Kassoum DIEME | Universidade de Brasília - UnB (original) (raw)

Papers by Kassoum DIEME

Research paper thumbnail of Des langues nationales au Sénégal, ça sert à quoi?

S'il y a une chose que je cherche encore à comprendre, c'est le fait qu'un frère, une soeur… s'ad... more S'il y a une chose que je cherche encore à comprendre, c'est le fait qu'un frère, une soeur… s'adresse à sa soeur, à sa cousine, à sa fiancée, à son oncle, à sa tante, à son père, à sa mère, à son frère et probablement à grand-père et grand-mère dans leur langue maternelle.

Research paper thumbnail of IMIGRAÇÃO EM MASSA: A INVASÃO DA EUROPA

Research paper thumbnail of Há crise da imigração na União Europeia?

Os séculos XIX e XX 1 , para ficar apenas nestes, foram marcados pela migração internacional, mai... more Os séculos XIX e XX 1 , para ficar apenas nestes, foram marcados pela migração internacional, mais precisamente intercontinental. Os números estão na casa dos milhões de pessoas. As causas daqueles fluxos são certamente diversas. Uma delas é a falta de trabalho ou emprego causada pela industrialização. Não estamos falando de negros saindo da chamada África subsaariana para Europa em busca do paraíso, mas sim de brancos europeus deixando o Velho Continente para o Novo Mundo 2 .

Research paper thumbnail of POR QUE UM ESTADO FEDERAL DA ÁFRICA NEGRA?

O presente trabalho visa mostrar a importância do cientista Cheikh Anta Diop na criação de bases ... more O presente trabalho visa mostrar a importância do cientista Cheikh Anta Diop na criação de bases sólidas de um Estado Federal da África Negra, que resultaria de uma união entre os países do continente habitada majoritariamente por negros. A ideia de Diop não é um convite para a volta à configuração geográfica dos impérios e reinos que neste existiram, mas sim um apelo para uma nova construção geográfica contrária à imposta pela superioridade de força bélica de certos países ocidentais na Conferência de Berlim de 1984Berlim de /1985. Nestas bases, sendo algumas delas a tomada de consciência da própria história, a unidade territorial e a unidade linguística, Diop busca uma união para o desenvolvimento continental da África Negra. Esta união teria como meta liberar a África Negra da dominação colonial, bem como lutar contra o racismo e proporcionar a dignidade do negro africano e de outros continentes consequentemente.

Research paper thumbnail of Uma interpretação de "La noire de... de SEMBENE Ousmane

Percebe-se logo no início do filme uma jovem negra desembarcando de um navio. Logo em seguida, tu... more Percebe-se logo no início do filme uma jovem negra desembarcando de um navio. Logo em seguida, tudo fica evidente que ela não estava tão perdida quanto ela mesma começou a imaginar. Foi tratada por quem veio buscá-la de carro como uma dama nos primeiros minutos em que respirou o ar de Paris, a bela cidade. Esta lhe foi melhor apresentada em alguns segundos de uma janela do apartamento que doravante era sua cela, mas posteriormente batizado como tal.

Research paper thumbnail of Le poids est relatif

En plein centre universitaire, au début du XXI e Siècle, plus précisément en octobre 2002 à l'Uni... more En plein centre universitaire, au début du XXI e Siècle, plus précisément en octobre 2002 à l'Université de Brasilia sise à Brasília, la capitale Fédérale du Brésil, une collègue de classe me demanda : « mais pourquoi les femmes africaines portent-elles des voiles?

Research paper thumbnail of Discurso africano para goianos

Senhoritas e senhores, goianos, brasileiros e africanos e de outros lugares boa noite.

Research paper thumbnail of Comentando o artigo do geógrafo Diogo

Como dizem os franceses "mieux vaut tard que jamais". Houve atraso e quanto a isso não temos dúvi... more Como dizem os franceses "mieux vaut tard que jamais". Houve atraso e quanto a isso não temos dúvidas. No entanto, algo começou a ser feito. Mas, ao nos perguntar o porquê do atraso nos demos conta que a razão profunda é a dificuldade de reconhecer que os negros estão ausentes nas universidades brasileiras e a ideia de naturalização de tal fato. Não podemos, felizmente, falar de falta de iniciativa de organização por parte d@s negr@s. Uma comentadora como Albuquerque, do artigo do Diogo, defende cotas para negr@s "uma vez que deveriam existir cotas para alunos de classe média e alta...", ou seja, se acha no direito de difamar publicamente uma política pública de tamanha importância sem nem ao menos fundamentar sua opinião (talvez não haja fundamentação). Cabe antes de mais nada nos perguntar porque cotas para negros nas universidades brasileiras. A pergunta que faço é: que tal concordar com cotas para mulheres na política desde que haja também cotas para homens brancos? Se a condição proposta por Albuquerque faz algum sentido então a última proposição também o faz. Infelizmente existe esta insistente mania de banalizar a discussão acerca das cotas raciais. Agora que a questão veio à tona, as desigualdades sociais, sempre ignoradas por essa mesma elite, surgem como contra-argumentos para sustentar a insustentável teoria da democracia racial no Brasil. Essa induzida confusão promovida por essa classe de reacionários busca maquiar esse racismo evidente no país. Quando se fala da questão da pobreza, da educação ou do gênero, por exemplo, ai sim o debate pode girar exclusivamente em torno do tema em questão. Mulheres organizadas ou pobres organizados podem formular e conseguir junto às instituições ou ao estado políticas públicas voltadas para suas demandas. Porque tanta objeção quando negros/as organizados/as fazem o mesmo?

Research paper thumbnail of A negação da informação

Uma das tantas vezes, indo para Brasília, saindo de Goiânia, fui comprar uma passagem, requisito ... more Uma das tantas vezes, indo para Brasília, saindo de Goiânia, fui comprar uma passagem, requisito indispensável para efetuar a pretendida viagem que dura em média três horas e meia de tempo. Era meio dia e quarenta minutos do primeiro dia e mês de 2011. Ao responder à minha pergunta sobre a hora em que sai o próximo ônibus para Brasília, o funcionário me disse: "o próximo veículo sai as duas (quatorze horas)". E tá quanto? Perguntei. "Trinta reais e 40 centavos", respondeu. Depois de comprar a passagem, fui me acomodar, ao lado do Box indicado, nas cadeiras de plástico colocadas no local para que as pessoas possam esperar sentadas. O Box no qual devia sair o próximo ônibus para Brasília era o 32 (trinta e dois), isso de açodo com a informação fresquinha que eu recebi do funcionário da empresa Araguarina. No Box 33 (trinta e três) havia um ônibus da Viação Goiânia estacionado com destino a Brasília e saída prevista para 13:00h (treze horas). Não precisei adivinhar nada por que no cantinho superior do pára-brisa tinha uma telinha retangular na qual desfilava esta informação. Percebi que o veículo não estava cheio e ainda faltavam pelo menos dez minutos para sua saída. Curioso, quis satisfazer minha curiosidade. Quando cheguei no guichê onde tinha comprado minha passagem, um outro cliente estava sendo atendido. Depois dele foi a minha vez. Sem demora fui direto ao assunto. O veículo Executivo que vai sair às 13 horas está lotado? Não, ainda tem vaga, respondeu o mesmo atendente referido anteriormente. Quarenta e quatro reais, reponde o funcionário à minha pergunta referente ao valor da passagem. Ok, obrigado, repliquei. Em seguida virei as costa e voltei para o local de espera para embarque onde ocupei por sorte a mesma cadeira que ainda estava desocupada. Revendo as cenas desde o início, isto é, desde que cheguei no guichê e fiz a primeira pergunta antes de comprar a passagem, comecei a me perguntar: mas por que ele me falou que só saia ônibus para Brasília às 14:00h, sendo que tinha um com saída marcada para 13:00h? A primeira hipótese que me veio a cabeça foi o preço. O preço da passagem do veículo Executivo eram 14 reais mais caro que o Convencional. Para ser exato, eram 13,60 reais de diferença. Qualquer um sabe que Executivo é mais caro que Convencional, mas esta diferença de preço não justifica a negação da informação. Mas o que então o levaria a me negar uma informação disponível e solicitada? Este funcionário da empresa em questão deve ter seus motivos que, por não serem revelados, não me aventuro em adivinhá-los. Na verdade, adivinhar o que move as ações humanas é tarefa bastante difícil, pelo menos para mim. Felizmente tenho a possibilidade e o direito de interpretar o ato do funcionário da Araguarina. Tendo optado por não perguntar o porquê da omissão de uma informação muito relevante para mim, cometendo um erro com isso, resolvi então usufruir do direito de interpretar a atitude do profissional. Não sendo o preço o problema nesta história toda, algo deve estar na rápida decisão tomada pelo querido profissional de omitir a importantíssima informação sobre o Executivo. Eu podia, nos olhos dele, aparentar ser o que for que seja: um simples estudante, um profissional de qualquer uma destas áreas nas quais os profissionais recebem salários indecentes, ou até mesmo um desempregado que não tem expectativa alguma de renda no final do mês, mas nenhuma destas suposições se confirma como verdadeira antes que eu me pronunciasse. Não importa a profissão que exerço ou deixo de exercer, pois ela em si não deveria influir na resposta do profissional, infelizmente caracterizada por uma omissão grave e injustificável, à minha pergunta. Será que sua resposta foi essa porque foi um negro que te fez a pergunta? É claro que sua resposta é nããão. Mas, saiba que tudo depende da situação em que o cliente se encontra e cabe a ele decidir diante de todas as opções que lhe são apresentadas. Faço este trajeto com relativa freqüência desde o segundo semestre de 2008. Obviamente das duas opções de ônibus viajei mais com a segunda, mas perdi as contas sobre o número de vezes que fiz a mesma estrada com a opção mais cara. Peguei o Executivo por diversos motivos: pressa, conforto, praticidade, impaciência, lazer, nunca por causa do Preço que aparentemente justifica o ato do camarada sobre a informação que solicitei. Digo que solicitei porque diante da solicitação de outra cliente que por coincidência pegou o mesmo ônibus que eu, a resposta foi objetiva e completa, consequentemente a decisão dela de viajar na segunda das opções foi livre. O fornecimento correto da informação solicitada a um profissional não deve depender da aparência de quem a solicita, mas sim da informação disponível para quem informa.

Research paper thumbnail of PAI OCIDENTE, QUEM É VOCÊ?  UMA PERGUNTA DA MÃE ÁFRICA

Dedico minha primeira obra literária à África, ao Ocidente, aos meus pais e a todo o povo senegal... more Dedico minha primeira obra literária à África, ao Ocidente, aos meus pais e a todo o povo senegalês, onde quer que esteja,. Dedico a mesma a qualquer ocidental que lutou, bem como a todo cidadão neste mundo que esteja se empenhando para que a cidadania de certas pessoas e a de certos grupos das sociedades ocidentais seja real. Ainda dedico-a à minha filha Aline Sitoé Santos Dieme e a todos os líderes africanos que derramaram, uns suas lágrimas, outros seu suor e seu sangue em nome da dignidade africana e do respeito pela pessoa negra na África e no mundo inteiro.

Research paper thumbnail of A política pública de saúde no Brasil. Um olhar sobre o Sistema Único de Saúde (SUS)

Research paper thumbnail of Mídia e evolução do marketing

Neste artigo discute-se o conceito de mídia, com destaque a alguns aspectos tais como a carência ... more Neste artigo discute-se o conceito de mídia, com destaque a alguns aspectos tais como a carência de conceito consistente sobre a questão e a falta de consenso relativo a tentativas de conceituação. As definições partem de sua associação a simples meios técnicos de difusão a veículos com certa autonomia e capacidade de produzir influência e sentidos. No entanto, entende-se por mídia instituições e meios técnicos de comunicação administrados por agentes. A mídia mantém uma estreita relação com o marketing tornando-se assim uma ferramenta incontornável para o entendimento deste na sua evolução ao longo do tempo.

Research paper thumbnail of O Serviço Público no Brasil: Características e Perspectivas.

Especialização em Políticas Públicas Disciplina: Trabalho no Serviço Público: processo e organiza... more Especialização em Políticas Públicas Disciplina: Trabalho no Serviço Público: processo e organização Professor: Revalino Freitas Aluno: Kassoum Diémé Matrícula: 0254/2009 O Serviço Público no Brasil: Características e Perspectivas. Introdução O serviço público no Brasil apresenta características e aspectos diversos ao longo do tempo. Propõe-se ressaltar neste trabalho o que vem a ser este conceito, mostrando suas principais características e seus aspectos no passado e nos dias de hoje. Para tanto o olhar será voltado para as entidades que sempre atuaram ou que por algum tempo tiveram e ainda têm um papel relevante no referido serviço público. De acordo com Cezne (2005:315) com a crise dos anos 1970 o mundo se encontrou numa nova fase no tocante aos direitos sociais até então garantidos pelo Estado, em particular depois da Segunda Guerra Mundial. Como era de se esperar, tal crise gerou respostas entre as quais a autora ressalta a reforma "no próprio aparato estatal, como na retirada de direitos sociais e modificação da atuação do Estado ligada e estes direitos." (CEZNE, 2005:316). Estas modificações terão suas influências sobre a concepção do próprio conceito de serviço público que passou futuramente a introduzir novos atores provedores de serviços assim denominados. A definição do conceito de serviço público é de longa data, mas veremos que a reforma do Estado é o grande marco do conceito tal como é entendido hoje. Conforme CEZNE (2005:316) "(...) a reformulação do aparato estatal é o acontecimento mais relevante do direito administrativo dos últimos anos e que, neste contexto, torna-se necessariamente relevante a reflexão sobre o conceito de serviço público.".

Research paper thumbnail of Sociedade Civil e Políticas Púbicas no Brasil

Research paper thumbnail of PARA ALEM DE UM DEBATE EM TEORIA SOCIOLÓGICA

Este trabalho se propôs a fazer uma discussão sobre a teoria sociológica, ressaltando alguns elem... more Este trabalho se propôs a fazer uma discussão sobre a teoria sociológica, ressaltando alguns elementos centrais nas preocupações dos teóricos clássicos. Num segundo momento ele se focaliza no debate teórico entre alguns contemporâneos desta área de conhecimento. No fim é mostrado que o esforço de teorização dos sociólogos contemporâneos está não só intrinsicamente ligado a uma preocupação metodológica, tal como ocorreu com os clássicos da sociologia, mas também pode ser vista como uma ideologia quando se considera a divisão intelectual do trabalho no mundo globalizado.

Research paper thumbnail of HOMENS E MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO

Palavras-chave: mercado do trabalho; gênero; evolução e permanência.

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S'il y a une chose que je cherche encore à comprendre, c'est le fait qu'un frère, une soeur… s'ad... more S'il y a une chose que je cherche encore à comprendre, c'est le fait qu'un frère, une soeur… s'adresse à sa soeur, à sa cousine, à sa fiancée, à son oncle, à sa tante, à son père, à sa mère, à son frère et probablement à grand-père et grand-mère dans leur langue maternelle.

Research paper thumbnail of IMIGRAÇÃO EM MASSA: A INVASÃO DA EUROPA

Research paper thumbnail of Há crise da imigração na União Europeia?

Os séculos XIX e XX 1 , para ficar apenas nestes, foram marcados pela migração internacional, mai... more Os séculos XIX e XX 1 , para ficar apenas nestes, foram marcados pela migração internacional, mais precisamente intercontinental. Os números estão na casa dos milhões de pessoas. As causas daqueles fluxos são certamente diversas. Uma delas é a falta de trabalho ou emprego causada pela industrialização. Não estamos falando de negros saindo da chamada África subsaariana para Europa em busca do paraíso, mas sim de brancos europeus deixando o Velho Continente para o Novo Mundo 2 .

Research paper thumbnail of POR QUE UM ESTADO FEDERAL DA ÁFRICA NEGRA?

O presente trabalho visa mostrar a importância do cientista Cheikh Anta Diop na criação de bases ... more O presente trabalho visa mostrar a importância do cientista Cheikh Anta Diop na criação de bases sólidas de um Estado Federal da África Negra, que resultaria de uma união entre os países do continente habitada majoritariamente por negros. A ideia de Diop não é um convite para a volta à configuração geográfica dos impérios e reinos que neste existiram, mas sim um apelo para uma nova construção geográfica contrária à imposta pela superioridade de força bélica de certos países ocidentais na Conferência de Berlim de 1984Berlim de /1985. Nestas bases, sendo algumas delas a tomada de consciência da própria história, a unidade territorial e a unidade linguística, Diop busca uma união para o desenvolvimento continental da África Negra. Esta união teria como meta liberar a África Negra da dominação colonial, bem como lutar contra o racismo e proporcionar a dignidade do negro africano e de outros continentes consequentemente.

Research paper thumbnail of Uma interpretação de "La noire de... de SEMBENE Ousmane

Percebe-se logo no início do filme uma jovem negra desembarcando de um navio. Logo em seguida, tu... more Percebe-se logo no início do filme uma jovem negra desembarcando de um navio. Logo em seguida, tudo fica evidente que ela não estava tão perdida quanto ela mesma começou a imaginar. Foi tratada por quem veio buscá-la de carro como uma dama nos primeiros minutos em que respirou o ar de Paris, a bela cidade. Esta lhe foi melhor apresentada em alguns segundos de uma janela do apartamento que doravante era sua cela, mas posteriormente batizado como tal.

Research paper thumbnail of Le poids est relatif

En plein centre universitaire, au début du XXI e Siècle, plus précisément en octobre 2002 à l'Uni... more En plein centre universitaire, au début du XXI e Siècle, plus précisément en octobre 2002 à l'Université de Brasilia sise à Brasília, la capitale Fédérale du Brésil, une collègue de classe me demanda : « mais pourquoi les femmes africaines portent-elles des voiles?

Research paper thumbnail of Discurso africano para goianos

Senhoritas e senhores, goianos, brasileiros e africanos e de outros lugares boa noite.

Research paper thumbnail of Comentando o artigo do geógrafo Diogo

Como dizem os franceses "mieux vaut tard que jamais". Houve atraso e quanto a isso não temos dúvi... more Como dizem os franceses "mieux vaut tard que jamais". Houve atraso e quanto a isso não temos dúvidas. No entanto, algo começou a ser feito. Mas, ao nos perguntar o porquê do atraso nos demos conta que a razão profunda é a dificuldade de reconhecer que os negros estão ausentes nas universidades brasileiras e a ideia de naturalização de tal fato. Não podemos, felizmente, falar de falta de iniciativa de organização por parte d@s negr@s. Uma comentadora como Albuquerque, do artigo do Diogo, defende cotas para negr@s "uma vez que deveriam existir cotas para alunos de classe média e alta...", ou seja, se acha no direito de difamar publicamente uma política pública de tamanha importância sem nem ao menos fundamentar sua opinião (talvez não haja fundamentação). Cabe antes de mais nada nos perguntar porque cotas para negros nas universidades brasileiras. A pergunta que faço é: que tal concordar com cotas para mulheres na política desde que haja também cotas para homens brancos? Se a condição proposta por Albuquerque faz algum sentido então a última proposição também o faz. Infelizmente existe esta insistente mania de banalizar a discussão acerca das cotas raciais. Agora que a questão veio à tona, as desigualdades sociais, sempre ignoradas por essa mesma elite, surgem como contra-argumentos para sustentar a insustentável teoria da democracia racial no Brasil. Essa induzida confusão promovida por essa classe de reacionários busca maquiar esse racismo evidente no país. Quando se fala da questão da pobreza, da educação ou do gênero, por exemplo, ai sim o debate pode girar exclusivamente em torno do tema em questão. Mulheres organizadas ou pobres organizados podem formular e conseguir junto às instituições ou ao estado políticas públicas voltadas para suas demandas. Porque tanta objeção quando negros/as organizados/as fazem o mesmo?

Research paper thumbnail of A negação da informação

Uma das tantas vezes, indo para Brasília, saindo de Goiânia, fui comprar uma passagem, requisito ... more Uma das tantas vezes, indo para Brasília, saindo de Goiânia, fui comprar uma passagem, requisito indispensável para efetuar a pretendida viagem que dura em média três horas e meia de tempo. Era meio dia e quarenta minutos do primeiro dia e mês de 2011. Ao responder à minha pergunta sobre a hora em que sai o próximo ônibus para Brasília, o funcionário me disse: "o próximo veículo sai as duas (quatorze horas)". E tá quanto? Perguntei. "Trinta reais e 40 centavos", respondeu. Depois de comprar a passagem, fui me acomodar, ao lado do Box indicado, nas cadeiras de plástico colocadas no local para que as pessoas possam esperar sentadas. O Box no qual devia sair o próximo ônibus para Brasília era o 32 (trinta e dois), isso de açodo com a informação fresquinha que eu recebi do funcionário da empresa Araguarina. No Box 33 (trinta e três) havia um ônibus da Viação Goiânia estacionado com destino a Brasília e saída prevista para 13:00h (treze horas). Não precisei adivinhar nada por que no cantinho superior do pára-brisa tinha uma telinha retangular na qual desfilava esta informação. Percebi que o veículo não estava cheio e ainda faltavam pelo menos dez minutos para sua saída. Curioso, quis satisfazer minha curiosidade. Quando cheguei no guichê onde tinha comprado minha passagem, um outro cliente estava sendo atendido. Depois dele foi a minha vez. Sem demora fui direto ao assunto. O veículo Executivo que vai sair às 13 horas está lotado? Não, ainda tem vaga, respondeu o mesmo atendente referido anteriormente. Quarenta e quatro reais, reponde o funcionário à minha pergunta referente ao valor da passagem. Ok, obrigado, repliquei. Em seguida virei as costa e voltei para o local de espera para embarque onde ocupei por sorte a mesma cadeira que ainda estava desocupada. Revendo as cenas desde o início, isto é, desde que cheguei no guichê e fiz a primeira pergunta antes de comprar a passagem, comecei a me perguntar: mas por que ele me falou que só saia ônibus para Brasília às 14:00h, sendo que tinha um com saída marcada para 13:00h? A primeira hipótese que me veio a cabeça foi o preço. O preço da passagem do veículo Executivo eram 14 reais mais caro que o Convencional. Para ser exato, eram 13,60 reais de diferença. Qualquer um sabe que Executivo é mais caro que Convencional, mas esta diferença de preço não justifica a negação da informação. Mas o que então o levaria a me negar uma informação disponível e solicitada? Este funcionário da empresa em questão deve ter seus motivos que, por não serem revelados, não me aventuro em adivinhá-los. Na verdade, adivinhar o que move as ações humanas é tarefa bastante difícil, pelo menos para mim. Felizmente tenho a possibilidade e o direito de interpretar o ato do funcionário da Araguarina. Tendo optado por não perguntar o porquê da omissão de uma informação muito relevante para mim, cometendo um erro com isso, resolvi então usufruir do direito de interpretar a atitude do profissional. Não sendo o preço o problema nesta história toda, algo deve estar na rápida decisão tomada pelo querido profissional de omitir a importantíssima informação sobre o Executivo. Eu podia, nos olhos dele, aparentar ser o que for que seja: um simples estudante, um profissional de qualquer uma destas áreas nas quais os profissionais recebem salários indecentes, ou até mesmo um desempregado que não tem expectativa alguma de renda no final do mês, mas nenhuma destas suposições se confirma como verdadeira antes que eu me pronunciasse. Não importa a profissão que exerço ou deixo de exercer, pois ela em si não deveria influir na resposta do profissional, infelizmente caracterizada por uma omissão grave e injustificável, à minha pergunta. Será que sua resposta foi essa porque foi um negro que te fez a pergunta? É claro que sua resposta é nããão. Mas, saiba que tudo depende da situação em que o cliente se encontra e cabe a ele decidir diante de todas as opções que lhe são apresentadas. Faço este trajeto com relativa freqüência desde o segundo semestre de 2008. Obviamente das duas opções de ônibus viajei mais com a segunda, mas perdi as contas sobre o número de vezes que fiz a mesma estrada com a opção mais cara. Peguei o Executivo por diversos motivos: pressa, conforto, praticidade, impaciência, lazer, nunca por causa do Preço que aparentemente justifica o ato do camarada sobre a informação que solicitei. Digo que solicitei porque diante da solicitação de outra cliente que por coincidência pegou o mesmo ônibus que eu, a resposta foi objetiva e completa, consequentemente a decisão dela de viajar na segunda das opções foi livre. O fornecimento correto da informação solicitada a um profissional não deve depender da aparência de quem a solicita, mas sim da informação disponível para quem informa.

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Dedico minha primeira obra literária à África, ao Ocidente, aos meus pais e a todo o povo senegal... more Dedico minha primeira obra literária à África, ao Ocidente, aos meus pais e a todo o povo senegalês, onde quer que esteja,. Dedico a mesma a qualquer ocidental que lutou, bem como a todo cidadão neste mundo que esteja se empenhando para que a cidadania de certas pessoas e a de certos grupos das sociedades ocidentais seja real. Ainda dedico-a à minha filha Aline Sitoé Santos Dieme e a todos os líderes africanos que derramaram, uns suas lágrimas, outros seu suor e seu sangue em nome da dignidade africana e do respeito pela pessoa negra na África e no mundo inteiro.

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Neste artigo discute-se o conceito de mídia, com destaque a alguns aspectos tais como a carência ... more Neste artigo discute-se o conceito de mídia, com destaque a alguns aspectos tais como a carência de conceito consistente sobre a questão e a falta de consenso relativo a tentativas de conceituação. As definições partem de sua associação a simples meios técnicos de difusão a veículos com certa autonomia e capacidade de produzir influência e sentidos. No entanto, entende-se por mídia instituições e meios técnicos de comunicação administrados por agentes. A mídia mantém uma estreita relação com o marketing tornando-se assim uma ferramenta incontornável para o entendimento deste na sua evolução ao longo do tempo.

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Especialização em Políticas Públicas Disciplina: Trabalho no Serviço Público: processo e organiza... more Especialização em Políticas Públicas Disciplina: Trabalho no Serviço Público: processo e organização Professor: Revalino Freitas Aluno: Kassoum Diémé Matrícula: 0254/2009 O Serviço Público no Brasil: Características e Perspectivas. Introdução O serviço público no Brasil apresenta características e aspectos diversos ao longo do tempo. Propõe-se ressaltar neste trabalho o que vem a ser este conceito, mostrando suas principais características e seus aspectos no passado e nos dias de hoje. Para tanto o olhar será voltado para as entidades que sempre atuaram ou que por algum tempo tiveram e ainda têm um papel relevante no referido serviço público. De acordo com Cezne (2005:315) com a crise dos anos 1970 o mundo se encontrou numa nova fase no tocante aos direitos sociais até então garantidos pelo Estado, em particular depois da Segunda Guerra Mundial. Como era de se esperar, tal crise gerou respostas entre as quais a autora ressalta a reforma "no próprio aparato estatal, como na retirada de direitos sociais e modificação da atuação do Estado ligada e estes direitos." (CEZNE, 2005:316). Estas modificações terão suas influências sobre a concepção do próprio conceito de serviço público que passou futuramente a introduzir novos atores provedores de serviços assim denominados. A definição do conceito de serviço público é de longa data, mas veremos que a reforma do Estado é o grande marco do conceito tal como é entendido hoje. Conforme CEZNE (2005:316) "(...) a reformulação do aparato estatal é o acontecimento mais relevante do direito administrativo dos últimos anos e que, neste contexto, torna-se necessariamente relevante a reflexão sobre o conceito de serviço público.".

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Este trabalho se propôs a fazer uma discussão sobre a teoria sociológica, ressaltando alguns elem... more Este trabalho se propôs a fazer uma discussão sobre a teoria sociológica, ressaltando alguns elementos centrais nas preocupações dos teóricos clássicos. Num segundo momento ele se focaliza no debate teórico entre alguns contemporâneos desta área de conhecimento. No fim é mostrado que o esforço de teorização dos sociólogos contemporâneos está não só intrinsicamente ligado a uma preocupação metodológica, tal como ocorreu com os clássicos da sociologia, mas também pode ser vista como uma ideologia quando se considera a divisão intelectual do trabalho no mundo globalizado.

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Palavras-chave: mercado do trabalho; gênero; evolução e permanência.