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Papers by Rita Bittencourt
Literatura do Íntimo, 2018
Publicado no livro "Literatura do Íntimo", organizado por Luciana Abreu Jardim. Vinhedo: Ed. Hori... more Publicado no livro "Literatura do Íntimo", organizado por Luciana Abreu Jardim. Vinhedo: Ed. Horizonte, 2018. Sobre poesia escrita por mulheres, uma brasileira, Lu Menezes, e uma portuguesa, Ana Luísa Amaral.
Boletim do NELIC, PPGLit UFSC, no. 6-8,9, 2006
Artigo publicado em 2006, que explora uma poética irônica em algus poemas modernos e contemporâneos.
Revista Alea: Estudos Neolatinos, 2021
O artigo, pulicado em 2021, trabalha com a noção de translinguismo e a poética do portunhol/portu... more O artigo, pulicado em 2021, trabalha com a noção de translinguismo e a poética do portunhol/portuñol explorando as produções do escritor e pintos argentino Xul Solar, em meados do século XX até as produções contemporâneas.
Crítica e Literatura do Fora: Trânsitos e refúgios, 2023
Dossiê organizado por Keli Cristina Pacheco (UEPG), Nilcéia Valdati (UNICENTRO) e Rita Lenira de ... more Dossiê organizado por Keli Cristina Pacheco (UEPG), Nilcéia Valdati (UNICENTRO) e Rita Lenira de Freitas Bittencourt (UFRGS).
Perspectiva Filosófica
Os poemas do Livro “dois” (2015), de Paloma Vidal, tensionam os limites de diversas formas: entre... more Os poemas do Livro “dois” (2015), de Paloma Vidal, tensionam os limites de diversas formas: entre a poesia e a prosa, o virtual e o textual, a inércia e o movimento, ou, como o próprio título insinua, entre um “eu” e um dizer do “eu” que é, no mínimo, duplo. Se, como afirma Jean-Luc Nancy (2002), vivemos num tempo de potencialização do lugar do limite, a poeta interpela o Outro – a criança, a mulher, a mãe, o filho – nos seus deslocamentos subjetivos, e torna, justamente, o lugar/não lugar do eu poético um mosaico, ou um efeito de superfície, como os de uma conversa através de dispositivos eletrônicos, em que imagens e vozes assinalam espectralidades e movências na busca de uma excrição – um escrever de fora.
Este artigo ocupa-se da narrativa "Retabulo -de Santa Joana Carolina", de Osman Lins, a... more Este artigo ocupa-se da narrativa "Retabulo -de Santa Joana Carolina", de Osman Lins, a partir dos aspectos plasticos, que remetem tanto ao sistema construtivo medieval quanto ao cubismo. Pelas escolhas formais, 0 escritor consolida a safda do regionalismo literario e produz uma ficr;ao com enfase no descentramento do olhar e na superposir;ao de pIanos, narrativos e visuais, que potencializam 0 "corte", ou seja, 0 proprio trar;ado do limite.This essay develops a study about the Osman Lins' narrative "Retabulo de Santa Joana Carolina", considering its plastics characteristics, that allows a constructive medieval system as well as cubism. The writer, for his formal options, consolidates a way out of literary regionalism and produces a fiction identified by the emphasis on decentralism of the eye and superposition ofnarrative and visual planes, that gives power to the "cutting" line, that is the limit trace
Cem anos de Arte Moderna: Diálogos Contemporâneos, 2023
Capítulo "Wilson Bueno lê Guimarães Rosa: Modernismos inventados e reinventados", p.13-31
"De ruínas e sobrevoos: limiares poético-formais em “a memória do anjo”, de Pedro Tierra, 2023
O artigo De ruínas e sobrevoos: "Limiares poético-formais em 'a memória do anjo', de Pedro Tierr... more O artigo De ruínas e sobrevoos: "Limiares poético-formais
em 'a memória do anjo', de Pedro Tierra" integra uma compilação de artigos apresentados em evento na UFNT que lembrou os 50 anos da Guerrilha do Araguaia e reuniu pesquisadores e escritores.
Prefácio: Desejos de arquivo, memórias do Araguaia
Com que pedras, sonhos, vontades, com que mãos vamos reinventar a imperfeita verdade de nossas vi... more Com que pedras, sonhos, vontades, com que mãos vamos reinventar a imperfeita verdade de nossas vidas? A pedra da memória sorri enigmas como quem domina o labirinto da história e me interroga... Pedro Tierra. Poemas do povo da noite, 2009.
Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazonia na curiosa obra da escultora e escri... more Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazonia na curiosa obra da escultora e escritora Maria Martins (1894-1973), uma das poucas mulheres artistas brasileiras a ser reconhecida internacionalmente em sua epoca. Este ensaio examina uma pequena parte de sua obra artistica – tres esculturas, dois poemas e uma gravura -, elaborada no contexto da vanguarda europeia e americana, em dialogo com o modernismo antropofagico brasileiro. Segue a hipotese geral de que as apropriacoes culturais de Maria tem conexoes, ao mesmo tempo, com o movimento surrealista, com a arte barroca da America Latina e com os estudos teoricos contemporâneos, reorganizando categorias como centro e margens e renovando e enriquecendo as reflexoes sobre os espacos simbolicos na literatura e nas artes.
Capítulo sobre poemas de apropriação de Wilson Bueno e Paulo Leminski.
Revista Organon: Configurações discursivas nas e sobre as Amazônias, 2020
Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazônia na curiosa obra da escultora e e... more Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazônia na curiosa obra da escultora e escritora Maria Martins (1894-1973), uma das poucas mulheres artistas brasileirasa ser reconhecida internacionalmente em suaépoca. Este ensaioexamina uma pequenaparte de sua obra artística –três esculturas, dois poemase uma gravura-, elaboradano contexto da vanguarda europeiae americana, em diálogo com o modernismo antropofágico brasileiro. Segue a hipótese geral de que as apropriações culturais de Maria têm conexões, ao mesmo tempo,com o movimento surrealista,com a arte barroca da América Latinae com os estudos teóricos contemporâneos, reorganizandocategorias como centro e margenserenovando e enriquecendo as reflexões sobre os espaços simbólicosna literatura e nas artes.PALAVRAS-CHAVE:Arte moderna;visualidade;deslocamentos;poética da Amazônia
FRONTERÍA. Revista do Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da UNILA, 2022
Apresentação do dossiê: Quantos mares cabem no Mar Paraguayo? Débora Cota (UNILA) Rita Lenira Bi... more Apresentação do dossiê:
Quantos mares cabem no Mar Paraguayo?
Débora Cota (UNILA)
Rita Lenira Bitencourt (UFRGS)
Em 2022, completam-se trinta anos da publicação de Mar Paraguayo de Wilson Bueno, obra
“acontecimento” como evoca Néstor Perlongher já que consegue construir um “lugar no qual ficará
para sempre”. O lugar construído pelo livro, se é possível demarcá-lo, se estabelece por continuuns
naturais que podem ser observados entre as culturas brasileiras e paraguaias ou entre a oralidade e a
escrita, ou ainda entre a prosa e a poesia, ou seja, entre elementos comumente entendidos como
díspares.
Se o Paraguai metaforicamente é pensado pelos seus próprios críticos e escritores como uma
ilha rodeada de terra, no livro de Bueno ele qualifica um mar e assim designa um movimento
incessante e persistente de aproximação a este país, movimento que se espalha por outras obras do
autor. Como um mar, o livro carrega consigo múltiplos autores, como Paulo Leminski, Jorge Canese,
Douglas Diegues, Joca Reiners Terron, Ricardo Corona, ou o já citado Néstor Perlongher, assim como
permite múltiplas leituras: já foi e continua sendo lido sob o signo da “estética neobarroca”; como
lugar de acolhimento desta “língua menor”, o portunhol; ou como obra “translíngue”, entre outras
abordagens.
Em seus trinta anos, lançamos estas perguntas para voltar a pensar esta obra: o que a mantém
em cena? Que outros autores continuam a dar movimento ao mar paraguayo? Como está sendo lida?
De que modo ainda intervém nesta chamada “literatura latino-americana”? Que redes se estabelecem
a partir dela? Que relações promove entre Brasil e Paraguai?
Revista Texto Poético, 2023
Este ensaio analisa traços de ausências de identidade e criatividade existentes no poema “Blind ... more Este ensaio analisa traços de ausências de identidade e criatividade existentes no
poema “Blind Light” (2014), de Marília Garcia, a fim de responder a pergunta “Entrar no espaço interior equivale a sair?” (GARCIA, 2016, p. 79). Para isso, utiliza-se ideias acerca da escrita não criativa desenvolvidas por Marjorie Perloff e Kenneth Goldsmith. Considera-se que “Blind Light”, ao excessivamente citar obras e diálogos de outros(as) teóricos ou artistas, constrói a sua significância a partir de elementos externos à sua forma e ao seu conteúdo, isto é, a partir da apropriação de obras preexistentes a si mesmo.
Palavras-chave: Marília Garcia. Marjorie Perloff. Kenneth Goldsmith. Não
criatividade. Não identidade.
Revista Texto Poético, 2022
Este ensaio pretende analisar o texto “O poema no tubo de ensaio”(2016), de Marília ... more Este ensaio pretende analisar o texto “O poema no tubo de ensaio”(2016), de Marília Garcia, a partir dos conceitos de repetição e fuga propostos por Gilles Deleuze em Diferença e repetição (1968), a fim de responder a pergunta em verso: “Será que esse teste poderia ser um ensaio?” (GARCIA, 2016, p. 79). Considera-se que o poema-ensaio, ao definir-se como um teste de si mesmo, de seu(a) leitor(a) e de sua própria autora, além de repetidamente testar a condição de ser ou poema ou ensaio, foge à unívoca categorização de gênero e traz na própria configuração esta resposta.
Palavras-chave: Poema. Ensaio. Repetição. Fuga. Marília Garcia.
Un guion de extimidad Ensayos sobre la obra de Raúl Antelo, 2022
Resumo: A densa produção teórico-crítica de Raúl Antelo, além de abordar diretamente as conexões ... more Resumo: A densa produção teórico-crítica de Raúl Antelo, além de abordar diretamente as conexões e desconexões entre a literatura e as outras linguagens-artes visuais, teatro, música-, e os diversos modernismos-europeus, brasileiros, latino-americanos-, vai além das temáticas, das historiografias ou dos diálogos formais. Busca figurações-aqueles movimentos de cintilância, em que textos se tornam limiares, pontos de contato transtemporais e transespaciais, que constroem cartografias ao acaso, assinalam encontros improváveis e leituras de relance, tornando-se capazes de dar a ver o que foi rasurado e de dar a ler o que nunca foi escrido, seja na patafísica do Ubu, personagem de Alfred Jarry, de textos mais antigos; seja nas andanças e dizeres de Macunaíma, personagem de Mário de Andrade, sempre recorrentes em sua obra; seja na figura do artista-escritor, ele mesmo personagem saltimbanco, de trabalhos mais recentes. Este ensaio, ao tomar essas figuras em série, percebe os movimentos da escritura como traço indelével, e, ao mesmo tempo, marca dágua, que exibe as linhas de força de uma crítica indispensável, autoreflexiva e desestabilizadora. Num pequeno livro, publicado em 2007, a escolha da citação de abertura, a meu ver, define o pesquisador Raul Antelo. Começo este ensaio, portanto, com uma citação da citação:
Anthropophagic Late Modernism
L'article analyse les appropriations et expérimentations artistiques réalisées par les poètes... more L'article analyse les appropriations et expérimentations artistiques réalisées par les poètes brésiliens Paulo Leminski et Wilson Bueno à partir de haiku et de tankas.
Le Comparatisme comme approche critique Comparative Literature as a Critical Approach. Tome 3. Objets, méthodes et pratiques comparatistes / Objects, Methods, Practices
Sélection des actes du vingtième congrès de l'Association internationale de littérature compa... more Sélection des actes du vingtième congrès de l'Association internationale de littérature comparée, cet ensemble de volumes engage une réflexion sur les bases d'une critique littéraire comparatiste et sur les relations entre le comparatisme en littérature et dans les autres domaines du savoir et des arts.
Nau Literária, Dec 30, 2016
Resumo: Do enfrentamento sangrento que marcou as divisões territoriais e o espaço do imaginário d... more Resumo: Do enfrentamento sangrento que marcou as divisões territoriais e o espaço do imaginário das três nações envolvidas -Argentina, Uruguai e Paraguaisomadas ao Brasil, ainda Império -, a Guerra do Paraguai, Guerra da Tríplice Aliança, ou Grande Guerra do Brasil, reverbera, no presente, suas poéticas: são derivas multilíngues e oscilantes, que carregam nos usos da língua os rastros e as formas dos contatos e conflitos. Especialmente em espaços fronteiriços, recompõem-se e reinventam-se as dicções em convívio, nas quais o espanhol, o guarani e o português se reconhecem e se estranham.
Literatura do Íntimo, 2018
Publicado no livro "Literatura do Íntimo", organizado por Luciana Abreu Jardim. Vinhedo: Ed. Hori... more Publicado no livro "Literatura do Íntimo", organizado por Luciana Abreu Jardim. Vinhedo: Ed. Horizonte, 2018. Sobre poesia escrita por mulheres, uma brasileira, Lu Menezes, e uma portuguesa, Ana Luísa Amaral.
Boletim do NELIC, PPGLit UFSC, no. 6-8,9, 2006
Artigo publicado em 2006, que explora uma poética irônica em algus poemas modernos e contemporâneos.
Revista Alea: Estudos Neolatinos, 2021
O artigo, pulicado em 2021, trabalha com a noção de translinguismo e a poética do portunhol/portu... more O artigo, pulicado em 2021, trabalha com a noção de translinguismo e a poética do portunhol/portuñol explorando as produções do escritor e pintos argentino Xul Solar, em meados do século XX até as produções contemporâneas.
Crítica e Literatura do Fora: Trânsitos e refúgios, 2023
Dossiê organizado por Keli Cristina Pacheco (UEPG), Nilcéia Valdati (UNICENTRO) e Rita Lenira de ... more Dossiê organizado por Keli Cristina Pacheco (UEPG), Nilcéia Valdati (UNICENTRO) e Rita Lenira de Freitas Bittencourt (UFRGS).
Perspectiva Filosófica
Os poemas do Livro “dois” (2015), de Paloma Vidal, tensionam os limites de diversas formas: entre... more Os poemas do Livro “dois” (2015), de Paloma Vidal, tensionam os limites de diversas formas: entre a poesia e a prosa, o virtual e o textual, a inércia e o movimento, ou, como o próprio título insinua, entre um “eu” e um dizer do “eu” que é, no mínimo, duplo. Se, como afirma Jean-Luc Nancy (2002), vivemos num tempo de potencialização do lugar do limite, a poeta interpela o Outro – a criança, a mulher, a mãe, o filho – nos seus deslocamentos subjetivos, e torna, justamente, o lugar/não lugar do eu poético um mosaico, ou um efeito de superfície, como os de uma conversa através de dispositivos eletrônicos, em que imagens e vozes assinalam espectralidades e movências na busca de uma excrição – um escrever de fora.
Este artigo ocupa-se da narrativa "Retabulo -de Santa Joana Carolina", de Osman Lins, a... more Este artigo ocupa-se da narrativa "Retabulo -de Santa Joana Carolina", de Osman Lins, a partir dos aspectos plasticos, que remetem tanto ao sistema construtivo medieval quanto ao cubismo. Pelas escolhas formais, 0 escritor consolida a safda do regionalismo literario e produz uma ficr;ao com enfase no descentramento do olhar e na superposir;ao de pIanos, narrativos e visuais, que potencializam 0 "corte", ou seja, 0 proprio trar;ado do limite.This essay develops a study about the Osman Lins' narrative "Retabulo de Santa Joana Carolina", considering its plastics characteristics, that allows a constructive medieval system as well as cubism. The writer, for his formal options, consolidates a way out of literary regionalism and produces a fiction identified by the emphasis on decentralism of the eye and superposition ofnarrative and visual planes, that gives power to the "cutting" line, that is the limit trace
Cem anos de Arte Moderna: Diálogos Contemporâneos, 2023
Capítulo "Wilson Bueno lê Guimarães Rosa: Modernismos inventados e reinventados", p.13-31
"De ruínas e sobrevoos: limiares poético-formais em “a memória do anjo”, de Pedro Tierra, 2023
O artigo De ruínas e sobrevoos: "Limiares poético-formais em 'a memória do anjo', de Pedro Tierr... more O artigo De ruínas e sobrevoos: "Limiares poético-formais
em 'a memória do anjo', de Pedro Tierra" integra uma compilação de artigos apresentados em evento na UFNT que lembrou os 50 anos da Guerrilha do Araguaia e reuniu pesquisadores e escritores.
Prefácio: Desejos de arquivo, memórias do Araguaia
Com que pedras, sonhos, vontades, com que mãos vamos reinventar a imperfeita verdade de nossas vi... more Com que pedras, sonhos, vontades, com que mãos vamos reinventar a imperfeita verdade de nossas vidas? A pedra da memória sorri enigmas como quem domina o labirinto da história e me interroga... Pedro Tierra. Poemas do povo da noite, 2009.
Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazonia na curiosa obra da escultora e escri... more Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazonia na curiosa obra da escultora e escritora Maria Martins (1894-1973), uma das poucas mulheres artistas brasileiras a ser reconhecida internacionalmente em sua epoca. Este ensaio examina uma pequena parte de sua obra artistica – tres esculturas, dois poemas e uma gravura -, elaborada no contexto da vanguarda europeia e americana, em dialogo com o modernismo antropofagico brasileiro. Segue a hipotese geral de que as apropriacoes culturais de Maria tem conexoes, ao mesmo tempo, com o movimento surrealista, com a arte barroca da America Latina e com os estudos teoricos contemporâneos, reorganizando categorias como centro e margens e renovando e enriquecendo as reflexoes sobre os espacos simbolicos na literatura e nas artes.
Capítulo sobre poemas de apropriação de Wilson Bueno e Paulo Leminski.
Revista Organon: Configurações discursivas nas e sobre as Amazônias, 2020
Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazônia na curiosa obra da escultora e e... more Este ensaio tem como objetivo abordar as imagens da Amazônia na curiosa obra da escultora e escritora Maria Martins (1894-1973), uma das poucas mulheres artistas brasileirasa ser reconhecida internacionalmente em suaépoca. Este ensaioexamina uma pequenaparte de sua obra artística –três esculturas, dois poemase uma gravura-, elaboradano contexto da vanguarda europeiae americana, em diálogo com o modernismo antropofágico brasileiro. Segue a hipótese geral de que as apropriações culturais de Maria têm conexões, ao mesmo tempo,com o movimento surrealista,com a arte barroca da América Latinae com os estudos teóricos contemporâneos, reorganizandocategorias como centro e margenserenovando e enriquecendo as reflexões sobre os espaços simbólicosna literatura e nas artes.PALAVRAS-CHAVE:Arte moderna;visualidade;deslocamentos;poética da Amazônia
FRONTERÍA. Revista do Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da UNILA, 2022
Apresentação do dossiê: Quantos mares cabem no Mar Paraguayo? Débora Cota (UNILA) Rita Lenira Bi... more Apresentação do dossiê:
Quantos mares cabem no Mar Paraguayo?
Débora Cota (UNILA)
Rita Lenira Bitencourt (UFRGS)
Em 2022, completam-se trinta anos da publicação de Mar Paraguayo de Wilson Bueno, obra
“acontecimento” como evoca Néstor Perlongher já que consegue construir um “lugar no qual ficará
para sempre”. O lugar construído pelo livro, se é possível demarcá-lo, se estabelece por continuuns
naturais que podem ser observados entre as culturas brasileiras e paraguaias ou entre a oralidade e a
escrita, ou ainda entre a prosa e a poesia, ou seja, entre elementos comumente entendidos como
díspares.
Se o Paraguai metaforicamente é pensado pelos seus próprios críticos e escritores como uma
ilha rodeada de terra, no livro de Bueno ele qualifica um mar e assim designa um movimento
incessante e persistente de aproximação a este país, movimento que se espalha por outras obras do
autor. Como um mar, o livro carrega consigo múltiplos autores, como Paulo Leminski, Jorge Canese,
Douglas Diegues, Joca Reiners Terron, Ricardo Corona, ou o já citado Néstor Perlongher, assim como
permite múltiplas leituras: já foi e continua sendo lido sob o signo da “estética neobarroca”; como
lugar de acolhimento desta “língua menor”, o portunhol; ou como obra “translíngue”, entre outras
abordagens.
Em seus trinta anos, lançamos estas perguntas para voltar a pensar esta obra: o que a mantém
em cena? Que outros autores continuam a dar movimento ao mar paraguayo? Como está sendo lida?
De que modo ainda intervém nesta chamada “literatura latino-americana”? Que redes se estabelecem
a partir dela? Que relações promove entre Brasil e Paraguai?
Revista Texto Poético, 2023
Este ensaio analisa traços de ausências de identidade e criatividade existentes no poema “Blind ... more Este ensaio analisa traços de ausências de identidade e criatividade existentes no
poema “Blind Light” (2014), de Marília Garcia, a fim de responder a pergunta “Entrar no espaço interior equivale a sair?” (GARCIA, 2016, p. 79). Para isso, utiliza-se ideias acerca da escrita não criativa desenvolvidas por Marjorie Perloff e Kenneth Goldsmith. Considera-se que “Blind Light”, ao excessivamente citar obras e diálogos de outros(as) teóricos ou artistas, constrói a sua significância a partir de elementos externos à sua forma e ao seu conteúdo, isto é, a partir da apropriação de obras preexistentes a si mesmo.
Palavras-chave: Marília Garcia. Marjorie Perloff. Kenneth Goldsmith. Não
criatividade. Não identidade.
Revista Texto Poético, 2022
Este ensaio pretende analisar o texto “O poema no tubo de ensaio”(2016), de Marília ... more Este ensaio pretende analisar o texto “O poema no tubo de ensaio”(2016), de Marília Garcia, a partir dos conceitos de repetição e fuga propostos por Gilles Deleuze em Diferença e repetição (1968), a fim de responder a pergunta em verso: “Será que esse teste poderia ser um ensaio?” (GARCIA, 2016, p. 79). Considera-se que o poema-ensaio, ao definir-se como um teste de si mesmo, de seu(a) leitor(a) e de sua própria autora, além de repetidamente testar a condição de ser ou poema ou ensaio, foge à unívoca categorização de gênero e traz na própria configuração esta resposta.
Palavras-chave: Poema. Ensaio. Repetição. Fuga. Marília Garcia.
Un guion de extimidad Ensayos sobre la obra de Raúl Antelo, 2022
Resumo: A densa produção teórico-crítica de Raúl Antelo, além de abordar diretamente as conexões ... more Resumo: A densa produção teórico-crítica de Raúl Antelo, além de abordar diretamente as conexões e desconexões entre a literatura e as outras linguagens-artes visuais, teatro, música-, e os diversos modernismos-europeus, brasileiros, latino-americanos-, vai além das temáticas, das historiografias ou dos diálogos formais. Busca figurações-aqueles movimentos de cintilância, em que textos se tornam limiares, pontos de contato transtemporais e transespaciais, que constroem cartografias ao acaso, assinalam encontros improváveis e leituras de relance, tornando-se capazes de dar a ver o que foi rasurado e de dar a ler o que nunca foi escrido, seja na patafísica do Ubu, personagem de Alfred Jarry, de textos mais antigos; seja nas andanças e dizeres de Macunaíma, personagem de Mário de Andrade, sempre recorrentes em sua obra; seja na figura do artista-escritor, ele mesmo personagem saltimbanco, de trabalhos mais recentes. Este ensaio, ao tomar essas figuras em série, percebe os movimentos da escritura como traço indelével, e, ao mesmo tempo, marca dágua, que exibe as linhas de força de uma crítica indispensável, autoreflexiva e desestabilizadora. Num pequeno livro, publicado em 2007, a escolha da citação de abertura, a meu ver, define o pesquisador Raul Antelo. Começo este ensaio, portanto, com uma citação da citação:
Anthropophagic Late Modernism
L'article analyse les appropriations et expérimentations artistiques réalisées par les poètes... more L'article analyse les appropriations et expérimentations artistiques réalisées par les poètes brésiliens Paulo Leminski et Wilson Bueno à partir de haiku et de tankas.
Le Comparatisme comme approche critique Comparative Literature as a Critical Approach. Tome 3. Objets, méthodes et pratiques comparatistes / Objects, Methods, Practices
Sélection des actes du vingtième congrès de l'Association internationale de littérature compa... more Sélection des actes du vingtième congrès de l'Association internationale de littérature comparée, cet ensemble de volumes engage une réflexion sur les bases d'une critique littéraire comparatiste et sur les relations entre le comparatisme en littérature et dans les autres domaines du savoir et des arts.
Nau Literária, Dec 30, 2016
Resumo: Do enfrentamento sangrento que marcou as divisões territoriais e o espaço do imaginário d... more Resumo: Do enfrentamento sangrento que marcou as divisões territoriais e o espaço do imaginário das três nações envolvidas -Argentina, Uruguai e Paraguaisomadas ao Brasil, ainda Império -, a Guerra do Paraguai, Guerra da Tríplice Aliança, ou Grande Guerra do Brasil, reverbera, no presente, suas poéticas: são derivas multilíngues e oscilantes, que carregam nos usos da língua os rastros e as formas dos contatos e conflitos. Especialmente em espaços fronteiriços, recompõem-se e reinventam-se as dicções em convívio, nas quais o espanhol, o guarani e o português se reconhecem e se estranham.
Mulheres trabalhando: Memória, corpo e desejo, 2024
A investigação "Mulheres trabalhando: memória, corpo e desejo", observa algumas moradas da escrit... more A investigação "Mulheres trabalhando: memória, corpo e desejo", observa algumas moradas da escritura com o objetivo de dar a ver os atos de escrita de suas habitantes, mulheres que escrevem ou escreveram em tempos modernos e angariaram alguma visibilidade, enquanto outras foram, muitas vezes, esquecidas e/ou apagadas das historiografias e dos currículos acadêmicos. Rastreio movimentos que acontecem nas bordas dos textos – romances, diários, poemas –, por meio de escolhas temáticas, formais e de linguagem, agrupando-os em três lugares:
memória, corpo e desejo, em torno de obras de Cíntia Moscovitch, Tamara Kamenszain, Paloma Vidal, Dinah Silveira de Queiroz e Emilia Freitas. Apresentação: Susana Scramim. Fotografia de capa: Iasmin Schleder.
Configuracoes estetico culturais contemporaneas desafios ao comparatismo, 2023
Livro organizado por Douglas Rosa da Silva, Rejane Pivetta e Rita Lenira de Freitas Bittencourt
Ânsia Eterna , 2023
Organização, Notas e Prefácio de nova edição dos contos de Julia Lopes de Almeida, livro Ânsia Et... more Organização, Notas e Prefácio de nova edição dos contos de Julia Lopes de Almeida, livro Ânsia Eterna, publicado em 1903 pela primeira vez. Em parceria com Nilceia Valdati (UNICENTRO).
Literatura e Resistência, 2022
Apresentação e Organização do Volume 2 de "Literatura e Resistência", uma compilação das falas e ... more Apresentação e Organização do Volume 2 de "Literatura e Resistência", uma compilação das falas e comunicações dos participantes do Evento na UFNT que lembrou os 50 anos da Guerrilha do Araguaia.
Organização e Apresentação, 2022
Organização e Apresentação do Volume 1 de Literatura e Resistência, compilação de artigos de pesq... more Organização e Apresentação do Volume 1 de Literatura e Resistência, compilação de artigos de pesquisadores em torno dos 50 anos da Guerrilha do Araguaia. Na UFNT, em 2022.
Prefácio: Desejos de arquivo, memórias do Araguaia, 2022
Com organização de Luiza Helena Oliveira da Silva e Dernival Venâncio Ramos Jr., professores e p... more Com organização de Luiza Helena Oliveira da Silva e Dernival Venâncio Ramos Jr., professores e pesquisadores da UFNT, Araguaína, TO, o conjunto de Contos, cuja temática é a Guerra (ou Gherrilha) do Araguaia, escrito por 14 autores da região é publicado pela EDUFNT, em 2022, no marco de 50 anos do evento, cujas marcas de violência ainda permenecem vivas na memória coletiva.
ISSN: 978-65-85612-27-2