Joana Nogueira | Instituto Politécnico de Viana do Castelo (original) (raw)

Papers by Joana Nogueira

Research paper thumbnail of Common lands, landscape management and rural development: a case study in a mountain village in northwest Portugal

Acta geographica Slovenica

Sustainable landscape management is a key aspect for the development of mountain areas, especiall... more Sustainable landscape management is a key aspect for the development of mountain areas, especially where communities historically held common lands. Mountains face depopulation and abandonment, and transition to multifunctional landscapes emerges as an opportunity. We present a village case study (NW Portugal) focusing on people’s perceptions and practices around the common land. Results confirm the common plays a central role in local identity, being perceived as shared heritage with potential to provide multiple benefits. Traditional uses and governance practices are prevalent, revealing inertia in adapting to new users and goals. Public support targeting common land management skills would facilitate these transitions, as well as to overcome lasting effects of former authoritarian regime.

Research paper thumbnail of Fertility and regional development in Portugal: from the first to the second demographic transition

Portuguese regions are quite different regarding several development indicators, such as educatio... more Portuguese regions are quite different regarding several development indicators, such as educational levels, regional value added per capital, purchasing power, and others. The industrialization process followed different models in the northern and southern regions of the country. The persistence of traditional traits - such as the dominance of small scale and family firms, as well as the relevance of informal networks characterizes the northern model. This region is also associated with a slow entrance into the sustained fertility decline that characterized the first demographic transition. The South followed the European demographic trends more rapidly. In this presentation we intend to develop the idea that this demographic delay was important as a factor of disadvantage for regional development in the past, as well as to show that, in contemporary times, a similar effect may be happening, with evidence from the slow entrance of this region into the second demographic transition....

Research paper thumbnail of TERR@ENO - Terroir e zonagem agro-ecológica como fator crítico de competitividade e 'inovação dos Vinhos Verdes

Congreso Ibérico de Agroingeniería

Research paper thumbnail of Comunicação Joana Nogueira VI CER, Lisboa

Tema 7. Dinâmicas sociais e planeamento: metodologias de análise e apoio à decisão Famílias, traj... more Tema 7. Dinâmicas sociais e planeamento: metodologias de análise e apoio à decisão Famílias, trajetórias vitais e territórios: a centralidade da escala regional e da análise das estratégias familiares para planear o desenvolvimento Joana Nogueira, Instituto Politécnico de Viana do Castelo Resumo Os indivíduos são atores sociais, agentes autónomos de construção das suas biografias adultas. No entanto, as suas ações e, sobretudo, as suas estratégias vitais são significativamente condicionadas pelos contextos familiares e pelas redes sociais de parentesco e de base territorial a que os indivíduos pertencem. Nas sociedades contemporâneas os fatores de base territorial local – a aldeia, a vila ou o bairro-perderam centralidade a favor de uma geografia mais ampla, e mais diversa em termos económicos e socioculturais, que tende a aproximar-se da escala das regiões. As populações rurais são assíduas nas vilas e nas cidades, centros de serviços e de comércio. As populações urbanas procuram os espaços rurais para atividades de lazer, mas também porque é nesses espaços que frequentemente estão localizadas as suas raízes, as suas famílias de origem e património familiar. Nesta comunicação desenvolvemos esta perspetiva analítica, apoiada em dados sobre os trajetos de vida de 208 jovens do noroeste (NUTIII Cávado) inquiridos em 2008. Os resultados obtidos evidenciam a natureza regional dos espaços de vida ao nível das estratégias vitais das famílias e indivíduos. Mas evidenciam também enormes desigualdades intrarregionais, em que a dimensão rural-urbano adquire particular relevância. Conclui-se pela necessidade de aprofundar as interdependências entre os territórios heterogéneos que integram as regiões – rurais e urbanos, de montanha e de vale, periféricos e centrais. A escala municipal, e mesmo de NUTIII, parece ser insuficiente para assegurar uma ampla acessibilidade ao conjunto de valências e oportunidades necessárias para potenciar trajetórias vitais de mobilidade social ascendente. Escalas muito mais amplas, como seja toda a região Norte, estão já para além da lógica do espaço de vida e da relativa homogeneidade cultural e organizativa que influi nessas mesmas estratégias vitais. Introdução No contexto das sociedades mais avançadas assistimos a um processo profundo e socialmente transversal de individualização. Individualização por oposição à influência ativa e estruturante de grupos sociais sobre os indivíduos e sobre os seus trajetos e condições vitais. Grupos sociais como sejam a família, a rede de parentesco, a comunidade local ou outros. Um dos mais influentes proponentes desta tese foi Ulrich Beck, que sublinha que cada vez mais «os caminhos da vida se tornam independentes das condições e dos laços de onde se procede ou que se contraem, e adquirem perante estes uma realidade própria que os faz visíveis enquanto destino pessoal.» (BECK, 1998: 104). Paradoxalmente, este novo impulso de individualização é atribuído tanto à melhoria das condições de vida e de segurança (Inglehart, 1998), como à natureza mais instável e precária do acesso a recursos e a posições sociais, em particular por via da instabilidade laboral e, também, das uniões conjugais. A busca incessante de um lugar na sociedade, em particular por parte dos jovens, resulta de um crescendo das suas expectativas em termos de bem-estar e realização pessoal, mas resulta igualmente de uma menor probabilidade de que cada lugar alcançado possa dar-se por garantido, seja no trabalho, seja na família. Expressões como modernidade ligeira ou líquida (BAUMAN, 2001) aplicam-se particularmente a estes contextos, que ao nível das biografias podem traduzir-se numa

Research paper thumbnail of Common lands, landscape management and rural development: a case study in a mountain village in northwest Portugal

Acta geographica Slovenica

Sustainable landscape management is a key aspect for the development of mountain areas, especiall... more Sustainable landscape management is a key aspect for the development of mountain areas, especially where communities historically held common lands. Mountains face depopulation and abandonment, and transition to multifunctional landscapes emerges as an opportunity. We present a village case study (NW Portugal) focusing on people’s perceptions and practices around the common land. Results confirm the common plays a central role in local identity, being perceived as shared heritage with potential to provide multiple benefits. Traditional uses and governance practices are prevalent, revealing inertia in adapting to new users and goals. Public support targeting common land management skills would facilitate these transitions, as well as to overcome lasting effects of former authoritarian regime.

Research paper thumbnail of Fertility and regional development in Portugal: from the first to the second demographic transition

Portuguese regions are quite different regarding several development indicators, such as educatio... more Portuguese regions are quite different regarding several development indicators, such as educational levels, regional value added per capital, purchasing power, and others. The industrialization process followed different models in the northern and southern regions of the country. The persistence of traditional traits - such as the dominance of small scale and family firms, as well as the relevance of informal networks characterizes the northern model. This region is also associated with a slow entrance into the sustained fertility decline that characterized the first demographic transition. The South followed the European demographic trends more rapidly. In this presentation we intend to develop the idea that this demographic delay was important as a factor of disadvantage for regional development in the past, as well as to show that, in contemporary times, a similar effect may be happening, with evidence from the slow entrance of this region into the second demographic transition....

Research paper thumbnail of TERR@ENO - Terroir e zonagem agro-ecológica como fator crítico de competitividade e 'inovação dos Vinhos Verdes

Congreso Ibérico de Agroingeniería

Research paper thumbnail of Comunicação Joana Nogueira VI CER, Lisboa

Tema 7. Dinâmicas sociais e planeamento: metodologias de análise e apoio à decisão Famílias, traj... more Tema 7. Dinâmicas sociais e planeamento: metodologias de análise e apoio à decisão Famílias, trajetórias vitais e territórios: a centralidade da escala regional e da análise das estratégias familiares para planear o desenvolvimento Joana Nogueira, Instituto Politécnico de Viana do Castelo Resumo Os indivíduos são atores sociais, agentes autónomos de construção das suas biografias adultas. No entanto, as suas ações e, sobretudo, as suas estratégias vitais são significativamente condicionadas pelos contextos familiares e pelas redes sociais de parentesco e de base territorial a que os indivíduos pertencem. Nas sociedades contemporâneas os fatores de base territorial local – a aldeia, a vila ou o bairro-perderam centralidade a favor de uma geografia mais ampla, e mais diversa em termos económicos e socioculturais, que tende a aproximar-se da escala das regiões. As populações rurais são assíduas nas vilas e nas cidades, centros de serviços e de comércio. As populações urbanas procuram os espaços rurais para atividades de lazer, mas também porque é nesses espaços que frequentemente estão localizadas as suas raízes, as suas famílias de origem e património familiar. Nesta comunicação desenvolvemos esta perspetiva analítica, apoiada em dados sobre os trajetos de vida de 208 jovens do noroeste (NUTIII Cávado) inquiridos em 2008. Os resultados obtidos evidenciam a natureza regional dos espaços de vida ao nível das estratégias vitais das famílias e indivíduos. Mas evidenciam também enormes desigualdades intrarregionais, em que a dimensão rural-urbano adquire particular relevância. Conclui-se pela necessidade de aprofundar as interdependências entre os territórios heterogéneos que integram as regiões – rurais e urbanos, de montanha e de vale, periféricos e centrais. A escala municipal, e mesmo de NUTIII, parece ser insuficiente para assegurar uma ampla acessibilidade ao conjunto de valências e oportunidades necessárias para potenciar trajetórias vitais de mobilidade social ascendente. Escalas muito mais amplas, como seja toda a região Norte, estão já para além da lógica do espaço de vida e da relativa homogeneidade cultural e organizativa que influi nessas mesmas estratégias vitais. Introdução No contexto das sociedades mais avançadas assistimos a um processo profundo e socialmente transversal de individualização. Individualização por oposição à influência ativa e estruturante de grupos sociais sobre os indivíduos e sobre os seus trajetos e condições vitais. Grupos sociais como sejam a família, a rede de parentesco, a comunidade local ou outros. Um dos mais influentes proponentes desta tese foi Ulrich Beck, que sublinha que cada vez mais «os caminhos da vida se tornam independentes das condições e dos laços de onde se procede ou que se contraem, e adquirem perante estes uma realidade própria que os faz visíveis enquanto destino pessoal.» (BECK, 1998: 104). Paradoxalmente, este novo impulso de individualização é atribuído tanto à melhoria das condições de vida e de segurança (Inglehart, 1998), como à natureza mais instável e precária do acesso a recursos e a posições sociais, em particular por via da instabilidade laboral e, também, das uniões conjugais. A busca incessante de um lugar na sociedade, em particular por parte dos jovens, resulta de um crescendo das suas expectativas em termos de bem-estar e realização pessoal, mas resulta igualmente de uma menor probabilidade de que cada lugar alcançado possa dar-se por garantido, seja no trabalho, seja na família. Expressões como modernidade ligeira ou líquida (BAUMAN, 2001) aplicam-se particularmente a estes contextos, que ao nível das biografias podem traduzir-se numa