Alberto Martín Chillón | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (original) (raw)
Papers by Alberto Martín Chillón
Coleções de arte em Portugal e no Brasil nos séculos XIX e XX. Modus Operandi, 2023
Professores-alunos-artistas na academia e no acervo do Museu D. João VI, 2022
À memória de Marcos Baptista Varela (1954-2019), artista, gravador e professor da Escola de Belas... more À memória de Marcos Baptista Varela (1954-2019), artista, gravador e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde atuou no Curso de Gravura, sendo carinhosamente chamado pelos alunos de Marcão-a quem sempre dedicamos grande admiração profissional e enorme carinho.
LaborHistórico, 2020
Texto de popularização do conhecimento científico elaborado pelo professor Alberto Martín Chillón.
Eikon / Imago, 2020
A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, ... more A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, precisava se afirmar diante do crescente movimento republicano que a rodeava não só através da criação de sua própria imagem, mas também das alegorias de seus inimigos. Partindo do projeto de monumento de Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá para comemorar a Guerra do Paraguai, cuja estátua central foi rejeitada pela Academia Imperial de Belas Artes, realizamos um estudo iconográfico e comparativo da corporificação de um Império masculino e, em contraposição, do monstro da tirania ou da anarquia como inimigos abstratos do Império, principalmente através de obras “menores”, mas de alta circulação.
Linguistics and philology revisited. Contributos para a instrumentalização das humanidades digitais, 2021
Arte pública no Brasil: contextos e interações, 2020
O antigo prédio da Casa da Moeda do Rio de Janeiro ostentou no século XIX três grandes frontões, ... more O antigo prédio da Casa da Moeda do Rio de Janeiro ostentou no século XIX três grandes frontões, hoje esquecidos. Através de uma análise documental e iconográfica comprovamos como esses frontões se relacionam estreitamente com símbolos ligados às Exposições Universais, levantando a hipótese de que fossem criados para a II Exposição Nacional brasileira de 1866, junto com algumas outras esculturas conservadas no prédio. Este conjunto sintetiza os valores de progresso e civilização, constituindo-se como uma materialização concreta do chamado projeto civilizatório do império, ao mesmo tempo que como um monumento ao futuro, comemorando a imagem que as elites imperiais ansiavam para a nação. A identificação deste frontão permite também à identificação de uma série de obras, alegorias do progresso e da civilização, possibilitando uma aproximação desde um ponto de vista artístico e concreto ao omnipresente projeto civilizatório oitocentista brasileiro.
Eikon Imago, 2020
A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, ... more A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, precisava se afirmar diante do crescente movimento republicano que a rodeava não só através da criação de sua própria imagem, mas também das alegorias de seus inimigos. Partindo do projeto de monumento de Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá para comemorar a Guerra do Paraguai, cuja estátua central foi rejeitada pela Academia Imperial de Belas Artes, realizamos um estudo iconográfico e comparativo da corporificação de um Império masculino e, em contraposição, do monstro da tirania ou da anarquia como inimigos abstratos do Império, principalmente através de obras “menores”, mas de alta circulação.
LaborHistórico, 2019
Em 12 de dezembro de 1838 Bernardo Pereira de Vasconcelos (1795-1850), ministro interino do Impér... more Em 12 de dezembro de 1838 Bernardo Pereira de Vasconcelos (1795-1850), ministro interino do Império, decidiu o castigo que deveria ser imposto ao aluno de escultura da Academia Imperial de Belas Artes, Honorato Manoel de Lima, por seu descomedido procedimento e manifesta desobediência, excluindo-o para sempre de dita Academia. Este documento se conserva, assim como a produção documental da Academia Imperial de Belas Artes, no Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, acervo fundamental para o estudo da arte brasileira dos séculos XIX e XX e para a história do ensino artístico no Brasil.
Modos, 2019
Na revista A Renascença, em dezembro de 1905, foi publicado um pequeno artigo intitulado "As Parc... more Na revista A Renascença, em dezembro de 1905, foi publicado um pequeno artigo intitulado "As Parcas", de autoria de Chaves Pinheiro, tratando de um frontão feito pelo escultor, encomenda do estucador Antônio Alves Meira, membro de uma das mais importantes famílias de estucadores do Rio de Janeiro. A casa da família Meira se constitui como um exemplo extraordinário de casa de artista, construindo a imagem do estucador tanto socialmente, fazendo uso de elementos artísticos tradicionais e de prestígio como o frontão e as esculturas de mármore que rematam a fachada, como artisticamente, testemunha da reivindicação dos artífices e do próprio papel do artista.
Pesquisas sobre os acervos do Museu D. João VI e do Museu Nacional de Belas Artes e, 2019
Francisco Manuel Chaves Pinheiro, professor de estatuária da Academia Imperial de Belas Artes dur... more Francisco Manuel Chaves Pinheiro, professor de estatuária da Academia Imperial de Belas Artes durante grande parte do Segundo Reinado, foi um dos maiores escultores do seu tempo, embora contemos com poucos estudos sobre sua vida e obra. Na presente comunicação revisitamos a figura do escultor, revisando sua historiografia e atualizando seu catálogo de obras através de novas atribuições e descartando outras. Assim, o estudo do artista levanta questões muito importantes para a historiografia artística, como o estudo da Academia Imperial de Belas Artes, fora de uma perspectiva modernista, mas também fora de uma visão polarizada entre acadêmico e moderno. O estudo de caso de Chaves Pinheiro permite um entendimento da Seção de Escultura da Academia Imperial de Belas Artes, um tema escassamente tratado, contribuindo aos debates sobre o academismo, tanto em questões de estilo quanto terminológicos, além de oferecer uma visão mais clara e ajustada da escultura e da arte do seu tempo.
Tarea, 2018
A fundição artística no Rio de Janeiro durante o Segundo Reinado aparece como um tema escassament... more A fundição artística no Rio de Janeiro durante o Segundo Reinado aparece como um tema escassamente estudado pela historiografia e tradicionalmente entendido como um fenômeno quase inexistente, situado na tênue fronteira entre as “belas artes” e as “artes industriais” ou aplicadas”. Por meio deste artigo, mostramos com dados na sua maioria inéditos, como, apesar de não ser uma indústria consolidada nem muito produtiva, a fundição artística foi um fenô- meno recorrente ao longo do século xix no Rio de Janeiro, com fundidores e obras relevantes que se inserem em um desejo de progresso e civilização dentro de uma reclamação pelo nacional diante da falta de encomendas, da falta de incentivos e de apoios.
Sob os qualificativos " gênio " e " copiador de cavalos " se encontram dois dos principais escult... more Sob os qualificativos " gênio " e " copiador de cavalos " se encontram dois dos principais escultores cariocas do século XIX, Cândido Caetano de Almeida Reis e Francisco Manuel Chaves Pinheiro, os dois polos em torno dos quais se tem entendido a escultura oitocentista: a produção acadêmica como simples cópia e as propostas " modernas " que tentavam modificar o fazer acadêmico. No presente artigo tentamos entender como este binômio acadêmico/moderno ou cópia/originalidade tem moldado o entendimento da escultura, analisando as construções historiográficas, os silêncios e escolhas que privilegiam a personalidade do artista, a criação individual como elemento moderno. Trata-se de um discurso muito mais baseado na historiografia que no conhecimento e na observação direta das obras destes artistas, dispersa e em muitos casos desconhecida, contemplada sob o termo genérico e redutor de acadêmico, que elimina qualquer tipo de individualidade.
O presente artigo propõe-se a recuperar a figura de Leon Despres de Cluny, escultor francês ativo... more O presente artigo propõe-se a recuperar a figura de Leon Despres de Cluny, escultor francês ativo no Rio de Janei- ro entre 1861 e 1881, que tem uma escassa presença na historiografia artística, não obstante tenha realizado um grande número de obras, com grandes grupos e enco- mendas oficiais e recebido as maiores honras artísticas. Além de sua atuação artística, apresenta-se como um dos principais comerciantes de arte, sendo o responsá- vel, através de sua firma comercial e depois individual- mente, pela venda das coleções de moldes antigos em gesso adquiridos pela Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX
Análise do atelier escultórico no Brasil Imperial, com especial atenção ao caso de Almeida Reis e... more Análise do atelier escultórico no Brasil Imperial, com especial atenção ao caso de Almeida Reis e o grupo Acropolio.
A Santa Casa do Rio de Janeiro resulta uma instituição importante para entender o desenvolvimento... more A Santa Casa do Rio de Janeiro resulta uma instituição importante para entender o desenvolvimento da escultura oitocentista. Analisamos aqui os trabalhos de Ferdinand Pettrich e Luigi Giudice, oferecendo uma breve biografia de ambos os dois com novos dados, e propondo uma leitura para o frontão do Hospital de Santa Luzia.
Arte e seus lugares: coleções em espaços reais, 2017
As pesquisas sobre coleções artísticas têm cada vez mais importância na historiografia artística;... more As pesquisas sobre coleções artísticas têm cada vez mais importância na historiografia artística; porém, dentro deste tema, as coleções de escultura permanecem muito mais desconhecidas e em alguns casos completamente ignoradas. Na presente comunicação, pretendemos nos aproximar a este tipo de coleções no Rio de Janeiro do Segundo Reinado através da documentação inédita do espólio do escultor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, Honorato Manuel de Lima, que detalha as esculturas que o artista possuía na hora de sua morte em 1863.
A partir da análise desta coleção, podemos entender melhor as escolhas e finalidades da coleção e do artista e a influência destas na sua produção, assim como os modos de comércio de gessos de esculturas antigas, destacando a figura do escultor Leon Despres de Cluny, que forneceu à Academia Imperial a maioria das sucessivas coleções dessas obras. Assim, a coleção de Honorato Manoel de Lima é comparada com a coleção da Academia Imperial de Belas Artes, da qual se oferece documentação inédita sobre sua formação, sua compra e sua recepção, a coleção escultórica mais importante do Império, originada por sua vez pela compra de outra coleção privada, a do professor Marc Ferrez.
Esta proposta discute um tema escassamente tratado, oferecendo documentação inédita que permite uma melhor compreensão tanto da arte oitocentista como da escultura em particular, aprofundando na temática das coleções escultóricas, suas funções, suas caraterísticas e os circuitos de comércio das mesmas.
O indianismo aparece como tema-chave e profundamente estudado na cultura brasileira. No campo art... more O indianismo aparece como tema-chave e profundamente estudado na cultura brasileira. No campo artístico, por exemplo, tem sido abordado por muitos enfoques e em vários períodos. O presente artigo trata de entender o papel da escultura nesse processo, discutindo até que ponto ela tem caraterísticas próprias e diferenciadas que podem ajudar a compreender o indianismo a partir de outros pontos de vista.
Coleções de arte em Portugal e no Brasil nos séculos XIX e XX. Modus Operandi, 2023
Professores-alunos-artistas na academia e no acervo do Museu D. João VI, 2022
À memória de Marcos Baptista Varela (1954-2019), artista, gravador e professor da Escola de Belas... more À memória de Marcos Baptista Varela (1954-2019), artista, gravador e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde atuou no Curso de Gravura, sendo carinhosamente chamado pelos alunos de Marcão-a quem sempre dedicamos grande admiração profissional e enorme carinho.
LaborHistórico, 2020
Texto de popularização do conhecimento científico elaborado pelo professor Alberto Martín Chillón.
Eikon / Imago, 2020
A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, ... more A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, precisava se afirmar diante do crescente movimento republicano que a rodeava não só através da criação de sua própria imagem, mas também das alegorias de seus inimigos. Partindo do projeto de monumento de Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá para comemorar a Guerra do Paraguai, cuja estátua central foi rejeitada pela Academia Imperial de Belas Artes, realizamos um estudo iconográfico e comparativo da corporificação de um Império masculino e, em contraposição, do monstro da tirania ou da anarquia como inimigos abstratos do Império, principalmente através de obras “menores”, mas de alta circulação.
Linguistics and philology revisited. Contributos para a instrumentalização das humanidades digitais, 2021
Arte pública no Brasil: contextos e interações, 2020
O antigo prédio da Casa da Moeda do Rio de Janeiro ostentou no século XIX três grandes frontões, ... more O antigo prédio da Casa da Moeda do Rio de Janeiro ostentou no século XIX três grandes frontões, hoje esquecidos. Através de uma análise documental e iconográfica comprovamos como esses frontões se relacionam estreitamente com símbolos ligados às Exposições Universais, levantando a hipótese de que fossem criados para a II Exposição Nacional brasileira de 1866, junto com algumas outras esculturas conservadas no prédio. Este conjunto sintetiza os valores de progresso e civilização, constituindo-se como uma materialização concreta do chamado projeto civilizatório do império, ao mesmo tempo que como um monumento ao futuro, comemorando a imagem que as elites imperiais ansiavam para a nação. A identificação deste frontão permite também à identificação de uma série de obras, alegorias do progresso e da civilização, possibilitando uma aproximação desde um ponto de vista artístico e concreto ao omnipresente projeto civilizatório oitocentista brasileiro.
Eikon Imago, 2020
A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, ... more A monarquia brasileira, estabelecida em pleno processo de independência das colônias americanas, precisava se afirmar diante do crescente movimento republicano que a rodeava não só através da criação de sua própria imagem, mas também das alegorias de seus inimigos. Partindo do projeto de monumento de Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá para comemorar a Guerra do Paraguai, cuja estátua central foi rejeitada pela Academia Imperial de Belas Artes, realizamos um estudo iconográfico e comparativo da corporificação de um Império masculino e, em contraposição, do monstro da tirania ou da anarquia como inimigos abstratos do Império, principalmente através de obras “menores”, mas de alta circulação.
LaborHistórico, 2019
Em 12 de dezembro de 1838 Bernardo Pereira de Vasconcelos (1795-1850), ministro interino do Impér... more Em 12 de dezembro de 1838 Bernardo Pereira de Vasconcelos (1795-1850), ministro interino do Império, decidiu o castigo que deveria ser imposto ao aluno de escultura da Academia Imperial de Belas Artes, Honorato Manoel de Lima, por seu descomedido procedimento e manifesta desobediência, excluindo-o para sempre de dita Academia. Este documento se conserva, assim como a produção documental da Academia Imperial de Belas Artes, no Arquivo Histórico da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, acervo fundamental para o estudo da arte brasileira dos séculos XIX e XX e para a história do ensino artístico no Brasil.
Modos, 2019
Na revista A Renascença, em dezembro de 1905, foi publicado um pequeno artigo intitulado "As Parc... more Na revista A Renascença, em dezembro de 1905, foi publicado um pequeno artigo intitulado "As Parcas", de autoria de Chaves Pinheiro, tratando de um frontão feito pelo escultor, encomenda do estucador Antônio Alves Meira, membro de uma das mais importantes famílias de estucadores do Rio de Janeiro. A casa da família Meira se constitui como um exemplo extraordinário de casa de artista, construindo a imagem do estucador tanto socialmente, fazendo uso de elementos artísticos tradicionais e de prestígio como o frontão e as esculturas de mármore que rematam a fachada, como artisticamente, testemunha da reivindicação dos artífices e do próprio papel do artista.
Pesquisas sobre os acervos do Museu D. João VI e do Museu Nacional de Belas Artes e, 2019
Francisco Manuel Chaves Pinheiro, professor de estatuária da Academia Imperial de Belas Artes dur... more Francisco Manuel Chaves Pinheiro, professor de estatuária da Academia Imperial de Belas Artes durante grande parte do Segundo Reinado, foi um dos maiores escultores do seu tempo, embora contemos com poucos estudos sobre sua vida e obra. Na presente comunicação revisitamos a figura do escultor, revisando sua historiografia e atualizando seu catálogo de obras através de novas atribuições e descartando outras. Assim, o estudo do artista levanta questões muito importantes para a historiografia artística, como o estudo da Academia Imperial de Belas Artes, fora de uma perspectiva modernista, mas também fora de uma visão polarizada entre acadêmico e moderno. O estudo de caso de Chaves Pinheiro permite um entendimento da Seção de Escultura da Academia Imperial de Belas Artes, um tema escassamente tratado, contribuindo aos debates sobre o academismo, tanto em questões de estilo quanto terminológicos, além de oferecer uma visão mais clara e ajustada da escultura e da arte do seu tempo.
Tarea, 2018
A fundição artística no Rio de Janeiro durante o Segundo Reinado aparece como um tema escassament... more A fundição artística no Rio de Janeiro durante o Segundo Reinado aparece como um tema escassamente estudado pela historiografia e tradicionalmente entendido como um fenômeno quase inexistente, situado na tênue fronteira entre as “belas artes” e as “artes industriais” ou aplicadas”. Por meio deste artigo, mostramos com dados na sua maioria inéditos, como, apesar de não ser uma indústria consolidada nem muito produtiva, a fundição artística foi um fenô- meno recorrente ao longo do século xix no Rio de Janeiro, com fundidores e obras relevantes que se inserem em um desejo de progresso e civilização dentro de uma reclamação pelo nacional diante da falta de encomendas, da falta de incentivos e de apoios.
Sob os qualificativos " gênio " e " copiador de cavalos " se encontram dois dos principais escult... more Sob os qualificativos " gênio " e " copiador de cavalos " se encontram dois dos principais escultores cariocas do século XIX, Cândido Caetano de Almeida Reis e Francisco Manuel Chaves Pinheiro, os dois polos em torno dos quais se tem entendido a escultura oitocentista: a produção acadêmica como simples cópia e as propostas " modernas " que tentavam modificar o fazer acadêmico. No presente artigo tentamos entender como este binômio acadêmico/moderno ou cópia/originalidade tem moldado o entendimento da escultura, analisando as construções historiográficas, os silêncios e escolhas que privilegiam a personalidade do artista, a criação individual como elemento moderno. Trata-se de um discurso muito mais baseado na historiografia que no conhecimento e na observação direta das obras destes artistas, dispersa e em muitos casos desconhecida, contemplada sob o termo genérico e redutor de acadêmico, que elimina qualquer tipo de individualidade.
O presente artigo propõe-se a recuperar a figura de Leon Despres de Cluny, escultor francês ativo... more O presente artigo propõe-se a recuperar a figura de Leon Despres de Cluny, escultor francês ativo no Rio de Janei- ro entre 1861 e 1881, que tem uma escassa presença na historiografia artística, não obstante tenha realizado um grande número de obras, com grandes grupos e enco- mendas oficiais e recebido as maiores honras artísticas. Além de sua atuação artística, apresenta-se como um dos principais comerciantes de arte, sendo o responsá- vel, através de sua firma comercial e depois individual- mente, pela venda das coleções de moldes antigos em gesso adquiridos pela Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX
Análise do atelier escultórico no Brasil Imperial, com especial atenção ao caso de Almeida Reis e... more Análise do atelier escultórico no Brasil Imperial, com especial atenção ao caso de Almeida Reis e o grupo Acropolio.
A Santa Casa do Rio de Janeiro resulta uma instituição importante para entender o desenvolvimento... more A Santa Casa do Rio de Janeiro resulta uma instituição importante para entender o desenvolvimento da escultura oitocentista. Analisamos aqui os trabalhos de Ferdinand Pettrich e Luigi Giudice, oferecendo uma breve biografia de ambos os dois com novos dados, e propondo uma leitura para o frontão do Hospital de Santa Luzia.
Arte e seus lugares: coleções em espaços reais, 2017
As pesquisas sobre coleções artísticas têm cada vez mais importância na historiografia artística;... more As pesquisas sobre coleções artísticas têm cada vez mais importância na historiografia artística; porém, dentro deste tema, as coleções de escultura permanecem muito mais desconhecidas e em alguns casos completamente ignoradas. Na presente comunicação, pretendemos nos aproximar a este tipo de coleções no Rio de Janeiro do Segundo Reinado através da documentação inédita do espólio do escultor e professor da Academia Imperial de Belas Artes, Honorato Manuel de Lima, que detalha as esculturas que o artista possuía na hora de sua morte em 1863.
A partir da análise desta coleção, podemos entender melhor as escolhas e finalidades da coleção e do artista e a influência destas na sua produção, assim como os modos de comércio de gessos de esculturas antigas, destacando a figura do escultor Leon Despres de Cluny, que forneceu à Academia Imperial a maioria das sucessivas coleções dessas obras. Assim, a coleção de Honorato Manoel de Lima é comparada com a coleção da Academia Imperial de Belas Artes, da qual se oferece documentação inédita sobre sua formação, sua compra e sua recepção, a coleção escultórica mais importante do Império, originada por sua vez pela compra de outra coleção privada, a do professor Marc Ferrez.
Esta proposta discute um tema escassamente tratado, oferecendo documentação inédita que permite uma melhor compreensão tanto da arte oitocentista como da escultura em particular, aprofundando na temática das coleções escultóricas, suas funções, suas caraterísticas e os circuitos de comércio das mesmas.
O indianismo aparece como tema-chave e profundamente estudado na cultura brasileira. No campo art... more O indianismo aparece como tema-chave e profundamente estudado na cultura brasileira. No campo artístico, por exemplo, tem sido abordado por muitos enfoques e em vários períodos. O presente artigo trata de entender o papel da escultura nesse processo, discutindo até que ponto ela tem caraterísticas próprias e diferenciadas que podem ajudar a compreender o indianismo a partir de outros pontos de vista.
Cotidianidad delatora: la escultura urbana como testigo de las independencias latinoamericanas (1820-1920), Jun 30, 2015
Dom Pedro I, libertador, defensor perpetuo e pai da pátria, ganhou estes títulos por conseguir a ... more Dom Pedro I, libertador, defensor perpetuo e pai da pátria, ganhou estes títulos por conseguir a independência do território brasileiro. Desde esse momento surgiram várias tentativas de construir um monumento público, destacando o papel de libertador do imperador, e reforçando a ideia da monarquia como a melhor opção. Estas tentativas só se concretizaram no reinado de dom Pedro II, no monumento a dom Pedro I, de Louis Rochet, inaugurado em 1862, como afirmação do projeto monárquico. Nos mesmos anos se criou o frontão do Cassino Fluminense, um complexo manifesto de intenções, que continua a mensagem política recuperando a longa tradição de defesa monárquica desde a independência, conseguindo, ao mesmo tempo, convertirse num monumento ao futuro de paz e progresso que o Império pretendia.
Cotidianidad delatora: la escultura urbana como testigo de las independencias latinoamericanas (1820-1920), Jun 30, 2015
Don Pedro I, libertador, defensor perpetuo y padre de la patria, ganó estos títulos por conseguir... more Don Pedro I, libertador, defensor perpetuo y padre de la patria, ganó estos títulos por conseguir la independencia para el territorio brasileño. Desde ese momento surgieron varios intentos de construir un monumento público, destacando el papel de libertador del emperador, y reforzando la idea de la monarquía como la mejor opción. Estos intentos solo cristalizaron en el reinado de Pedro II, en el monumento a don Pedro I de Louis Rochet, inaugurado en 1862, como afirmación del proyecto monárquico. En los mismos años se creó el frontón del Casino Fluminense, un complejo manifiesto de intenciones, que continúa el mensaje político recuperando la larga tradición de defensa monárquica desde la independencia, consiguiendo, a la vez, convertirse en un monumento al futuro de paz y progreso que el imperio perseguía.
Professores alunos artistas na academia e no acervo do Museu D. João VI. Anais do XI Seminário do Museu D. João VI / VI Colóquio Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos Séculos XIX e XX, 2022
À memória de Marcos Baptista Varela (1954-2019), artista, gravador e professor da Escola de Belas... more À memória de Marcos Baptista Varela (1954-2019), artista, gravador e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde atuou no Curso de Gravura, sendo carinhosamente chamado pelos alunos de Marcão-a quem sempre dedicamos grande admiração profissional e enorme carinho.
Arte no Brasil no século XIX, 2020
O Artista em Representação. Coleções de Artistas. Anais do X Seminário do Museu D. João VI / VI Colóquio Coleções de Arte em Portugal e Brasil nos Séculos XIX e XX, 2020