Fernando C Mattos | Universidade Federal do ABC (original) (raw)
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Books by Fernando C Mattos
Romance escrito entre os anos de 2002 e 2003.
O riso do pássaro, 1995
Romance escrito em 1995.
O livro apresenta uma reflexão sobre o perspectivismo nietzschiano e sua relação com o projeto de... more O livro apresenta uma reflexão sobre o perspectivismo nietzschiano e sua relação com o projeto de uma transvaloração dos valores, ao qual estaria subordinado. Daí falarmos num “primado da prática” sobre a teoria a partir de um paralelo com o pensamento kantiano, que nos fornece elementos para pensar, por exemplo, a possibilidade de um discurso “normativo” mesmo ali onde os aspectos “descritivos” da cosmologia pareciam sufocar a capacidade do homem para a ação. Torna-se plausível, desse ponto de vista, a idéia de uma “guerra filosófica”, conduzida sob o signo do espírito livre e de sua liberdade de tipo nobre, contra o dogmatismo que teria marcado os vários empreendimentos filosóficos da história ocidental. Graças ao duplo ponto de vista de inspiração kantiana, porém, e ao propósito de não aceitar acriticamente a “letra do texto”, uma tal guerra deixaria de atrelar-se à defesa da aristocracia e poderia associar-se a certos ideais dessa mesma tradição cultural que Nietzsche teria pretendido implodir, entre eles a liberdade individual e de criação cuja efetividade parece depender, em princípio, de um certo pressuposto democrático.
O presente livro não vai tão longe na discussão dos reflexos do kantismo na cena contemporânea, m... more O presente livro não vai tão longe na discussão dos reflexos do kantismo na cena contemporânea, mas procura reconstruir a argumentação kantiana que vai da Crítica da razão pura à Crítica da razão prática, passando pelos Prolegômenos e pela
Fundamentação da metafísica dos costumes, no sentido de detectar o esforço de Kant para libertar a razão das amarras da empiria. Se, num primeiro momento (correspondente ao nosso Capítulo 1), a Crítica pretende salvaguardar a objetividade do conhecimento teórico, também questionada por Hume, e o faz pela circunscrição do conhecimento científico ao âmbito de toda experiência possível – o domínio dos objetos enquanto fenômenos –, essa operação revelará aos poucos sua outra face: inacessível à ciência, o domínio dos objetos como coisas em si mesmas (onde se inclui a nossa existência inteligível) terá, todavia, de ser pensado por nossa razão, seja no momento em que busca completar a cadeia frouxa de nossos conhecimentos empíricos (Capítulo 2), seja no momento em que busca fundamentar a liberdade e refletir sobre a possibilidade de realização do Bem soberano (Capítulo 3) – uma possibilidade à qual, no fim das contas, estão voltados os esforços da maior parte da filosofia ao longo de sua história.
Drafts by Fernando C Mattos
Texto apresentado no VII Colóquio Nietzsche do Grupo de Estudos Crítica e Modernidade (CRiM), da ... more Texto apresentado no VII Colóquio Nietzsche do Grupo de Estudos Crítica e Modernidade (CRiM), da Unicamp, organizado por Oswaldo Giacoia Jr. e Werner Stegmaier, da Universidade de Greifswald. O colóquio foi em alemão e inglês.
Papers by Fernando C Mattos
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2013
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2009
Durante o tempo em que a filosofia pôde compreender-se como um sistema doutrinal lastreado numa b... more Durante o tempo em que a filosofia pôde compreender-se como um sistema doutrinal lastreado numa base segura, "metafísica" foi o nome de uma disciplina filosófica especial. É sabido, porém, que a sua pré-história é tão ambígua quanto a história de sua recepção é uma seqüência de equívocos. Originalmente, ela designava tão somente um conjunto de preleções de Aristóteles que, em suas obras completas, foram ordenadas após as preleções sobre física. "Metafísica", portanto, é apenas algo que guardou lugar para um nome de investigações que até hoje permaneceram sem título e às quais muito se associou e muito se deixa ainda associar. Já por aí se percebe como é fácil lançar em obscuras vizinhanças aquele que não apenas se debruça criticamente sobre algo que poderia estar sob esse não-título, mas a isso associa, ainda hoje, as tarefas do pensamento. Mas ao não-título estão ligadas recordações também de movimentos essenciais do entendimento, não apenas de profundidades vazias ou esforços para além e contra a corrente da história. É importante fazer justiça, pois, ao conteúdo que em nosso tempo tem de ser ligado ao não-título.
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2008
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2007
... 8 e é somente depois dela, ea partir dela, que se pode voltar ao mundo com o olhar da criança... more ... 8 e é somente depois dela, ea partir dela, que se pode voltar ao mundo com o olhar da criança, os ... 62 FERNANDO COSTA MATTOS ... a não ser precisamente à realidade de nossos impulsos pois pensar é apenas um comportamento des-ses impulsos na relação que mantêm ...
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2010
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 1999
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2011
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2009
Romance escrito entre os anos de 2002 e 2003.
O riso do pássaro, 1995
Romance escrito em 1995.
O livro apresenta uma reflexão sobre o perspectivismo nietzschiano e sua relação com o projeto de... more O livro apresenta uma reflexão sobre o perspectivismo nietzschiano e sua relação com o projeto de uma transvaloração dos valores, ao qual estaria subordinado. Daí falarmos num “primado da prática” sobre a teoria a partir de um paralelo com o pensamento kantiano, que nos fornece elementos para pensar, por exemplo, a possibilidade de um discurso “normativo” mesmo ali onde os aspectos “descritivos” da cosmologia pareciam sufocar a capacidade do homem para a ação. Torna-se plausível, desse ponto de vista, a idéia de uma “guerra filosófica”, conduzida sob o signo do espírito livre e de sua liberdade de tipo nobre, contra o dogmatismo que teria marcado os vários empreendimentos filosóficos da história ocidental. Graças ao duplo ponto de vista de inspiração kantiana, porém, e ao propósito de não aceitar acriticamente a “letra do texto”, uma tal guerra deixaria de atrelar-se à defesa da aristocracia e poderia associar-se a certos ideais dessa mesma tradição cultural que Nietzsche teria pretendido implodir, entre eles a liberdade individual e de criação cuja efetividade parece depender, em princípio, de um certo pressuposto democrático.
O presente livro não vai tão longe na discussão dos reflexos do kantismo na cena contemporânea, m... more O presente livro não vai tão longe na discussão dos reflexos do kantismo na cena contemporânea, mas procura reconstruir a argumentação kantiana que vai da Crítica da razão pura à Crítica da razão prática, passando pelos Prolegômenos e pela
Fundamentação da metafísica dos costumes, no sentido de detectar o esforço de Kant para libertar a razão das amarras da empiria. Se, num primeiro momento (correspondente ao nosso Capítulo 1), a Crítica pretende salvaguardar a objetividade do conhecimento teórico, também questionada por Hume, e o faz pela circunscrição do conhecimento científico ao âmbito de toda experiência possível – o domínio dos objetos enquanto fenômenos –, essa operação revelará aos poucos sua outra face: inacessível à ciência, o domínio dos objetos como coisas em si mesmas (onde se inclui a nossa existência inteligível) terá, todavia, de ser pensado por nossa razão, seja no momento em que busca completar a cadeia frouxa de nossos conhecimentos empíricos (Capítulo 2), seja no momento em que busca fundamentar a liberdade e refletir sobre a possibilidade de realização do Bem soberano (Capítulo 3) – uma possibilidade à qual, no fim das contas, estão voltados os esforços da maior parte da filosofia ao longo de sua história.
Texto apresentado no VII Colóquio Nietzsche do Grupo de Estudos Crítica e Modernidade (CRiM), da ... more Texto apresentado no VII Colóquio Nietzsche do Grupo de Estudos Crítica e Modernidade (CRiM), da Unicamp, organizado por Oswaldo Giacoia Jr. e Werner Stegmaier, da Universidade de Greifswald. O colóquio foi em alemão e inglês.
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2013
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2009
Durante o tempo em que a filosofia pôde compreender-se como um sistema doutrinal lastreado numa b... more Durante o tempo em que a filosofia pôde compreender-se como um sistema doutrinal lastreado numa base segura, "metafísica" foi o nome de uma disciplina filosófica especial. É sabido, porém, que a sua pré-história é tão ambígua quanto a história de sua recepção é uma seqüência de equívocos. Originalmente, ela designava tão somente um conjunto de preleções de Aristóteles que, em suas obras completas, foram ordenadas após as preleções sobre física. "Metafísica", portanto, é apenas algo que guardou lugar para um nome de investigações que até hoje permaneceram sem título e às quais muito se associou e muito se deixa ainda associar. Já por aí se percebe como é fácil lançar em obscuras vizinhanças aquele que não apenas se debruça criticamente sobre algo que poderia estar sob esse não-título, mas a isso associa, ainda hoje, as tarefas do pensamento. Mas ao não-título estão ligadas recordações também de movimentos essenciais do entendimento, não apenas de profundidades vazias ou esforços para além e contra a corrente da história. É importante fazer justiça, pois, ao conteúdo que em nosso tempo tem de ser ligado ao não-título.
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2008
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2007
... 8 e é somente depois dela, ea partir dela, que se pode voltar ao mundo com o olhar da criança... more ... 8 e é somente depois dela, ea partir dela, que se pode voltar ao mundo com o olhar da criança, os ... 62 FERNANDO COSTA MATTOS ... a não ser precisamente à realidade de nossos impulsos pois pensar é apenas um comportamento des-ses impulsos na relação que mantêm ...
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2010
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 1999
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2011
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2009