Patricia Peterle | Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (Federal University of Santa Catarina) (original) (raw)
Papers by Patricia Peterle
Polisemie, 2024
The proposal of this essay is therefore to reflect on the fundamental role of the kitchen as an i... more The proposal of this essay is therefore to reflect on the fundamental role of the kitchen
as an intimate and relational space in Antonella Anedda's poetry, but, at the same
time, to propose contacts with the work of the American artist Martha Rosler, who
reads the domestic in her works as a place of experience and a territory to be
resemantized. On the one hand the writing of poetry on the other the photomontage,
video installations and collage. What brings these two poetics together, despite their
diversity, is precisely that permeable threshold of aspects of the everyday, of politics,
of the private/familial, that is, that web made up of the feigned tranquility of domestic
life and the violence of the political, economic or war system.
«UN’ARCADIA HORROR» ROMA PER ANDREA ZANZOTTO, 2024
Il volume è stato pubblicato con il contributo di Sapienza Università di Roma (Dipartimento di Le... more Il volume è stato pubblicato con il contributo di Sapienza Università di Roma (Dipartimento di Lettere e Culture Moderne)-fondi SEED-PNR 2022. Si ringrazia la dott.ssa Arianna Saggio per il supporto redazionale.
Revista de Culturas y Literaturas Comparadas, 2023
Este ensayo tiene como objetivo analizar comparativamente dos libros publicados en 2021, es decir... more Este ensayo tiene como objetivo analizar comparativamente dos libros publicados en 2021, es decir, aún en el período de la pandemia, que retratan búsquedas y retornos de los protagonistas autobiográficos. Brilha como vida de Maria Grazia Calandrone y Uma exposición de Ieda Magri fueron escritas en diferentes espacios culturales, Italia y Brasil, respectivamente, pero que tienen algunos puntos de contacto. La atención se centra en el momento inicial de la lectura y en los elementos elegidos por los dos escritores para iniciar sus tramas. En estas páginas hay una necesidad de búsqueda, de retorno, de quienes hablan para dar forma a lo que solo puede presentarse desde la esfera de lo inacabado, no pudiendo así tener una forma lineal. Entonces, para la construcción de estas tramas narrativas, entran en juego imágenes y fotos familiares, voces ajenas, memorias carcomidas y otros elementos que componen la escena del "teatro humano". Palabras claves: Inacabado, Maria Grazia Calandrone, Ieda Magri, Montagem Cenas do nosso "teatro humano": Maria Grazia Calandrone e Ieda Magri 1 Resumo O presente ensaio tem como objetivo colocar lado a lado dois livros publicados em 2021, ou seja, ainda no período da pandemia, que retratam buscas e retornos das personagens protagonistas autobiográficas. Brilha como vida de Maria Grazia Calandrone e Uma exposição de Ieda Magri foram escritos em diferentes espaços culturais, Itália e Brasil, respectivamente, mas que apresentam alguns pontos de contato. O foco se concentra no momento inicial de leitura e nos elementos escolhidos pelas duas escritoras para iniciar suas tramas. Há nestas páginas necessidade de busca, de retorno, de quem fala dar forma à aquilo que só pode se apresentar a partir da esfera do inacabado, não podendo assim ter uma forma linear. Entram em cena, então, para a construção dessas tramas narrativas imagens e fotos de família, vozes de outras pessoas, lembranças carcomidas e outros elementos que compõem a cena do "teatro humano".
Studium, 2022
The poems collected in Pasqua di neve present fundamental aesthetic themes relating to contempora... more The poems collected in Pasqua di neve present fundamental aesthetic themes relating to contemporaneity. Using specific events and the ex- perience of everyday life, Enrico Testa tackles crucial questions for mankind, from its existence to its survival. “Writing” in these pages looks like a process crossing through the “livable” and the “lived”, a gesture in which the language reaches deviations. It is therefore not only about re-telling his own memories, but also about distancing from them to finally brushing against them. The principle followed is the act of listening, a set of shreds: listening to his different selves who coexist in his “I” and the ones found in his life’s path. The poetic language is the thread that makes the imponderable possible, rein- vents time, brings living and dead together, on the border between normality and enigma.
Literatura Italiana Traduzida, 2021
I segni, i residui colti possono avere la potenzialità di "barbagli di immagini", per riprendere ... more I segni, i residui colti possono avere la potenzialità di "barbagli di immagini", per riprendere l'espressione usata da Gianni Celati, da cui scaturiscono pensieri, storie, ricordi. Questi sono appunto dei momenti unici, delle aperture, degli scarti vitali, che sospendono nella frenesia quotidiana il meccanicistico modo di vedere e rapportarsi con l'esterno, cioè con quello che è davanti a noi e a cui, al contempo, apparteniamo. Il laboratorio artistico di Gianni Celati ha la tendenza a mettere in atto
Revista Estudos Feministas, 2009
... são lágrimas que abrem caminho em meio a frios riachos de chuva, minhas faces as reconhecem p... more ... são lágrimas que abrem caminho em meio a frios riachos de chuva, minhas faces as reconhecem pela morna docilidade, pelo modo como correm e deslizam consoladoras até o pescoço, por dentro da camisa, até o ... Patricia Peterle Universidade Federal de Santa Catarina
Revista de Italianística
A intenção deste artigo é refletir sobre a recepção do poeta italiano Giorgio Caproni (1912-1990)... more A intenção deste artigo é refletir sobre a recepção do poeta italiano Giorgio Caproni (1912-1990) no Brasil a partir da primeira antologia publicada no país dedicada ao poeta, A coisa perdida: Agamben comenta Caproni, publicada em 2011 pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina. Busca-se a partir da obra, analisar os paratextos nela presentes, tentando compreender a imagem do poeta, ainda pouco conhecido se comparado a outros poetas italianos contemporâneos como Eugenio Montale (1896-1981). Refletir também acerca da importância dos elementos paratextuais para a motivação da aquisição e leitura de um livro. Elementos que, muitas vezes, passam despercebidos para o público, mas que podem se tornar peças fundamentais aos estudiosos da literatura, sobretudo da literatura traduzida.
Revista de Italianística
Nosso objetivo é traçar a história da circulação da literatura italiana traduzida no Brasil no sé... more Nosso objetivo é traçar a história da circulação da literatura italiana traduzida no Brasil no século XX e na primeira década do século XXI, apontando para obras, autores, momentos, episódios em seu contexto de partida, mas sobretudo de chegada: ou seja, em suas relações com o ambiente em que surgiram, mas sobretudo com o ambiente que os acolhe. Nosso ponto de partida é a ideia de que o meio privilegiado com que um país dá as boas-vindas a uma obra é a tradução. Refletir sobre as traduções em seu contexto de chegada significa também refletir sobre este mesmo contexto, isto é, sobre o sistema literário nacional. Entendemos que as literaturas traduzidas, concebidas como sistemas literários especiais dentro dos polissistemas constituídos pelas literaturas nacionais (conforme a definição de Even-Zohar), sofrem condicionamentos peculiares, de acordo com os diversos momentos atravessados pelos países que as recebem. Para a otimização do levantamento de dados, será dada continuidade ao Dic...
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2020
What is the importance of a particular text translated at a given time? Why translate a text X, b... more What is the importance of a particular text translated at a given time? Why translate a text X, by an author X, today? These issues, in addition to those related to marketing and trade, are also more than relevant when to the translator is given the role of cultural mediator. A role that once again requires choices and discards, which are outside the framework of word games, metaphors, rhythm and melody, but which is an integral part of the translation process. Every translation is an experience and is also a reflection within and within the margins of the source and destination texts. Based on these considerations, a translation of the poem “A towel” by Giovanni Pascoli, published in the volume Canti di Castelvecchio (1903-1905), is proposed.
O texto e uma entrevista a um dos mais representaivos poetas italianos da contemporaneidade, Enri... more O texto e uma entrevista a um dos mais representaivos poetas italianos da contemporaneidade, Enrico Testa. O poeta, a partir das perguntas, vai, aos poucos, apresentando a sua poetica, a sua relacao com o mundo, alguns olhares obliquos. Enfim, abre-se um pouco do complexo laboratorio poetico. A escrita da poesia concebida como um exercicio do olhar, do pensamento, sobretudo, como um exercicio continuo da paciencia e da atencao, em relacao ao outro e a propria lingua, instrumento essencial para o poeta, que com ela escreve e se inscreve. Essas primeiras linhas poderiam ser um modo sucinto de apresentar a poetica de Enrico Testa (1956 – Genova), poeta e professor titular da Universidade de Genova.
Revista de Italianística, Oct 31, 2017
Caproni traduzido: um olhar sobre os paratextos Fabiana VasConCellos assini luiza KaVisKi FaCCio ... more Caproni traduzido: um olhar sobre os paratextos Fabiana VasConCellos assini luiza KaVisKi FaCCio patriCia peterle* RESUMO: A intenção deste artigo é refletir sobre a recepção do poeta italiano Giorgio Caproni (1912-1990) no Brasil a partir da primeira antologia publicada no país dedicada ao poeta, A coisa perdida: Agamben comenta Caproni, publicada em 2011 pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina. Busca-se a partir da obra, analisar os paratextos nela presentes, tentando compreender a imagem do poeta, ainda pouco conhecido se comparado a outros poetas italianos contemporâneos como Eugenio Montale (1896-1981). Refletir também acerca da importância dos elementos paratextuais para a motivação da aquisição e leitura de um livro. Elementos que, muitas vezes, passam despercebidos para o público, mas que podem se tornar peças fundamentais aos estudiosos da literatura, sobretudo da literatura traduzida.
Polisemie, 2024
The proposal of this essay is therefore to reflect on the fundamental role of the kitchen as an i... more The proposal of this essay is therefore to reflect on the fundamental role of the kitchen
as an intimate and relational space in Antonella Anedda's poetry, but, at the same
time, to propose contacts with the work of the American artist Martha Rosler, who
reads the domestic in her works as a place of experience and a territory to be
resemantized. On the one hand the writing of poetry on the other the photomontage,
video installations and collage. What brings these two poetics together, despite their
diversity, is precisely that permeable threshold of aspects of the everyday, of politics,
of the private/familial, that is, that web made up of the feigned tranquility of domestic
life and the violence of the political, economic or war system.
«UN’ARCADIA HORROR» ROMA PER ANDREA ZANZOTTO, 2024
Il volume è stato pubblicato con il contributo di Sapienza Università di Roma (Dipartimento di Le... more Il volume è stato pubblicato con il contributo di Sapienza Università di Roma (Dipartimento di Lettere e Culture Moderne)-fondi SEED-PNR 2022. Si ringrazia la dott.ssa Arianna Saggio per il supporto redazionale.
Revista de Culturas y Literaturas Comparadas, 2023
Este ensayo tiene como objetivo analizar comparativamente dos libros publicados en 2021, es decir... more Este ensayo tiene como objetivo analizar comparativamente dos libros publicados en 2021, es decir, aún en el período de la pandemia, que retratan búsquedas y retornos de los protagonistas autobiográficos. Brilha como vida de Maria Grazia Calandrone y Uma exposición de Ieda Magri fueron escritas en diferentes espacios culturales, Italia y Brasil, respectivamente, pero que tienen algunos puntos de contacto. La atención se centra en el momento inicial de la lectura y en los elementos elegidos por los dos escritores para iniciar sus tramas. En estas páginas hay una necesidad de búsqueda, de retorno, de quienes hablan para dar forma a lo que solo puede presentarse desde la esfera de lo inacabado, no pudiendo así tener una forma lineal. Entonces, para la construcción de estas tramas narrativas, entran en juego imágenes y fotos familiares, voces ajenas, memorias carcomidas y otros elementos que componen la escena del "teatro humano". Palabras claves: Inacabado, Maria Grazia Calandrone, Ieda Magri, Montagem Cenas do nosso "teatro humano": Maria Grazia Calandrone e Ieda Magri 1 Resumo O presente ensaio tem como objetivo colocar lado a lado dois livros publicados em 2021, ou seja, ainda no período da pandemia, que retratam buscas e retornos das personagens protagonistas autobiográficas. Brilha como vida de Maria Grazia Calandrone e Uma exposição de Ieda Magri foram escritos em diferentes espaços culturais, Itália e Brasil, respectivamente, mas que apresentam alguns pontos de contato. O foco se concentra no momento inicial de leitura e nos elementos escolhidos pelas duas escritoras para iniciar suas tramas. Há nestas páginas necessidade de busca, de retorno, de quem fala dar forma à aquilo que só pode se apresentar a partir da esfera do inacabado, não podendo assim ter uma forma linear. Entram em cena, então, para a construção dessas tramas narrativas imagens e fotos de família, vozes de outras pessoas, lembranças carcomidas e outros elementos que compõem a cena do "teatro humano".
Studium, 2022
The poems collected in Pasqua di neve present fundamental aesthetic themes relating to contempora... more The poems collected in Pasqua di neve present fundamental aesthetic themes relating to contemporaneity. Using specific events and the ex- perience of everyday life, Enrico Testa tackles crucial questions for mankind, from its existence to its survival. “Writing” in these pages looks like a process crossing through the “livable” and the “lived”, a gesture in which the language reaches deviations. It is therefore not only about re-telling his own memories, but also about distancing from them to finally brushing against them. The principle followed is the act of listening, a set of shreds: listening to his different selves who coexist in his “I” and the ones found in his life’s path. The poetic language is the thread that makes the imponderable possible, rein- vents time, brings living and dead together, on the border between normality and enigma.
Literatura Italiana Traduzida, 2021
I segni, i residui colti possono avere la potenzialità di "barbagli di immagini", per riprendere ... more I segni, i residui colti possono avere la potenzialità di "barbagli di immagini", per riprendere l'espressione usata da Gianni Celati, da cui scaturiscono pensieri, storie, ricordi. Questi sono appunto dei momenti unici, delle aperture, degli scarti vitali, che sospendono nella frenesia quotidiana il meccanicistico modo di vedere e rapportarsi con l'esterno, cioè con quello che è davanti a noi e a cui, al contempo, apparteniamo. Il laboratorio artistico di Gianni Celati ha la tendenza a mettere in atto
Revista Estudos Feministas, 2009
... são lágrimas que abrem caminho em meio a frios riachos de chuva, minhas faces as reconhecem p... more ... são lágrimas que abrem caminho em meio a frios riachos de chuva, minhas faces as reconhecem pela morna docilidade, pelo modo como correm e deslizam consoladoras até o pescoço, por dentro da camisa, até o ... Patricia Peterle Universidade Federal de Santa Catarina
Revista de Italianística
A intenção deste artigo é refletir sobre a recepção do poeta italiano Giorgio Caproni (1912-1990)... more A intenção deste artigo é refletir sobre a recepção do poeta italiano Giorgio Caproni (1912-1990) no Brasil a partir da primeira antologia publicada no país dedicada ao poeta, A coisa perdida: Agamben comenta Caproni, publicada em 2011 pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina. Busca-se a partir da obra, analisar os paratextos nela presentes, tentando compreender a imagem do poeta, ainda pouco conhecido se comparado a outros poetas italianos contemporâneos como Eugenio Montale (1896-1981). Refletir também acerca da importância dos elementos paratextuais para a motivação da aquisição e leitura de um livro. Elementos que, muitas vezes, passam despercebidos para o público, mas que podem se tornar peças fundamentais aos estudiosos da literatura, sobretudo da literatura traduzida.
Revista de Italianística
Nosso objetivo é traçar a história da circulação da literatura italiana traduzida no Brasil no sé... more Nosso objetivo é traçar a história da circulação da literatura italiana traduzida no Brasil no século XX e na primeira década do século XXI, apontando para obras, autores, momentos, episódios em seu contexto de partida, mas sobretudo de chegada: ou seja, em suas relações com o ambiente em que surgiram, mas sobretudo com o ambiente que os acolhe. Nosso ponto de partida é a ideia de que o meio privilegiado com que um país dá as boas-vindas a uma obra é a tradução. Refletir sobre as traduções em seu contexto de chegada significa também refletir sobre este mesmo contexto, isto é, sobre o sistema literário nacional. Entendemos que as literaturas traduzidas, concebidas como sistemas literários especiais dentro dos polissistemas constituídos pelas literaturas nacionais (conforme a definição de Even-Zohar), sofrem condicionamentos peculiares, de acordo com os diversos momentos atravessados pelos países que as recebem. Para a otimização do levantamento de dados, será dada continuidade ao Dic...
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, 2020
What is the importance of a particular text translated at a given time? Why translate a text X, b... more What is the importance of a particular text translated at a given time? Why translate a text X, by an author X, today? These issues, in addition to those related to marketing and trade, are also more than relevant when to the translator is given the role of cultural mediator. A role that once again requires choices and discards, which are outside the framework of word games, metaphors, rhythm and melody, but which is an integral part of the translation process. Every translation is an experience and is also a reflection within and within the margins of the source and destination texts. Based on these considerations, a translation of the poem “A towel” by Giovanni Pascoli, published in the volume Canti di Castelvecchio (1903-1905), is proposed.
O texto e uma entrevista a um dos mais representaivos poetas italianos da contemporaneidade, Enri... more O texto e uma entrevista a um dos mais representaivos poetas italianos da contemporaneidade, Enrico Testa. O poeta, a partir das perguntas, vai, aos poucos, apresentando a sua poetica, a sua relacao com o mundo, alguns olhares obliquos. Enfim, abre-se um pouco do complexo laboratorio poetico. A escrita da poesia concebida como um exercicio do olhar, do pensamento, sobretudo, como um exercicio continuo da paciencia e da atencao, em relacao ao outro e a propria lingua, instrumento essencial para o poeta, que com ela escreve e se inscreve. Essas primeiras linhas poderiam ser um modo sucinto de apresentar a poetica de Enrico Testa (1956 – Genova), poeta e professor titular da Universidade de Genova.
Revista de Italianística, Oct 31, 2017
Caproni traduzido: um olhar sobre os paratextos Fabiana VasConCellos assini luiza KaVisKi FaCCio ... more Caproni traduzido: um olhar sobre os paratextos Fabiana VasConCellos assini luiza KaVisKi FaCCio patriCia peterle* RESUMO: A intenção deste artigo é refletir sobre a recepção do poeta italiano Giorgio Caproni (1912-1990) no Brasil a partir da primeira antologia publicada no país dedicada ao poeta, A coisa perdida: Agamben comenta Caproni, publicada em 2011 pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina. Busca-se a partir da obra, analisar os paratextos nela presentes, tentando compreender a imagem do poeta, ainda pouco conhecido se comparado a outros poetas italianos contemporâneos como Eugenio Montale (1896-1981). Refletir também acerca da importância dos elementos paratextuais para a motivação da aquisição e leitura de um livro. Elementos que, muitas vezes, passam despercebidos para o público, mas que podem se tornar peças fundamentais aos estudiosos da literatura, sobretudo da literatura traduzida.
Desarquivando o literário: percursos entre línguas, 2024
Os 14 ensaios aqui reunidos colocam em pauta discussões atuais, com uma abordagem descolonizadora... more Os 14 ensaios aqui reunidos colocam em pauta discussões atuais, com uma abordagem descolonizadora e promotora de um percurso que privilegia a diversidade e a partilha. Levar algo de uma língua para outra, falar de uma determinada cultura num outro contexto, é acima de tudo um processo de migração, no qual está em jogo o olhar pela diferença. De fato, é nesse espaço com o outro que a força ética e política emerge. Nessa linha, uma perspectiva comparada que envolve inevitavelmente a tradução mostra plenamente sua relação com o fora, sem querer sua simplificação ou transformação em algo semelhante. E é exatamente por essas posições que as operações críticas aqui reunidas constituem alguns paradigmas, não só no campo dos saberes, mas sobretudo no que diz respeito ao fazer parte de um “mundo comum”.
Quando a lingua bate, 2024
Perdi o peão, mas aceito jogar, 2024
Uma coleção de poemas em que um ser ensaia sua própria dança e existência, um ser que joga com as... more Uma coleção de poemas em que um ser ensaia sua própria dança e existência, um ser que joga com as ideias de disputa, oposição e parceria, amor e ausência. As coisas mais corriqueiras, como as bolsas, os sapatos, os móveis são objetos que remetem aos afetos.
No entanto, não há brecha para sentimentalismo. A autora trata com sutileza da estranheza da língua, e seus os poemas expressam essa autoconsciência discursiva em torno de imagens e elementos muito concretos — sapatos e sutiãs, os drinques, os olhos, os cupins, a madeira e o pó, um acidente automobilístico. A combinação de poesia e prosa também se destaca e aprofunda essas oscilações de lirismo, reminiscência, amplitude e precisão.
Contemporaneidades na/da literatura italiana, 2020
São nove os ensaios aqui reunidos, de estudiosos e professores de Brasil, Itália, Argentina e Es... more São nove os ensaios aqui reunidos, de estudiosos e professores
de Brasil, Itália, Argentina e Estados Unidos, que, acatando o desafio
da proposta, abrangem diversos assuntos e perpassam por diversas
expressões artísticas. Ainda que a direção dos percursos de leitura seja
múltipla e variável, sugerimos um primeiro olhar a partir da presença
intempestiva de Dante Alighieri, que atravessa e contamina séculos
de história literária, perdurando até nossa atualidade. Continuando
com poesia, chega-se a uma reflexão central no século XX, que é a
da renovação métrica, entre tradição e (neo)vanguarda, aqui trazida
por meio de uma incursão por autores como Giovanni Raboni,
Andrea Zanzotto e Patrizia Valduga. A reflexão proposta sobre
neovanguarda italiana tem sua tônica na revista Malebolge (eis mais
uma referência a Dante!), que, ao lado de outras publicações como
il verri, marcou certas polêmicas da década de 1960. A experimentação
com a linguagem retorna em dois ensaios dedicados a Giorgio
Manganelli — autor que também contribuiu para a neovanguarda
—, focando algumas peculiaridades, dos aspectos sonoros às formas
breves, intrínsecas à sua narrativa (às vezes estranhante). Um quarto e
último olhar se concentra na imbricada relação entre texto e imagem,
tocando na acepção mais específica de icono- e fototexto, a partir de
experiências que vão de Balzac a Georges Rodenbach, de Michele
Mari a Paolo Sorrentino e Giorgio Agamben
Resíduos do humano - Residui dell'umano, 2018
O sobrevivente do século XX é um homem dilacerado, o homem da contemporaneidade, momento em que ... more O sobrevivente do século XX é um homem dilacerado, o homem
da contemporaneidade, momento em que as visões totalizantes
(outra coisa são os totalitarismos) são colocadas em xeque, diante
de um mundo em constante mudança que só consegue dar conta,
quando dá, de pequenas partes, fragmentos, ruínas. Vestígios de
um passado que resta e sobrevive, um leque ainda fechado que está para ser aberto. Um arquivo vivo, na desordem do nosso cotidiano,que só pervive por meio de um contato. São sete os ensaios, de Andrea Gialloreto, Andrea Santurbano,
Enrico Testa, Fabio Pierangeli, Lucia Wataghin, Patricia Peterle e
Sergio Romanelli, reunidos neste volume bilíngue, que demostram
a riqueza e a vitalidade do Núcleo de Estudos Contemporâneos de
Literatura Italiana (NECLIT).7 Todos eles, de algum modo, trazem
para o debate a relação entre literatura e pensamento, colocando a
problemática da linguagem como um elemento central na produção
italiana do segundo pós-guerra em diante. Por meio da leitura crítica
e articulada de textos de Antonio Tabucchi, Silvio D’Arzo, Gianni Celati, Angelo Maria Ripellino, Giuseppe Ungaretti, Blaise Cendrars,
Giorgio Manganelli, Juan Rodolfo Wilcock, Italo Calvino, Rina Sara
Virgillito, em diálogo com Emmanuel Lévinas, Giorgio Agamben, José
Bergamín, Maurice Blanchot, Émile Benveniste, Walter Benjamin,
dentre outros, os ensaios trazem à luz uma rica experiência de
diálogo e troca intelectual entre universidades brasileiras e italianas,
no qual ecoa a convergência e sintonia de pesquisas e trabalhos,
sem, contudo, configurar uma unidade estática de pensamento. É a
partilha das atividades de pesquisa e as diferentes experiências com e
pela literatura e pensamento italiano, o ponto alto deste livro.
Gramsci in Italia e in Brasile oggi.
I direttori di Mosaico ringraziano cordialmente la curatrice del numero di giugno, la dott.Ce- ci... more I direttori di Mosaico ringraziano cordialmente la curatrice del numero di giugno, la dott.Ce- cilia Oliva, dottoranda in Italianistica all’università di Roma-Tor Vergata, dopo aver conse- guito la laurea magistrale con una tesi su Aracoeli di Elsa Morante a Roma-Tre. Attualmente svolge attività di ricerca presso il Fondo Elsa Morante della Biblioteca Nazionale di Roma.
All’eccellente lavoro sulla Morante guidato dalla dott.Oliva, si aggiunge, come ormai consuetudine, l’intervista sulla poesia, con protagonista Enrico Testa, poeta , saggista, linguista, docente universitario tra le personalità di spicco della cultura italiana odierna.
«Un vero romanzo, dunque, è sempre realista: anche il più favoloso!»: così scriveva Elsa Morante nel saggio Sul Romanzo pubblicato nel 1959, a soli due anni dall’uscita dell’Isola di Arturo. Un tema controverso, quello del realismo, ed estremamente at- tuale negli anni ‘50, quando le voci più autorevoli della narrativa e del cinema in Italia perseguivano con impegno l’obiettivo di una rappresentazione fedele della realtà del- la guerra e della Resistenza. La posizione di Elsa Morante, eccentrica e originale, che si ri ette in particolare nei suoi primi romanzi, o re ancora oggi spunti di ri essione. Quali sono i contorni del realismo morantiano? Che rapporto intercorre nelle sue ope- re tra oggettività e a abulazione?
I diversi contributi qui presentati intendono approfondire questo complesso snodo della poetica della scrittrice ripercorrendo i luoghi dei suoi quattro romanzi: dalla Sici- lia favolosa e tetra di Menzogna e sortilegio al paesaggio edenico dell’isola di Procida, dalla città di Roma ritratta con precisione quasi fotogra ca nella Storia alla desola- ta sassaia spagnola dell’ultima opera. In particolare, il saggio di Francesca Tomassini guida negli spazi angusti di Menzogna e sortilegio che sono teatro e proiezione della ambigua psicologia dei personaggi. Silvia Ceracchini o re un’analisi dei luoghi e delle modalità descrittive dell’Isola di Arturo su cui si riverbera la soggettività del protago- nista, colto nel momento critico del passaggio dall’età infantile all’età della coscienza. Monica Zanardo mette in luce lo scrupolo documentario con cui l’autrice ha curato l’ambientazione della Storia e instaura un paragone con la narrativa neorealista. Ceci- lia Oliva segue le tracce dell’ultimo personaggio morantiano, evidenziando la distanza tra sublimazione fantastica ed esperienza reale che, in Aracoeli, sancisce il fallimento di un viaggio e di una parabola esistenziale.
Chiude il numero il contributo di Davi Pessoa Carneiro nel quale sono tematizzate al- cune fondamentali questioni critiche relative alla narrazione della Storia, a partire dai suggerimenti o erti dal giudizio pasoliniano sul romanzo.
In rotta, dunque, «su itinerari stupendi»: una espressione a ascinante di Elsa Morante che indicherà la strada.
Poesia. Ancora poesia. Ancora, fortemente poesia. Poesia che voli alto, di tradizione e comunicaz... more Poesia. Ancora poesia. Ancora, fortemente poesia. Poesia che voli alto, di tradizione e comunicazione. Che rilegga il mito e sia investita dello spirito del tempo. Poesia letta e recitata, ritmica e musicale, colta e popolare. Poesia per tutti, d’impegno civile e di ataviche passioni. Poesia che comunque vive e si ali- menta della sua irriducibile istanza di preesistere e dar senso al linguaggio, di riscattarlo dall’assimilazione mediatica. E di o rire guizzi mentali all’insipienza del prevedibile. Ancora una volta, dunque, Mosaico vuole aprire un’ampia - nestra sulle più recenti esperienze poetiche, italiane e non, dal secondo Nove- cento ad oggi.
La lista dei ringraziamenti, senza piaggerie di sorta, stavolta è molto lunga. Perché questo è davvero un numero fatto a più mani, reso possibile dalla pas- sione e disponibilità di tanti amici e collaboratori. Se ci è consentita una battu- ta autoreferenziale, abbiamo e ettivamente incarnato lo spirito suggerito dai nomi della nostra rivista e del suo contenitore, nonché casa madre: Mosaico e Comunità. Due termini solo apparentemente in dissonanza (forse), che trova- no insieme la vera ragion d’essere: comunità, infatti, secondo un dibattito svi- luppatosi negli ultimi 30-40 anni (si pensi ai vari Blanchot, Nancy, Agamben), e oggi drammaticamente attuale, non deve normalizzare, normativizzare, unire paternalisticamente, bensì tentare di preservare dialetticamente la di erenza (la “divina di erenza”), le singolarità, le distanze. Almeno in questo caso, in questo piccolo spazio di dibattito, tali propositi ci sembrano realizzati, ponen- do una accanto all’altro idee ed esperienze non necessariamente collimanti, ma, insieme, rapsodie cucite dal linguaggio, outsider, della poesia.
E allora grazie a Silvio Ra o, poeta, narratore, traduttore e ideatore del Premio Morselli, già gradito ospite su queste pagine, che ci regala un ampio ritratto critico, corredato da una ricca antologia, su Maria Luisa Spaziani, gran- de voce della poesia italiana, scomparsa lo scorso anno.
E grazie a Claudio Pozzani, anche lui già gradito ospite di queste pagine, poeta e organizzatore del Premio Internazionale di Poesia di Genova, arriva- to quest’anno alla 21a edizione col bel titolo di “Parole Spalancate” (www.fe- stivalpoesia.org). Oltre a renderci disponibile un’antologia di alcuni dei poeti partecipanti, Pozzani si è lasciato intervistare da Amina di Munno, stimata stu- diosa e esimia traduttrice di tanta letteratura brasiliana e portoghese.
E grazie, in ne, a Giuseppe Conte, ligure anche lui, tra i più riconosciuti scrittori e poeti del panorama italiano contemporaneo. Con una sua intervista ed un suo inedito, diamo infatti continuità ad una rubrica che ci terrà compa- gnia ancora per molti numeri: “Incontri di carta”.
Marianna Comitangelo, curatrice di questo denso numero di Mosaico, ricco di spunti nuovi nella a ... more Marianna Comitangelo, curatrice di questo denso numero di Mosaico, ricco di spunti nuovi nella a ollata storia della critica montaliana, è dottoranda di Italia- nistica all’Università di Roma-Tor Vergata e vicedirettrice di «Lettera Zero». Con questo numero di Mosaico si inaugura, con Mariangela Gualtieri, una rubrica ssa dedicata a interviste ai maggiori poeti italiani (Fabio Pierangeli)
Non sorprende che l’opera di Eugenio Montale (1896-1981) continui a inter- rogare lettori e studiosi di ogni latitudine: il cavallo stramazzato, la muraglia, l’aria di vetro, Arsenio, Clizia, il ramarro, l’anguilla, il male di vivere e il miraco- lo, sono solo alcuni esempi del campionario di immagini che l’autore di Ossi di seppia (1925) ha fornito alla poesia del Novecento e oltre, se è vero che la sua eredità è tutt’altro che esaurita ed egli resta un interlocutore privilegiato per i poeti delle generazioni successive.
Gli autori dei saggi presenti in questo numero attingono al mare in nito della scrittura montaliana, facendone a orare temi, corrispondenze, intertestua- lità, ma cercando soprattutto di coniugare ricerca e creatività, rigore specia- listico e amore per le storie, al ne di preservare la ricchezza dei temi, delle immagini, dei motivi musicali che fanno della poesia del genovese una pietra miliare nella storia della letteratura contemporanea, non soltanto italiana.
In particolare, Andrea Gare instaura un dialogo in versi tra Luzi e Montale, mentre Cristina Ubaldini o re una rilettura del mottetto L’anima che dispen- sa..., sul lo fra alta enigmistica e arte allusiva. Alle prose della Farfalla di Di- nard è invece dedicato il saggio di Antonio R. Daniele, che fa il punto sul “gene- re” narrativo all’altezza degli anni Cinquanta e analizza le possibili ascendenze da De Pisis e Comisso. Marianna Comitangelo si concentra su alcuni testi degli ultimi tre libri legati dal di cile rapporto tra scrittura ed esperienza, mentre all’infanzia e ai suoi giochi torna Ivana Menna che esplora il rapporto dell’io lirico delle Occasioni con le muse “giocatrici”.
Il cerchio si chiude con la recensione di Cristiana Lardo a Montale antinomico e meta sico di Andrea Gare , che traccia l’itinerario poetico e loso co della meta sica montaliana e la cui recente pubblicazione rappresenta l’occasione privilegiata di questo speciale.
Lasciamo dunque la parola al poeta e ai lettori che con lui vorranno cercare una maglia rotta nella rete e passare, forse, di là dal varco.
Chi ha seguito i cinque numeri di Poeti italiani e i primi dossier forse si è doman- dato: ma la ... more Chi ha seguito i cinque numeri di Poeti italiani e i primi dossier forse si è doman- dato: ma la poesia dialettale non è stata presa in considerazione? In e etti, in queste edizioni di Mosaico la poesia dialettale non è stata trattata, appunto perché gli editori e, in particolare, le curatrici delle raccolte volevano dare risalto a questa produzione dedicandole il numero conclusivo della serie.
Nel corso del Novecento si assiste ad una ripresa della scrittura in dialetto, molti poeti vi trovano nei particolari suoni e ritmi le cadenze ottimali per parlare del mondo attorno a loro. L’antologia della Poesia dialettale del Novecento di Pier Paolo Pasolini, pubblicata nel 1952, è un segno della complessità delle operazioni poetiche dialettali, che percorrono praticamente tutto il territorio italiano. Intuizione, attenzione e pa- zienza fanno parte di questo rapportarsi con una lingua intima, una sorta di stare di fronte al suo ascolto, insomma fare esperienza con essa. Una lingua legata all’infanzia, all’uso comune, alle circostanze minute è infatti quella che troviamo nei tre poeti qui riuniti: Edoardo Zuccato, Franca Grisoni e Fabio Franzin. Dialetto come espressione, come modo di vedere e, in ne, come modo di confrontarsi, allo stesso tempo, con un dentro e con un fuori.
C’è da ammettere che in questa piccola costellazione manca un nome più che im- portante nello scenario dialettale che è quello di Franco Loi. Speriamo che i nostri let- tori ci possano perdonare per quest’assenza. Jolanda Insana, nata a Messina nel 1937, trasferitasi a Roma alla ne degli anni ’60, venuta a mancare lo scorso ottobre, è un altro nome da non dimenticare. Scoperta da Giovanni Raboni, che le pubblicò la prima raccolta per i tipi di Guanda, benché avesse accettato di partecipare a questo proget- to, vi è stata poi impedita per i gravi problemi di salute. Una poesia, quella di Insana, resa unica da intense “pennellate”. Durezza e dolcezza, i tratti ispidi, lo sperimentare un uso misto di italiano e dialetto siciliano sono altre sue caratteristiche.
Nella seconda parte del numero, alcune pagine sono dedicate ad Alfonso Gatto, il cui quarantennale della scomparsa è stato celebrato nel 2016. Giorgio Sica cura la scel- ta delle poesie e le traduzioni, oltre a rmare una presentazione del poeta di Il capo sulla neve. E in chiusura, facendo fede al carattere comparatista di Mosaico, troviamo un saggio di Maria Belén Hernández-González su Giuseppe Bonaviri e la sua predilezio- ne per i classici universali, in particolare Cervantes e i suoi indimenticabili personaggi Don Chisciotte e Sancho Panza.
O pensamento é inseparável das redes de linguagem e a poesia ainda consiste na crítica e reflexão... more O pensamento é inseparável das redes de linguagem e a poesia ainda consiste na crítica e reflexão que a linguagem faz a si mesma, proporcionando vazios, fendas que possibilitam tais movimentos. É partindo dessas considerações que se propõe pensar a poesia de Giorgio Caproni como um arquivo poético, histórico, cultural, produzido por tensões, do qual o esgarçamento da palavra é um sintoma fundamental. Caproni percebe os escuros de seu tempo como algo que lhe indaga a todo instante, que o interpela: “Nem ao menos levará / a lanterna. Lá / o breu é tão breu / que não há escuridão”. O que desassossega não é aquilo que já se sabe ou se conhece, mas a esfera do “vazio”, ou nas palavras de Caproni “os lugares não jurisdicionais”, espaço no qual a razão é colocada à prova, é suspensa e certas fronteiras passam a ser repensadas.
O laboratório poético destas páginas é paradoxal e movido pela contínua e incessante busca por uma voz que parece sempre “escorregar” delineando uma figura que pelos seus gestos poderia se aproximar do arqueólogo ou etnógrafo, que escava, recorda, monta…
Novos ensaios capronianos, por Lucia Wataghin......................1
Apresentação................................................................................7
A palavra esgarçada..................................................................11
Dossiê Giorgio Caproni, por Dino Ignani.................................31
Escutas, destroços e restos rangentes.....................................41
Limites do indecidível: ruínas na-da linguagem.....................75
Leituras, anotações, marcações: “canteiros de obras”.............99
Cartografias literárias: Caproni e Pasolini.............................123
Contatos, contágios e ressonâncias: Antonio Machado.......153
Referências..............................................................................183
Contatos e contágios, mas também encontros, reescrituras, traduções, parodias, convergências e co... more Contatos e contágios, mas também encontros, reescrituras, traduções, parodias, convergências e contingências que traçaram inéditos percursos transoceânicos pela literatura e pela arte contemporânea brasileira e italiana. Como se sabe, no século XX, assim como na primeira parte do XXI, o conceito de experiência tem sido retomado e revisitado mais de uma vez, abrindo-se para novas leituras. Nessa perspectiva, no âmbito de uma tradição plurissecular de trocas culturais e fluxos literários entre Itália e Brasil, o simpósio quis abrir para reflexões sobre a elaboração de textualidades novas, inevitavelmente excêntricas em relação aos cânones nacionais, derivadas do encontro (mais ou menos direto) e do amalgama fruto das intersecções entre as culturas dos dois países.
Como pensar hoje essas inovadoras relações, que inauguraram novos espaços, estimulando confluências estéticas?
Anuário de Literatura. Anu. Lit., Florianópolis, v.19, n. 1, p. 108-110, 2014. ISSNe 2175-7917 , 2014
A Seção Temática que ora incluímos no periódico Anuário de Literatura do Programa de Pós-Graduaçã... more A Seção Temática que ora incluímos no periódico Anuário de Literatura do
Programa de Pós-Graduação em Literatura integra um projeto mais amplo que culminou com os debates do Colóquio ocorrido na UFSC em junho de 2013. Pôr em obra as edições dos anais (disponível em http://colecoesliterarias.blogspot.com.br) e dos relevantes diálogos
ulteriores, que vêm incessantemente reinscrevendo nossa seleção de textos e redesenhando nossas posições, se mostra uma empresa sísifa. Das bordas do previsível, portanto, emergem esses novos artigos resultantes de inserções vicinais.
O livro reúne o que há de melhor na poesia italiana contemporânea italiana por meio de entrevista... more O livro reúne o que há de melhor na poesia italiana contemporânea italiana por meio de entrevistas e poemas inéditos de 33 poetas, acompanhados de uma apresentação feita pelas autoras do livro. A edição é da Comunità e a orelha é assinada pelo poeta e professor Marcos Siscar.
Com entrevista e poemas inéditos de Mariano Bàino Valerio Magrelli Tommaso Ottonieri Milo De Angelis, Cesare Viviani, Enrico Testa, Eugenio De Signoribus, Massimo Gezzi, Giampiero Neri, Tiziano Rossi, Elio Pecora, Beppe Mariano, Valentino Zeichen, Franca Grisoni, Giuseppe Yusuf Conte, Maurizio Cucchi, Vivian Lamarque, Umberto Fiori, Mariangela Gualtieri, Gianni D'Elia, Patrizia Valduga, Alessandro Fo, Antonella Anedda, Michele Mari, Claudio Damiani, Fabio Pusterla, Marcello Frixione, Edoardo Zuccato, Emilio Zucchi, Fabio Franzin, Nicola Gardini, Roberto Deidier, Elisa Biagini.
Os ensaios aqui reunidos dicutem: Como pensar hoje na escrita da história? Como enfrentar a págin... more Os ensaios aqui reunidos dicutem: Como pensar hoje na escrita da história? Como enfrentar a página em branco que não se apresenta como um espaço neutro, mas um espaço onde quem escreve — o historiador — deixa rastros do passado e também os seus próprios rastros? Essas são algumas das questões colocadas pelos ensaios que compõem Arte e pensamento: operações historiográficas. Num primeiro momento, são fornecidos o ritmo, o tom e os compassos por meio de discussões e reflexões sobre uma teoria da experiência para a escrita da história, sobre a historicidade do artístico, sobre o inespecífico do contemporâneo, sobre o pensamento na fronteira, sobre a nomeação dos anônimos em Machado de Assis. A partir dessas harmonizações dissonantes e consoantes, iniciam-se 3 operações que delineiam o segundo momento do livro, cuja intenção maior é fazer operar a escrita da história na imbricada conjunção história-arte-pensamento.
Arquivos poéticos / Archivi poetici - edição bilíngue (português e italiano), fruto do Congresso ... more Arquivos poéticos / Archivi poetici - edição bilíngue (português e italiano), fruto do Congresso internacional dedicado à poesia italiana e realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em março de 2014. O presente volume adentra no campo da poesia, toca a relação entre poesia e imagem, a questão da memória, os desdobramentos do lirismo no século XX, o diálogo com a tradição literária, a linguagem poética como ruína da língua e outras perspectivas, através do variado leque de poetas lidos, relidos e colocados em discussão. Os versos de Umberto Saba, Eugenio Montale, Cesare Pavese, Giorgio Caproni, Vittorio Sereni, Mario Luzi, Edoardo Sanguineti dialogam entre si, na medida em que foram reunidos neste volume, em contínua tensão – mais ou menos conflituosa. E são colocados ao lado de outras tantas operações, que trazem ainda os versos de Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Marco Lucchesi, passando por Dante Alighieri, Furio Iesi, Gabriele D’Annunzio, Heidegger, Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy, Massimo Cacciari, Marc Augé... Sem dúvida, esta é uma amostra considerável da produção poética italiana, ao longo do século XX.
Questo volume nell'ambito della poesia verte sulla relazione tra poesia e immagine, sulla questione della memoria, gli sviluppi del lirismo nel secolo XX, sul dialogo con la tradizione letteraria, sul linguaggio poetico come rovina della lingua e altre prospettive, attraverso il ventaglio variegato di poeti letti, riletti e messi in discussione. I versi di Umberto Saba, Eugenio Montale, Cesare Pavese, Giorgio Caproni, Vittorio Sereni, Mario Luzi, Edoardo Sanguineti dialogano tra loro, nella misura in cui sono stati raccolti in queste pagine, in continua tensione – più o meno conflittuale. E sono collocati accanto di altrettante operazioni che recano anche i versi di Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Marco Lucchesi, passando per Dante Alighieri, Furio Iesi, Gabriele D’Annunzio, Heidegger, Giorgio Agamben, Jean-Luc Nancy, Massimo Cacciari, Marc Augé... Senza dubbio è un campione considerevole della produzione poetica italiana, nel corso del secolo XX.
Testi di:
Enrico Testa
Prisca Agustoni
Patricia Peterle
Lucia Wataghin
Alfredo Luzi
Silvana de Gaspari
Aurora Fornoni Bernardini
Susana Scramim
Sergio Medeiros
"no limite da palavra" propõe um percurso por certa poesia italiana do século XX que pode tocar p... more "no limite da palavra" propõe um percurso por certa poesia italiana do século XX que pode tocar pontos que vão além das fronteiras culturais italianas. Uma poesia-pensamento, que interroga e desconstrói o real, o toca pelo avesso e pelo reverso. Essa é a proposta das próximas páginas, cujo foco é uma possível leitura de alguns poemas de Giuseppe Ungaretti, Eugenio Montale, Vittorio Sereni, Giorgio Caproni e Enrico Testa.
A poesia que se inscreve nos versos desses autores é desestabilizante, como acontece, por exemplo, com Manhã de Giuseppe Ungaretti, com as imagens da impotência da palavra nos ramos secos de Ossos de Sépia de Eugenio Montale, com a experiência – o sentir – que sensibiliza os tons da existência nos instrumentos humanos de Vittorio Sereni e com a palavra sempre mais esgarçada em Giorgio Caproni, que segue despetalando a linguagem. E, não por último, com os quadros de um cotidiano localizado numa pequena parte da Itália, mas ao mesmo tempo desterritorializado/extraterritorializado por meio de viagens e deslocamentos físicos e “oníricos”, que desafiam a língua italiana (poesia também como aporia) na linguagem singular de Enrico Testa...
História e Arte: herança, memória, patrimônio, Oct 20, 2014
O presente volume aborda questões metodológicas da história, do tempo, da imagem, da tradição e d... more O presente volume aborda questões metodológicas da história, do tempo, da imagem, da tradição e da memória, traz reflexões sobre dinâmicas de enquadramento e transmissão, de museificação, patrimonialização, de gestão de arquivos e acervos, de políticas das visualidades e espacialidades urbanas. A ruptura com uma perspectiva linear, de um inventário – acumulação – que perde significado, fica mais evidenciada na célebre imagem do anjo da história benjaminiano que no lugar da cadeia de acontecimentos, vê catástrofe, ruína sobre ruína, cacos dispersos, fragmentos nos quais ele se encontra imerso. Passados trinta anos, aquilo que nos anos noventa Jean Pierre Rioux designou como “um domínio e um olhar” atentos às formas de representação da realidade social poderia ser descrito hoje como uma cultura historiográfica enraizada historicamente, com seus anacronismos, seus herdeiros e suas memórias.Propõe, ainda, o debate sobre o domínio dos intelectuais como produtores ou vetores de bens culturais e consolida metodologias historiográficas especificamente voltadas à interpretação de visualidades, performances, fontes materiais, patrimônio e políticas culturais, considerando o novo estatuto do objeto artístico diante das teorias da imagem e da representação.
As fugitivas de Carmen Gallo, 2024
Carmen Gallo nasceu em Nápoles em 1983. Publicou Paura degli occhi (L’Arcolaio 2014), finalista d... more Carmen Gallo nasceu em Nápoles em 1983. Publicou Paura degli occhi (L’Arcolaio 2014), finalista dos prêmios Montano e Russo-Mazzacurati, Appartamenti o stanze (D’IF 2017), com o qual recebeu o Prêmio Castello di Villalta, Le fuggitive (Aragno 2020), ganhador do prestigioso Prêmio Napoli em 2021. Em 2019, foi incluída no XIV Quaderno di poesia contemporanea (Marcos y Marcos), organizado pelo poeta Franco Buffoni e seus poemas já estão traduzidos em
antologias de língua alemã. Emily Dickinson, Amelia Ros-
selli, Antonella Anedda, John Donne, Paul Celan, Samuel
Beckett, Milo de Angelis são alguns nomes importantes
para seu percurso literário. Com sua escrita poética incisi-
va, seu refinado verso seco se coloca como uma das vozes
mais significativas de sua geração.
Haicas for a seno de Andrea Zanzotto, 2023
O poeta italiano Andrea Zanzotto é conhecido por sua sensibilidade em relação às paisagens – no e... more O poeta italiano Andrea Zanzotto é conhecido por sua sensibilidade em relação às paisagens – no entanto, suas paisagens não são as grandiosas e óbvias, mas sim os detalhes sutis e intrínsecos que movem e transformam profundamente o cenário ao redor, conectando-o a outros tempos e espaços. Zanzotto busca no haicai a liberdade de enxergar com olhos renovados, uma visão que só pode ser alcançada ao se desprender de lugares familiares, suas paisagens e sua linguagem.
Os haicais de Zanzotto foram inicialmente escritos em inglês em 1984 e, ao longo de muitos anos, foram reescritos em italiano. Essa jornada de escrita sugere um retorno à língua nativa, explorando os caminhos abertos por uma língua estrangeira. O poeta usa o inglês não por domínio, mas por se sentir deslocado e desconfortável nessa língua, corrompendo-a e reinventando-a com toques do dialeto vêneto, revelando assim sua terra natal.
Nesta edição, a tradutora Patricia Peterle acompanha Zanzotto nas camadas mais profundas da paisagem e da linguagem. A edição trilíngue vai além das três línguas, pois o dialeto perpassa e vibra nos subterrâneos, fazendo com que os poemas sejam únicos em cada língua, ao mesmo tempo em que estão profundamente conectados. Essa colaboração entre poeta e tradutor resulta em uma experiência única para o leitor, que pode esperar o melhor encontro entre esses dois universos: poesia e tradução.
Nenhum corpo é elementar de Eugenio de Signoribus, 2021
A vida inteira de Maria Grazia Calandrone, 2022
Da orelha de Lilian Sais: "Há algo de selvagem na escrita de Maria Grazia Calandrone. É preciso e... more Da orelha de Lilian Sais: "Há algo de selvagem na escrita de Maria Grazia Calandrone. É preciso explicar: refiro-me ao selvagem pensando na qualidade daquilo que nasce, cresce e vive como um pequeno milagre, sem demandar atenção ou cuidado, e, acima de tudo, na qualidade daquilo a que não se pode domesticar. Falo de quando amor, vida e morte subvertem o que poderia ser considerado a justa medida.
Adotando diferentes registros, a poesia de Calandrone flerta com intensidades. Em um poema desta seleção, ela diz: “como são laboriosas as criaturas,/com quanta atenção passam os pincéis/nas pranchas de madeira/no entanto sabem que devem morrer”. E mais adiante, no fim desse mesmo poema: “(…) o sorriso que/diz eu estou vivo, eu neste momento/estou vivo pra sempre”.
Viver o momento como quem vive para sempre é não abrir mão da vida durante aquele instante. É isso que, ao que me parece, ela faz tanto no conteúdo quanto na forma da sua poesia. Claro que, ao mesmo tempo, há o reconhecimento de que nunca se deixa de morrer enquanto se vive. A vida é tecida em espirais: “Não adianta lembrar/quando o amor se transforma em monstro. Não adianta lembrar/quantas vezes eu já morri/enquanto estava viva. Não adianta lembrar/do abandono. Uma pessoa é aquilo que ela contém/depois de a vida/ter trabalhado a tora da vida/até a medula, até dela fazer um barco levíssimo/que se mantém no mar/sob qualquer céu.”.
Para finalizar, há um trecho específico que grifei e gostaria de mencionar aqui. Calandrone, a certa altura, diz: “é por esse/raio de sol sobre as louças/pela calma solidão/das coisas/e pelo luminoso estar/das coisas em si mesmas/que continuamos vivos”. No fundo, é o exame detalhado da vida que norteia esta seleção precisa de poemas. A vida inteira — e seus pequenos milagres, pulsando sob uma lupa."
Brilha como vida de Maria Grazia Calandrone, 2019
1965. Uma menina de oito meses é encontrada em um gramado da Villa Borghese, em Roma. Sua mãe hav... more 1965. Uma menina de oito meses é encontrada em um gramado da Villa Borghese, em Roma. Sua mãe havia fugido do Sul da Itália e do marido para viver um amor condenado, numa época em que o divórcio era proibido no país e as mulheres ainda podiam ser obrigadas a se casar sem amor. O marido legítimo desconhece a paternidade, e até denuncia a jovem cônjuge. O casal de amantes não tem saída: sem meios de criar a pequena, decide abandoná-la com um bilhete e se jogar nas águas do Tibre. A menina, Maria Grazia, é então adotada por uma professora, Consolazione, e por Giacomo, deputado do Partido Comunista Italiano no Parlamento. Junto deles, a menina vive sua primeira infância com alegria e acolhimento. Ela se sente amada por sua nova mãe, até o momento em que se abre entre elas uma ferida fundamental
Em uma narrativa íntima, poética e musical, mas nunca idílica, Maria Grazia Calandrone coleta cacos da memória até o limiar da vida adulta, tentando reatar os fios da relação com a mãe que corre o risco de se perder nas dobras do tempo. E é justamente essa relação, dolorosa e repleta de sombras, que faz brotar na mulher a vocação literária.
“Isto não é um romance, não é uma autobiografia: é a explosão de uma estrela”.
Andrea Cortellessa
Primeiras Paisagens de Andrea Zanzotto, 2021
No ano em que se completa o centenário de nascimento de Andrea Zanzotto (1921-2011), apresentamos... more No ano em que se completa o centenário de nascimento de Andrea Zanzotto (1921-2011), apresentamos ao público brasileiro a obra desse grande mestre da poesia italiana contemporânea, considerado por muitos como o verdadeiro herdeiro de Eugenio Montale. Esta edição bilíngue, organizada e traduzida por Patricia Peterle, reúne poemas dos três primeiros livros do autor: Por trás da paisagem (1951), Elegia e outros versos (1954) e Vocativo (1957). Nas palavras de Tarso de Melo, “os três livros de Zanzotto aqui reunidos – que dão início nos anos 1950 à trajetória de um dos maiores poetas italianos do século XX – entregam uma poesia que fala amorosamente da terra, de um lugar na terra, mas que, curiosamente, não se faz do que um homem tem a dizer sobre o que está ao seu redor, mas sim do que tudo ao seu redor tem a dizer sobre aquilo que escapa aos seus olhos, nas profundezas da terra e da vida.”
Jornal Rascunho
Genovês de nascimento, Enrico Testa (1956) é, sem dúvida, uma das vozes mais representativas e at... more Genovês de nascimento, Enrico Testa (1956) é, sem dúvida, uma das vozes mais representativas e atentas da poesia italiana contemporânea. Uma pista da sua potencialidade talvez já estivesse na estreia como poeta, em 1988, com Le faticose attese, prefaciado por Giorgio Caproni, grande poeta da segunda metade do século 20, com quem Testa empreende um profundo diálogo, sem deixar de trilhar as suas próprias veredas. Giovanni Giudici, outro importante poeta, há 20 anos, numa resenha, também já confirmava e enfatizava a força e a originalidade da sua escritura. Como Caproni, que adotou uma parte da Ligúria, e Montale, que sempre manteve uma forte relação com sua terra natal, algumas zonas da Ligúria povoam as suas páginas com um tom e um ritmo próprios. A relação com a natureza, os animais, fatos e movimentos do cotidiano são alguns elementos que delineiam a sua poética juntamente com os do sonho e o da viagem. Encontros/desencontros, à primeira vista nada representativos, coisas de um dia a dia, são todos explorados por Enrico Testa. Se por um lado, podemos pensar na sua poesia como uma busca de si, mas também uma tentativa de compreensão do "estar" e "fazer parte" do mundo, por outro, configura-se também uma operação de busca por um contato, por um outro (o próprio leitor?), enfim, uma via comunicação.
Jornal Rascunho
O poeta italiano Eugenio De Signoribus Apresentação e tradução: Patricia Peterle Eugenio De Signo... more O poeta italiano Eugenio De Signoribus Apresentação e tradução: Patricia Peterle Eugenio De Signoribus (Cupra Marittima, 1947), ao lado de Milo de Angelis, Cesare Viviani, Enrico Testa, Patrizia Cavalli, é uma das vozes mais significativas da poesia italiana nos dias de hoje. Desses poetas, o único que está traduzido no Brasil é Enrico Testa, com o livro Ablativo (Rafael Copetti Editor). Em 2014, o Rascunho publicou alguns de seus poemas. Agora, publica poemas inéditos de Eugenio De Signoribus. Na verdade, mais do que poemas soltos, os quatro textos apresentam uma forma precisa: a do Motete, que na tradição poética do século 20 italiano não pode deixar de lembrar do nome de Eugenio Montale. Autor que preserva muito a sua intimidade e privacidade, teve toda a sua poesia reunida no volume de 2008 intitulado Poesie (1976-2007), publicado pela Garzanti. Casas perdidas (Case perdute) é um dos emblemáticos títulos desse poeta que lê a contemporaneidade também como ausência desse espaço protetor e aconchegante: a casa. Tal temática permeia seus versos, inclusive para falar do atual problema da imigração e do tratamento dado a quem chega. Não é uma mera coincidência que um de seus personagens poéticos seja o senzacasa (sem-casa), aquele caracterizado pela muitas ausências, inclusive a de não ter um lar, com tudo o que essa simples e familiar, mas também complexa, palavra pode e poderia implicar. A ideia de "perder-se no céu e o que fazer" recuperada de um dos versos de Mandelstam
Jornal Rascunho, 2020
Roberto Deidier (Roma 1956) em sua escrita refinada e delicada expõe tensões que vão de uma esfer... more Roberto Deidier (Roma 1956) em sua escrita refinada e delicada expõe tensões que vão de uma esfera mais íntima até eventos e situações que no cotidiano tocam todo e qualquer indivíduo. Uma língua moderna que não esquece a tradição, mas a revisita em diferentes níveis, da cultura greco-latina a interlocuções com Kafka, Montale, Wilcock, para não falar da pintura, que também se faz presente em seus poemas. Para além do pintor Andrea Mantegna, com sua utilização peculiar do espaço da tela, outro nome a ser lembrando é o de Edward Hopper, com suas atmosferas inquietantes, que colocam em primeiro plano um limiar, mesmo que não definido. Seu último livro corrobora essa ligação com as artes visuais, de fato Dietro la sera, publicado em 2017, é composto por 12 poemas e 5 aquarelas de Giancarlo Limone.
Além de poeta, Roberto Deidier é professor universitário e organizou importantes edições como a obra completa de Sandro Penna, poeta que faz parte da linha “anti-novecentista” expressão cunhada por Pier Paolo Pasolini para se referir à poética que se distanciava do hermetismo em voga. Os autores da “linea anti-novecentista”, como Bertolucci e Caproni, tendiam a uma linguagem poética mais imediata, com tons narrativos, sem esquecer os fortes laços com a tradição. Sem dúvida alguma, a escrita de Deidier, mas também suas preferências como critico e estudioso, seguem essa linha.
A questão da linguagem, o pensar a poesia em seu se dar, a solidão, a condição humana na contemporaneidade são todas questões inerentes ao seu fazer poético, que mais ou menos já aparecem na seleção abaixo composta por 5 poemas, que fazem parte de Solstizio [Solstício], publicado em 2015 pela Mondadori. Para alguns críticos esse livro de poesia pode ser lido como uma viagem, para além do tempo e do espaço, justamente pelas incursões propostas por Deidier. O penúltimo poema que é o quinto de uma série intitulada “O segundo trapézio”, coloca em cena esse limiar que acompanha a escrita de Deidier, trazendo ecos de um conto de Kafka, cuja figura de acrobata é lida aqui desse espaço do entre. Como apontou na entrevista publicada em Vozes, a poesia está na trincheira, ou seja, a arte poética é pensada sem olhares nostálgicos ou saudosistas: “Penso em uma poesia sem qualquer etiqueta ou adjetivo, porque cada ato de poesia no nosso presente (alguns anos atrás ainda rumoroso, enquanto hoje, tal rumor é substituído pelo silêncio dos computadores e dos tablets ligados nas redes sociais) é inevitavelmente um ato de oposição e de resistência. Por que insistir em uma arte tão marginalizada? Por que perpetuar algo antigo, fora de época? Para manter viva a tensão da língua, que é a nossa verdadeira e primeira identidade. A modernidade nos acostumou a uma poesia como contracanto do fácil progresso e das obtusidades da pequena burguesia [...] Enfim, não creio que exista um comportamento nostálgico em quem faz poesia: pelo contrário, se olha sempre para a frente, até onde é possível levar as fronteiras da expressão. Por isso, em comparação com as outras artes, apesar de parecer à primeira vista mais conservadora, a poesia está sempre na trincheira.” (Vozes, Comunità Editora, 2017, pp.424-425 )
66 Poemas, 2019
Antologia de poemas que percorre os 6 livros publicados pelo poeta italiano Valerio Magrelli
Jardim de Sarças, 2019
trad. de poemas inéditos de Enrico Testa. trad. feita por Patricia Peterle, Andrea Santurbao, Lui... more trad. de poemas inéditos de Enrico Testa.
trad. feita por Patricia Peterle, Andrea Santurbao, Luiza Faccio
eróis e figurantes o personagem no romance, 2019
Enrico Testa analisa um tema fundamental de toda narrativa, o personagem. Para tal, delineia dois... more Enrico Testa analisa um tema fundamental de toda narrativa, o personagem. Para tal, delineia dois grandes atores que se enfrentam na cena do romance e, com isso, determinam suas modalidades e desenvolvimentos: de um lado, heróis, de outro, gurantes. Os heróis apresentam um per l absoluto em contínuo dissídio com o mundo, já os gurantes são caracterizados pelas tensões com a realidade e com as experiências. A partir desses dois tipos, essas páginas trazem ree exões sobre a verdade, o bem e o mal. Problematizam a ques-tão da linguagem, central no século XX, bem como a da construção ou enfraquecimento da identidade. Sem contar, as questões trazidas pela relação com o niilismo, marca também de todo um século. Partindo do literário, Testa acaba lidando com aspectos éticos e antropológicos, oferecendo uma leitura original do romance novecentista.
Unfinished Italy: paradigmas para um novo pensamento, 2019
Unfinished Italy: paradigmas para um novo pensamento, mais do que uma viagem pela cultura italian... more Unfinished Italy: paradigmas para um novo pensamento, mais do que uma viagem pela cultura italiana, propõe outros olhares para se pensar a relação com a história, a arte, a política e a economia. Numa escrita clara e direta, este brilhante ensaio reflete sobre alternativas para um mundo mais solidário, colocando na pauta da discussão contemporânea temas caros ao próprio Brasil: corrupção, especulação, mal governo, esquecimento. Diante dessa instigante síntese, Esposito inspira o leitor a imaginar e construir projetos para o nosso futuro, sem deixar de lado a urgência do presente.
Signatura rerum., 2019
Signatura rerum organiza-se em três ensaios. O primeiro, O que é um paradigma?, reconstrói a teor... more Signatura rerum organiza-se em três ensaios. O primeiro, O que é um paradigma?, reconstrói a teoria do exemplo e da analogia, verdadeira lacuna na história da lógica ocidental. O segundo ensaio, Teoria das assinaturas, faz uma genealogia sobre o papel do pesquisador e sua habilidade de rastrear e usar assinaturas. O terceiro e último ensaio, Arqueologia filosófica, segue a tradição foucaultiana de análise das relações entre história e arqueologia, que remonta a um conceito de origem que não permanece isolado no passado, continua agindo no presente. O entrelace dessas três figuras define o espaço de um breve tratado sobre o método.
O que está em jogo na literatura? No que consiste o fogo que nossos relatos perderam, mas que asp... more O que está em jogo na literatura? No que consiste o fogo que nossos relatos perderam, mas que aspiram, a todo custo, recuperar? O que é a pedra filosofal que os escritores, com a mesma paixão e obstinação dos alquimistas, empenham-se para forjar em suas fornalhas de palavras? E o que é que em todo ato de criação resiste tenazmente à criação, conferindo assim a cada obra sua força e graça? Por que motivo pode-se encontrar na parábola o modelo secreto de toda narrativa?
Nos dez ensaios de O fogo e o relato, Giorgio Agamben condensa as preocupações que estão no cerne de suas investigações filosóficas. Em busca do “elemento passível de ser desenvolvido” e da “zona impessoal de indiferença” entre o autor amado e seu leitor, o filósofo italiano convoca grandes interlocutores – Dante Alighieri, Franz Kafka, Paul Celan, Giorgio Caproni, Giorgio Manganelli, Pier Paolo Pasolini, Cristina Campo, Simone Weil, Aristóteles, Espinosa, Walter Benjamin, Roland Barthes, Heidegger, Hölderlin, Gilles Deleuze, Michel Foucault – e os coloca na ordem do dia, ou no centro do vórtice, para fazer menção a um dos ensaios mais poderosos do volume.
Apresentadas por Agamben em lugares e contextos diversos, as reflexões reunidas em O fogo e o relato trazem conceitos-chave na obra do autor – como inoperosidade, uso, potência-de-não e forma-de-vida – e tratam, em última instância, da linguagem e da relação entre vida e obra. Como sempre ocorre nos escritos do autor, a obstinada interrogação do “mistério” da literatura, levada a cabo inclusive em seus aspectos mais materiais (a transformação da leitura na passagem do livro à tela), se entrelaça com uma reflexão sobre outro, e mais obscuro, “mistério” da modernidade, agora ético e político.
Nos tempos sombrios em que vivemos, quando a opinião parece ter tomado de vez o lugar do pensamento crítico, os textos de Agamben nos trazem de volta a força emancipatória da palavra.
A porta morgana: ensaios sobre poesia e tradução. , 2017
A Giorgio Caproni ensaista, resenhista, jornalista é dedicado este volume, que reúne 41 prosas cr... more A Giorgio Caproni ensaista, resenhista, jornalista é dedicado este volume, que reúne 41 prosas críticas selecionadas entre as mais de 2000 páginas da edição italiana das Prose critiche (1934-1989): uma seleção temática, utílissima para auxiliar o leitor a se orientar no vasto campo dos interesses do poeta. As prosas escolhidas para a presente edição, divididas em diferentes seções, traçam a história da formação e das razões da poesia de Caproni, adentrando diretamente seu laboratório poético e enfrentando alguns dos temas que alimentaram sua poesia, como as intensas relações com as cidades da sua vida e com os poetas por ele mais lidos e amados (Ungaretti, Pasolini, Montale, Sereni, Sbarbaro, Antonio Machado e outros). Fecha o volume
uma seção, especialmente importante por salientar a preciosa atividade de Caproni tradutor de poesia e de prosa, que apresenta suas “divagações” (assim diz modestamente o poeta) sobre o que significa traduzir. São todos textos capazes de mobilizar o leitor e os críticos de hoje, mas que também já entraram em contato com e produziram efeitos na história da poesia e na crítica: pensemos, por exemplo, naquela generosa tese de Caproni, que apontava para a existência de uma linha ligústica da poesia italiana, constituindo-se como uma ocasião para chamar a atenção sobre o forte vínculo da sua poesia com a natureza e o caráter lígure, mas também para apresentar seu atento, afetuoso exame dos poetas lígures, maiores e menores, do Novecento, que considera seus conterrâneos. O leitor encontrará neste livro, além de um pequeno aparato de notas, duas excelentes guias de leitura para situar Caproni no seu tempo: um ensaio de Enrico Testa, sobre a dimensão europeia da poesia de Giorgio Caproni, e a introdução de Patricia Peterle, que traça um amplo e minucioso retrato de poeta, a partir de suas prosas críticas. As prosas capronianas, caracterizadas por um tom coloquial, suave, simples, repletas de profunda humanidade, de afeto e relações (segundo uma boa fórmula de Patricia Peterle), são de leitura sempre agradável e estimulante, por si e para entender o poeta e seu mundo pessoal e intelectual. Após as primeiras traduções da poesia de Caproni, realizadas por Aurora Bernardini em 2011, a
publicação da presente seleção brasileira das prosas é mais um importante passo de um caminho de traduções e crítica capronianas que esperamos será ainda longo e fecundo.
Lucia Wataghin
Universidade de São Paulo – USP
Tradução do livro Le persone e le cose de Roberto Esposito.
Traduzione in portoghese di questa raccolta di poesia
De onde vem a voz da poesia? Essa é uma das questões colocadas por Giovanni Pascoli em "O meninin... more De onde vem a voz da poesia? Essa é uma das questões colocadas por Giovanni Pascoli em "O menininho" e a ela retornará Giorgio Agamben, quase cem anos depois, em pleno século XX, justamente tomando este célebre ensaio de Pascoli como pretexto para suas reflexões. "O menininho" marca significativamente a passagem do século XIX para o XX e suscita, como pontua Raúl Antelo, uma das mais poderosas reflexões contemporâneas sobre a arte e a morte. Assim, nessas páginas, mais do que pensar numa poética perfilada somente pela figura do menininho, o poeta e critico italiano deixa semi-aberta uma porta para o que há de mais inquietante, o próprio instrumento do poético, isto é: o pensar a língua e a voz na poesia.
La traduzione in portoghese brasiliana
Krisis Tempos de Covid-19, 2020
“Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Ital... more “Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Krisis Tempos de Covid-19, 2020
“Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Ital... more “Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Krisis Tempos de Covid 19, 2020
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“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Krisis - Tempos de Covid-19, 2020
“Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Ital... more “Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Krisis Tempos de Covid-19, 2020
“Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Ital... more “Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Krisis - Tempos de Covid-19, 2020
“Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Ital... more “Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Krisis Tempos de Covid-19, 2020
Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Itali... more Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Krisis Tempos de Covid-19, 2020
“Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Ital... more “Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
Maria Grazia Calandrone 1 - Krisis- Tempos de Covid-19, 2020
“Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Ital... more “Krisis - Tempos de Covid-19” è un progetto del Nucleo di Studi Contemporanei di Letteratura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC). La proposta è creare uno spazio di riflessione, nonché un archivio, sulla tragica esperienza del Covid-19 che sta devastando la vita di tutti alle più diverse latitudini. Il sostenimento delle famiglie, la convivenza sociale, il cosiddetto smart working, le ambite conquiste rispetto alla libertà di circolazione, hanno subito grandi scossoni all’inizio di questo 2020. Come ci comportiamo di fronte a questa situazione emergenziale? Quali sono i limiti di una situazione di urgenza? Come pensiamo e ci rapportiamo con l’altro? Come pensare la post-pandemia? Sono questi gli interrogativi trattati dai nostri invitati, scrittori, poeti e artisti italiani, che ringraziamo per la partecipazione.
“Krisis - Tempos de Covid-19” é um projeto do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana da UFSC. A proposta é criar um espaço de reflexão, e também um arquivo, sobre a experiência trágica da pandemia de Covid-19 que vem devastando a vida de todos nas mais diferentes latitudes. O sustento das famílias, o convívio social, o trabalho remoto, as caras conquistas em relação à liberdade de ir e vir sofreram grandes abalos no início de 2020. Como nos comportamos diante dessa situação de emergência? Quais são os limites de uma situação de urgência? Como pensamos e nos relacionamos com o outro? Como pensar o pós-pandemia? Todas essas questões são abordadas pelos nossos convidados, escritores, poetas e artistas italianos, a quem agradecemos pela participação.
Alfabeta2, 2019
La riflessione sul perché la politica occidentale si costituisca e si mantenga attraverso l’esclu... more La riflessione sul perché la politica occidentale si costituisca e si mantenga attraverso l’esclusione è uno dei punti di partenza degli studi di Giorgio Agamben sulla sacertà della vita, ora raccolti nell’«edizione integrale» di Homo sacer, che riunisce i nove volumi editi tra il 1995 e il 2015. Quali sono i nessi tra politica e vita? Come la vita nuda si è trasformata in forma di vita? Leggere queste pagine nel loro insieme significa andare a fondo nella ricerca di una genealogia della politica occidentale. Già nel primo volume, Homo sacer. Il potere sovrano e la nuda vita (originariamente pubblicato da Einaudi nel 1995), appunto, sono presenti molti degli aspetti cardini che verranno poi affrontati e sviluppati nelle altre indagini, prendendo in considerazione lo stato di eccezione, la guerra civile, il giuramento, l’economia; aspetti, questi, che vengono esplorati insieme a un’attenta riflessione dedicata al linguaggio, che «è forse il più antico dei dispositivi» (Che cos’è un dispositivo?, nottetempo 2006). Infatti, è attraverso il linguaggio e la sua esperienza che l’essere si costituisce come soggetto, potendo subire, d’altro canto, anche dei processi di desoggettivazione.
As onze mil varas de Guillaume Apollinaire
Conversazione con Valerio Magrelli
alfabeta2, 2017
Conversazione con Enrico Testa
alfabeta2, 2017
Conversazione con Mariano Bàino
alfabeta2, 2017
Conversazione con Mariangela Gualtieri
alfabeta2, 2017
Conversazione con Tommaso Ottonieri
O autor foi um dos primeiros a tratar da complexa organização da máfia siciliana como um fenômeno... more O autor foi um dos primeiros a tratar da complexa organização da máfia siciliana como um fenômeno não folclorístico. Máfia cujos tentáculos se estendem para além da organização em si, para além das fronteiras da Sicília: uma imbricada relação de poder que envolve ainda cidadãos comuns, políticos e membros da própria igreja católica. Mais do que um tema, a máfia é um meio que permite a Sciascia refletir a partir e sobre a sociedade italiana, como um microcosmo que passa a operar em dimensões maiores.
Logo após as primeiras publicações com foco na máfia, na década de 1960, foi-lhe atribuído o título de mafiólogo — título, contudo, recusado inúmeras vezes, pois o autor não se considerava e não era um estudioso do fenômeno. Mais do que estudo de campo, o que é chamado de máfia, o imbricado conjunto de relações de poder, foi algo que pertenceu ao vivido do prosador italiano. Nas suas palavras: “Sou simplesmente alguém que nasceu e viveu em uma cidadezinha da Sicília ocidental e que tentou sempre entender a realidade que estava ao meu redor, os acontecimentos e as pessoas”.
Nos múltiplos binários entre poesia e crítica ou crítica e poesia, Prisca segue desempenhando o p... more Nos múltiplos binários entre poesia e crítica ou crítica e poesia, Prisca segue desempenhando o papel de professora na Universidade Federal de Juiz de Fora e, no plano mais criativo, o de escrever poesia. Contudo, além dessas duas atividades, há ainda uma terceira via — a de tradutora, que segue paralela às demais. Traduzir, ponte entre culturas, trabalhar a língua, um quebra-cabeça nem sempre fácil, onde jogo, necessidade, impossibilidade e invenção são os elementos principais. Do italiano para o português é possível lembrar os nomes de Elisa Biagini, Fabio Pusterla, Milo De Angelis, Valerio Magrelli, do francês Julien Burri, do espanhol Jenaro Talens, Alejandra Pizarnik, Alfonsina Storni. E, ainda, do português para o italiano Paula Tavares, e outros poetas contemporâneos brasileiros. Um espaço onde as línguas se misturam, cada uma com a sua singularidade. A escritura como um espaço híbrido, um rastro da sua proveniência que lhe propiciou um amplo leque de relações e de escrituras possíveis. Com efeito, além de traduzir de uma língua para outra, uma grande trama de fios, Prisca Agustoni também escreve nesses quarto idiomas e se autotraduz.
Em setembro de 2014, o Jornal Rascunho dedicou um amplo espaço à apresentação e divulgação da poé... more Em setembro de 2014, o Jornal Rascunho dedicou um amplo espaço à apresentação e divulgação da poética de Enrico Testa, uma das grandes vozes da poesia italiana contemporânea. Fazem parte da matéria, uma sucinta e densa reflexão sobre a escritura desse poeta genovês e três poemas inéditos em português. "Ablativo" foi o primeiro livro de Enrico Testa traduzido para o português, publicado em 2014 pela Rafael Copetti Editor.
Às margens da poesia e do romance. Da língua suspensa entre gramática e sentido ao personagem m... more Às margens da poesia e do romance. Da língua suspensa entre gramática e sentido ao personagem menor da narrativa
Período UFSC: 26-30 de agosto 2019
Período USP: 2-6 de setembro 2019
Programa: Neste ciclo de aulas pretende-se abordar, examinando alguns textos poéticos e narrativos, um ponto crucial da reflexão sobre a linguagem, resumível na questão: “Gramática e língua coincidem? Ou há fenômenos que escapam dessa equivalência presumida e totalizante?”. Para tal fim, após propor as definições mais usuais de “gramática”, serão pontuados e problematizados aspectos verbais que parecem fugir de um rígido enquadramento gramatical, como onomatopeias, interjeições, sinais discursivos, reticências, elementos dêiticos, etnônimos, episódios do assim chamado “discurso interior” – verdadeiros casos de texto agramatical – e o fenômeno singular de “gramáticas em conflito”, representado pela tradução poética. Na convicção de que o nexo entre marginalidade e literatura não é um aspecto redutível unicamente à dimensão linguística, será tratado, finalmente, o papel da personagem menor no romance, considerado como uma espécie de interjeição no tecido, diegético, “lógico” e, logo, gramatical da narração.
Aula 1: Toda regra tem suas exceções
O que é a gramática? Etimologia e história do termo. Especificidades da gramática do italiano. Gramática de frase e gramática do texto. Alguns primeiros fenômenos fundadores da linguagem e da textualidade, mas laterais à gramática como código: onomatopeias, interjeições e sinais discursivos. Leitura e comentário de Dialogo, de Giovanni Pascoli (de Myricae), Lamento I e III de Giorgio Caproni (de A passagem de Enéas).
Aula 2: A palavra entre contexto e silêncio
Análise da ancoragem situacional do discurso (a dêixis), do uso depreciativo e ideológico da categoria linguística dos etnônimos e, no polo oposto, do significado do silêncio e do gênero específico do “discurso interior” ou endofasia. Exemplos da língua comum e jornalística. Leitura e comentário de trechos de Narratori delle pianure [Narradores das planícies] e Quattro novelle sulle apparenze [Quatro contos sobre aparências], de Gianni Celati e de O jogo do reverso, de Antonio Tabucchi. Análise de La piccola cordigliera [A pequena cordilheira] e Il vetrone [A lâmina de gelo], de Giorgio Caproni (de Il Conte di Kevenhüller [O conde de Kevenhüller]e Il muro della terra [O muro da terra]). Exemplos de Diario, de Jacopo da Pontormo.
Aula 3: A gramática desengonçada e as gramáticas no espelho
Leitura e comentário de textos “desgramaticados” de duas semicoletâneas: uma mística do século XVII (S.Veronica Giuliani, Diario, 17-18 de janeiro de 697) e um pícaro emiliano do século XX (P. Ghizzardi, Mi richordo anchora [Ainda me lembro]). E, no polo oposto de complexidade, o caso da translação da palavra poética de uma língua e de um sistema de regras para outra língua e suas regras. Exemplos de tradução poética retirados do Quaderno di traduzioni [Caderno de traduções], de Eugenio Montale.
Aula 4: O personagem no romance
Premissa à marginalidade narrativa: uma tentativa de distinção entre dois grandes tipos de personagem de romance, com exemplos de textos italianos e estrangeiros.
Aula 5: Quase uma gralha ou um erro: o personagem menor
Qual é a função dos personagens que aparecem de forma elíptica no desenvolvimento da trama? Algumas vezes parecem enquadráveis no estatuto do grito, outras vezes no estatuto da pausa de silêncio, do comentário à margem ou da exclamação. Por meio de uma série de casos tentaremos identificar alguns traços constantes e de união.
Agamben. Il linguaggio e la morte, Torino, Einaudi, 1982.
Agamben. Categorie italiane. Roma-Bari: Laterza, 1996.
Agamben. Infanzia e storia. Torino, Einaudi, 1978.
Agamben, Pascoli e il pensiero della voce. Prefazione a G. Pascoli, Il fanciullino, Feltrinelli, Milano 1982, pp. 7-21.
Barthes, Perché amo Benveniste; La divisione dei linguaggi, in Id., Il brusio della lingua. Saggi critici IV, Einaudi, Torino 1988, pp. 173-177; 99-111.
Bazzanella, Segnali discorsivi, in Enciclopedia dell’italiano, cit., pp. 1303-1305*
Bazzanella, Linguistica e pragmatica del linguaggio: un’introduzione, Laterza, Roma-Bari 2009.
Blanchot. Il libro a venire, Torino, Einaudi, 1969.
G.R. Cardona, Introduzione all’etnolinguistica, Torino, Utet 2006, pp. 183-202.
G.R. Cardona, Testo interiore, testo orale, testo scritto; Linguaggio, pensiero e razionalità; Modalità linguistiche della preghiera interiore, in G.R. Cardona, I linguaggi del sapere, a cura di C. Bologna, Laterza, Roma-Bari 2006, pp. 333-344; 355-361; 362-367.
D’Achille, L’italiano dei semicolti, in Storia della lingua italiana, a cura di L. Serianni e P. Trifone, vol. III, Einaudi, Torino 1994, pp. 41-79.
Cignetti, Interiezione, in Enciclopedia dell’italiano, cit., pp. 671-674*
Mortara Garavelli, Manuale di retorica, Bompiani, Milano 1997, pp. 253-254 e 319-320.
Foucault. Il pensiero del fuori. SE. Milano, 1998.
Garroni, L’indeterminatezza semantica: una questione liminare, in Ai limiti del linguaggio, a cura di F. Albano Leoni e altri, Laterza, Roma-Bari 1998, pp. 49-78.
Serianni, Prima lezione di grammatica, Laterza, Roma-Bari 2006.
Marazzini, Grammatica, in Enciclopedia dell’italiano, diretta da Raffaele Simone, Istituto dell’Enciclopedia Italiana, Roma 2011, pp. 599-603*
Palermo, Linguistica testuale dell’italiano, Bologna, il Mulino 2013.
Testa, Pascoli, Giovanni, in Enciclopedia dell’italiano, cit., pp. 1072-1074*
Testa, Prefazionea E. Montale, Quaderno di traduzioni, il cannetto il lungo, Genova, 2018.
Testa, Eroi e figuranti. Il personaggio nel romanzo, Einaudi, Torino 2009.
Testa, Il personaggio minore come risorsa etica del romanzo, in I personaggi minori. Funzioni emetamorfosi di una tipologia del romanzo moderno, a cura di S. Sbarra, Pacini, Pisa 2017, pp. 171-198.
Vanelli e L. Renzi, La deissi, in Grande grammatica italiana di consultazione, a cura di L. Renzi, G. Salvi e A. Cardinaletti, vol. III, Bologna, il Mulino 1995, pp. 261-375.
Woloch, The One vs. the Many. Minor Characters and the Space of the Protagonist in the Novel, Princeton University Press, Princeton 2003, pp. 125-176.
Programma del corso di laurea 2015-2, dedicato alla poesia italiana del '900.
"Io, Giorgio, Jorge e gli altri", il "Convegno internazionale su Giorgio Caproni e i poeti spagno... more "Io, Giorgio, Jorge e gli altri", il "Convegno internazionale su Giorgio Caproni e i poeti spagnoli" è stato organizzato dal Dipartimento di Italiano della Facoltà di Filologia dell’Università Complutense e dall’Istituto Italiano cultura, con la direzione scientifica della professoressa madrilena Elisa Martínez Garrido e del dottorando genovese Alessandro Ferraro (cui collaborazione ha già dato vita, a Madrid, a un "Homenaje a Giorgio Caproni" nel marzo del 2013 e a un corso universitario monografico nell’inverno dello stesso anno).
Giorgio Caproni è oramai un classico del Novecento letterario italiano e la sua poesia, grazie alla forza dei contenuti e allo splendore dello stile, sta ricevendo dall’Europa un’attenzione pari a ciò che all’Europa è riuscita a dare in più di mezzo secolo: la profondità e l’universalità di migliaia di pagine pur così semplici e personali (dall’esordio "Come un’allegoria" del 1936 alla raccolta postuma "Res amissa" del 1991, con capolavori quali "Il passaggio d’Enea", "Il seme del piangere", "Il muro della terra", il "Congedo del viaggiatore cerimonioso...", "Il franco cacciatore" e "Il conte di Kevenhüller").
Se la Francia ha “adottato” l’autore italiano molto presto, la Spagna non si è mostrata indifferente alla sua poesia e nel 2015, a venticinque anni dalla morte, anche nel paese di Machado, Lorca, Salinas e Guillén è giunto il momento di dedicare a Caproni (grande poeta ma anche raffinato traduttore e sensibile lettore dei colleghi spagnoli) due intere giornate di notevole livello scientifico e artistico: martedì 20 e mercoledì 21 ottobre ci sarà spazio per una tavola rotonda coordinata da Laura Pugno, direttrice dell'Istituto Italiano di Cultura, con cinque poeti affermati (Enrico Testa, Jorge Urrutia, Jaime Siles, Pedro Luis Ladrón de Guevara e Juan Carlos Reche), una lezione musicale di Lorenzo Peri sul rapporto fra Il conte di Kevenhüller e le note di Beethoven, con l’apporto di due attori, Donatella Danzi e Pedro Zarate Duque, che leggeranno alcune traduzioni inedite, e ovviamente le relazioni d’importanti studiosi italiani e spagnoli (fra cui Gian Luigi Beccaria, Aurora Conde Muñoz, Anna Dolfi, Adele Dei, Paolo Zublena, Luca Zuliani, Elisa Donzelli, Marco Carmello e Margherita Quaglino), e la brasiliana Patricia Peterle.
Un convegno che s’inserisce all’interno della Semana de la Lengua Italiana en el Mundo (19-24 ottobre) e che si preannuncia aperto, attraente e moderno, dalla struttura del programma, leggero e variegato, all’illustrazione realizzata da Alisa Fomina, artista di origini bielorusse attiva a Madrid: un ritratto di Giorgio Caproni circondato da un’esplosione di immagini evocative dei suoi versi (bicchieri, biciclette, rondini, anche un’idrometra), che nella locandina ufficiale dell’evento s’accompagna a "Una canta una canzone", la versione in italiano, firmata dallo stesso Caproni, di "Cualquiera canta un cantar", quattro strofe con cui Manuel Machado riflette sul ruolo e il destino della poesia rivolgendosi l’amico Jorge Guillén.
Convegno Biblioteca Nazionale Roma 11-12 ottobre 2019.
Estão abertas as inscrições para o Projeto Quartas Italianas, que consiste em encontros mensais n... more Estão abertas as inscrições para o Projeto Quartas Italianas, que consiste em encontros mensais na Biblioteca de Arte e Cultura, localizada no Centro Integrado de Cultura (CIC), e que abrem espaço para estudos e debates sobre a literatura italiana moderna e contemporânea. Com o apoio do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana (Neclit/UFSC), o Projeto Quartas Italianas pretende promover encontros, sempre às quartas-feiras, para uma roda de leitura de autores italianos como Leonardo Sciascia, Elena Ferrante, Italo Calvino e NiccolòAmmaniti, a serem lidos em italiano ou português e discutidos nos encontros.
A ideia geral é tirar o texto literário da sala de aula e verificar de que formas ele pode falar para leitores diversos e com sensibilidades diferentes. O projeto é dirigido a um público multicultural e interessado em literatura em geral que, por meio de textos da literatura italiana, terá a oportunidade de entrar em contato com textos escolhidos e, de alguma maneira, fundamentais na literatura universal.
Para este semestre estão previstos cinco encontros a partir do dia 27 de março, às 17h30, na Biblioteca de Arte e Cultura, com a moderação dos professores Patricia Peterle, Andrea Santurbano, Rosi Chraim e Francisco Degani. São oferecidas 25 vagas.
Cronograma:
27/03 - Apresentação do formato, discussão com os participantes;
24/04 - A cada um o seu - Leonardo Sciascia
22/05 - A filha perdida - Elena Ferrante
12/06 - O visconde partido ao meio - Italo Calvino
10/07 - Filme – Eu não tenho medo – de Gabriele Salvatore (MIS).
Serviço:
Projeto Quartas Italianas
Quando: quartas feiras (primeiro encontro: 27/03)
Horário: 17h30
Inscrições: até 26 de março de 2019
Il III Colloquio Internazionale “Anacronie della/nella letteratura italiana e movimenti possibil... more Il III Colloquio Internazionale “Anacronie della/nella letteratura italiana e movimenti possibili” pone
al centro della discussione, in particolare, una riflessione sulla produzione poetica e narrativa italiana del
20° e 21° secolo. L’obiettivo è quello di approcciare l'atto della scrittura nei suoi conflitti con le
temporalità, pensando sia ad autori che problematizzano le modalità autobiografiche e memorialistiche
sia ad autori che ibridano/parodiano i registri della tradizione e della modernità. Secondo questa
prospettiva, oltre a ripensare la letteratura a partire dalle sue immagini in potenza e da linguaggi che
cercano le singolarità del senso al di fuori della categorizzazione delle parole, si desidera altresì riflettere
sul rapporto tra arcaico e moderno.
Questo evento internazionale nasce all’interno delle ricerche realizzate nel Núcleo de Estudos
Contemporâneos de Literatura Italiana (NECLIT, http://neclit.paginas.ufsc.br), dell’Università Federale di
Santa Catarina (UFSC), e vuole rapportarsi direttamente ai Colloqui I, “Residui dell’umano: esperienza e
linguaggio nella letteratura italiana delle ultime decadi” (2016), e II, “Contemporaneità della/nella
letteratura italiana” (2017), per dare continuità a una serie di discussioni che permeano l’idea di
contemporaneo.
Se l’enfasi nelle passate edizioni è ricaduta su un’idea di letteratura segnata da fratture, digressioni e
venature, che mette in discussione lo statuto della parola, aprendo la strada a interrogativi relativi
soprattutto al linguaggio, il nocciolo critico e teorico, in questa occasione, si concentrerà sulle seguenti
linee:
- anacronie della/nella letteratura italiana (anche in dialogo con altre arti);
- sciami e rovine della storia;
- tendenze antistoricistiche;
- memoria e finzione, conflitti e dialoghi;
- altre forme del dicibile e dell’immaginabile;
- perdita di un’esperienza narrabile;
- vertenti post-umane.
In questo senso, alcune problematiche da affrontare potrebbero anche essere sintetizzate in quesiti,
passibili di ulteriori sviluppi, come ad esempio: in che modo la letteratura si riferisce a ciò che viene
chiamato tradizione, archivio o memoria? Quali sono le tracce che sopravvivono in essa? Che lingua
parla o in che lingua si fa parlare? Quali sono i movimenti della letteratura italiana contemporanea?
Quali sono, oggi, le trame di questa scrittura? Come affrontano poeti e scrittori queste domande nei
loro peculiari rapporti con la parola?
Quais são os movimentos da literatura italiana contemporânea? Quais as tramas, hoje, dessa escrit... more Quais são os movimentos da literatura italiana contemporânea? Quais as tramas, hoje, dessa escritura? Como alguns poetas e escritores pensam a literatura, se relacionam com a palavra e com a própria língua? Essas são algumas das linhas que pretendem orientar as discussões propostas para o evento internacional Contemporaneidades na/da literatura italiana, que pretende ser mais um espaço de encontro e debate focando a literatura italiana da segunda metade do século XX até os dias de hoje, criando uma oportunidade especial para debates, indagações e trocas intelectuais que estimulam e aprimoram as pesquisa em desenvolvimento. Será também importante, para enriquecer as discussões e reforçar o lugar e espaço da fala, quando possível, estabelecer relações com a cultura e a literatura brasileira. Tais incursões, sem dúvida, poderão estimular ainda mais o diálogo e propor novas perspectivas de leitura da própria produção.
Há, certamente, lacunas e muitos espaços vazios quando se pensa na literatura italiana no Brasil10. Em primeiro lugar, pelo fato de os clássicos italianos terem um peso e uma presença determinantes, exigem muito de quem os acolhe, deixando, consequentemente, pouco tempo e espaço para outras investidas. Por outro lado, todos sabemos que falar em literatura italiana significa pensar num pequeno nicho do mercado editorial, ainda mais se o argumento é literatura contemporânea e estrangeira. Associa-se geralmente ao gênio itálico a prerrogativa de se relacionar com o universo da escrita a partir de uma perspectiva social, histórica, fatual; enfim, recorrendo a procedimentos eminentemente miméticos. Se pensarmos na recepção no Brasil, por exemplo, uma vertente alternativa se reduz a Calvino, um pouco de Buzzati e nada, ou quase, dos vários Landolfi, Savinio, Bufalino, Manganelli, Wilcock etc. Portanto, há ainda muito a ser feito no que concerne as relações entre Brasil e Itália.
A realização desse evento internacional quer, portanto, ao mesmo tempo, estreitar os laços e a rede internacional de pesquisadores que trabalham com a literatura italiana moderna-contemporânea, configurando-se como uma porta entreaberta de acesso, que procura, ao mesmo tempo, se inscrever no panorama que já vem sendo delineado desde 2014, na Universidade Federal de Santa Catarina, quando foi realizado o primeiro evento integralmente dedicado à poesia italiana, cuja realização só foi possível com apoio dado pelos órgãos de fomento (CAPES, CNPq, FAPESC). O Programa de Literatura, neste mesmo ano de 2014, também contou com a presença de Enrico Testa como professor visitante CNPq, o qual ofereceu um curso intensivo dedicado a Giorgio Caproni e Vittorio Sereni. Outro evento rico e importante foi o seminário internacional Resíduos do humano: experiência e linguagem na literatura italiana das últimas décadas, ocorrido em junho de 2016, com apoio de CAPES, CNPq e FAPESC, que contou com duas mesas-redondas temáticas e três minicursos de 6 horas cada, ministrados por três destacados professores italianos de diferentes instituições (Università degli Studi di Genova, Università di Roma “Tor Vergata” e Università “G. d’Annunzio” di Chieti-Pescara).
Un incontro dedicato a Giorgio Caproni e alla sua poesia a cura dell’Area Polo SBN e sviluppo col... more Un incontro dedicato a Giorgio Caproni e alla sua poesia a cura dell’Area Polo SBN e sviluppo collezioni Biblioteche di Roma
introduce Moira Miele (responsabile Biblioteca G. Marconi)
coordina Stefano Gambari (Biblioteche di Roma)
...
Interventi:
Giorgio Caproni registrato. Incontri e letture con Pietro Tordi
Roberto Mosena (Università di Roma Tor Vergata)
Poesia: un'esecuzione per diventare cosa viva
Patricia Peterle (Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil)
La voce umana è un miracolo. Poeti dal Fondo Tordi
Fabio Pierangeli (Università di Roma Tor Vergata)
La voce di Caproni: visione ed ascolto di alcune poesie registrate
Poesia - dentro e fuori l'avanguardia
Resumo: O Seminário Internacional " Resíduos do humano: experiência e linguagem na literatura ita... more Resumo: O Seminário Internacional " Resíduos do humano: experiência e linguagem na literatura italiana das últimas décadas " traz para o foco da discussão uma reflexão sobre a produção poética e narrativa italiana, da segunda metade do século XX até a contemporaneidade, a partir da dilaceração que envolve tanto o uso do meio expressivo como o sujeito/objeto da enunciação/representação. Em outros termos, busca-se refletir sobre uma literatura que, se de um lado pode apresentar fortes raízes realistas, de outro, é permeada de fraturas, digressões e matizes que colocam em discussão o estatuto da palavra e o estatuto do humanismo. O espaço de diálogo e debate entre os conferencistas será considerado aqui um modo de operar em conjunto, problematizando todas as instâncias envolvidas, nos diferentes campos de conhecimento/atuação. O formato de seminário escolhido para o desenvolvimento dos trabalhos visa promover uma maior interação dos professores convidados com a comunidade acadêmica. Objetivo geral O objetivo geral é promover e estimular o debate e a reflexão tendo como ponto de partida a temática escolhida para o seminário, " Resíduos do humano: experiência e linguagem na literatura italiana das últimas décadas " , e seus desdobramentos. Constitui-se assim mais um importante espaço de trocas sobre a perspectiva teórica e sobre a literatura e
Revista Literatura Italiana Traduzida
Os temas propostos não precisam se limitar à literatura italiana, mas devem tê-la com referência,... more Os temas propostos não precisam se limitar à literatura italiana, mas devem tê-la com referência, podendo trazer um olhar mais transversal, apostando no diálogo com outras artes, cruzamentos literários, ou trazer enfoques relativos à tradução, além de resenhas.
Convidamos todos que trabalham na confluência entre pensamento italiano, literatura e artes para ... more Convidamos todos que trabalham na confluência entre pensamento italiano, literatura e artes para participarem, com apresentação de trabalho, do Simpósio "Literatura arte e pensamento italiano contemporâneo", que será realizado no âmbito da Semana de Letras da UFSC, nos dias 3-7 de junho. Os dois Simpósios são coordenados pelo professores: Andrea Santurbano, Maria Aparecida Barbosa, Lucia Wataghin e Patricia Peterle. A iniciativa do Simpósio faz parte das discussões propostas pelo projeto homônimo, aprovado no Edital Escola de Altos Estudos-CAPES, uma pareceria entre a UFSC e a USP, que trará importantes intelectuais para pensar a relação entre literatura, arte e pensamento. As propostas enviadas não precisam se aterem especificamente à produção literária e artística italiana. As inscrições para submissão de proposta nos Simpósios Temáticos. Pode ser feita até 31/03/2019 em: http://www.semanadeletras.cce.ufsc.br/circulares-normas/
MOSAICO ITALIANO, ISBN 21759537, 2015
Mosaico Italiano, ISBN 21759537, 2015
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Mosaico Italiano, ISBN 21759537, 2015
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MOSAICO ITALIANO, ISBN 21759537, 2014
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“Povere mie parole”: la poesia di Giorgio Caproni Innanzitutto, ci sia consentito un accenno pers... more “Povere mie parole”:
la poesia di
Giorgio Caproni
Innanzitutto, ci sia consentito un accenno personale, ma di significativo
impatto per Mosaico: a partire da questo numero, e per i prossimi mesi, le edizioni
saranno curate insieme dai tre editori – Patricia Peterle, Fabio Pierangeli
e Andrea Santurbano – tutti e tre eccezionalmente riuniti e operanti dall’Italia.
Non per questo la rivista vedrà snaturato il suo ruolo di ponte tra culture,
anzi già in questo numero sono raccolti contemporaneamente contributi di
studiosi italiani e brasiliani. E nel far ciò, siamo voluti ripartire da un’edizione
monografica dedicata ad uno degli autori (già oggetto in passato della nostra
attenzione in occasione del centenario della nascita) tra i più grandi della seconda
metà del secolo XX: Giorgio Caproni (1912-1990).
Parlare di Caproni significa ripercorrere una topografia poetica che spazia
da Genova, a Roma, a Livorno, cioè luoghi che man mano si polverizzano
nella sua scrittura, così come tutte le indicazioni, le direzioni e i riferimenti più
marcati. Poeta sensibile e attento al suo drammatico e problematico tempo
(quello della guerra, del dopoguerra e dei dubbi umani), Caproni, infatti, si
spoglia di tutte le quotidiane certezze, dai primi scritti giovanili – poi raccolti in
volumi quali Come un’allegoria, Ballo a Fontanigorda, Finzioni e Cronistoria – a
Il passaggio d’Enea, libro che riuniva tutta l’opera poetica di Caproni fin là prodotta,
presentando altresì trentasei nuove poesie (“il terzo libro”). In seguito,
come il lettore più informato sa, la penna di Caproni, “con la mano che trema”,
batterà anche strade meno conosciute, i celebri “luoghi non giurisdizionali”,
annunciati ne Il muro della terra, ma già in qualche modo anticipati ne Il Seme
del piangere e Il Congedo del viaggiatore cerimonioso ed altre prosopopee. Le
raccolte posteriori si faranno, poi, sempre più eteree, allo stesso modo in cui si
disegnerà sempre più incerto il destino dell’uomo e del suo camminare, il suo
ragionare e la sua sua stessa lingua.
Oltre a vari saggi di studiosi importanti, trova posto in queste pagine
una piccola sezione di scritti che prende spunto da riflessioni sul tempo e la
memoria condotte a partire dalla visione del documentario di Werner Herzog,
The cave of forgotten dreams (2011), e dalla lettura della poesia di Caproni
“La porta”.
Come sempre, non ci resta che augurarvi buona lettura!
Gli editori
INDICE
Luigi Surdich
Lettura di Da Villa Doria (Pegli) di Giorgio Caproni
Fabio Moliterni
Incisi e spazi bianchi nella poesia dell’ultimo Caproni (Il vetrone)
Michela Zompetta
“Oltre la parola”: la scrittura sul “pentagramma” dell’ultimo Caproni
Stefano Gambari e Giulia Zambrini
Giorgio Caproni: una biblioteca d’autore
Vera Lúcia de Oliveira
La poesia di Giorgio Caproni
Égide Guareschi
Il passaggio: la poesia cambiante di Caproni
Fabiana Vasconcellos Assini
Aspettando il sole
Caproni-Herzog: una lettura tra presente e passato
Joseni Pasqualini
In ascolto dell’eco
Bruna Brito Soares
Porte per i sogni
Lucas de Sousa Serafim
La porta sul retro che dà alla riflessione: Caproni e Herzog
Rubrica
Francesco Alberoni
Elasticità
PASSATEMPO
Novembre 2014
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mosaico@comunitaitaliana.com.br
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Pietro Petraglia
Editori
Andrea Santurbano
Fabio Pierangeli
Patricia Peterle
Revisore
Cleo Cirelli
Giovanna Vettraino
Grafico
Wilson Rodrigues
MOSAICO ITALIANO, ISBN 21759537, 2014
MOSAICO ITALIANO, ISBN 21759537, 2014
MOSAICO ITALIANO, ISBN 21759537, 2014
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Mosaico Italiano, ISSN 21759537, 2018
Mappe cangianti e meta narrazioni del presente Il titolo di questo numero di Mosaico vuole essere... more Mappe cangianti e meta
narrazioni del presente
Il titolo di questo numero di Mosaico vuole essere un ringraziamento alla “lunga
fedeltà” filologica, linguistica ed ermeneutica di Maria Antonietta Grignani
ai testi della letteratura italiana moderna e contemporanea.
Una mappa cangiante. Studi su lingua e stile di autori italiani contemporanei (Pacini
editore, 2017) è difatti il suo ultimo libro su cui apriamo un dibattito sugli
ultimi anni della prosa e della poesia italiana, grazie all’intervento di Paola Villani,
prof.ssa ordinaria alla napoletana università Suor Orsola Benincasa.
Allieva di Maria Corti, di cui per molti anni è stata l’erede come direttrice
dell’autorevole Centro per la Tradizione Manoscritta di Autori Moderni e Contemporanei
dell’Università di Pavia, docente in quella sede universitaria di Linguistica
italiana e di Letteratura italiana contemporanea, la Grignani ha spaziato
per gran parte delle nostre lettere otto-novecentesche, con uno sguardo
sempre vigile al panorama contemporaneo, specie poetico. Tra gli altri, si è
occupata di Eugenio Montale e di Beppe Fenoglio.
Dirige attualmente, con Angelo Stella, la rivista «Autografo», voce del Centro
Manoscritti, con significativi numeri monografici, di cui l’ultimo in ordine di
tempo è quello dedicato, sempre a cura della Grignani e di Domenico Scarpa,
a Natalia Ginzburg.
Sottoscriviamo l’idea di mappa cangiante presentando in questo numero pagine
di narrativa in autori emblematicamente molti distanti tra loro, Cacciapuoti,
Mari, D’Avenia, Onorati, Petri, la testimonianza del medico di Lampedusa
Pietro Bartolo, insieme ad esempi di autorevole metodologia ermeneutica:
con la Grignani, Emerico Giachery, impegnato, in un dialogo Maestro-Allievo
con Carmine Chiodo (docente Associato Università degli Studi di Roma “Tor
Vergata”) ad esplicitare le sue passioni sintoniche di interprete e Andrea Gialloreto,
tra i migliori studiosi provenienti dall’Accademia (docente Associato
all’Università degli Studi di Chieti) capaci di padroneggiare le mappe cangianti
con finezza e autorità, come nell’ultima fatica sulla contemporaneità: Tra fiction
e non-fiction. Metanarrazioni del presente, Franco Cesati editore, 2017.
«Nell’assenza di scuole o poetiche dominanti, i percorsi si intrecciano per affinità
o meglio per poligenesi »: la Grignani ci introduce nel percorso senza
parametri precostituiti, attorno ad una costellazioni di problematiche critiche
corrispondenti ad altrettanti topoi.
A cominciare dall’io, “sliricato e spatriato”, ma in definitiva nascosto e riaffiorante,
tra spinte avanguardistiche e ritorno, travestito, alla tradizione, come la
splendida introduzione al lungo percorso del volume, di cui mi piace segnalare
almeno i due capitoli su Sereni e la sosta sugli echi novecenteschi di Dante.
Buona lettura e buon 2018 a tutti i lettori dalla direzione di Mosaico
INDICE
Il ferro e i golem. Michele Mari e l’inventario della modernità
Andrea Gialloreto
La provincia come teatro della narrazione della realtà
Massimo Cacciapuoti
LAMPEDUSA: IL PORTO DEI DESTINI SOSPESI RACCONTATO DA PIETRO BARTOLO
Debora Vitulli
Maria Antonietta Grignani, Una mappa cangiante. Studi su lingua e stile di autori italiani
Paola Villani
Un modello di ermeneutica: la passione sintonica di Emerico Giachery
Carmine Chiodo
Romana Petri e il suo rapporto con la lingua e la cultura portoghese: “Amore a prima vista”
Giovanni Zambito
Ciò che sai amare rimane. D’Avenia e il femminile. Il racconto di una presentazione alla
Feltrinelli di Roma
Camilla Fabretti e Federica Trapani
Il microcosmo di Onorati
Lior Levy
Rubrica
Odio e amore
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Mosaico Italiano, ISSN 21759537, 2017
Verso Nord. Dialoghi, poesia, narrativa Abbiamo dedicato il numero di settembre di Mosaico italia... more Verso Nord. Dialoghi,
poesia, narrativa
Abbiamo dedicato il numero di settembre di Mosaico italiano alla
poesia verso il Sud, ora, con il significativo intermezzo della poesia del
fiorentino Franco Fortini, viriamo verso il Nord d’Italia, dall’Ovest piemontese
di Cesare Pavese all’Est friulano-veneto di Pier Paolo Pasolini
e Dino Buzzati, su cui, grazie a Laura Bartolomei, il lettore potrà penetrare
il un mondo di silenzi e sottintesi, come di improvvise accensioni,
attorno al femminile.
Coscienti che la letteratura si abbevera di paesaggi e atmosfere caratteristiche
di un luogo geografico quanto abbatte steccati e confini
precisi, per indirizzarsi all’umano tout court.
Buzzati, come Fortini, sono richiamati dalla grande editoria milanese,
Pasolini, nato a Bologna, ma dal cuore poetico e dalla formazione
friulana, terra materna, arriva nel 1950 nella capitale, dove troverà una
morte atroce venticinque anni dopo, la notte tra il 1 e il 2 di novembre.
Angela Felice, direttrice del Centro internazionale di Studi Pasoliniani
di Casarsa, ci ammonisce con una attività straordinaria, oltreché
saggistica pedagogica e teatrale, di considerarlo presente, rinnovando
il suo messaggio e la sua profezia.
«Io produco una merce, la poesia, che in realtà è inconsumabile morirò
io, morirà il mio editore, moriremo tutti noi, morirà tutta la nostra
società, morirà il capitalismo ma la poesia resterà inconsumata».
Buona lettura
INDICE
L’INFLUENZA DEI DIALOGHI CON LEUCO’ SUL TEATRO DI POESIA E SULLA POESIA
ITALIANA SUCCESSIVA
Beppe Mariano
Pasolini e la giustizia. Il “caso” Pilade
Angela Felice
Due racconti di Dino Buzzati
A cura di Mosaico
Sottomissione masochistica e dominazione sadica in “Un amore” di Dino Buzzati
Laura Bartolomei
L’intervista di Panafieu
Laura Bartolomei
Osservatorio
Carmine Chiodo, Rocco Pezzimenti, Fabio Pierangeli
Rubrica
Il potere
Francesco Alberoni
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La cultura italiana in spagna: Intrecci e rapporti lungo la storia L’Italia e la Spagna si sono ... more La cultura italiana in spagna: Intrecci e rapporti lungo la storia
L’Italia e la Spagna si sono guardate nello specchio del mare Mediterraneo lungo
i secoli, stabilendo alleanze e amicizie talvolta tornate in disaccordi, polemiche diplomatiche
e confrontazioni belliche. La vicinanza geografica, le affinità sociali, politiche
e culturali di entrambi paesi hanno configurato stretti rapporti artistici e letterari; i
quali tuttora non sono stati esplorati completamente, dalla prospettiva della estetica
e della letteratura comparata.
L’influenza della letteratura italiana in Spagna è stata notata molto presto, cominciando
dall’opera di Francesco Petrarca, figura ispiratrice per tutti gli intellettuali
dell’umanismo ispanico. La presenza petrarchesca è ben nota nell’ars poetica iberica
attraverso i primi secoli del castigliano: dal marchese di Santillana a Antonio Prieto,
attraverso Jorge Manrique, Boscán, Garcilaso, Acuña, Jorge de Montemayor, Herrera,
Fray Luis de Leon e molti altri autori reinterpretati nella modernità. La Commedia di
Dante occupa ugualmente un posto importante nella storia della ricezione letteraria,
particolarmente negli autori romantici e novecenteschi.
Gli scrittori italiani classici, da Boccaccio, Sannazaro, Machiavelli, Castiglione,
Mazzini, Leopardi, Carducci, a Pirandello; generi letterari come le forme dell’allegoria,
la lirica, il romanzo pastorale, la Commedia dell’Arte, il melodramma ...; le tendenze artistiche
dall’umanesimo e l’Arcadia, fino al futurismo ... hanno trovato un’ampia accettazione
in Spagna. Quasi tutti gli autori ispanici contemporanei hanno anche ricevuto
ispirazione dall’Italia; da Juan Valera, Emilia Pardo Bazán, Azorín, Antonio Costa, Emilio
Castelar, Blasco Ibáñez, Eugenio D’Ors, Carmen de Burgos, Rubén Darío, Gómez
de la Serna, Alberti, Jorge Guillen, Carlos Barral, Cernuda, Borges ... a Antonio Colinas,
Angel Crespo, Eloy Sánchez Rosillo o Andrés Trapiello.
Allo stesso modo, la presenza della cultura spagnola in Italia è stata intensa sin
dal Medioevo, quando la corona di Aragona ha suggellato stretti legami con gli Stati
italiani; la presenza politica ispanica, continuerà lungo i secoli, con i Monarchi Cattolici,
la Casa d’Austria e i Borboni, che sono presenti a Napoli fino al XVIII secolo.
Di fatto, dopo la conquista di Napoli nel 1443, da parte di Alfonso d’Aragona, la
letteratura spagnola si estese in Italia favorita dalle somiglianze tra le lingue ispaniche e
italiane - probabilmente le più affini all’interno dell’area romanica - e dalla storia comune
che hanno vissuto ambedue nazioni. Questo fenomeno si riflette in illustri esempi letterari
di ogni secolo, da Cervantes a Moratín, da Aretino a Edmondo di Amicis, così come in
opere numerose e trascendenti, come I promessi sposi di Manzoni, le Memorie di Spagna
di Casanova, il Criticón di Gracián, La donna di ambra di Gómez de la Serna, ecc.
Nonostante i forti legami tra le due penisole, la nascita degli studi ispanistici in
Italia si produce soltanto alla fine dell’Ottocento, con le prime indagini di Benedetto
Croce e Farinelli, che aprirono la strada ad una importante fioritura degli ispanisti italiani
vigente sino ad oggi; oltre che ad un fertile dialogo tra le due letterature durante
l’ultimo terzo dell’Ottocento e l’intero Novecento. Questo intreccio è manifesto nel
lavoro sviluppato, tra gli altri, da: Franco Meregalli, promotore della rivista “Rassegna
Iberistica” a Venezia e autore di numerose pubblicazioni di letteratura comparata; Giuseppe
Bellini, presidente dell’Associazione Internazionale d’Insegnanti di Spagnolo e
autore di opere classiche per studi comparativi, come Storia delle relazioni letterarie tra
l’Italia e l’America; Oreste Macrì, a Firenze, con studi sugli autori classici e attuali; Carlo
Bo, rettore dell’Università di Urbino e direttore della rivista “Lingua e Letteratura” di
Milano; Piero Menarini, Gabriele Morelli, Mario di Pinto e una nutrita schiera di studiosi.
D’altra sponda, gli studi italianistici e comparativi condotti in Spagna, ebbero inizio
nei primi decenni del Novecento, ben prima della guerra del 1936, con i saggi di Miguel
di Unamuno, Eugeni D’Ors e le traduzioni dall’italiano promosse dalle case editrici di
Blasco Ibáñez, le opere teatrali di Valle Inclán e Rivas Cheriff, e le novità italiane pubblicate
dalla “Revista de Occidente” diretta da Ortega e Gasset... In ambito universitario,
dagli anni ‘70 è fiorita una scuola moderna, la quale ha dato interessanti frutti negli
ultimi decenni; per menzionare alcuni esempi notevoli: gli studi accademici di Vicente
González, presidente della Società Spagnola d’Italianisti, l’analisi sull’accoglienza spagnola
di Alfieri di Cristina Barbolani, lo studio delle versioni tradotte da Sei personaggi
in cerca d’autore, realizzato da Joaquín Espinosa, il lavoro sulla ricezione in Spagna di
Leopardi, realizzato da Prieto de Paula e Pedro Luís Ladrón de Guevara, la ricerca sulla scrittura delle donne diretta da Mercedes Arriaga, ecc. Questi sono soltanto alcuni dei nomi
che mostrano la diversificazione e il crescente interesse per gli studi comparativi.
Si inserisce in quest’ambito il presente, dedicato ai fenomeni culturali legati alla ricezione
e alla traduzione di italiani in Spagna. Al fine di mostrare un panorama articolato delle
nostre culture lungo la storia, abbiamo inquadrato sei aspetti ed epoche diverse dal Seicento
fino al XXI secolo, tutti presentati da docenti e ricercatori universitari specialistici. Il lettore
potrà fare un viaggio temporale con le seguenti proposte per capitoli.
Il primo saggio, intitolato: Lo “scenario” del Seicento: letteratura drammatica tra Italia
e Spagna, indaga sui rapporti tra drammaturghi, attori e capocomici del cosiddetto Siglo de
Oro. L’autrice, Elena E. Marcello, è docente dell’Università degli studi Roma Tre, si occupa
prevalentemente dell’edizione di testi drammatici del Seicento (Cubillo de Aragón, Rojas Zorrilla,
Girolamo Gigli) e dello studio delle relazioni letterarie tra la Spagna e l’Italia; è membro
dell’Instituto Almagro de Teatro Clásico e ha partecipato a vari progetti di ricerca sul teatro
spagnolo.
Il secondo saggio, intitolato: Leopardi nella poesia spagnola, offre un panorama completo
delle traduzioni e principali influenze dell’opera leopardiana nella moderna poesia ispanica.
Siamo guidati da Pedro Luis Ladrón de Guevara, prof. ordinario dell’Università di Murcia, vicepresidente
della ‘Società degli italianisti spagnoli’ (SEI), poeta e traduttore di autori come
Dino Campana, Luzi, Tabucchi e Magris; nel 2005 ha pubblicato il libro: Leopardi en los poetas
españoles.
Il terzo saggio, intitolato: La diffusione della narrativa italiana nella Spagna di fine secolo
attraverso le riviste, apre lo sguardo sull’ingente produzione narrativa e pubblicistica della
fine dell’Ottocento, una delle tematiche meno studiate finora nella letteratura comparata.
Linda Garosi è ricercatrice e docente presso l’Università di Cordova in Spagna; i suoi lavori
scientifici riguardano la narrativa italiana (1860-1950), la rappresentazione della migrazione e
i rapporti tra letteratura e immagine. Si è occupata di Dossi, Praga, Tarchetti, D’Annunzio, De
Amicis, Pirandello, Gadda, Manzini ed è autrice della tesi di ricerca: Poética de una crisis. Las
literaturas italiana y española entre los siglos XIX y XX (2006).
Il seguente saggio, quarto, intitolato: Sulle tracce dei poeti ermetici italiani in Spagna, ripercorre
l’eco della principale corrente letteraria dell’Italia della prima metà del XXesimo Secolo:
il denominato “Ermetismo fiorentino”. L’autrice, Encarna Esteban, giovane ricercatrice
e docente presso l’Università di Murcia, si è dottorata con una tesi sulla poesia spirituale di
Mario Luzi ed è autrice del libro Viaje terrestre y celeste de Mario Luzi (Aracne, 2015).
Nel penultimo e quinto saggio: Da Salamanca a nessuna parte: punti di vicinanza e
lontananza tra il cinema italiano e spagnolo negli anni 50 e 60, Sara Velázquez presenta
interessantissime informazioni sulle collaborazioni cinematografiche tra i due paesi, con
spunti sulla società e la letteratura. S. Velázquez insegna presso l’Università di Salamanca,
come ricercatrice si occupa della letteratura italiana e l’immigrazione e la ricezione e
traduzione di opere italiane e del loro influsso in Spagna.
Completando il percorso comparativo del presente numero, il sesto saggio, intitolato:
Italia versus Spagna: linguaggio televisivo a confronto, passa in rassegna i principali prodotti
televisivi dei due paesi e i loro protagonisti. È stato realizzato da Salvatore Bartolotta,
docente presso l’U.N.E.D. di Madrid, direttore della Sezione di Filologia Italiana e il Programma
di Dottorato Internazionale in Filologia presso la stessa università. Bartolotta si occupa
prevalentemente di cinema, musica e televisione al femminile; tra i tanti suoi contributi ricordiamo:
Cine, música y televisión en la Italia actual (UNED, 2008) e Storie di donne che non si
arrendono (Aracne, 2012).
Ringraziando i collaboratori per il loro impegno nel porgere alla comunità italiana una
visione rigorosa e ricca di spunti e prospettive per il rinnovo degli studi comparativi tra le
nostre culture, vi auguriamo una buona lettura.
María Belén Hernández González
(Univ. di Murcia)
Coordinatrice del numero
Dicembre 2017
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Direttore responsabile
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Revisore
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Grafico
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Mosaico Italiano, ISSN 21759537, 2020
La scrittura di Juan Rodolfo Wilcock viene fin da subito delineata da Andrea Gialloreto, nel suo ... more La scrittura di Juan Rodolfo Wilcock viene fin da subito delineata da Andrea Gialloreto, nel suo I cantieri dello sperimentalismo, come un “ricco deposito del fantastico e del grottesco” subordinato ad una rigorosa precisione. Tale profilo, oltre ad evocare le prime esperienze e i primi contatti con intellettuali argentini di grande calibro nella famosa rivista Sur – i nomi di Borges, Bioy Casares e Cristina Ocampo sono fondamentali –, ci dice anche molto del rapporto che lo scrittore argentino, emigrato prima in Inghilterra e che poi ha adottato l’Italia, come ambiente culturale e come lingua di scrittura, presenta nei riguardi della lingua, della parola e del linguaggio. Il raffinato contesto ibero-americano, con un’impronta di forte carattere europeo, è certamente un elemento di mediazione. Come ben sottolinea Gialloreto, Wilcock è riuscito ad assestarsi nel flusso “della nostra tradizione mettendone a soqquadro gli equilibri, ibridandola, contestandola talvolta, a ogni modo bruciando le tappe di un percorso di “acclimatamento” fulmineo quanto misterioso”. Gli spostamenti culturali e geografici, quasi uno spogliarsi di sé stesso e al contempo un reinventarsi, lo portano in qualche modo all’ allontanamento dalle prime inquietudini giovanili e dal canone argentino e, di conseguenza, al delinearsi di uno sguardo obliquo e straniante.
Mosaico Italiano, ISSN 21759537, 2020
«[…] al Governo rincresce di essere stato costretto a esercitare energicamente quello che consid... more «[…] al Governo rincresce di essere stato costretto a esercitare energicamente quello che considera suo diritto e suo dovere, proteggere con tutti i mezzi la popolazione nella crisi che stiamo attraversando, quando sembra si verifichi qualcosa di simile a una violenta epidemia […] e desidererebbe poter contare sul senso civico e la collaborazione di tutti i cittadini per bloccare il propagarsi del contagio». E ancora: «Il Governo è perfettamente consapevole delle proprie responsabilità e si aspetta da coloro ai quali questo messaggio è rivolto che assumano anch’essi, da cittadini rispettosi quali devono essere, le loro responsabilità, pensando anche che l’isolamento in cui ora si trovano rappresenterà, al di là di qualsiasi altra considerazione personale, un atto di solidarietà verso il resto della comunità nazionale». Due frammenti che descrivono un contesto d’urgenza provocato da una violenta epidemia che pare minacciare tutti e contro la quale governi e cittadini devono lottare insieme, anche se per bloccarla è necessario l’isolamento al fine di evitare il contagio e la conseguente propagazione.
Mosaico Italiano, ISSN 21759537, 2020
Nell’arco di trent’anni – dalla pubblicazione di Le faticose attese (1988) a Cairn (2018) – la sc... more Nell’arco di trent’anni – dalla pubblicazione di Le faticose attese (1988) a Cairn (2018) – la scrittura di Enrico Testa è ovviamente cambiata, maturata, pur mantenendo alcuni elementi di continuità. Se da un lato è possibile identificare in questo percorso delle variazioni di registro, lessico e metrica, fino a sfiorare il genere dell’invettiva, come nel caso di Cairn, dall’altro è possibile riaffermare una specie di fedeltà alle sue origini poetiche. Comunque sia, Enrico Testa è sicuramente una delle grandi voci della poesia italiana contemporanea.
Mosaico Italiano, ISSN 21759537, 2020
In tempi di pandemia, che ha per ora allentato la sua stretta in Italia, ma che a detta degli spe... more In tempi di pandemia, che ha per ora allentato la sua stretta in Italia, ma che a detta degli specialisti ha adesso il suo epicentro in Sudamerica e in Brasile, il Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana (NECLIT), attivo a Florianópolis (Brasile) presso l’Università Federale di Santa Catarina (UFSC), si è fatto promotore di due progetti culturali di diffusione e sensibilizzazione sul tema.
ANUAC, 2012
a cura di, 2012, Literatura de vanguarda e política -o século revisitado, Comunità, Niterói, 2012... more a cura di, 2012, Literatura de vanguarda e política -o século revisitado, Comunità, Niterói, 2012, pp. 186. Tra il 13 e il 15 aprile 2011, si è svolto a Florianópolis, in Brasile, presso l'Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), il Colloquio "Literatura de vanguarda e política -o século revisitado" 1 . Da questo convegno risulta ora il libro omonimo, curato da Maria Aparecida Barbosa, Meritxell Hernando Marsal e Patricia Peterle, nel quale appare una sezione, la quarta, dedicata a "Cultura, antropologia e storia", per cui ci pare opportuno segnalare il volume con una recensione anche swu una rivista di antropologia.