary Ann Doane, daremos uma segunda chance ao cinematógrafo. Esta máquina criada ao apagar das luzes do século XIX é capaz de fazer arte. E assim, ela também é capaz de criar uma experiência de duração.

Research paper thumbnail of O Cinema e o Tempo Criado - esboço de ensaio

Revista Sísifo

Este texto é um ensaio. Como o próprio nome já diz, aqui não será apresentado nenhum dado definit... more Este texto é um ensaio. Como o próprio nome já diz, aqui não será apresentado nenhum dado definitivo, mas algumas implicações que nos levarão a uma conclusão. Nosso objeto de estudo é o tempo cinematográfico. Enquanto espectador de um filme, percebo que o tempo passa enquanto assisto à obra. Enquanto cinéfilo, percebo que diferentes cineastas trabalham de formas diferentes para nos fazer perceber o tempo. Ora ele é alongado, ora ele parece curto. Trata­se de um ensaio escrito, antes de qualquer coisa, por um cinéfilo, e por isso muitos serão os filmes abordados aqui, neste que é um ensaio de introdução a um pensamento. Comecemos, então, com uma história: Em Turim, no dia 3 de janeiro de 1889, Friedrich Nietzsche deixa a residência no número 6 da Via Carlo Alberto, talvez para dar um passeio, talvez para ir até o correio para recolher sua correspondência. Não longe dele, ou realmente bastante longe dele, um cocheiro tem problemas com seu cavalo teimoso. Apesar de sua premência, o cavalo resolve empacar, o que faz com que o cocheiro ­ Giuseppe? Carlo? Ettore? ­ perca a paciência e comece a chicoteá­ lo. Nietzsche avança até a multidão e põe um fim ao brutal espetáculo do cocheiro, que está espumando de raiva. O forte e bigodudo Nietzsche repentinamente pula na carroça e abraça o pescoço do cavalo, soluçando. Seu vizinho o leva para casa, onde ele fica deitado por dois dias, imóvel e silencioso, em um divã até que finalmente murmura suas últimas palavras: "Mutter, ich bin dumm." ("Mãe, eu sou idiota."). Ele vive ainda por 10 anos, meigo e demente, sob os cuidados de sua mãe e irmãs. Do cavalo, nada sabemos.[1] As palavras acima são enunciadas pelo narrador do filme O Cavalo de Turim (A torinói ló) do cineasta húngaro Béla Tarr. Elas soam para o espectador enquanto este mergulha na escuridão da sala de cinema proporcionada pela tela preta que mantém o filme sem qualquer representação espacial daquilo que é retratado pelo narrador. Perante esta falta, o espectador se vê obrigado a O Cinema e o Tempo Criado-esboço de ensaio