Sidarta Landarini | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (original) (raw)

Papers by Sidarta Landarini

Research paper thumbnail of O neo-stalinismo, nostalgia e o realismo capitalista

Research paper thumbnail of O musicar e a acustemologia no lofi hip hop

Research paper thumbnail of Recensão crítica sobre o livro “Rua de mão única: Infância berlinense - 1900” de Walter Benjamin (2013)

Todas as Artes Revista Luso-brasileira de Artes e Cultura • Porto • Vol.6, n.º3, 2023, 2023

A respectiva recensão busca interpretar o livro “Rua de mão única: Infância berlinense - 1900” de... more A respectiva recensão busca interpretar o livro “Rua de mão única: Infância berlinense - 1900” de Walter Benjamin como uma literal rua surrealista. Dessa maneira, é proposto uma caminhada, através de pequenos comentários, fragmentos e livres associações que os aforismos Benjaminianos reverberam para o autor da recensão. Realizar tal exercício é levar a premissa máxima de que a leitura de um livro é uma experiência (erfahrung) passível de ser compartilhada, não encerrada em si, e sim em relação com outros leitores e com as palavras do autor original.

Research paper thumbnail of Beats to relax/study to: lofi hip hop’s symbolic efficacy

Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná, 2024

Resumo: O respectivo artigo explora a ideia de eficácia simbólica, inicialmente proposta por Lévi... more Resumo: O respectivo artigo explora a ideia de eficácia simbólica, inicialmente proposta por Lévi-Strauss, mas absorvendo as contribuições posteriores, como forma de compreender os discursos sonoros-sensíveis dos sujeitos que compõem a teia de relações do lofi hip hop, quando estes associam o lofi a estados de afetação, tais como para estudar e/ou relaxar. Ao invés de entender tal relação como fruto de propriedades físicas do som, ou resultado de elementos biológicos ou cognitivo-comportamentais, busca-se apresentar uma compreensão sociocultural para entender como a sonoridade lofi hip hop auxilia os sujeitos a relaxarem e/ou obterem concentração para suas tarefas.

Research paper thumbnail of Musicking and acoustemology on lofi hip hop

PROA - Revista de Antropologia e Arte da UNICAMP, 2023

O musicar e a acustemologia no lofi hip hop Resumo: Este artigo propõe-se a realizar um diálogo e... more O musicar e a acustemologia no lofi hip hop Resumo: Este artigo propõe-se a realizar um diálogo entre os conceitos: "Musicar" de Christopher Small (1998) e a "Acustemologia" de Steven Feld (2020a), a partir da expressão sonora artística lofi hip hop. O encontro destes dois autores e seus conceitos aparecem como aporte teórico-metodológico de reflexão sobre minha experiência de etnografia digital realizada entre os anos de 2018 a 2021 nas redes que atribuem sentido e significado ao lofi hip hop. Através do relato etnográfico, entrevistas, notícias e comentários em vídeos busco argumentar que o musicar lofi hip hop engaja os ouvintes a se tornarem bedroom producers, mesmo que este não tenha conhecimento musical prévio, pois através da sua relação com agentes não-humanos é construído um saber-com e um saber através da prática.

Research paper thumbnail of (Auto) Ethnographic notes about DIY ethos in lofi hip hop

DIY, Alternative Cultures & Society

This article explores the do-it-yourself (DIY) ethos within the realm of lofi hip hop, highlighti... more This article explores the do-it-yourself (DIY) ethos within the realm of lofi hip hop, highlighting its significance in the aesthetic and modes of listening, production, and curation. This phenomenon is particularly prevalent among urban youth who are connected to the internet but face the harsh realities of work and study. Through digital ethnography, I delve into the personal narratives of individuals who actively contribute in lofi hip hop community. Initially, I examine the DIY esthetic characteristics that manifest in the sound, visuality, and textuality of lofi hip hop. Subsequently, I analyze the DIY performativity and affectivity exhibited by listeners, bedroom producers (artists), and DJs (YouTube channel owners and playlist curators). Finally, I provide a concise autoethnographic narrative to contextualize the hypothesis that the DIY culture observed in lofi hip hop is related to the recent dynamics of capitalist realism.

Research paper thumbnail of O neostalinismo, nostalgia e o realismo capitalista

Marx e o Marxismo - Revista do NIEP, 2023

Este artigo propõe-se a refletir sobre o conceito de realismo capitalista (FISHER, 2020), quando ... more Este artigo propõe-se a refletir sobre o conceito de realismo capitalista (FISHER, 2020), quando utilizado pelos “influencers” brasileiros que se auto definem “marxistas-leninistas”, mas de viés stalinista. Dois argumentos são apresentados: a) A teoria do realismo capitalista é incompatível com a linha teórica seguida por tais “influencers” b) E, em parte o sucesso de tais “influencers” é um sintoma da algoritmização da vida no realismo capitalista, pois é nas empresas digitais (redes sociais) o terreno propício para reimaginar um passado fantasioso, através da afetação nostálgica de elementos da URSS governada por Joseph Stálin, dificultando a criação de uma imaginação coletiva e política para se construir o novo.

Research paper thumbnail of Distanciamento social no Rio de Janeiro

GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia

O objetivo deste artigo é ser um exercício mitopoético do gesto fotográfico, amparado pelas contr... more O objetivo deste artigo é ser um exercício mitopoético do gesto fotográfico, amparado pelas contribuições da antropologia visual. É do olhar proporcionado pela favela Pereira da Silva (Pereirão) para a zona sul carioca e o Pão de Açúcar que reflito sobre os diferentes sentidos da categoria "distanciamento social” durante a pandemia da Covid-19. Apresento a vista que se dispõe a minha frente como Rio de Janeiro “fantasia”, enquanto do lugar que realizo as fotografias como Rio “realista”. Porém, problematizo minha experiência nesta dualidade, ao me definir como sintoma e intruso no processo de gentrificação da favela, mas também como contraditório e “sem lugar” ao refletir sobre meu campo etnográfico, pois pelos “trajetos” que percorri, não pertenço a nenhum “pedaço”.

Research paper thumbnail of A afirmacao da vida em contraposicao a politica de morte a partir da serie 8 em Istambul Bir Baskadir Ethos

Research paper thumbnail of Fluxos Sonoros-Sensoriais no lofi hip hop: A construção do imaginário cultural brasileiro em contraste com o “estrangeiro”

45º Encontro Anual da ANPOCS, 2021

Em um primeiro momento buscou-se apresentar o objeto: O lofi hip hop, e a genealogia do seu nome ... more Em um primeiro momento buscou-se apresentar o objeto: O lofi hip hop, e a genealogia do seu nome (SCHAFFER, 2001; VIANNA; 1988). O campo: A Internet com seus sites e fruições. Exigindo uma abordagem teórico-metodológica pautada em levar em conta a não diferença entre o mundo Online e o Offline (BELELI; PELUCIO, 2018). Assim como o reconhecimento dos espaços fronteiriços, mediações e agências não-humanas (HENNION, 2003; LATOUR; STARK, 199). Na segunda parte deste artigo, busquei entender a representação gráfica da “lofi hip hop radio - beats ro relax/study to” como um construto imaginado, para um sujeito (ouvinte ou produtor) desenraizado. Sendo a própria imagem, fruto de um mundo em fluxo e hiper-conectado. E por fim, tratei sobre a releitura brasileira desta mesma imagem e seu esforço em trazer elementos que acionem a nostalgia no sujeito formado dentro da comunidade imaginada brasileira. Com seus marcadores sociais da diferença e relação com uma representação da cultura afro-brasileira (GILROY, 2001; COLLINS, 2019).

Conference Presentations by Sidarta Landarini

Research paper thumbnail of Imaginary bedroomscapes in lofi hip hop (IASPM-UK/Ireland 2024)

Paper presented at Newcastle University for IASPM-UK/Ireland 2024 seminar.

Research paper thumbnail of “Gingado” O lofi hip hop brasileiro em destaque (1)

IV Encontro Lusófono Todas as Artes - Todos os Nomes, 2024

O respectivo trabalho almeja apresentar as elucubrações que os produtores brasileiros de lofi hip... more O respectivo trabalho almeja apresentar as elucubrações que os produtores brasileiros de lofi hip hop elaboram acerca de sua música em oposição ao “estrangeiro”. O ponto de partida é a música Gingado composta pelos produtores Linearwave, FaOut e liia, na qual, contesta de maneira crítica a apropriação de sons “brasileiros” por produtores não brasileiros. A partir disso, é desenhado contornos de definição para o que pode-se chamar de cena brasileira de lofi hip hop, na qual, apresenta características próprias, tanto na estética visual e sonora, quanto nas atitudes como coletivo, se diferenciando do que alguns produtores categorizam como “lofi hip hop clássico”.
Os dados apresentados são provenientes de uma etnografia de maior fôlego, em andamento, sobre a forma expressiva lofi hip hop, portanto, serão apresentados trechos de entrevistas qualitativas com produtores, análise musical e visual. O lofi hip hop é uma expressão artística que surgiu em meados de 2015, com a pandemia da Covid-19 teve um grande aumento de audiência. As playlists e rádios lofi sugestiona sua escuta para estudar e relaxar. Enquanto, é difundida pela mídia como um “gênero musical” nascido na Internet que auxilia as pessoas com ansiedade e depressão. Porém, tais sentidos transbordam para diversas outras questões, como uma rede de suporte digital, sua relação com o capitalismo tardio e outras discussões que envolvem a saúde mental e o mundo vivido na contemporaneidade.

Research paper thumbnail of Creativity or appropriation? The different meanings of sampling in lofi hip hop

V CombART , 2024

Lofi hip hop is an expressive form of sound that was born in mid-2015, and its primary locus of p... more Lofi hip hop is an expressive form of sound that was born in mid-2015, and its primary locus of performance is on sites like Youtube and Facebook and/or streaming apps like Spotify, Deezer and Apple Music. After the Covid-19 pandemic, the number of listeners on radio stations jumped from an average of 15,000 to 45,000 people a day, as it is seen by listeners, producers, playlist curators and music critics as a performance genre that helps with concentration for studying and working and/or for relaxing, chilling out [1].
The purpose of this individual communication is to reflect on the different meanings of sampling in lofi hip hop. After analysing eight songs, I came to the conclusion that this musical gesture goes beyond being just a legacy of the Lo-Fi and Hip-Hop sound traditions [2][3]. In other words, the results obtained indicate that sampling in lofi hip hop represents the experience of digitising culture by celebrating cosmopolitanism and sound hybridisation, but also highlights tensions by being an “exoticisation” and/or “cultural appropriation” of files that are in transit in the flows of the web of relationships in lofi hip hop [4][5][6].
The relevance of this communication lies in the fact that this expressive form of sound is not so studied by the academic world, so there is a need to complete its mosaic of understanding. In addition, I intend to contribute to the critical reflection of ethnomusicological research that operates in cyberspace and addresses contemporary and digital performative genres. Therefore, this communication represents a small section of my doctoral research and aims to provide theoretical and methodological support for research that deals with the intersectionality between music, society and the internet.

Research paper thumbnail of The women's self-organisation (Do-it-Together) of Brazilian producers to release the lofi hip hop compilation "Cafuné"

KISMIF - DIY Cultures, Democracy and Creative Participation, 2024

Cafuné is a 10-song lofi hip hop compilation, completely self-organised by Brazilian womens produ... more Cafuné is a 10-song lofi hip hop compilation, completely self-organised by Brazilian womens producers, which was released on 8 March this year. This paper will present the producer's perspective on the process of organising the collection and composing their songs. This data comes from qualitative interviews conducted as part of a larger ethnographic study into the expressive form of lofi hip hop. The aesthetic choices of the songs, the chosen visuality and their perceptions of the genre in the lofi hip hop scene will be discussed.
Lofi hip hop is an expressive, primarily sonic form that was born in mid-2015. Its priority performance locus is on Internet. Sonically, it can be summarised as carrying aesthetic heritage from the traditions of Hip-Hop, Lo-Fi and genres born on the Internet, such as vaporwave and seapunk. In the case of Brazilian lo-fi hip hop, it has its own characteristics that differentiate it from the “classic” model, such as greater use of sampling with singing/voice and references to samba and bossa nova.
During the Covid-19 pandemic, the number of listeners and producers grew exponentially around the world. So, has gained greater prominence in the media, as it is interpreted as a sound that relieves anxiety and helps people get through that period. This context has led to the growth and strengthening of the Brazilian lofi hip hop scene. In this sense, this work seeks to give a voice to the women who participate in this scene.

Research paper thumbnail of Musicking and Acoustemology in lofi hip hop (lecturer in IASPM-Portugal conference)

IASPM-PT Conference "Destroy your silence!", 2023

This lecturer proposes to conduct a dialogue between the concepts: “Musicking” by Christopher Sma... more This lecturer proposes to conduct a dialogue between the concepts: “Musicking” by Christopher Small (1998) and “Acoustemology” by Steven Feld (2020a), as of the artistic sound expression lofi hip hop. The encounter of these two authors and their concepts appear as a theoretical and methodological contribution of reflection on my experience of digital ethnography carried out between the years 2018 to 2021 in the networks that attribute meaning and significance to lofi hip hop. Through the ethnographic reporting, interviews, news and videos comments, I seek to argue that musicking lofi hip hop engages listeners to become bedroom producers, even if this one has no prior musical knowledge, because through its relationship with non-human agents is constructed a knowing-with and a knowing-through this practice.

Research paper thumbnail of 8 Years of lofi hip hop

XVII Congresso da SIBE , 2023

The proposal is to present the historical line of the lofi hip hop sound expressive form, based o... more The proposal is to present the historical line of the lofi hip hop sound expressive form, based on three data sources: a) The practice of “digital excavation” of its history on Youtube; b) Academic reports, news and articles. And; c) My ethnographic experience, since 2018, in the lofi hip hop web of relationships.
Although the origin myth of lofi hip hop is alluded to the 1990s and 2000s producers J Dilla and Nujabes, the category “lofi hip hop” is endowed with its own characteristics since 2015. In the early 2010s, the first YouTube channels of chill out music and vaporwave emerged. But it was from 2015, with the development of 24/7 lives, that the main lofi hip hop channels, such as College Music and Lofi Girl (formerly Chilled Cow), were born. In 2018, newspapers began trying to “unravel” the lofi hip hop phenomenon. In 2019, I began my research and it was in this year that the first peer-produced academic papers on lofi hip hop emerged, most prominently, the paper by musicologists Winston and Saywood (2019), entitled “Contradiction and paradox in lofi hip hop: beats to relax/study to”.
During the Covid-19 pandemic, a boom in growth occurred, both in listeners and producers. The reason was the media appeal in listing lofi hip hop as a “medicine” for moments of anxiety, depression, melancholy, loneliness, and in concentrating to study and/or work. While, for many musicians, the practicality of composing lofi hip hop in their own rooms was the most viable outlet during quarantine. Currently, lofi hip hop has consolidated on the internet, but there are still many gaps in academia to explain such dynamics, being this, the challenge I propose in my doctoral research.

Research paper thumbnail of A teia de acolhimento melancólico no lofi hip hop

Research paper thumbnail of Is lofi hip hop the sound of capitalist realism? Sidarta Landarini lecturer in III CIPS

III CIPS, 2023

This presentation is a picture from my thesis research development at Sociology and Anthropology ... more This presentation is a picture from my thesis research development at Sociology and Anthropology doctorate program of Rio de Janeiro Federal University and at doctorate Music program at Aveiro University.

Research paper thumbnail of Etnografia para relaxar e estudar: “lofi hip hop - beats to relax/study to”

O mundo digital e do ciberespaço se firmou com a emergência de novas formas expressivas, de relaç... more O mundo digital e do ciberespaço se firmou com a emergência de novas formas expressivas, de relações e de informações (RIFIOTIS, 2016). A pretensão deste trabalho tende a transcorrer sobre a pesquisa em andamento que estou realizando sobre o gênero musical “lofi hip hop”, buscando compreender como a iminência de um estilo musical, localizado prioritariamente no campo digital, pode nos ajudar a refletir a relação do sujeito moderno localizado nas grandes cidades e suas formas de expressões artístico culturais em resposta a um meio de grandes fluxos da informação, de consumo e de jornadas intensivas de trabalho e estudo.
Atualmente o conteúdo produzido nos meios digitais acerca do ‘lo fi hip hop’ e suas variações é vasto. Logo, investigando os trajetos de atribuição de sentidos nos circuitos e comunidades de lofi hip hop, os atores sociais formulam expressões como; “essa playlist é ótima para estudar”, “só consigo dormir escutando lo-fi hip-hop” e até, “sinto uma nostalgia de algo que nunca vivi”. Suscitando muitos debates entre o utilitarismo sonoro e a desaceleração da vida moderna. Segundo José Jorge de Carvalho (2004), o tempo e o entretenimento se relacionam por um modo de prática de vida urbana, onde “entreter significa deter o tempo, suspender o ter para sonhar com o ser”, então, o campo de debate percorre duas hipóteses. Por um lado, há no discurso dos sujeitos inseridos no mundo ‘lofi hip hop’ um uso que beira ao utilitarismo, como se o gênero musical pudesse potencializar o foco em pessoas que estão estudando ou trabalhando. Por outro lado, é evocado a escuta como um momento de desaceleração da vida moderna, da calma, da introspecção, da fuga.

Drafts by Sidarta Landarini

Research paper thumbnail of Música não existe

"Ces caem fora de ambiente de música", Rogerinho do Ingá.

Research paper thumbnail of O neo-stalinismo, nostalgia e o realismo capitalista

Research paper thumbnail of O musicar e a acustemologia no lofi hip hop

Research paper thumbnail of Recensão crítica sobre o livro “Rua de mão única: Infância berlinense - 1900” de Walter Benjamin (2013)

Todas as Artes Revista Luso-brasileira de Artes e Cultura • Porto • Vol.6, n.º3, 2023, 2023

A respectiva recensão busca interpretar o livro “Rua de mão única: Infância berlinense - 1900” de... more A respectiva recensão busca interpretar o livro “Rua de mão única: Infância berlinense - 1900” de Walter Benjamin como uma literal rua surrealista. Dessa maneira, é proposto uma caminhada, através de pequenos comentários, fragmentos e livres associações que os aforismos Benjaminianos reverberam para o autor da recensão. Realizar tal exercício é levar a premissa máxima de que a leitura de um livro é uma experiência (erfahrung) passível de ser compartilhada, não encerrada em si, e sim em relação com outros leitores e com as palavras do autor original.

Research paper thumbnail of Beats to relax/study to: lofi hip hop’s symbolic efficacy

Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná, 2024

Resumo: O respectivo artigo explora a ideia de eficácia simbólica, inicialmente proposta por Lévi... more Resumo: O respectivo artigo explora a ideia de eficácia simbólica, inicialmente proposta por Lévi-Strauss, mas absorvendo as contribuições posteriores, como forma de compreender os discursos sonoros-sensíveis dos sujeitos que compõem a teia de relações do lofi hip hop, quando estes associam o lofi a estados de afetação, tais como para estudar e/ou relaxar. Ao invés de entender tal relação como fruto de propriedades físicas do som, ou resultado de elementos biológicos ou cognitivo-comportamentais, busca-se apresentar uma compreensão sociocultural para entender como a sonoridade lofi hip hop auxilia os sujeitos a relaxarem e/ou obterem concentração para suas tarefas.

Research paper thumbnail of Musicking and acoustemology on lofi hip hop

PROA - Revista de Antropologia e Arte da UNICAMP, 2023

O musicar e a acustemologia no lofi hip hop Resumo: Este artigo propõe-se a realizar um diálogo e... more O musicar e a acustemologia no lofi hip hop Resumo: Este artigo propõe-se a realizar um diálogo entre os conceitos: "Musicar" de Christopher Small (1998) e a "Acustemologia" de Steven Feld (2020a), a partir da expressão sonora artística lofi hip hop. O encontro destes dois autores e seus conceitos aparecem como aporte teórico-metodológico de reflexão sobre minha experiência de etnografia digital realizada entre os anos de 2018 a 2021 nas redes que atribuem sentido e significado ao lofi hip hop. Através do relato etnográfico, entrevistas, notícias e comentários em vídeos busco argumentar que o musicar lofi hip hop engaja os ouvintes a se tornarem bedroom producers, mesmo que este não tenha conhecimento musical prévio, pois através da sua relação com agentes não-humanos é construído um saber-com e um saber através da prática.

Research paper thumbnail of (Auto) Ethnographic notes about DIY ethos in lofi hip hop

DIY, Alternative Cultures & Society

This article explores the do-it-yourself (DIY) ethos within the realm of lofi hip hop, highlighti... more This article explores the do-it-yourself (DIY) ethos within the realm of lofi hip hop, highlighting its significance in the aesthetic and modes of listening, production, and curation. This phenomenon is particularly prevalent among urban youth who are connected to the internet but face the harsh realities of work and study. Through digital ethnography, I delve into the personal narratives of individuals who actively contribute in lofi hip hop community. Initially, I examine the DIY esthetic characteristics that manifest in the sound, visuality, and textuality of lofi hip hop. Subsequently, I analyze the DIY performativity and affectivity exhibited by listeners, bedroom producers (artists), and DJs (YouTube channel owners and playlist curators). Finally, I provide a concise autoethnographic narrative to contextualize the hypothesis that the DIY culture observed in lofi hip hop is related to the recent dynamics of capitalist realism.

Research paper thumbnail of O neostalinismo, nostalgia e o realismo capitalista

Marx e o Marxismo - Revista do NIEP, 2023

Este artigo propõe-se a refletir sobre o conceito de realismo capitalista (FISHER, 2020), quando ... more Este artigo propõe-se a refletir sobre o conceito de realismo capitalista (FISHER, 2020), quando utilizado pelos “influencers” brasileiros que se auto definem “marxistas-leninistas”, mas de viés stalinista. Dois argumentos são apresentados: a) A teoria do realismo capitalista é incompatível com a linha teórica seguida por tais “influencers” b) E, em parte o sucesso de tais “influencers” é um sintoma da algoritmização da vida no realismo capitalista, pois é nas empresas digitais (redes sociais) o terreno propício para reimaginar um passado fantasioso, através da afetação nostálgica de elementos da URSS governada por Joseph Stálin, dificultando a criação de uma imaginação coletiva e política para se construir o novo.

Research paper thumbnail of Distanciamento social no Rio de Janeiro

GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia

O objetivo deste artigo é ser um exercício mitopoético do gesto fotográfico, amparado pelas contr... more O objetivo deste artigo é ser um exercício mitopoético do gesto fotográfico, amparado pelas contribuições da antropologia visual. É do olhar proporcionado pela favela Pereira da Silva (Pereirão) para a zona sul carioca e o Pão de Açúcar que reflito sobre os diferentes sentidos da categoria "distanciamento social” durante a pandemia da Covid-19. Apresento a vista que se dispõe a minha frente como Rio de Janeiro “fantasia”, enquanto do lugar que realizo as fotografias como Rio “realista”. Porém, problematizo minha experiência nesta dualidade, ao me definir como sintoma e intruso no processo de gentrificação da favela, mas também como contraditório e “sem lugar” ao refletir sobre meu campo etnográfico, pois pelos “trajetos” que percorri, não pertenço a nenhum “pedaço”.

Research paper thumbnail of A afirmacao da vida em contraposicao a politica de morte a partir da serie 8 em Istambul Bir Baskadir Ethos

Research paper thumbnail of Fluxos Sonoros-Sensoriais no lofi hip hop: A construção do imaginário cultural brasileiro em contraste com o “estrangeiro”

45º Encontro Anual da ANPOCS, 2021

Em um primeiro momento buscou-se apresentar o objeto: O lofi hip hop, e a genealogia do seu nome ... more Em um primeiro momento buscou-se apresentar o objeto: O lofi hip hop, e a genealogia do seu nome (SCHAFFER, 2001; VIANNA; 1988). O campo: A Internet com seus sites e fruições. Exigindo uma abordagem teórico-metodológica pautada em levar em conta a não diferença entre o mundo Online e o Offline (BELELI; PELUCIO, 2018). Assim como o reconhecimento dos espaços fronteiriços, mediações e agências não-humanas (HENNION, 2003; LATOUR; STARK, 199). Na segunda parte deste artigo, busquei entender a representação gráfica da “lofi hip hop radio - beats ro relax/study to” como um construto imaginado, para um sujeito (ouvinte ou produtor) desenraizado. Sendo a própria imagem, fruto de um mundo em fluxo e hiper-conectado. E por fim, tratei sobre a releitura brasileira desta mesma imagem e seu esforço em trazer elementos que acionem a nostalgia no sujeito formado dentro da comunidade imaginada brasileira. Com seus marcadores sociais da diferença e relação com uma representação da cultura afro-brasileira (GILROY, 2001; COLLINS, 2019).

Research paper thumbnail of Imaginary bedroomscapes in lofi hip hop (IASPM-UK/Ireland 2024)

Paper presented at Newcastle University for IASPM-UK/Ireland 2024 seminar.

Research paper thumbnail of “Gingado” O lofi hip hop brasileiro em destaque (1)

IV Encontro Lusófono Todas as Artes - Todos os Nomes, 2024

O respectivo trabalho almeja apresentar as elucubrações que os produtores brasileiros de lofi hip... more O respectivo trabalho almeja apresentar as elucubrações que os produtores brasileiros de lofi hip hop elaboram acerca de sua música em oposição ao “estrangeiro”. O ponto de partida é a música Gingado composta pelos produtores Linearwave, FaOut e liia, na qual, contesta de maneira crítica a apropriação de sons “brasileiros” por produtores não brasileiros. A partir disso, é desenhado contornos de definição para o que pode-se chamar de cena brasileira de lofi hip hop, na qual, apresenta características próprias, tanto na estética visual e sonora, quanto nas atitudes como coletivo, se diferenciando do que alguns produtores categorizam como “lofi hip hop clássico”.
Os dados apresentados são provenientes de uma etnografia de maior fôlego, em andamento, sobre a forma expressiva lofi hip hop, portanto, serão apresentados trechos de entrevistas qualitativas com produtores, análise musical e visual. O lofi hip hop é uma expressão artística que surgiu em meados de 2015, com a pandemia da Covid-19 teve um grande aumento de audiência. As playlists e rádios lofi sugestiona sua escuta para estudar e relaxar. Enquanto, é difundida pela mídia como um “gênero musical” nascido na Internet que auxilia as pessoas com ansiedade e depressão. Porém, tais sentidos transbordam para diversas outras questões, como uma rede de suporte digital, sua relação com o capitalismo tardio e outras discussões que envolvem a saúde mental e o mundo vivido na contemporaneidade.

Research paper thumbnail of Creativity or appropriation? The different meanings of sampling in lofi hip hop

V CombART , 2024

Lofi hip hop is an expressive form of sound that was born in mid-2015, and its primary locus of p... more Lofi hip hop is an expressive form of sound that was born in mid-2015, and its primary locus of performance is on sites like Youtube and Facebook and/or streaming apps like Spotify, Deezer and Apple Music. After the Covid-19 pandemic, the number of listeners on radio stations jumped from an average of 15,000 to 45,000 people a day, as it is seen by listeners, producers, playlist curators and music critics as a performance genre that helps with concentration for studying and working and/or for relaxing, chilling out [1].
The purpose of this individual communication is to reflect on the different meanings of sampling in lofi hip hop. After analysing eight songs, I came to the conclusion that this musical gesture goes beyond being just a legacy of the Lo-Fi and Hip-Hop sound traditions [2][3]. In other words, the results obtained indicate that sampling in lofi hip hop represents the experience of digitising culture by celebrating cosmopolitanism and sound hybridisation, but also highlights tensions by being an “exoticisation” and/or “cultural appropriation” of files that are in transit in the flows of the web of relationships in lofi hip hop [4][5][6].
The relevance of this communication lies in the fact that this expressive form of sound is not so studied by the academic world, so there is a need to complete its mosaic of understanding. In addition, I intend to contribute to the critical reflection of ethnomusicological research that operates in cyberspace and addresses contemporary and digital performative genres. Therefore, this communication represents a small section of my doctoral research and aims to provide theoretical and methodological support for research that deals with the intersectionality between music, society and the internet.

Research paper thumbnail of The women's self-organisation (Do-it-Together) of Brazilian producers to release the lofi hip hop compilation "Cafuné"

KISMIF - DIY Cultures, Democracy and Creative Participation, 2024

Cafuné is a 10-song lofi hip hop compilation, completely self-organised by Brazilian womens produ... more Cafuné is a 10-song lofi hip hop compilation, completely self-organised by Brazilian womens producers, which was released on 8 March this year. This paper will present the producer's perspective on the process of organising the collection and composing their songs. This data comes from qualitative interviews conducted as part of a larger ethnographic study into the expressive form of lofi hip hop. The aesthetic choices of the songs, the chosen visuality and their perceptions of the genre in the lofi hip hop scene will be discussed.
Lofi hip hop is an expressive, primarily sonic form that was born in mid-2015. Its priority performance locus is on Internet. Sonically, it can be summarised as carrying aesthetic heritage from the traditions of Hip-Hop, Lo-Fi and genres born on the Internet, such as vaporwave and seapunk. In the case of Brazilian lo-fi hip hop, it has its own characteristics that differentiate it from the “classic” model, such as greater use of sampling with singing/voice and references to samba and bossa nova.
During the Covid-19 pandemic, the number of listeners and producers grew exponentially around the world. So, has gained greater prominence in the media, as it is interpreted as a sound that relieves anxiety and helps people get through that period. This context has led to the growth and strengthening of the Brazilian lofi hip hop scene. In this sense, this work seeks to give a voice to the women who participate in this scene.

Research paper thumbnail of Musicking and Acoustemology in lofi hip hop (lecturer in IASPM-Portugal conference)

IASPM-PT Conference "Destroy your silence!", 2023

This lecturer proposes to conduct a dialogue between the concepts: “Musicking” by Christopher Sma... more This lecturer proposes to conduct a dialogue between the concepts: “Musicking” by Christopher Small (1998) and “Acoustemology” by Steven Feld (2020a), as of the artistic sound expression lofi hip hop. The encounter of these two authors and their concepts appear as a theoretical and methodological contribution of reflection on my experience of digital ethnography carried out between the years 2018 to 2021 in the networks that attribute meaning and significance to lofi hip hop. Through the ethnographic reporting, interviews, news and videos comments, I seek to argue that musicking lofi hip hop engages listeners to become bedroom producers, even if this one has no prior musical knowledge, because through its relationship with non-human agents is constructed a knowing-with and a knowing-through this practice.

Research paper thumbnail of 8 Years of lofi hip hop

XVII Congresso da SIBE , 2023

The proposal is to present the historical line of the lofi hip hop sound expressive form, based o... more The proposal is to present the historical line of the lofi hip hop sound expressive form, based on three data sources: a) The practice of “digital excavation” of its history on Youtube; b) Academic reports, news and articles. And; c) My ethnographic experience, since 2018, in the lofi hip hop web of relationships.
Although the origin myth of lofi hip hop is alluded to the 1990s and 2000s producers J Dilla and Nujabes, the category “lofi hip hop” is endowed with its own characteristics since 2015. In the early 2010s, the first YouTube channels of chill out music and vaporwave emerged. But it was from 2015, with the development of 24/7 lives, that the main lofi hip hop channels, such as College Music and Lofi Girl (formerly Chilled Cow), were born. In 2018, newspapers began trying to “unravel” the lofi hip hop phenomenon. In 2019, I began my research and it was in this year that the first peer-produced academic papers on lofi hip hop emerged, most prominently, the paper by musicologists Winston and Saywood (2019), entitled “Contradiction and paradox in lofi hip hop: beats to relax/study to”.
During the Covid-19 pandemic, a boom in growth occurred, both in listeners and producers. The reason was the media appeal in listing lofi hip hop as a “medicine” for moments of anxiety, depression, melancholy, loneliness, and in concentrating to study and/or work. While, for many musicians, the practicality of composing lofi hip hop in their own rooms was the most viable outlet during quarantine. Currently, lofi hip hop has consolidated on the internet, but there are still many gaps in academia to explain such dynamics, being this, the challenge I propose in my doctoral research.

Research paper thumbnail of A teia de acolhimento melancólico no lofi hip hop

Research paper thumbnail of Is lofi hip hop the sound of capitalist realism? Sidarta Landarini lecturer in III CIPS

III CIPS, 2023

This presentation is a picture from my thesis research development at Sociology and Anthropology ... more This presentation is a picture from my thesis research development at Sociology and Anthropology doctorate program of Rio de Janeiro Federal University and at doctorate Music program at Aveiro University.

Research paper thumbnail of Etnografia para relaxar e estudar: “lofi hip hop - beats to relax/study to”

O mundo digital e do ciberespaço se firmou com a emergência de novas formas expressivas, de relaç... more O mundo digital e do ciberespaço se firmou com a emergência de novas formas expressivas, de relações e de informações (RIFIOTIS, 2016). A pretensão deste trabalho tende a transcorrer sobre a pesquisa em andamento que estou realizando sobre o gênero musical “lofi hip hop”, buscando compreender como a iminência de um estilo musical, localizado prioritariamente no campo digital, pode nos ajudar a refletir a relação do sujeito moderno localizado nas grandes cidades e suas formas de expressões artístico culturais em resposta a um meio de grandes fluxos da informação, de consumo e de jornadas intensivas de trabalho e estudo.
Atualmente o conteúdo produzido nos meios digitais acerca do ‘lo fi hip hop’ e suas variações é vasto. Logo, investigando os trajetos de atribuição de sentidos nos circuitos e comunidades de lofi hip hop, os atores sociais formulam expressões como; “essa playlist é ótima para estudar”, “só consigo dormir escutando lo-fi hip-hop” e até, “sinto uma nostalgia de algo que nunca vivi”. Suscitando muitos debates entre o utilitarismo sonoro e a desaceleração da vida moderna. Segundo José Jorge de Carvalho (2004), o tempo e o entretenimento se relacionam por um modo de prática de vida urbana, onde “entreter significa deter o tempo, suspender o ter para sonhar com o ser”, então, o campo de debate percorre duas hipóteses. Por um lado, há no discurso dos sujeitos inseridos no mundo ‘lofi hip hop’ um uso que beira ao utilitarismo, como se o gênero musical pudesse potencializar o foco em pessoas que estão estudando ou trabalhando. Por outro lado, é evocado a escuta como um momento de desaceleração da vida moderna, da calma, da introspecção, da fuga.

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"Ces caem fora de ambiente de música", Rogerinho do Ingá.

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Uma tentativa de entender o fenômeno de uma forma expressiva "anticapitalista" assumir contornos ... more Uma tentativa de entender o fenômeno de uma forma expressiva "anticapitalista" assumir contornos de "neofascismo".

Research paper thumbnail of A afirmação da vida em contraposição a politica de morte a partir da serie 8 em Istambul Bir Baskadir Ethos

Esse texto é um exercício de pensar o que a série 8 em Istambul (Bir Baskadir/Ethos) diz sobre a ... more Esse texto é um exercício de pensar o que a série 8 em Istambul (Bir Baskadir/Ethos) diz sobre a Turquia de Erdogan e como isso pode nos ajudar a entender o Brasil de Bolsonaro.