Eduardo Heleno J Santos | UFF - Universidade Federal Fluminense (original) (raw)
Papers by Eduardo Heleno J Santos
Os Desafios da Política Externa e Segurança no século XXI, 2018
Abordaremos nesse breve artigo a maneira como as Forças Armadas e os militares da reserva, forman... more Abordaremos nesse breve artigo a maneira como as Forças Armadas e os militares da reserva, formando grupos de pressão política inseridos
ainda na lógica anticomunista da guerra fria, marcaram posição na batalha
da memória antes, durante e após a atuação da CNV. Em um primeiro
momento, analisaremos os documentos de grupos de pressão política formados por militares da reserva que se colocavam contra a ideia de revisão do passado. Logo após, mostraremos as ações desses grupos e de instituições como o Clube Militar e as próprias Forças Armadas em torno dessa batalha da memória. Por fim, apresentaremos alguns documentos e ações feitas por essas entidades durante e após a aprovação da CNV
A República sitiada: : militares e bolsonarismo no Brasil , 2023
Podemos afirmar que a extrema direita no meio militar brasileiro se vincula à, pelo menos, três m... more Podemos afirmar que a extrema direita no meio militar brasileiro se
vincula à, pelo menos, três matrizes ideológicas: anticomunismo, defesa dos valores cristãos, autoritarismo com proeminência das For-
ças Armadas e nacionalismo, todos percebidos em seu sentido mais
exacerbado. O anticomunismo nas Forças Armadas brasileiras, em
especial no Exército, tem como ponto determinante a narrativa dos
motins ocorridos em novembro de 1935 nos quartéis de Natal, Recife
e Rio de Janeiro, e que passaram a ser conhecidos como Intentona
Comunista. A escolha desse nome, que significa intento louco, e o
ritual criado pelo governo de Getúlio Vargas em memória dos mortos
no conflito ajudaram a criar uma identidade ao Exército Brasileiro e
um inimigo interno em uma década marcada por uma série de agita-
ções nos quartéis.
Observador On-Line (v.5, n.09, set. 2010) ISSN 1809-7588, 2010
O objetivo desse artigo é fazer um breve relato da atual situação da governabilidade no Paraguai ... more O objetivo desse artigo é fazer um breve relato da atual situação da
governabilidade no Paraguai e mostrar que, mesmo com o fim dos mais de 60 anos da domínio da Associação Nacional Republicana1 (ANR), em abril de 2008, a alternância política naquele país pode ser considerada incompleta, devido às dissensões na coalizão que apoia o presidente Lugo permitirem uma influência cada vez maior dos colorados na política. Para isso, este trabalho descreve o conflito existente no Poder Executivo advindo da tensa relação entre o presidente Fernando Lugo e o vice-presidente Federico Franco e como esta afeta o novo cenário da
política paraguaia, no qual as três principais legendas do país – a ANR, o PLRA e a UNACE – acabam por fazer parte tanto do governo como da oposição.
Tensões Mundiais / World Tensions, 2022
Este artigo analisa a participação de militares de reserva em grupos de pressão política nos país... more Este artigo analisa a
participação de militares de reserva em
grupos de pressão política nos países
do Mercosul. Estes grupos defendem
o regime militar e ampliação do
papel tutelar dos militares. O discurso
destas entidades se caracteriza pelo
anticomunismo e pelo ressentimento
com a democracia. O surgimento
desses grupos aparece como resposta
às tendências de controle civil e às
interações entre partidos e setores
militares.
Brasiliana , 2022
Ativismo e extrema-direita no meio militar: tensões e discursos que antecedem o bolsonarismo (198... more Ativismo e extrema-direita no meio militar: tensões e discursos que antecedem o bolsonarismo (1984-1998) Eduardo Heleno de Jesus Santos Resumo: Embora a redemocratização tenha resultado em um novo status quo, subordinando as Forças Armadas ao poder civil, certas continuidades do discurso autoritário e anticomunista do regime militar serão observadas nas décadas de 1980 e 1990, expressas em um ativismo militar de extrema-direita, conformado por oficiais da reserva. As ações destes grupos de pressão se inserem na dinâmica das relações civis e militares do período, e seus discursos são marcados pelo ressentimento em relação aos civis, pelas soluções autoritárias e pelo anticomunismo. Ao final serão apresentadas convergências entre esses discursos e o fenômeno bolsonarista.
Faculdade de Filosofia e Ciências eBooks, 2018
Brasiliana: Journal for Brazilian Studies
Although Brazil’s democratization in the 1980’s resulted in a new status quo for the Armed Forces... more Although Brazil’s democratization in the 1980’s resulted in a new status quo for the Armed Forces, submitting them to civilian authority, some essential aspects of the authoritarian and anti-communist discourse that had prevailed during the military regime continued to be observed in the 1980s and 1990s. This rhetoric was marked by resentment against civilians, authoritarian proposals and anti-communism, and found its expression in a far-right military activism undertaken by retired officers in that period. Actions by these activist pressure groups were part of the civilian-military relationship dynamics. Towards its conclusion, this article presents the existing convergences between this post-democratic transition discourse and the contemporary pro-Bolsonaro phenomenon.
Mediacoes Revista De Ciencias Sociais, Apr 1, 2015
Este artigo apresenta alguns grupos de pressao formados por militares da reserva no Brasil, cuja ... more Este artigo apresenta alguns grupos de pressao formados por militares da reserva no Brasil, cuja linha ideologica tem forte discurso anticomunista. Esses grupos foram, em geral, constituidos apos a redemocratizacao e uma de suas principais bandeiras e a defesa do status quo ante . Os dados aqui apresentados fazem parte da pesquisa desenvolvida durante o mestado, com financiamento da Capes, sobre o surgimento desses grupos no Brasil entre 1988 e 2008. Para esse trabalho, foi feita uma analise historica para explicar como o anticomunismo ganhou expressividade dentro das Forcas Armadas brasileiras.
Liinc em Revista, 2014
Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protesto... more Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protestos de junho de 2013. As manifestações ocorridas naquele período se tornaram um interessante fenômeno para análise política por seu acentuado simbolismo, em que pese o pouco efeito prático que trouxe para a efetivação de mudanças sociais. Ao longo desse ensaio, será feita uma breve descrição dos protestos, a análise de possíveis relações com o ciclo de atividade política brasileira, a avaliação do que as manifestações trouxeram de novo ao repertório sócio-político e a interpretação do que foi o movimento iniciado nas ruas das grandes metrópoles.
Anais do 39º Encontro Anual da Anpocs, de 26 a 30 de outubro de 2015, em Caxambu - MG. ISSN 2177-309, 2015
Situando-se no contexto do processo de consolidação do processo democrático no cone sul da Améric... more Situando-se no contexto do processo de consolidação do processo democrático no cone sul da América latina, este trabalho apresenta estudo comparativo sobre as relações entre civis e militares no Brasil, no Paraguai e no Uruguai e suas conexões com partidos políticos conservadores, a cúpula militar e os militares da ativa e da reserva. A análise centra-se nas reações daqueles que resistiram ao controle civil das Forças Armadas e, por outro, arguiram a validade de tal controle perante eles e a própria sociedade, contestando, no limite, a própria legitimidade da ordem democrática nos países em pauta.
O recorte temporal recaiu na primeira metade dos anos 1990, na esteira da exaustão dos ciclos de intervenção militar no processo político na região na década anterior. O conceito-chave que fundamentou a investigação foi o de “isolamento político das Forças Armadas”.
Anais do 38º Encontro Anual da Anpocs, de 27 a 31 de outubro de 2014, em Caxambu - MG - ISSN 2177-3092, 2014
Esse trabalho é um breve estudo comparado sobre a formação de grupos de pressão política criados ... more Esse trabalho é um breve estudo comparado sobre a formação de grupos de pressão política criados por militares da reserva na Argentina e no Brasil na década de 1990. O período escolhido para esse paper marca, nos dois países, o aumento do controle civil sobre as Forças Armadas. Buscamos, através da comparação, mostrar como a constituição desses grupos indicam mais o fortalecimento do poder civil que o ressurgimento de um
poder militar.
Anais do 33º Encontro Anual da Anpocs, de 26 a 30 de outubro de 2009, em Caxambu/MG. ISSN 2177-3092, 2009
No dia 5 de abril de 2009, os leitores da Folha de São Paulo viram, estampada na primeira pá... more No dia 5 de abril de 2009, os leitores da Folha de São Paulo viram, estampada
na primeira página do jornal, diagramada no canto superior esquerdo da capa, sob um quadrado lilás, a chamada para uma entrevista exclusiva com a ministra Dilma Roussef,
candidata à presidência da República. O título dispensava comentários: “Grupo de
Dilma planejou seqüestro de Delfim Netto”. Ilustrando a manchete, um recorte de uma
ficha preparada pelo Dops de São Paulo, com a foto da ministra nos tempos em que era
militante de esquerda.
No miolo do jornal, era reproduzida na íntegra a ficha que resumia um histórico de supostas participações da ministra em seqüestros, assaltos a banco, planos de assassinatos, entre outros crimes. Não demorou muito tempo para que os leitores fossem
informados através de outras mídias que era falso o documento publicado pela Folha de
São Paulo ....
Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2014
Este artigo apresenta alguns grupos de pressão formados por militares da reserva no Brasil, cuja ... more Este artigo apresenta alguns grupos de pressão formados por militares da reserva no Brasil, cuja linha ideológica tem forte discurso anticomunista. Esses grupos foram, em geral, constituídos após a redemocratização e uma de suas principais bandeiras é a defesa do status quo ante. Para melhor traçar a origem desses grupos, incluímos uma análise histórica para explicar como o anticomunismo ganhou expressividade dentro das Forças Armadas brasileiras. Palavras-chave: Anticomunismo. Direita. Militares. Grupos de pressão.
Anais do 36º Encontro Anual da Anpocs, Águas De Lindoia, 2012., 2012
Pela primeira vez, desde os primeiros anos da redemocratização, o 31 de março de 1964 voltou a se... more Pela primeira vez, desde os primeiros anos da redemocratização, o 31 de março de 1964 voltou a ser assunto de pauta para os jornais como um conflito aberto. Em março de 2012, militantes da esquerda e militares da reserva ligados a grupos de extrema direita protagonizaram um tumulto em frente à sede do Clube Militar no Rio de Janeiro devido à comemoração dessa data, deixando evidente a irresolução entre versões da história recente. Dias antes, uma organização chamada Levante Popular da Juventude realizou “escrachos” em sete capitais, tendo como alvo ex-agentes do Estado, acusados de serem torturadores. No dia 1º de abril, quatro oficiais da reserva saltaram de paraquedas para celebrar a data, em uma confraternização que reuniu 80 militares da reserva em uma praia do Rio.
Esses acontecimentos deixam evidente que existe uma batalha pela memória em relação à interpretação do significado do 31 de março. Como qualquer disputa pela apropriação do passado, ela tem também um caráter político implícito, relacionado não somente ao passado das Forças Armadas, mas ao seu futuro. Antes de desenvolvermos essa discussão, vale destacar a importância da data na história recente do Brasil.
Anais do 34º Encontro Anual da Anpocs; , 2010
Este trabalho analisa o discurso institucional das Forças Armadas, dos militares da ati... more Este trabalho analisa o discurso institucional das Forças Armadas, dos militares da ativa e de entidades de militares da reserva no que tange à versão histórica do regime militar e propõe verificar o componente político subjacente à batalha da memória, relacionando-o à eleição presidencial de 2010.
Em Debate, Belo Horizonte, v.10, n.1, p.39-45, apr 2018, 2018
Este artigo mostra como se articularam grupos de pressão política formados por militares da reser... more Este artigo mostra como se articularam grupos de pressão política formados por militares da reserva ao longo da redemocratização aos dias atuais. Eles buscam influenciar a opinião pública a respeito de temas como o avanço das esquerdas, a anistia dos crimes cometidos no regime cívico-militar e a assunção de maior papel político dos militares.
Liinc em Revista, May 31, 2014
Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protesto... more Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protestos de junho de 2013. As manifestações ocorridas naquele período se tornaram um interessante fenômeno para análise política por seu acentuado simbolismo, em que pese o pouco efeito prático que trouxe para a efetivação de mudanças sociais. Ao longo desse ensaio, será feita uma breve descrição dos protestos, a análise de possíveis relações com o ciclo de atividade política brasileira, a avaliação do que as manifestações trouxeram de novo ao repertório sócio-político e a interpretação do que foi o movimento iniciado nas ruas das grandes metrópoles.
Introdução O Brasil, nos últimos dez anos, tem assumido cada vez mais uma posição de destaque na ... more Introdução O Brasil, nos últimos dez anos, tem assumido cada vez mais uma posição de destaque na política sul-americana. A diplomacia vem procurando estabelecer acordos, estreitar o comércio e manter um canal de diálogo com todos os seus vizinhos continentais, seguindo uma guinada sul-sul iniciada no mandato de Fernando Henrique Cardoso e acentuada no governo Lula. Desde 2005, o Brasil lidera tropas a serviço das Nações Unidas no Haiti, cujo contingente é formado, entre outros países, por batalhões da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Equador, do Peru e do
O enfoque desta análise é recortado em dois momentos 2 : o primeiro se refere aos três meses inic... more O enfoque desta análise é recortado em dois momentos 2 : o primeiro se refere aos três meses iniciais do governo de Evo Morales, baseado em informações publicadas a partir de despachos de agências internacionais, e o segundo se concentra nos dez dias posteriores à nacionalização dos hidrocarbonetos, tendo como fonte as reportagens e artigos publicados nos jornais Folha de São Paulo e O Globo. A eleição de Juan Evo Morales Ayma para a presidência da Bolívia, em 18 de dezembro de 2005, fez com que a mídia mundial dedicasse algumas páginas ao processo eleitoral daquele país. Morales, da etnia Aymará i , viria a ser tornar em janeiro de 2006, o primeiro índio presidente do país. Muito além do simbolismo, a posse de Morales traz também ao poder o movimento cocalero, do qual segue como líder, e o partido, MAS -Movimento ao Socialismo que abriga correntes políticas de cunho nacionalista, sindicalista, indigenista e socialista. Mesmo ganhando por maioria, 1.544.374 votos, ou seja, 53,74 %, o partido assumiu o governo com dois obstáculos: a administração do departamento de Santa Cruz, sob a batuta de Ruben Costas da união partidária Podemos e a necessidade de implementar suas promessas de campanha.
Os Desafios da Política Externa e Segurança no século XXI, 2018
Abordaremos nesse breve artigo a maneira como as Forças Armadas e os militares da reserva, forman... more Abordaremos nesse breve artigo a maneira como as Forças Armadas e os militares da reserva, formando grupos de pressão política inseridos
ainda na lógica anticomunista da guerra fria, marcaram posição na batalha
da memória antes, durante e após a atuação da CNV. Em um primeiro
momento, analisaremos os documentos de grupos de pressão política formados por militares da reserva que se colocavam contra a ideia de revisão do passado. Logo após, mostraremos as ações desses grupos e de instituições como o Clube Militar e as próprias Forças Armadas em torno dessa batalha da memória. Por fim, apresentaremos alguns documentos e ações feitas por essas entidades durante e após a aprovação da CNV
A República sitiada: : militares e bolsonarismo no Brasil , 2023
Podemos afirmar que a extrema direita no meio militar brasileiro se vincula à, pelo menos, três m... more Podemos afirmar que a extrema direita no meio militar brasileiro se
vincula à, pelo menos, três matrizes ideológicas: anticomunismo, defesa dos valores cristãos, autoritarismo com proeminência das For-
ças Armadas e nacionalismo, todos percebidos em seu sentido mais
exacerbado. O anticomunismo nas Forças Armadas brasileiras, em
especial no Exército, tem como ponto determinante a narrativa dos
motins ocorridos em novembro de 1935 nos quartéis de Natal, Recife
e Rio de Janeiro, e que passaram a ser conhecidos como Intentona
Comunista. A escolha desse nome, que significa intento louco, e o
ritual criado pelo governo de Getúlio Vargas em memória dos mortos
no conflito ajudaram a criar uma identidade ao Exército Brasileiro e
um inimigo interno em uma década marcada por uma série de agita-
ções nos quartéis.
Observador On-Line (v.5, n.09, set. 2010) ISSN 1809-7588, 2010
O objetivo desse artigo é fazer um breve relato da atual situação da governabilidade no Paraguai ... more O objetivo desse artigo é fazer um breve relato da atual situação da
governabilidade no Paraguai e mostrar que, mesmo com o fim dos mais de 60 anos da domínio da Associação Nacional Republicana1 (ANR), em abril de 2008, a alternância política naquele país pode ser considerada incompleta, devido às dissensões na coalizão que apoia o presidente Lugo permitirem uma influência cada vez maior dos colorados na política. Para isso, este trabalho descreve o conflito existente no Poder Executivo advindo da tensa relação entre o presidente Fernando Lugo e o vice-presidente Federico Franco e como esta afeta o novo cenário da
política paraguaia, no qual as três principais legendas do país – a ANR, o PLRA e a UNACE – acabam por fazer parte tanto do governo como da oposição.
Tensões Mundiais / World Tensions, 2022
Este artigo analisa a participação de militares de reserva em grupos de pressão política nos país... more Este artigo analisa a
participação de militares de reserva em
grupos de pressão política nos países
do Mercosul. Estes grupos defendem
o regime militar e ampliação do
papel tutelar dos militares. O discurso
destas entidades se caracteriza pelo
anticomunismo e pelo ressentimento
com a democracia. O surgimento
desses grupos aparece como resposta
às tendências de controle civil e às
interações entre partidos e setores
militares.
Brasiliana , 2022
Ativismo e extrema-direita no meio militar: tensões e discursos que antecedem o bolsonarismo (198... more Ativismo e extrema-direita no meio militar: tensões e discursos que antecedem o bolsonarismo (1984-1998) Eduardo Heleno de Jesus Santos Resumo: Embora a redemocratização tenha resultado em um novo status quo, subordinando as Forças Armadas ao poder civil, certas continuidades do discurso autoritário e anticomunista do regime militar serão observadas nas décadas de 1980 e 1990, expressas em um ativismo militar de extrema-direita, conformado por oficiais da reserva. As ações destes grupos de pressão se inserem na dinâmica das relações civis e militares do período, e seus discursos são marcados pelo ressentimento em relação aos civis, pelas soluções autoritárias e pelo anticomunismo. Ao final serão apresentadas convergências entre esses discursos e o fenômeno bolsonarista.
Faculdade de Filosofia e Ciências eBooks, 2018
Brasiliana: Journal for Brazilian Studies
Although Brazil’s democratization in the 1980’s resulted in a new status quo for the Armed Forces... more Although Brazil’s democratization in the 1980’s resulted in a new status quo for the Armed Forces, submitting them to civilian authority, some essential aspects of the authoritarian and anti-communist discourse that had prevailed during the military regime continued to be observed in the 1980s and 1990s. This rhetoric was marked by resentment against civilians, authoritarian proposals and anti-communism, and found its expression in a far-right military activism undertaken by retired officers in that period. Actions by these activist pressure groups were part of the civilian-military relationship dynamics. Towards its conclusion, this article presents the existing convergences between this post-democratic transition discourse and the contemporary pro-Bolsonaro phenomenon.
Mediacoes Revista De Ciencias Sociais, Apr 1, 2015
Este artigo apresenta alguns grupos de pressao formados por militares da reserva no Brasil, cuja ... more Este artigo apresenta alguns grupos de pressao formados por militares da reserva no Brasil, cuja linha ideologica tem forte discurso anticomunista. Esses grupos foram, em geral, constituidos apos a redemocratizacao e uma de suas principais bandeiras e a defesa do status quo ante . Os dados aqui apresentados fazem parte da pesquisa desenvolvida durante o mestado, com financiamento da Capes, sobre o surgimento desses grupos no Brasil entre 1988 e 2008. Para esse trabalho, foi feita uma analise historica para explicar como o anticomunismo ganhou expressividade dentro das Forcas Armadas brasileiras.
Liinc em Revista, 2014
Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protesto... more Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protestos de junho de 2013. As manifestações ocorridas naquele período se tornaram um interessante fenômeno para análise política por seu acentuado simbolismo, em que pese o pouco efeito prático que trouxe para a efetivação de mudanças sociais. Ao longo desse ensaio, será feita uma breve descrição dos protestos, a análise de possíveis relações com o ciclo de atividade política brasileira, a avaliação do que as manifestações trouxeram de novo ao repertório sócio-político e a interpretação do que foi o movimento iniciado nas ruas das grandes metrópoles.
Anais do 39º Encontro Anual da Anpocs, de 26 a 30 de outubro de 2015, em Caxambu - MG. ISSN 2177-309, 2015
Situando-se no contexto do processo de consolidação do processo democrático no cone sul da Améric... more Situando-se no contexto do processo de consolidação do processo democrático no cone sul da América latina, este trabalho apresenta estudo comparativo sobre as relações entre civis e militares no Brasil, no Paraguai e no Uruguai e suas conexões com partidos políticos conservadores, a cúpula militar e os militares da ativa e da reserva. A análise centra-se nas reações daqueles que resistiram ao controle civil das Forças Armadas e, por outro, arguiram a validade de tal controle perante eles e a própria sociedade, contestando, no limite, a própria legitimidade da ordem democrática nos países em pauta.
O recorte temporal recaiu na primeira metade dos anos 1990, na esteira da exaustão dos ciclos de intervenção militar no processo político na região na década anterior. O conceito-chave que fundamentou a investigação foi o de “isolamento político das Forças Armadas”.
Anais do 38º Encontro Anual da Anpocs, de 27 a 31 de outubro de 2014, em Caxambu - MG - ISSN 2177-3092, 2014
Esse trabalho é um breve estudo comparado sobre a formação de grupos de pressão política criados ... more Esse trabalho é um breve estudo comparado sobre a formação de grupos de pressão política criados por militares da reserva na Argentina e no Brasil na década de 1990. O período escolhido para esse paper marca, nos dois países, o aumento do controle civil sobre as Forças Armadas. Buscamos, através da comparação, mostrar como a constituição desses grupos indicam mais o fortalecimento do poder civil que o ressurgimento de um
poder militar.
Anais do 33º Encontro Anual da Anpocs, de 26 a 30 de outubro de 2009, em Caxambu/MG. ISSN 2177-3092, 2009
No dia 5 de abril de 2009, os leitores da Folha de São Paulo viram, estampada na primeira pá... more No dia 5 de abril de 2009, os leitores da Folha de São Paulo viram, estampada
na primeira página do jornal, diagramada no canto superior esquerdo da capa, sob um quadrado lilás, a chamada para uma entrevista exclusiva com a ministra Dilma Roussef,
candidata à presidência da República. O título dispensava comentários: “Grupo de
Dilma planejou seqüestro de Delfim Netto”. Ilustrando a manchete, um recorte de uma
ficha preparada pelo Dops de São Paulo, com a foto da ministra nos tempos em que era
militante de esquerda.
No miolo do jornal, era reproduzida na íntegra a ficha que resumia um histórico de supostas participações da ministra em seqüestros, assaltos a banco, planos de assassinatos, entre outros crimes. Não demorou muito tempo para que os leitores fossem
informados através de outras mídias que era falso o documento publicado pela Folha de
São Paulo ....
Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2014
Este artigo apresenta alguns grupos de pressão formados por militares da reserva no Brasil, cuja ... more Este artigo apresenta alguns grupos de pressão formados por militares da reserva no Brasil, cuja linha ideológica tem forte discurso anticomunista. Esses grupos foram, em geral, constituídos após a redemocratização e uma de suas principais bandeiras é a defesa do status quo ante. Para melhor traçar a origem desses grupos, incluímos uma análise histórica para explicar como o anticomunismo ganhou expressividade dentro das Forças Armadas brasileiras. Palavras-chave: Anticomunismo. Direita. Militares. Grupos de pressão.
Anais do 36º Encontro Anual da Anpocs, Águas De Lindoia, 2012., 2012
Pela primeira vez, desde os primeiros anos da redemocratização, o 31 de março de 1964 voltou a se... more Pela primeira vez, desde os primeiros anos da redemocratização, o 31 de março de 1964 voltou a ser assunto de pauta para os jornais como um conflito aberto. Em março de 2012, militantes da esquerda e militares da reserva ligados a grupos de extrema direita protagonizaram um tumulto em frente à sede do Clube Militar no Rio de Janeiro devido à comemoração dessa data, deixando evidente a irresolução entre versões da história recente. Dias antes, uma organização chamada Levante Popular da Juventude realizou “escrachos” em sete capitais, tendo como alvo ex-agentes do Estado, acusados de serem torturadores. No dia 1º de abril, quatro oficiais da reserva saltaram de paraquedas para celebrar a data, em uma confraternização que reuniu 80 militares da reserva em uma praia do Rio.
Esses acontecimentos deixam evidente que existe uma batalha pela memória em relação à interpretação do significado do 31 de março. Como qualquer disputa pela apropriação do passado, ela tem também um caráter político implícito, relacionado não somente ao passado das Forças Armadas, mas ao seu futuro. Antes de desenvolvermos essa discussão, vale destacar a importância da data na história recente do Brasil.
Anais do 34º Encontro Anual da Anpocs; , 2010
Este trabalho analisa o discurso institucional das Forças Armadas, dos militares da ati... more Este trabalho analisa o discurso institucional das Forças Armadas, dos militares da ativa e de entidades de militares da reserva no que tange à versão histórica do regime militar e propõe verificar o componente político subjacente à batalha da memória, relacionando-o à eleição presidencial de 2010.
Em Debate, Belo Horizonte, v.10, n.1, p.39-45, apr 2018, 2018
Este artigo mostra como se articularam grupos de pressão política formados por militares da reser... more Este artigo mostra como se articularam grupos de pressão política formados por militares da reserva ao longo da redemocratização aos dias atuais. Eles buscam influenciar a opinião pública a respeito de temas como o avanço das esquerdas, a anistia dos crimes cometidos no regime cívico-militar e a assunção de maior papel político dos militares.
Liinc em Revista, May 31, 2014
Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protesto... more Este artigo procura, sob o olhar da ciência política, traçar algumas explicações para os protestos de junho de 2013. As manifestações ocorridas naquele período se tornaram um interessante fenômeno para análise política por seu acentuado simbolismo, em que pese o pouco efeito prático que trouxe para a efetivação de mudanças sociais. Ao longo desse ensaio, será feita uma breve descrição dos protestos, a análise de possíveis relações com o ciclo de atividade política brasileira, a avaliação do que as manifestações trouxeram de novo ao repertório sócio-político e a interpretação do que foi o movimento iniciado nas ruas das grandes metrópoles.
Introdução O Brasil, nos últimos dez anos, tem assumido cada vez mais uma posição de destaque na ... more Introdução O Brasil, nos últimos dez anos, tem assumido cada vez mais uma posição de destaque na política sul-americana. A diplomacia vem procurando estabelecer acordos, estreitar o comércio e manter um canal de diálogo com todos os seus vizinhos continentais, seguindo uma guinada sul-sul iniciada no mandato de Fernando Henrique Cardoso e acentuada no governo Lula. Desde 2005, o Brasil lidera tropas a serviço das Nações Unidas no Haiti, cujo contingente é formado, entre outros países, por batalhões da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Equador, do Peru e do
O enfoque desta análise é recortado em dois momentos 2 : o primeiro se refere aos três meses inic... more O enfoque desta análise é recortado em dois momentos 2 : o primeiro se refere aos três meses iniciais do governo de Evo Morales, baseado em informações publicadas a partir de despachos de agências internacionais, e o segundo se concentra nos dez dias posteriores à nacionalização dos hidrocarbonetos, tendo como fonte as reportagens e artigos publicados nos jornais Folha de São Paulo e O Globo. A eleição de Juan Evo Morales Ayma para a presidência da Bolívia, em 18 de dezembro de 2005, fez com que a mídia mundial dedicasse algumas páginas ao processo eleitoral daquele país. Morales, da etnia Aymará i , viria a ser tornar em janeiro de 2006, o primeiro índio presidente do país. Muito além do simbolismo, a posse de Morales traz também ao poder o movimento cocalero, do qual segue como líder, e o partido, MAS -Movimento ao Socialismo que abriga correntes políticas de cunho nacionalista, sindicalista, indigenista e socialista. Mesmo ganhando por maioria, 1.544.374 votos, ou seja, 53,74 %, o partido assumiu o governo com dois obstáculos: a administração do departamento de Santa Cruz, sob a batuta de Ruben Costas da união partidária Podemos e a necessidade de implementar suas promessas de campanha.
El Pais , 2023
Bolsonaro dejó una bomba en los cuarteles; Lula debe desactivarla Asalto al Congreso en Brasil O... more Bolsonaro dejó una bomba en los cuarteles; Lula debe desactivarla Asalto al Congreso en Brasil Opinión Texto en el que el autor aboga por ideas y saca conclusiones basadas en su interpretación de hechos y datos Si el nuevo Gobierno de Lula no reacciona para que las fuerzas armadas sean controladas por el poder civil y los oficiales legalistas, los cuarteles serán utilizados para mantener una táctica de desgaste político Soldados prestan guardia en los alrededores de un campamento de simpatizantes del presidente brasileño, Jair Bolsonaro, hoy, en el Cuartel General del Ejército, en Brasilia el 29 de diciembre.Andre Borges (EFE)