Leonardo Santos | UFF - Universidade Federal Fluminense (original) (raw)
Papers by Leonardo Santos
IHBAJA, 2023
História da ocupação do território que hoje abarca o bairro de Gardênia Azul, na Zona Oeste da ci... more História da ocupação do território que hoje abarca o bairro de Gardênia Azul, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
The rural zone of Rio de Janeiro was place of a lot conflicts and struggles for property of land,... more The rural zone of Rio de Janeiro was place of a lot conflicts and struggles for property of land, especially those drove to agriculture activities. This work debate how this process was connected to urbanization of rural areas during 40’s to 60’s. The end of Sertao Carioca (name of rural zone, how was called for all) represented the triumph of an aggressive urban expansion. The Rio de Janeiro’s rural zone urbanization case express the historic way of urban evolution of almost every cities in Brazil: an urbanization based in a few economic groups and yours interests with support of State and governments.
Confluenze. Rivista di Studi Iberoamericani, Dec 30, 2014
Sociedade e Cultura, 2007
Mundo agrario, 2006
SciELO - Scientific Electronic Library Online Browse SciELO, SciELO Library Error Detector An une... more SciELO - Scientific Electronic Library Online Browse SciELO, SciELO Library Error Detector An unexpected error occurred in SciELO servers. Click on the SciELO logo to browse the SciELO Library or use the browser "BACK" button to return to the previous page. ...
Revista Crítica Histórica, 2011
Revista Contemporâneos, 2022
EsteartigotrataaocupaçãodeterrasnoImbéearepercussãoqueelaacaboutendojuntoaosmembrosdaCâmaraMunici... more EsteartigotrataaocupaçãodeterrasnoImbéearepercussãoqueelaacaboutendojuntoaosmembrosdaCâmaraMunicipaldeCampos.Foramaomenostrêssessõesdeintensosdebatesaolongodomêsdeabrilde1963.Asdiscussõesforamextremamenteemblemáticasnamedidaemqueaopromoveremodebate,paraatacaroudefenderoslavradoresqueocuparamaquelasterras,osposicionamentospolíticosdosvereadoressetornaramexplícitos,nãoapenassobreoImbé,mastambémsobreosmovimentossociaisqueocorriamnacidade.Portanto,omapeamentodessesposicionamentoséumaoportunidadepreciosaparaaclararumadimensãoimportantedapolarizaçãoque a cidade campista vivia, assim como todo o país na época.Palavras-Chave: Campos dos Goytacazes, Imbé, Questão Agrária, Brasil.THE DEBATE ON THE OCCUPATION OF IMBÉ IN CAMPOS CITY HALL,1963.ABSTRACTThisarticledealsaboutthestruggleforlandinCamposduring1963.ThemainthemeistheoccupationoflandinImbéandtherepercussionitendeduphavingonthemembersofCamposCityCouncil.TherewereatleastthreesessionsofintensedebatesthroughoutthemonthofApril1963.Thediscussionswereextremelyemblematicinthesensethatbypromotingthedebate,toattackordefendthefarmerswhooccupiedthoselands,thepoliticalpositionsofthecouncilmenbecameexplicit,notonlyaboutImbé,butalsoaboutthesocialmovementsthattookplaceinthecity.Therefore,themappingofthesepositionsisapreciousopportunitytoclarifyanimportantdimensionof the polarization that the campsite city lived, as well as the entire country at the time.Key words: Campos dos Goytacazes, Imbé, Questão Agrária, Brasil.
As Ligas Camponesas do PCB: a trajetória de um debate (1926-1945)Rev. Sem Aspas,, 2021
This article deals with the first discussions and records about the Leagues in the ... more This article deals with the first discussions and records about the Leagues in the reflections that the Party developed around the Agrarian Issue, highlighting the importance of the analysis of international events related to this theme by the communists. It was in the second half of the 1920s that the debate around the term Peasant League arose as aform of organization of rural workers. And this debate would continue throughout the 1930s, with organizations conceived as instruments of mobilization and organization of "peasants" with the clear intention of carrying out an armed insurrection to seize power.
Sem Aspas, 2021
Este artigo trata das primeiras discussões e registros a respeito das Ligas nas refle... more Este artigo trata das primeiras discussões e registros a respeito das Ligas nas reflexões que o Partido desenvolvia em torno da Questão Agrária, destacando a importância da análise dos eventos internacionais referentes a essa temática por parte dos comunistas. É na segunda metade dos anos 1920 que surge o debate em torno do termo Liga Camponesa como forma de organização de trabalhadores do meio rural. E esse debate seguiria pelos anos 1930, com as organizações pensadas como instrumentos de mobilização e organização de “camponeses” com o claro intuito de efetivar uma insurreição armada visando a tomada de poder.
Revista Izquierdas, 2021
Este artigo tem como objeto a pouco estudada história das Ligas Camponesas criadas pelo Partido C... more Este artigo tem como objeto a pouco estudada história das Ligas Camponesas criadas pelo Partido Comunista do Brasil a partir de 1945. Aponto algumas das razões para o pequeno interesse que os estudiosos dedicaram a tais Ligas, ao contrário do que se observou com o estudo daquelas surgidas em Pernambuco na década seguinte. Indico também como mesmo depois da decretação da ilegalidade do Partido em maio de 1947, algumas Ligas seguiram funcionando. Analiso ainda como tal atuação foi impactada por uma gradativa radicalização, cristalizada no "Manifesto de 1948". Tal análise contou, para tanto, com a leitura de documentos partidários, editorais publicados na imprensa e relatórios policiais. Além de contextualizar as informações obtidas junto ao cenário político, procurou-se precisar as diferentes tentativas de retomada dessas entidades.
Revista Convergência Crítica
Dispusemos de poucas fontes para traçar a trajetória de vida profissional e pessoal de Jacinto Lu... more Dispusemos de poucas fontes para traçar a trajetória de vida profissional e pessoal de Jacinto Luciano Moreira até o ano de sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). O que sabemos a respeito deste momento da vida de Jacinto vem, basicamente, de três fontes: um pequeno trecho de efeméride; um “santinho” eleitoral, provavelmente de 1945-6, quando Jacinto disputou as eleições de 1947 pelo PCB concorrendo uma vaga no Conselho Municipal da cidade do Rio de Janeiro; uma reportagem publicada no início de 1947 em periódico do PCB. Ao cruzarmos as informações, percebemos que o conteúdo descrito é quase idêntico, o que nos levaria a deduzir certa confiabilidade nestas fontes. Porém, é preciso tecer algumas considerações metodológicas quando a fonte é um relato biográfico: primeiro, a propensão deste tipo de relato em se organizar em sequencias históricas inteligíveis, “como a do efeito à causa eficiente ou final, entre os estados sucessivos,” onde vida da personagem é retratada de f...
Revista IDeAS, 2007
Esta comunicação trata dos anúncios de classificados de imóveis da zona rural da cidade do Rio de... more Esta comunicação trata dos anúncios de classificados de imóveis da zona rural da cidade do Rio de Janeiro de 1922 a 1964. Podemos ver que é possível acom-panhar por meio desses anúncios as mudanças pelas quais passou a região em termos de sua estrutura ...
Chão Urbano , 2021
Zona rural do Rio de Janeiro como Celeiro da cidade.
O Asilo e a Cidade, 2015
Trajetória de vida e contexto histórico: algumas palavras teórico-metodológicas Pretendemos neste... more Trajetória de vida e contexto histórico: algumas palavras teórico-metodológicas Pretendemos neste artigo articular a trajetória de vida de Jacinto Luciano Moreira, médico da Colônia Juliano Moreira, ao campo de relações sociais e históricas que envolveram sua vida pessoal, tra-balho e atuação militante com o objetivo de evidenciar o papel de trabalhadores da saúde pública como mediadores de diversas lutas sociais que se travaram naquela região rural do então Distrito federal , o Sertão Carioca. Esta contribuição pode ajudar a redimensionar as análises sobre o tema e preencher uma lacuna na historiografia da saúde pública da primeira metade do século XX, conforme se verifi-ca na bibliografia sobre o assunto (Cassília, 2011, p.38-59). Dispusemos de poucas fontes para traçar seu itinerário profis-sional, militante e pessoal até o ano de sua filiação ao PCB, em 1945. Buscaremos mapear sua trajetória militante basicamente por meio da confrontação de três tipos de fontes: materiais apreendidos e/ou 2 Este texto corresponde a uma versão revisada, ampliada e modificada do trabalho publicado na revista Convergência Crítica, n.4, 2014, p. 194-214. No presente texto aprofundamos a discussão sobre a trajetória profissional e militante de Jacinto Lu-ciano Moreira, elaboramos novas hipóteses a respeito do seu ingresso no serviço de doenças mentais do Distrito Federal (DF) e sobre sua filiação ao Partido Comunis-ta Brasileiro (PCB), indicando um possível contato seu com o movimento operário de orientação anarquista.
Revista Territórios e Fronteiras, 2020
A ocupação do Imbé efetivada em 3 de abril de 1963 acabou inesperadamente se tornando um marco na... more A ocupação do Imbé efetivada em 3 de abril de 1963 acabou inesperadamente se tornando um marco na luta pela terra. Ela foi uma das primeiras ações de ocupação de terras, pois na data referida um grupo de lavradores ocupou a localidade chamada Segundo Norte do Imbé, no município de Campos. Uma das principais fontes para o estudo de tal evento, além dos jornais de época e relatórios policiais, foi o conjunto de memórias do militante comunista José Pureza, que teve participação destacada nesse evento. Seus relatos são certamente uma excelente fonte de informação, porém, como todo relato, ele contém lacunas e imprecisões, o que exige a sua confrontação com outros depoimentos, versões e memórias. O exame de outras memórias sobre os fatos relativos ao Imbé é o tema principal desse artigo. Palavras-chave: Campos dos Goytacazes; Rio de Janeiro; Luta pela terra.
Revista Espacialidades, 2021
Nos 1920 a zona rural então delimitada traria em seu bojo a preocupação de fomentar um certo con... more Nos 1920 a zona rural então delimitada traria em seu bojo a preocupação de fomentar um certo conjunto de atividades e construções para fins agrícolas. Toma então impulso a ideia de que a região poderia se tornar o “celeiro” do Distrito Federal.
Pensando com o conceito de território de Rogério Haesbart, entendo a zona rural aqui não como um espaço estático, alvo de tributos, mas um território dinâmico, que passava a ser lido e entendido em conjunto com as relações sociais que nele
vigorassem, e não como se fosse algo a parte. Com base na análise de textos legislativos, material jornalístico e pronunciamentos oficiais, este artigo se dedica a reconstituir esse processo entre 1917 e 1935, observando a maneira como a região é pensada e lida por diferentes agentes a partir de noções e objetivos atribuídas a ela.
REFLEXÕES EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL LIMITES, VIVÊNCIAS E POLÍTICAS NO OESTE METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO, 2021
A discussão sobre a divisão territorial do Rio de Janeiro toma impulso com a transformação da cid... more A discussão sobre a divisão territorial do Rio de Janeiro toma impulso com a transformação da cidade em Distrito Federal. Com esse novo estatuto, algumas reformas passaram a ser pensadas, inclusive a divisão do território do município.
A antiga delimitação em paróquias acabou sendo atualizada, não alterada de todo. A mudança foi apenas de nomenclatura — não mais “paróchia” e sim “circunscripção”, a partir do início da década de 1890, e “districto” a partir do governo Pereira Passos (1903-1906).
Quando a cidade foi dividida em zonas em 1917 e 1918, o que tinha claro objetivo fazendário, o critério utilizado era apenas o da densidade demográfica e de construções. A divisão então elaborada não denotava uma preocupação em incentivar usos e funções no território delimitado por cada zona.
As demandas da municipalidade por recursos é que orientavam as escolhas e decisões do poder público. Os marcos e divisas iam respondendo às necessidades do momento, daí que quando foi formulada pela primeira vez, ainda nos anos 1890, a zona rural designava apenas um trecho dos subúrbios, e dizia respeito
somente à abrangência da cobrança da licença de cães. Já em 1904, a região era o trecho menos urbanizado do distrito de Inhaúma. E, mesmo nos projetos formulados na década de 1910, a zona rural tinha um claro sentido fazendário, que autorizava ou não a cobrança de um determinado imposto ou taxa.Seria apenas nos anos 1920 (a partir do ‘Regulamento de Construções’) e 1930 que a zona rural então delimitada traria em seu bojo a preocupação de fomentar um certo conjunto de atividades e construções para fins agrícolas. É quando toma impulso a ideia de que a região poderia se tornar uma espécie de “celeiro” do então Distrito Federal. A zona rural de caráter agrícola nasce com a implantação do zoneamento como instrumento do poder público para regulamentar o uso do solo. Tendo em vista as reflexões de Lúcia Silva, a zona rural aqui já não é um espaço estático, alvo de tributos, mas um território dinâmico, que passava a ser lido e entendido em conjunto com as relações sociais que neles vigorassem, e não como se este fosse algo à parte.
Revista Eletrônica Discente História.com, 2020
As relações entre as Ligas Camponesas e os comunistas se tornaram bem tensas depois do I Congress... more As relações entre as Ligas Camponesas e os comunistas se tornaram bem tensas depois do I Congresso de Lavradores e Trabalhadores Rurais do Brasil. Ali as diferenças entre as duas organizações ficaram visíveis. Boa parte da literatura dedicada ao tema dos movimentos sociais do campo consolidaria, a partir desse evento, uma rivalidade irreconciliável entre eles. Porém, houve exemplos concretos de atuação na questão agrária que demonstram que em meio a tanta rivalidade e disputa, havia espaço para momentos de colaboração e solidariedade. Campos foi um exemplo emblemático, em especial os eventos referentes à ocupação das terras do Vale do Imbé.
Palavras-chave: Campos dos Goytacazes. Rio de Janeiro. Ligas Camponesas. PCB.
Chão Urbano, 2020
A chegada da Família Real ao Rio de Janeiro em 1808 abriu uma nova era em termos das explorações ... more A chegada da Família Real ao Rio de Janeiro em 1808 abriu uma nova era em termos das explorações científicas estrangeiras não apenas na cidade como no território da Colônia como um todo, pois, a partir desse evento, as incursões desses viajantes se tornariam mais frequentes, curiosos que estavam por desbravar aspectos da flora, da fauna, da vida rural e urbana de nosso território. Como lembra Bruno A.G. Moreira, no afã de conhecer os exotismos da Colônia, os viajantes produziram relatos condicionados por várias questões pessoais e institucionais.
Os pré-conceitos e referenciais culturais próprios davam um colorido especial aos seus relatos. Tudo isso é verdade. Interpretação e observação se misturavam em suas descrições, uma se confundindo com a outra.
Mas nem todos os referenciais operados pelos viajantes resultavam em relatos depreciativos. Um exemplo é a noção de “subúrbios” e “arrabaldes”. Como veremos mais adiante, tratava-se de termos que no caso da cidade do Rio de Janeiro faziam referência às áreas mais procuradas por estes viajantes, devido a suas belezas e atrativos
climáticos como as temperaturas amenas. Para o viajante que se estabelecia na cidade do Rio, os “subúrbios” e “arrabaldes” da cidade ofereciam as melhores condições de vida. E eles explicavam a razão disso, conforme veremos mais adiante.
Revista de História/ UFG, 2019
This article deals with peasant unions intervention in agrarian production and rural conflicts in... more This article deals with peasant unions intervention in agrarian production and rural conflicts in Rio de Janeiro’s greenbelt (Sertão Carioca). During the Populist era (1945-64) in rural zone of this city, intensive urbanization in agriculture areas changed relations of production and land occupation. The territories between the urban front and the suburban places were quickly and intensively occupied both by housing and industries. Unintentionally and intentionally, it destroyed many of the old plantations and traditional practices. The little planters begin to resist against that expropriation and exploitation. Therefore, they created various peasant unions in rural zone: Sindicatos rurais, Ligas Camponesas, Cooperativas, Associações de Pequenos Lavradores, Intendências Agrícolas.. KEYWORDS:Peasant unions, Sertão Carioca, Social Movements.
IHBAJA, 2023
História da ocupação do território que hoje abarca o bairro de Gardênia Azul, na Zona Oeste da ci... more História da ocupação do território que hoje abarca o bairro de Gardênia Azul, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
The rural zone of Rio de Janeiro was place of a lot conflicts and struggles for property of land,... more The rural zone of Rio de Janeiro was place of a lot conflicts and struggles for property of land, especially those drove to agriculture activities. This work debate how this process was connected to urbanization of rural areas during 40’s to 60’s. The end of Sertao Carioca (name of rural zone, how was called for all) represented the triumph of an aggressive urban expansion. The Rio de Janeiro’s rural zone urbanization case express the historic way of urban evolution of almost every cities in Brazil: an urbanization based in a few economic groups and yours interests with support of State and governments.
Confluenze. Rivista di Studi Iberoamericani, Dec 30, 2014
Sociedade e Cultura, 2007
Mundo agrario, 2006
SciELO - Scientific Electronic Library Online Browse SciELO, SciELO Library Error Detector An une... more SciELO - Scientific Electronic Library Online Browse SciELO, SciELO Library Error Detector An unexpected error occurred in SciELO servers. Click on the SciELO logo to browse the SciELO Library or use the browser "BACK" button to return to the previous page. ...
Revista Crítica Histórica, 2011
Revista Contemporâneos, 2022
EsteartigotrataaocupaçãodeterrasnoImbéearepercussãoqueelaacaboutendojuntoaosmembrosdaCâmaraMunici... more EsteartigotrataaocupaçãodeterrasnoImbéearepercussãoqueelaacaboutendojuntoaosmembrosdaCâmaraMunicipaldeCampos.Foramaomenostrêssessõesdeintensosdebatesaolongodomêsdeabrilde1963.Asdiscussõesforamextremamenteemblemáticasnamedidaemqueaopromoveremodebate,paraatacaroudefenderoslavradoresqueocuparamaquelasterras,osposicionamentospolíticosdosvereadoressetornaramexplícitos,nãoapenassobreoImbé,mastambémsobreosmovimentossociaisqueocorriamnacidade.Portanto,omapeamentodessesposicionamentoséumaoportunidadepreciosaparaaclararumadimensãoimportantedapolarizaçãoque a cidade campista vivia, assim como todo o país na época.Palavras-Chave: Campos dos Goytacazes, Imbé, Questão Agrária, Brasil.THE DEBATE ON THE OCCUPATION OF IMBÉ IN CAMPOS CITY HALL,1963.ABSTRACTThisarticledealsaboutthestruggleforlandinCamposduring1963.ThemainthemeistheoccupationoflandinImbéandtherepercussionitendeduphavingonthemembersofCamposCityCouncil.TherewereatleastthreesessionsofintensedebatesthroughoutthemonthofApril1963.Thediscussionswereextremelyemblematicinthesensethatbypromotingthedebate,toattackordefendthefarmerswhooccupiedthoselands,thepoliticalpositionsofthecouncilmenbecameexplicit,notonlyaboutImbé,butalsoaboutthesocialmovementsthattookplaceinthecity.Therefore,themappingofthesepositionsisapreciousopportunitytoclarifyanimportantdimensionof the polarization that the campsite city lived, as well as the entire country at the time.Key words: Campos dos Goytacazes, Imbé, Questão Agrária, Brasil.
As Ligas Camponesas do PCB: a trajetória de um debate (1926-1945)Rev. Sem Aspas,, 2021
This article deals with the first discussions and records about the Leagues in the ... more This article deals with the first discussions and records about the Leagues in the reflections that the Party developed around the Agrarian Issue, highlighting the importance of the analysis of international events related to this theme by the communists. It was in the second half of the 1920s that the debate around the term Peasant League arose as aform of organization of rural workers. And this debate would continue throughout the 1930s, with organizations conceived as instruments of mobilization and organization of "peasants" with the clear intention of carrying out an armed insurrection to seize power.
Sem Aspas, 2021
Este artigo trata das primeiras discussões e registros a respeito das Ligas nas refle... more Este artigo trata das primeiras discussões e registros a respeito das Ligas nas reflexões que o Partido desenvolvia em torno da Questão Agrária, destacando a importância da análise dos eventos internacionais referentes a essa temática por parte dos comunistas. É na segunda metade dos anos 1920 que surge o debate em torno do termo Liga Camponesa como forma de organização de trabalhadores do meio rural. E esse debate seguiria pelos anos 1930, com as organizações pensadas como instrumentos de mobilização e organização de “camponeses” com o claro intuito de efetivar uma insurreição armada visando a tomada de poder.
Revista Izquierdas, 2021
Este artigo tem como objeto a pouco estudada história das Ligas Camponesas criadas pelo Partido C... more Este artigo tem como objeto a pouco estudada história das Ligas Camponesas criadas pelo Partido Comunista do Brasil a partir de 1945. Aponto algumas das razões para o pequeno interesse que os estudiosos dedicaram a tais Ligas, ao contrário do que se observou com o estudo daquelas surgidas em Pernambuco na década seguinte. Indico também como mesmo depois da decretação da ilegalidade do Partido em maio de 1947, algumas Ligas seguiram funcionando. Analiso ainda como tal atuação foi impactada por uma gradativa radicalização, cristalizada no "Manifesto de 1948". Tal análise contou, para tanto, com a leitura de documentos partidários, editorais publicados na imprensa e relatórios policiais. Além de contextualizar as informações obtidas junto ao cenário político, procurou-se precisar as diferentes tentativas de retomada dessas entidades.
Revista Convergência Crítica
Dispusemos de poucas fontes para traçar a trajetória de vida profissional e pessoal de Jacinto Lu... more Dispusemos de poucas fontes para traçar a trajetória de vida profissional e pessoal de Jacinto Luciano Moreira até o ano de sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). O que sabemos a respeito deste momento da vida de Jacinto vem, basicamente, de três fontes: um pequeno trecho de efeméride; um “santinho” eleitoral, provavelmente de 1945-6, quando Jacinto disputou as eleições de 1947 pelo PCB concorrendo uma vaga no Conselho Municipal da cidade do Rio de Janeiro; uma reportagem publicada no início de 1947 em periódico do PCB. Ao cruzarmos as informações, percebemos que o conteúdo descrito é quase idêntico, o que nos levaria a deduzir certa confiabilidade nestas fontes. Porém, é preciso tecer algumas considerações metodológicas quando a fonte é um relato biográfico: primeiro, a propensão deste tipo de relato em se organizar em sequencias históricas inteligíveis, “como a do efeito à causa eficiente ou final, entre os estados sucessivos,” onde vida da personagem é retratada de f...
Revista IDeAS, 2007
Esta comunicação trata dos anúncios de classificados de imóveis da zona rural da cidade do Rio de... more Esta comunicação trata dos anúncios de classificados de imóveis da zona rural da cidade do Rio de Janeiro de 1922 a 1964. Podemos ver que é possível acom-panhar por meio desses anúncios as mudanças pelas quais passou a região em termos de sua estrutura ...
Chão Urbano , 2021
Zona rural do Rio de Janeiro como Celeiro da cidade.
O Asilo e a Cidade, 2015
Trajetória de vida e contexto histórico: algumas palavras teórico-metodológicas Pretendemos neste... more Trajetória de vida e contexto histórico: algumas palavras teórico-metodológicas Pretendemos neste artigo articular a trajetória de vida de Jacinto Luciano Moreira, médico da Colônia Juliano Moreira, ao campo de relações sociais e históricas que envolveram sua vida pessoal, tra-balho e atuação militante com o objetivo de evidenciar o papel de trabalhadores da saúde pública como mediadores de diversas lutas sociais que se travaram naquela região rural do então Distrito federal , o Sertão Carioca. Esta contribuição pode ajudar a redimensionar as análises sobre o tema e preencher uma lacuna na historiografia da saúde pública da primeira metade do século XX, conforme se verifi-ca na bibliografia sobre o assunto (Cassília, 2011, p.38-59). Dispusemos de poucas fontes para traçar seu itinerário profis-sional, militante e pessoal até o ano de sua filiação ao PCB, em 1945. Buscaremos mapear sua trajetória militante basicamente por meio da confrontação de três tipos de fontes: materiais apreendidos e/ou 2 Este texto corresponde a uma versão revisada, ampliada e modificada do trabalho publicado na revista Convergência Crítica, n.4, 2014, p. 194-214. No presente texto aprofundamos a discussão sobre a trajetória profissional e militante de Jacinto Lu-ciano Moreira, elaboramos novas hipóteses a respeito do seu ingresso no serviço de doenças mentais do Distrito Federal (DF) e sobre sua filiação ao Partido Comunis-ta Brasileiro (PCB), indicando um possível contato seu com o movimento operário de orientação anarquista.
Revista Territórios e Fronteiras, 2020
A ocupação do Imbé efetivada em 3 de abril de 1963 acabou inesperadamente se tornando um marco na... more A ocupação do Imbé efetivada em 3 de abril de 1963 acabou inesperadamente se tornando um marco na luta pela terra. Ela foi uma das primeiras ações de ocupação de terras, pois na data referida um grupo de lavradores ocupou a localidade chamada Segundo Norte do Imbé, no município de Campos. Uma das principais fontes para o estudo de tal evento, além dos jornais de época e relatórios policiais, foi o conjunto de memórias do militante comunista José Pureza, que teve participação destacada nesse evento. Seus relatos são certamente uma excelente fonte de informação, porém, como todo relato, ele contém lacunas e imprecisões, o que exige a sua confrontação com outros depoimentos, versões e memórias. O exame de outras memórias sobre os fatos relativos ao Imbé é o tema principal desse artigo. Palavras-chave: Campos dos Goytacazes; Rio de Janeiro; Luta pela terra.
Revista Espacialidades, 2021
Nos 1920 a zona rural então delimitada traria em seu bojo a preocupação de fomentar um certo con... more Nos 1920 a zona rural então delimitada traria em seu bojo a preocupação de fomentar um certo conjunto de atividades e construções para fins agrícolas. Toma então impulso a ideia de que a região poderia se tornar o “celeiro” do Distrito Federal.
Pensando com o conceito de território de Rogério Haesbart, entendo a zona rural aqui não como um espaço estático, alvo de tributos, mas um território dinâmico, que passava a ser lido e entendido em conjunto com as relações sociais que nele
vigorassem, e não como se fosse algo a parte. Com base na análise de textos legislativos, material jornalístico e pronunciamentos oficiais, este artigo se dedica a reconstituir esse processo entre 1917 e 1935, observando a maneira como a região é pensada e lida por diferentes agentes a partir de noções e objetivos atribuídas a ela.
REFLEXÕES EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL LIMITES, VIVÊNCIAS E POLÍTICAS NO OESTE METROPOLITANO DO RIO DE JANEIRO, 2021
A discussão sobre a divisão territorial do Rio de Janeiro toma impulso com a transformação da cid... more A discussão sobre a divisão territorial do Rio de Janeiro toma impulso com a transformação da cidade em Distrito Federal. Com esse novo estatuto, algumas reformas passaram a ser pensadas, inclusive a divisão do território do município.
A antiga delimitação em paróquias acabou sendo atualizada, não alterada de todo. A mudança foi apenas de nomenclatura — não mais “paróchia” e sim “circunscripção”, a partir do início da década de 1890, e “districto” a partir do governo Pereira Passos (1903-1906).
Quando a cidade foi dividida em zonas em 1917 e 1918, o que tinha claro objetivo fazendário, o critério utilizado era apenas o da densidade demográfica e de construções. A divisão então elaborada não denotava uma preocupação em incentivar usos e funções no território delimitado por cada zona.
As demandas da municipalidade por recursos é que orientavam as escolhas e decisões do poder público. Os marcos e divisas iam respondendo às necessidades do momento, daí que quando foi formulada pela primeira vez, ainda nos anos 1890, a zona rural designava apenas um trecho dos subúrbios, e dizia respeito
somente à abrangência da cobrança da licença de cães. Já em 1904, a região era o trecho menos urbanizado do distrito de Inhaúma. E, mesmo nos projetos formulados na década de 1910, a zona rural tinha um claro sentido fazendário, que autorizava ou não a cobrança de um determinado imposto ou taxa.Seria apenas nos anos 1920 (a partir do ‘Regulamento de Construções’) e 1930 que a zona rural então delimitada traria em seu bojo a preocupação de fomentar um certo conjunto de atividades e construções para fins agrícolas. É quando toma impulso a ideia de que a região poderia se tornar uma espécie de “celeiro” do então Distrito Federal. A zona rural de caráter agrícola nasce com a implantação do zoneamento como instrumento do poder público para regulamentar o uso do solo. Tendo em vista as reflexões de Lúcia Silva, a zona rural aqui já não é um espaço estático, alvo de tributos, mas um território dinâmico, que passava a ser lido e entendido em conjunto com as relações sociais que neles vigorassem, e não como se este fosse algo à parte.
Revista Eletrônica Discente História.com, 2020
As relações entre as Ligas Camponesas e os comunistas se tornaram bem tensas depois do I Congress... more As relações entre as Ligas Camponesas e os comunistas se tornaram bem tensas depois do I Congresso de Lavradores e Trabalhadores Rurais do Brasil. Ali as diferenças entre as duas organizações ficaram visíveis. Boa parte da literatura dedicada ao tema dos movimentos sociais do campo consolidaria, a partir desse evento, uma rivalidade irreconciliável entre eles. Porém, houve exemplos concretos de atuação na questão agrária que demonstram que em meio a tanta rivalidade e disputa, havia espaço para momentos de colaboração e solidariedade. Campos foi um exemplo emblemático, em especial os eventos referentes à ocupação das terras do Vale do Imbé.
Palavras-chave: Campos dos Goytacazes. Rio de Janeiro. Ligas Camponesas. PCB.
Chão Urbano, 2020
A chegada da Família Real ao Rio de Janeiro em 1808 abriu uma nova era em termos das explorações ... more A chegada da Família Real ao Rio de Janeiro em 1808 abriu uma nova era em termos das explorações científicas estrangeiras não apenas na cidade como no território da Colônia como um todo, pois, a partir desse evento, as incursões desses viajantes se tornariam mais frequentes, curiosos que estavam por desbravar aspectos da flora, da fauna, da vida rural e urbana de nosso território. Como lembra Bruno A.G. Moreira, no afã de conhecer os exotismos da Colônia, os viajantes produziram relatos condicionados por várias questões pessoais e institucionais.
Os pré-conceitos e referenciais culturais próprios davam um colorido especial aos seus relatos. Tudo isso é verdade. Interpretação e observação se misturavam em suas descrições, uma se confundindo com a outra.
Mas nem todos os referenciais operados pelos viajantes resultavam em relatos depreciativos. Um exemplo é a noção de “subúrbios” e “arrabaldes”. Como veremos mais adiante, tratava-se de termos que no caso da cidade do Rio de Janeiro faziam referência às áreas mais procuradas por estes viajantes, devido a suas belezas e atrativos
climáticos como as temperaturas amenas. Para o viajante que se estabelecia na cidade do Rio, os “subúrbios” e “arrabaldes” da cidade ofereciam as melhores condições de vida. E eles explicavam a razão disso, conforme veremos mais adiante.
Revista de História/ UFG, 2019
This article deals with peasant unions intervention in agrarian production and rural conflicts in... more This article deals with peasant unions intervention in agrarian production and rural conflicts in Rio de Janeiro’s greenbelt (Sertão Carioca). During the Populist era (1945-64) in rural zone of this city, intensive urbanization in agriculture areas changed relations of production and land occupation. The territories between the urban front and the suburban places were quickly and intensively occupied both by housing and industries. Unintentionally and intentionally, it destroyed many of the old plantations and traditional practices. The little planters begin to resist against that expropriation and exploitation. Therefore, they created various peasant unions in rural zone: Sindicatos rurais, Ligas Camponesas, Cooperativas, Associações de Pequenos Lavradores, Intendências Agrícolas.. KEYWORDS:Peasant unions, Sertão Carioca, Social Movements.
Boa parte da historiografia que tratou de revisar a história das esquerdas no país, com maior ênf... more Boa parte da historiografia que tratou de revisar a história das esquerdas no país, com maior ênfase no Partido Comunista do Brasil (PCB), buscou com uma obstinação assustadora provar que se havia algo que essa corrente não gostava, esse algo atendia pelo nome de "povo". Queria-se com isso afirmar que os nossos grupos de esquerda tinham pouco ou pouquíssimo apreço pelo trabalho junto ás bases populares, preferindo ditar regras e normas sobre a verdadeira consciência de classe atrás de suas escrivaninhas e á frente de pilhas de empoeirados tomos de vulgarização do marxismo editados pela escola soviética (e stalinista) de ciências. Mas as pesquisas mais recentes, baseadas maciçamente na apuração de documentos de época, têm revelado uma faceta bem mais interessante – e muito menos caricata – dos militantes e das organizações que pertenciam ao antigo PCB. ________________________________________________________________________________________
A zona rural do Rio de Janeiro foi lugar de muitos conflitos e batalhas pela propriedade da terra... more A zona rural do Rio de Janeiro foi lugar de muitos conflitos e batalhas pela propriedade da terra, especialmente aquelas voltadas às atividades agrícolas. Este trabalho debate como esse processo esteve ligado a urbanização de áreas durante os anos 1940 à 1960. O fim do Sertão Carioca (nome da zona rural,
como ela era chamada por todos) representou o triunfo de uma agressiva expansão urbana. O caso da urbanização da zona rural do Rio de Janeiro expressa o caminho histórico da evolução urbana de quase todas as cidades no Brasil: uma urbanização baseada em poucos grupos econômicos e seus interesses com o apoio do Estado e dos governos.
Nestas breves notas, lançamos algumas reflexões sobre alguns componentes atuantes na trajetória d... more Nestas breves notas, lançamos algumas reflexões sobre alguns componentes atuantes na trajetória de conformação do futebol entre as classes sociais, em especial aquele que foi acolhido por setores das classes operários, o que deu origem ao “clubes operários” ou “times de fábrica”. Optamos nesse momento por dar maior atenção a alguns times do Brasil, do Uruguai e da Argentina, apontando para alguns aspectos dos primeiros momentos de sua formação e um pouco de sua história mais recente. Trata-se, portanto, apenas de um esboço de uma proposta de trabalho, que precisa, obviamente, ampliar o acúmulo de material empírico.
Neste trabalho busco apontar o quanto prejudicial tem sido o pensamento e ideologia liberal a uma... more Neste trabalho busco apontar o quanto prejudicial tem sido o pensamento e ideologia liberal a uma cultura de respeito e tolerância aos direitos humanos no Brasil. Destaco, para tanto, como os liberais buscaram fundamentar a repressão à categorias marginalizadas em diferentes momentos da história nacional. Num primeiro momento discuto o exercício da repressão contra os opositores políticas durante a vigência da ditadura militar (1964-85). No outro momento, demonstro como os princípios liberais também se constituem como peça importante na engrenagem repressiva que vitima as “classes pobres” que habitam as favelas e periferias brasileiras.
En este trabajo efectuo una analisis de la actuación de los membros del Partido Comunista de Bras... more En este trabajo efectuo una analisis de la actuación de los membros del Partido Comunista de Brasil en la ciudad de Campos do Goytacazes (Brasil) durante los anõs 1937 y 1945, época de la dictadura de Getúlio Vargas. Campos fuera por esta época la principal fuerza política y econômica de toda región fluminense. En mediados del siglo XX tenia alrededor de 40-50 mil trabajadores de este segmento. La inserción de los comunistas en la ciudad és indisociable de la relación con PCB. Importante, de outra parte, és entender como tal proceso se desarolla en un momento marcado por el arbítrio.
Texto apresentado na Semana de História da FEUC em setembro de 2013.
EMENTA, 2023
Nesse curso, as discussões do curso partem do tema da organização da pesquisa, o que vamos consid... more Nesse curso, as discussões do curso partem do tema da organização da pesquisa, o que vamos considerar aqui como as suas principais etapas:
- Escolha do tema.
- Produzindo uma problemática.
- A Importância do Quadro Teórico.
- A escolha das fontes de pesquisa.
- A redação do projeto de pesquisa.
- Análise das fontes.
- Escrita dos resultados e discussões da pesquisa.
EMENTA, 2023
Essa disciplina visa oferecer ao discente um panorama amplo e detalhado da história dos vários mo... more Essa disciplina visa oferecer ao discente um panorama amplo e detalhado da história dos vários movimentos sociais do campo brasileiro no período contemporâneo. Dedicando também atenção a produção historiográfica e sociológica sobre o assunto, tanto os clássicos como as elaborações mais recentes (últimos 20 anos).
LEONARDO SANTOS, 2023
As ideias de ANDRÉ REBOUÇAS, MANUEL QUERINO, MANUEL BONFIM e ALBERTO TORRES.
APOSTILA, 2023
APOSTILA SOBRE QUESTÃO RACIAL E O PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO
RELATÓRIO, 2023
O debate sobre racismo no Brasil parece estar cada dia mais aceso. Isso se deve nem tanto ao níve... more O debate sobre racismo no Brasil parece estar cada dia mais aceso. Isso se deve nem tanto ao nível altíssimo de vítimas da violência policial entre a população negra: na verdade, boa parte da sociedade brasileira nunca viu tal fenômeno como um problema efetivo: a morte de negros
e negras, particularmente os moradores de favelas, sempre foi visto com muita tranquilidade, como se pertencesse à ordem natural das coisas.
A emergência de tal discussão no cenário público parece estar muito mais associado às políticas de afirmação que em tese beneficiariam aquelas populações, especialmente a mais badaladas delas, a política de cotas objetivando maior inserção da população negra no ensino superior gratuito. Pois bem, bastou não só falar, como tentar institucionalizar direitos contemplando demandas históricas daquela população para que se irrompesse o conflito.
E isso acabou ocorrendo de uma maneira um tanto inusitada. A política de cotas, como que num passe de mágica, motivou vários agentes a dissertarem sobre o tema da Raça e do Racismo. Reparem que as “Cotas” tiveram o mérito de reavivar a discussão de um tema que fala muito sobre a realidade histórica e atual de todo um povo; ela conseguiu incutir na
intelectualidade brasileira, ainda tão apegada ao mito freyriano da “Democracia Racial”, a urgência de tal questão. Algo que nem as políticas de extermínio da população negra nem a péssima situação desse segmento frente ao mercado de trabalho, políticas públicas (educação,
saúde, moradia) e justiça, conseguiram.
Portanto, essa pesquisa busca trazer elementos para a reflexão do debate crítico sobre a questão racial, racismo e política de cotas. Primeiro de tudo, ele discute a dimensão histórica da palavra raça. Eu pretendo mostrar que o termo não tem somente aspectos biológicos. Essa é uma tradição inventada. Depois, ele propõe que a raça tem especialmente um sentido político e cultural. Finalmente, eu argumento que a divisão racial não é somente um problema cultural, mas é a expressão de estruturas de poder, hierarquia social e monopólios.
Leonardo Soares dos Santos, 2020
Esta apostila versa sobre a questão do Método no pensamento filosófico e científico do Mundo Ocid... more Esta apostila versa sobre a questão do Método no pensamento filosófico e científico do Mundo Ocidental.
O material selecionado visa fornecer um panorama básico da evolução histórica do conceito de Método por intermédio de textos clássicos da tradição grega.
Tudo começa com os chamados Pré-Socráticos. As longevas formulações mitológicas passam a ser combinadas com novos olhares e reflexões pautados em investigações científicas e filosóficas. Trata-se de uma nova etapa da aventura intelectual, onde os relatos e narrações cosmológicas já não dão conta da inesgotável sede de conhecimentos daqueles homens (homens mesmo, porque, como se sabe, as mulheres estavam alijadas do debate filosófico na Grécia antiga, principalmente em Atenas).
A grande indagação desses Pré-Socráticos diz respeito ao princípio de tudo: qual a origem do Universo? A vida surgiu da água, do fogo, do éter? Esses foram os principais temas de figuras como Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso. Não há aqui a formulação de algo como método. Até porque nesse contexto o contexto onde o conhecimento é produzido não se pauta por uma relação entre Sujeito e Objeto. Não há aqui a ideia de que o Homem tenha diante de si o Mundo objetivo alvo de sua reflexão. Veja-se que para Tales a alma humana “está misturada com o todo”.
Algo notável ocorrerá com Sócrates. O método por ele elaborado (Maiêutico) traz à tona a ideia de necessidade de organização e disciplinamento do pensamento e da investigação filosófica. O método é pensado aqui como um meio de desvendamento ou revelação de uma verdade que reside no interior do sujeito do conhecimento. Essa é para Sócrates a grande tarefa do filósofo: trazer à luz a verdade mais profunda.
Mas não encontramos aqui qualquer ruptura: a verdade aqui em tela diz mais respeito aos desígnios dos deuses do que de uma realidade objetiva, externa.
Outro detalhe importante: a formulação do conhecimento, entendida aqui como busca da verdade, tem aqui um caráter social: a investigação só pode aflorar e trazer frutos num ambiente de profunda sociabilidade. O conhecimento nunca é um ato isolado e individual, mas um ato coletivo, pensado e praticado no convívio com o outro, e principalmente, num ambiente festivo: daí a importância para a metodologia socrática do clima intelectual proporcionado pelo sympósion (cujo significado era “beber junto”), onde era travado todo o debate filosófico mais importante.
Inflexão importante seria efetuada por Platão, grande discípulo de Sócrates, que por meio da alegoria da caverna destacava a importância capital das ideias. Ela sim abrigaria a verdade profunda e não o mundo material (o qual ilude e confunde).
Anos depois Aristóteles aprofundaria a preocupação com a questão do Método, mas com um sentido distinto dos filósofos anteriores. Ele questiona o dualismo platônico, enfrentando a questão se o mundo das ideias é efetivamente superior ao mundo material. Este não é só constituído de caos ou indefinição. Ele tem uma ordem, uma lógica, cuja tarefa do filósofo é compreendê-la.
Um aspecto muito relevante introduzido por Aristóteles é o da importância metodológica do exame das premissas e pressupostos da reflexão filosófica e da demonstração de sua validade. Com Aristóteles, o método investigativo passa a ser pensado em função de um problema, cuja solução leva o pensamento a conhecer a verdade. E essa verdade já não está mais no interior do sujeito e no mundo das ideias, mas é produto de um empreendimento científico objetivo, metódico e cientificamente fundamentado.
Num grande salto chegamos as revoluções intelectuais de Nicolau Copérnico e Galileu Galilei. O primeiro a intui e preconiza, o segundo a realiza. O método científico está ligado não apenas a um problema, mas a um problema totalmente formulado e concebido pelo labor intelectual do sujeito pensante.
Nesse contexto a verdade não é mais o produto final de um exercício de raciocínio empregado sobre algo. A verdade deve ser objetivamente demonstrada, comprovada, verificada. A verdade como tal, a verdade válida já não pode ser vista misturada ao pensamento do Sujeito. Nem a verdade em si, muito menos o empreendimento intelectual que nos leva a ela não podem ser uma questão de opinião ou o ponto de vista de alguma tradição, seja ela de que tipo for.
Consolida-se aqui a perspectiva científica e filosófica mais fundamental do pensamento ocidental, e que será consagrado pela “Revolução Científica”: a relação entre Sujeito e Objeto como pilar do processo de construção do conhecimento.
Com Galileu fica claro que o Objeto do conhecimento deve ser isolado do Sujeito. Mas não só: o Objeto também deve ser construído com as ferramentas do intelecto. Para o italiano, o Objeto da Ciência não é a mesma coisa que Mundo material, Matéria ou Mundo Exterior. O Objeto do conhecimento é ele mesmo construção desse conhecimento.
É esse o pano de fundo para o conhecimento que nos conduza à verdade. Se esses são os pressupostos, qual seria então o método desse novo fazer científico? O método representa não mais uma técnica, mas o momento de síntese entre Sujeito e Objeto, momento esse que se expressa na experiência científica, o momento onde as ideias, questões, problemas e hipóteses são testadas e exploradas.
O empreendimento de Copérnico e Galileu conhecerá uma versão mais elaborada – e também revolucionária – com René Descartes. Com ele, o método deixa definitivamente de ser considerado como uma simples técnica de investigação ou argumentação. O método é componente importante do próprio empreendimento científico e filosófico.
E o francês vai além, radicalizando algumas premissas lançadas décadas antes pelos astrônomos polonês e italiano. E isso em dois momentos:
1º - Tudo deve ser posto em dúvida, não apenas o Objeto, mas também o Sujeito do conhecimento: “devemos duvidar se de todas as coisas que caíram sob a alçada dos nossos sentidos ou que alguma vez imaginámos, algumas existam” – afirma Descartes em Princípios da Filosofia. O que dá a entender que os dois devem ser fundamentados pela investigação e que estão em permanente construção.
2º - A validade de algo só pode ser demonstrada se puder ser comprovada. Daí que a experimentação seja o critério de validação de uma ideia.
Outra ruptura seria efetivada tempos depois Kant. A questão para Kant não é mais saber o que é ou o que constitui o Conhecimento, ou qual o papel do Sujeito ou do Conhecimento. Trata-se de saber agora o que torna possível o Conhecimento, o que torna possível a constituição de um Sujeito que se debruça sobre um determinado Objeto. No fundo, Kant começa a se deter aqui sobre uma pergunta que poucos anos depois serão enfrentadas por Hegel e Marx: como as ideias são formadas? E qual a relação dessas ideias com a realidade?
Uma das teses de Kant é de que o único acesso possível à realidade por parte do Sujeito é por meio de conceitos, elaborados em complexa relação e interação com o mundo objetivo.
E essa é uma importante contribuição do filósofo alemão: nenhum método investigativo pode prescindir de conceitos.
Tradição operária e a simbologia dos nomes.
Apostila atualizada com trechos de textos clássicos e de trabalhos acadêmicos, além de bibliografia.
PORTUGUÊS – DESCRIÇÃO E OBJETIVOS A Revista Mundo Antigo é uma publicação científica semestral s... more PORTUGUÊS – DESCRIÇÃO E OBJETIVOS
A Revista Mundo Antigo é uma publicação científica semestral sem fins lucrativos de História Antiga, Medieval e Arqueologia do Núcleo de Estudos em História Medieval, Antiga e Arqueologia Transdisciplinar (NEHMAAT) do curso de História da Universidade Federal Fluminense – Instituto de Ciência da Sociedade e Desenvolvimento Regional – ESR – Campos dos Goytacazes.
A Revista Mundo Antigo tem por objetivo:
• Promover o intercâmbio entre pesquisadores, professores e pós-graduandos do Brasil e do exterior.
• Disseminar pesquisas de professores e pós-graduandos do Brasil e do exterior.
• Permitir acesso ágil e fácil à produção acadêmica de modo a ser usada em pesquisas futuras por discentes e docentes.
• Estimular a produção de conhecimento sobre a História Antiga, História Medieval e Arqueologia Antiga.
• Divulgar publicações, eventos, cursos e sites, quando possível, de modo a contribuir com a pesquisa docente e discente.
• Estabelecer uma relação entre mundo antigo e mundo contemporâneo, quando possível, para uma melhor compreensão dos processos históricos.
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ENGLISH – DESCRPITION AND OBJECTIVES
The Mundo Antigo Journal is an open journal (free of charge) publication of Ancient History, Middle Ages and Archaeology from Núcleo de Estudos em História Medieval, Antiga e Arqueologia Transdisciplinar (NEHMAAT - Center for Studies in Middle Ages, Ancient History and Interdisciplinary Archaeology) of undergraduate program in History, of University Federal Fluminense – Instituto de Ciência da Sociedade e Desenvolvimento Regional – ESR – Campos dos Goytacazes city (Rio de Janeiro – Brazil).
The Mundo Antigo Journal aims to:
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• Disseminate publications, events, courses and sites in order to contribute to the research staff and students.
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PORTUGUES - LINHA EDITORIAL E DE PESQUISA
Usos do Passado no Mundo Moderno e Contemporâneo.
Visa analisar a utilização ou apropriação de elementos do mundo antigo e medieval como forma de legitimidade cultural, social e das relações de poder no mundo moderno e contemporâneo.
Cultura, Economia, Sociedade e Relações de Poder na Antiguidade e na Idade Média.
Permite ampla possibilidade de pesquisa no que se refere à Antiguidade e a Idade Medieval. Com relação à Antiguidade pretende-se privilegiar culturas tais como: Egito, Grécia, Roma, Mesopotâmia, Pérsia e Índia em princípio.
Religião, Mito e Magia na Antiguidade e na Idade Média.
Permite ampla possibilidade de pesquisa sobre práticas mágico-religiosas e relações sociais e de poder.
Cultura, Religião e Sociedade na África Antiga e Medieval.
Visa analisar sociedades africanas complexas e a ocupação de certas regiões da África pelas civilizações do Mediterrâneo tomando por base as contribuições européias, norte-americanas e sul-americanas, bem como as contribuições de pesquisadores africanistas.
ENGLISH - LINE EDITORIAL AND RESEARCH
Uses of the Past in Modern and Contemporary World.
Aims to analyze the use and appropriation of elements of ancient and Middle Ages to promote cultural and social legitimacy in the modern and contemporary world.
Culture, Economy, Society and Power Relations in Antiquity and the Middle Ages.
Allows ample opportunity to study with regard to the antiquity and Middle Ages. Regarding the antiquity intended to focus on cultures such as Egypt, Greece, Rome, Mesopotamia, Persia and India in principle.
Religion, Myth and Magic in Antiquity and the Middle Ages.
Allows ample opportunity to research magic-religious practices, and social relation of power.
Culture, Religion and Society in Ancient Africa and African Middle Ages.
Aims to analyze African societies and the occupation of Africa (certain areas by Mediterranean societies) based upon Europe, North America and South America contributions as well as the African researchers.
Prof. Dr. Julio Cesar Mendonça Gralha (UFF-ESR)
(Editor)
IHBAJA, 2024
Setembro de 1968. A região da Barra da Tijuca, com as várias obras de melhoramentos realizadas de... more Setembro de 1968. A região da Barra da Tijuca, com as várias obras de melhoramentos realizadas desde a década anterior, estava exposta “a uma ocupação imobiliária indiscriminada e predatória”, nas palavras de Lucio Costa. O governador da Guanabara Negrão de Lima encomendaria àquele o Plano piloto para a urbanização da baixada compreendida entre a Barra da Tijuca, o Pontal de Sernambetiba e Jacarepaguá, que seria apresentado em abril de 1969. Com esse instrumento o governo estadual visava planejar a ocupação da região, evitando o crescimento descontrolado e destruição do espaço verde. O objetivo do arquiteto, um dos formuladores do plano de Brasília, era fomentar o crescimento urbano da região, em especial a parte que compreendia a Barra da Tijuca, porém, “preservando aquilo que chamava de natureza agreste da região”, segundo Stéfano Salles.[1] Com esse fim, “Costa definiu os parâmetros para ocupação, como finalidade de cada área, tipo de construções e gabarito”.
A ideia de planejamento da ocupação de uma área era crucial. Ela deveria vir antes de tudo. Mesmo antes de qualquer melhoramento urbano promovido pelo estado. Até porque a expansão urbana sem planejamento poderia atrair “construções impróprias”, que poderia por em risco a integridade paisagística da região.
Jornal Poiésis, 2020
Este texto trata como os subúrbios e arrabaldes da cidade do Rio de Janeiro foram retratadas por ... more Este texto trata como os subúrbios e arrabaldes da cidade do Rio de Janeiro foram retratadas por vários escritores do século XIX, principalmente a partir dos anos 1840. Muitos das histórias criadas tinham como pano de fundo a cidade do Rio de Janeiro, e na maior parte delas, seus personagens transitavam ou viviam nas regiões mais afastadas da zona central da cidade. Além do mapeamento desses subúrbios, muitos desses escritores foram responsáveis pela caracterização dos tipos sociais que ocupavam esses espaços.
A década de 1930 chega e traz com ela várias novidades para a zona rural carioca. Uma delas é o p... more A década de 1930 chega e traz com ela várias novidades para a zona rural carioca. Uma delas é o próprio nome pelo qual passa a ser designada – Sertão Carioca. Entre 1931 e 1932, Magalhães Corrêa, naturalista autodidata, especializado em taxologia, escreve um estudo pioneiro sobre a zona rural do Distrito Federal para o jornal Correio da Manhã através de vários artigos, que foram posteriormente reunidos numa edição única pelo IHGB em 1936. O nome por ele cunhado foi amplamente reconhecido e desde então a zona rural passou a ser chamada de Sertão Carioca pela imprensa, vereadores, autoridades municipais, partidos e pelos próprios habitantes da região. Fato compreensível, se levarmos em conta que o referido matutino era o jornal de maior vendagem em toda a cidade. Com base em “pallidas notas, apanhadas em excursões”, como ele mesmo diz, o autor procura montar um painel dos usos e costumes da população da região. Em termos geográficos, o trabalho de M. Corrêa traz uma importante mudança: em sua obra, a zona rural passa a compreender os distritos de Campo Grande, Santa Cruz, Guaratiba e Jacarepaguá e não mais as circunscrições de Inhaúma, Irajá e Méier. M. Corrêa entendia que a forma de vida e, em particular, o modo de interação e integração dos habitantes com a natureza por meio da predominância de uma economia de subsistência, evidenciavam a existência de típicos sertanejos. Curiosamente, Corrêa pouco fala sobre as atividades ligadas à lavoura, a não ser a da banana, concentrando em descrever as atividades daqueles que consideravam ser os “tipos” mais significativos da região, como os carvoeiros, oleiros, cantoneiros, cabeiros, caçadores, cesteiros, machadeiros e tamanqueiros.
A Baixada de Jacarepaguá é a área conformada pelo Maciço da Tijuca, o Oceano Atlântico e o Maciço... more A Baixada de Jacarepaguá é a área conformada pelo Maciço da Tijuca, o Oceano Atlântico e o Maciço da Pedra Branca. Ela-a área mais baixa, ao nível do mar-tem quase que a forma de um coração.
Nunca foi fácil morar na Zona Oeste. Os antigos habitantes que o digam. Muitos só conseguiram dep... more Nunca foi fácil morar na Zona Oeste. Os antigos habitantes que o digam. Muitos só conseguiram depois de muita luta. E foram muitas.
Em 1954, um grupo de lavradores, “mais de 30 posseiros”, “há mais de 40 anos” estabelecidos nas terras da antiga Granja Avícola Pastoril, na localidade de A.B.C, diziam estar sendo objeto de tentativa de despejo movida pelo senhor Benedito Netto Velasco. Este teria recebido terras de um tal major Motta “no pé da serra”, contudo foi avançando “serra acima e para os lados”, no exato local onde ficavam os lavradores e suas benfeitorias”.
Sepetiba tornou-se um grande balneário lá pelos anos 20, muito antes da Barra da Tijuca e São Con... more Sepetiba tornou-se um grande balneário lá pelos anos 20, muito antes da Barra da Tijuca e São Conrado. Muito contribuía para isso a relativa proximidade em relação à estação de trem de Santa Cruz, lugar que junto com Campo Grande, já era bastante povoado. Além de ônibus, havia também linhas de bonde que ligava as estações de trem da zona rural com as suas praias.
Mas o que pouca gente sabe é que lá para os anos 50, Sepetiba tornou-se palco de um intenso conflito de terras. Vamos contar um pouquinho dessa história então.
http://jornalzo.com.br/conheca-a-zona-oeste/item/1046-os-encontros-camponeses-do-sertao-carioca
Nenhuma informação pudemos obter sobre as origens e o início da trajetória do advogado Heitor Roc... more Nenhuma informação pudemos obter sobre as origens e o início da trajetória do advogado Heitor Rocha Faria no PCB. O registro mais remoto data de 1947, logo depois da cassação do PCB pelo Supremo Tribunal Eleitoral, quando H. R. Faria impetrou um habeas corpus, posteriormente negado pelo Supremo Tribunal Federal, em favor de Luiz Carlos Prestes e outros dirigentes do PCB
Artigo sobre a visão de viajantes sobre as cidades coloniais da América Portuguesa, em especial o... more Artigo sobre a visão de viajantes sobre as cidades coloniais da América Portuguesa, em especial o Rio de Janeiro.
JORNAL DESACATO http://desacato.info/alguns-comentarios-sobre-a-palavra-raca/
Antes de procurar analisar o tema das políticas públicas, tal como elas vieram sendo debatidas, i... more Antes de procurar analisar o tema das políticas públicas, tal como elas vieram sendo debatidas, implementadas, sabotadas, negadas ou adiadas ao longo da história republicana do Brasil, quero convidá-los para um interessante exercício, também de
teor histórico. Mas que não se fundamenta – como faremos adiante – em aspectos concretos, fatos históricos, relações de força ou enfrentamento entre agentes sociais; partimos, nesse momento, do emaranhado de palavras – ou seja: conceitos
– referentes à temática.
Parte-se do que é supostamente o mais óbvio. Por que não verficarmos a idas e vindas dos termos envolvidos ou que transitam ali próximos da Política Pública?
Curso de Políticas Públicas
UFF, 2009
Este trabalho trata sobre a formação da zona rural da cidade do Rio de Janeiro, durante os anos d... more Este trabalho trata sobre a formação da zona rural da cidade do Rio de Janeiro, durante os anos de 1890 e 1940. No primeiro momento eu analiso a situação da evolução urbana no Rio nos últimos anos do século XIX. Depois, a atenção se fixa sobre o processo histórico de divisão administrativa de todo o espaço da cidade, observando a relação entre os usos urbano e rural. No terceiro capítulo, eu estudo a formação da zona suburbana e as consequências em relação à diferenciação entre Subúrbio e zona rural. Ao fim, eu reconstruo o percurso da concepção e efetivação do projeto de “Cinturão Agrícola”, que teria o objetivo de fornecer os produtos agrícolas para a população carioca.
Trabalho de mestrado sobre as lutas por terra no Sertão Carioca, zona rural da cidade do Rio de J... more Trabalho de mestrado sobre as lutas por terra no Sertão Carioca, zona rural da cidade do Rio de Janeiro no período 1945-1964.
LIVRO, 2022
Estudos sobre as organizações criadas pelo PCB para atuação no campo.
Amazon, 2020
A repressão aos usos rurais no interior da cidade e o consequente processo de desruralização fora... more A repressão aos usos rurais no interior da cidade e o consequente processo de desruralização foram apenas uma etapa de um longo processo de consolidação dos fundamentos de uma economia de mercado na cidade do Rio de Janeiro.
Entender de forma mais profunda como aquela estrutura de reprodução das condições de vida - e formas de sociabilidade a ela conectadas - estavam sendo gestadas ao longo do século XIX, é o principal objetivo desse breve estudo.
O tema deste trabalho é o movimento de luta pela terra por pequenos lavradores do Sertão Carioca ... more O tema deste trabalho é o movimento de luta pela terra por pequenos lavradores do Sertão Carioca durante os anos de 1945 a 1964. Observaremos, entre outras coisas, como esses agentes fizeram com que suas reivindicações, denúncias e iniciativas de protesto chegassem à imprensa e ao campo político carioca daquela época.
Revista Convergência Crítica, 2019
Resenha do livro "Teatro dos vícios", de Emanuel Araújo.
Anos 40, 2015
Resenha do livro de Roberto Sander
Revista Convergência Crítica, 2017
ALÉN, José Gómez. Historiografía, marxismo y compromiso político en España. Del franquismo a la a... more ALÉN, José Gómez. Historiografía, marxismo y compromiso político en España. Del franquismo a la actualidad. Madrid: Siglo XXI de España Editores, 2018.
Resenha de Leonardo Soares dos Santos, publicada no n. 12 de 2017 da Revista CONVERGêNCIA CRÍTICA.