Flavia Krauss | Universidade do Estado de Mato Grosso (original) (raw)
Papers by Flavia Krauss
Caracol
título es "Las cartoneras: um devir editorial latino-americano".
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Dec 22, 2022
In this article we analyze Almha, la Vengadora-a work written by Crispín Portugal and published b... more In this article we analyze Almha, la Vengadora-a work written by Crispín Portugal and published by Yerba Mala Cartonera, in Bolivia in 2006, whose translation into Portuguese was presented in 2021 by Curupira and Va Cartonera-through the point of view of ekphrasis (Ferreira, 2007), here understood as a literary resource that mixes the linguistic with the visual-pictorial. From a reading that understands writing as belonging to the masculine and the image as belonging to the feminine, we problematize this understanding in our analysis and interpret this literary resource as a possible correspondence to the supplementary jouissance, read here as a matrix of writing that it exceeds the masculine logic, based on classifications (Lacan, 2008). By focusing on some excerpts that support our argument, from a methodological apparatus that tensions the narrative technique used in the work with the Aymará cosmovision (
Signos Ele, Sep 6, 2010
Este texto relata un proceso vivenciado en la disciplina Pasantia Supervisada en Lengua y Literat... more Este texto relata un proceso vivenciado en la disciplina Pasantia Supervisada en Lengua y Literatura Espanola, en el septimo semestre 2009/01 del curso de Letras de la Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Tangara da Serra, Brasil. A partir del trabajo con los diarios dialogicos como instrumento de reflexion sobre la propia practica docente, trato de tejer una colcha de retazos que, de modo metalinguistico, intenta comprender el mecanismo de confeccion de los informes hechos por las alumnas. Para ello, observo ciertos aspectos vinculados con la constitucion de las subjetividades de los implicados en el proceso de ensenanza y aprendizaje de la lengua espanola en el estado de Mato Grosso, Brasil, analizando algunas cuestiones centrales para la comprension del proceso de aprendizaje de dicha lengua, que pueden ser aprovechadas en la formacion del profesorado. Abstract This text recounts the process that took place during the subject Pasantia Supervisada en Lengua y Literatura Espanola [Supervised Internship on Spanish Language and Literature], in the seventh term 2009/01, from the Arts course of the Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Tangara da Serra campus, Brazil. From the work with these reflective journals as an instrument to consider my own teaching activity, I try to “knit a hotchpotch” that attempts to understand, in a metalinguistic way, the mechanisms used by students to write their reports. For this purpose, I observe certain aspects related to the construction of subjectivities of those involved in the process of teaching and learning Spanish in the state of Mato Grosso, Brazil, analysing some key points to comprehend the learning process of said language, which can be useful for teacher training. Resumo Este texto e resultado de um processo vivenciado na disciplina Estagio Supervisionado em Lingua e Literatura Espanhola no setimo semestre 2009/01 do curso de Letras da Unemat, campus de Tangara da Serra. A partir do trabalho com os diarios dialogicos como instrumento de reflexao sobre a propria pratica docente, me esforco por tecer uma colcha de retalhos que, de maneira metalinguistica, procura compreender o mecanismo de confeccao dos relatos feitos pelas alunas. Assim, me debruco alguns pontos localizados no processo de constituicao das subjetividades dos implicados no processo de ensino-aprendizagem da lingua espanhola no estado de Mato Grosso, analisando algumas questoes fulcrais implicadas tanto no processo de aprendizagem de dita lingua quanto no de formacao de professores.
Beoiberística : Revista de Estudios Ibéricos, Latinoamericanos y Comparativos, 2021
In this text, contributing with a possible inspiration for the didactics of Hispanic studies in t... more In this text, contributing with a possible inspiration for the didactics of Hispanic studies in the world, I present a form of work that we are accomplishing in the countryside of Brazil, in a city called Tangara da Serra, located in the State of Mato Grosso – a border state with Bolivia. As we have previously studied (Krauss 2016) the literary-editorial work carried out by the Cartonera Publishers – collectives that manufacture books with cardboard covers and that have gained more and more literary expression in Latin America – we understand that their catalog is a privileged gateway for a linguistic and literary work that strives to be counter-hegemonic (Palmeiro 2010, Navarro 2020). For this reason, I contacted a Bolivian Cartonera Publisher and proposed to coordinate a group of students willing to translate some of their titles for later publication in Brazil. When I realized that the students were engaged in the translation process, but did not relate much to each other, I made...
Revista Moinhos
Resenha do livro "Papel" de Everton Almeida.
Chuy: Revista de Estudios Literarios Latinoamericanos, 2022
ALETRIA, 2022
Resumo: Neste artigo, analisamos o trabalho pelo qual Damián Ríos se constitui como narrador em H... more Resumo: Neste artigo, analisamos o trabalho pelo qual Damián Ríos se constitui como narrador em Habrá que poner la luz (2003). Se Benjamin (1987) discute que com o fim do trabalho manual também se extinguiu o narrador, argumentamos que Ríos transforma o próprio trabalho de escrita em um processo artesanal e, como ressonância deste labor, constrói-se como narrador. A partir da noção de escrita de si (FOUCAULT, 2004), de trabalho de escrita (RIOLFI, 2003) e pontos de virada (RIOLFI, ALAMINOS, 2007), entendemos que o trabalho de escrita é o que possibilita o autor construir uma voz apta a ser chamada de "a voz do narrador", no decorrer da narrativa. A análise identificou três pontos de virada, a partir dos quais o autor se constituiu como narrador, no sentido benjaminiano do termo. Este narrador, mais que nos aconselhar, mostra-nos que ainda é possível narrar e transmitir experiência na contemporaneidade. Palavras-chave: escrita de si; trabalho de escrita; pontos de virada; construção do narrador; Damián Ríos.
Revista Moinhos, Jan 18, 2021
Consideramos que o trabalho com a constante construcao da identidade a partir da exposicao a alte... more Consideramos que o trabalho com a constante construcao da identidade a partir da exposicao a alteridade, conforme preconizado pelos documentos educacionais oficiais, estaria potencializado a partir do contato formal com o espanhol. Entretanto, os livros didaticos produzidos no Brasil nem sempre propiciam o desenvolvimento deste aspecto. De acordo com nossa argumentacao, nao podemos corroborar com uma posicao discursiva que se sustente no estancamento de estereotipos culturais; sob pena de propiciarmos construcoes identitarias que se pretendem homogeneas, hegemonicas. Assim, cabe aos professores de lingua espanhola para brasileiros, conjuntamente pensar e construir metodologias alternativas de ensino que reconhecam e saibam se aproveitar do processo de relativizacao e conscientizacao do politico inerente as linguas, a cultura que esta abarca e ao processo educativo.
Trabalhos em Linguística Aplicada, 2013
O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanho... more O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanhola veiculado no texto Acuerdo cerrado, publicado em TAM nas Nuvens, revista de bordo da companhia aérea TAM. Os resultados da análise apontam para, basicamente, dois pré-construídos que parecem ancorar esse discurso utilitarista - a valorização da temporada no exterior como a melhor opção para acelerar o aprendizado do idioma e a suposta facilidade para aprender espanhol. Deste nosso ponto de vista, problematizar esse discurso utilitarista se torna imprescindível, já que este parece apenas (re)produzir práticas pedagógicas anacrônicas e pouco efetivas.
Esta reflexao busca pensar a experiencia da escrita de diarios dialogicos a partir do relato de u... more Esta reflexao busca pensar a experiencia da escrita de diarios dialogicos a partir do relato de uma bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciacao a Docencia PIBID em Lingua Espanhola, no curso de Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), no periodo de 2018/2, campus de Tangara da Serra – MT. Partindo da implantacao de diarios dialogicos na formacao de professores de lingua espanhola, e o processo de desenvolvimento da escrita a partir da observacao feita em sala de aula, da observacao analitica e da experiencia subjetiva na elaboracao desses diarios e registros, o processo narrado aqui nos mostra como essa escrita pode dar suporte a organizacao da vivencia de sala de aula pela aluna atraves da observacao, da aplicacao do conteudo planejado e executado pelo professor de classe, os ajustes ao longo do periodo, as repostas do grupo ao conteudo de espanhol proporcionado pelo docente. A aluna narra o desenvolvimento da sua escrita, as mudancas que ocorreram du...
Espana Y America En El Bicentenario De Las Independencias 2012 Isbn 978 84 9828 370 9 Pags 893 918, 2012
Polifonia, Sep 15, 2014
RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, ... more RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, que buscavam retratar o caso dos torcedores brasileiros presos na Bolívia após a morte de um adolescente boliviano durante um jogo de futebol. Nosso propósito é identificar as construções discursivas empregadas pela revista para (des)qualificar o país vizinho. Para tanto, lançamos mão das principais características do discurso colonial, tais como a dicotomia entre o familiar e o estranho, segundo Said (1978), as categorias "primitivo" versus "civilizado" e "tradicional" versus "moderno", conforme propostas por Quijano (2011), e as generalizações, assentadas em Mills (2004), as quais nos parecem perpetuar um discurso endocolonial, que contribui, a nosso ver, apenas para a manutenção de relações de distanciamento e de não reconhecimento entre os países latino-americanos.
Polifonia, Sep 15, 2014
RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, ... more RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, que buscavam retratar o caso dos torcedores brasileiros presos na Bolívia após a morte de um adolescente boliviano durante um jogo de futebol. Nosso propósito é identificar as construções discursivas empregadas pela revista para (des)qualificar o país vizinho. Para tanto, lançamos mão das principais características do discurso colonial, tais como a dicotomia entre o familiar e o estranho, segundo Said (1978), as categorias "primitivo" versus "civilizado" e "tradicional" versus "moderno", conforme propostas por Quijano (2011), e as generalizações, assentadas em Mills (2004), as quais nos parecem perpetuar um discurso endocolonial, que contribui, a nosso ver, apenas para a manutenção de relações de distanciamento e de não reconhecimento entre os países latino-americanos.
Palavras-chave: literatura cartonera; literatura marginal; literatura menor.
Se existe um modo no qual se tem um processo de construção do corpo do livro onde o corpo das pes... more Se existe um modo no qual se tem um processo de construção do corpo do livro onde o corpo das pessoas estão diretamente envolvidos, eu vejo este modo de produção em um projeto literário-editorial que convencionou-se chamar "cartonero". Estudamos especificamente um projeto coletivo com sede em Buenos Aires intitulado Eloísa Cartonera. Desde 2003, esta cooperativa se propõe a confeccionar livros manualmente utilizando-se de papelão coletado nas ruas como matéria-prima, de modo que, antes que o corpo da caixa vá para o lixo, o corpo do trabalhador o transforma em livro. O projeto Eloísa nasce em 2003, na cidade de Buenos Aires e foi fundado por Washington Cucurto, Fernanda Laguna e Javier Barilaro. Cucurto era um escritor ainda sem muito reconhecimento que trabalhava como vigilante noturno em uma biblioteca pública. Laguna e Barilaro eram artistas plásticos. Reza a lenda que Barilaro teria se apaixonado por uma modelo boliviana cujo nome era Eloísa 1 . Cucurto teria dito algo como: "Eu já sei como você pode conquistá-la: vamos colocar o nome dela na nossa editora". O resultado foi que a musa se sentiu insultada com a "homenagem", ficou brava e foi embora para sempre. "No sé, creo que ella no cachó la onda" 2 , avaliava Cucurto em uma mesa redonda, em Córdoba, em setembro de 2015, na qual se falava sobre a produção editorial do começo dos anos 2000. Quem vai saber o que é brincadeira e o que é verdade? Barilaro e Fernanda Laguna já não participam ativamente dos trabalhos desenvolvidos pela cartonera, ainda que tenhamos encontrado o Barilaro no ateliê mais de uma vez. O Cucurto sim. Hoje, Eloísa é uma cooperativa de trabalho que se chama: Cooperativa de Trabajo Gráfico Editorial y de Reciclado Eloísa Cartonera Ltda. Conta com 5 sócios: Alejandro, Celeste, Cucurto, María e Osa. O Cucurto, como dissemos, está desde sempre. Os irmãos da Celeste eram "cartoneros" e participaram do projeto em seu início; através deles foi que ela chegou à oficina. Osa conta que era uma catadora de papelão (se a gente se detém e observa, os outros integrantes da cooperativa nunca foram catadores de papelão, de 1 Como aparece no manifesto do Eloísa Cartonera: (BILBIJA & CARBAJAL, 2009, p. 57).
A cartonera "é um coletivo de pessoas que se unem pela diferença", para começarmos este texto pin... more A cartonera "é um coletivo de pessoas que se unem pela diferença", para começarmos este texto pinçando uma definição que aparece no primeiro parágrafo do manifesto do Dulcinéia Catadora. E nesta primeira definição já temos um jogo entre o artigo feminino e o masculino. "Cartonera" é um substantivo feminino e, de um modo geral, as cartoneras são tradicionalmente batizadas, ainda que de forma profana, com nomes femininos. Mas -sim, no meio do caminho existe uma adversativa-somando-se ao fato de serem substantivos femininos singulares, são coletivos: a cartonera é um coletivo. Ou seja, a "cartonera", uma palavra feminina no singular, é definida por uma palavra masculina que nos remete a um sujeito coletivo. E com esta assertiva inicial, "a cartonera é um coletivo de pessoas que se unem pela diferença", e seu intrincado jogo entre masculino e feminino, singular e plural, encontramos a primeira nota indicial que vai dar o mote de todo o composé cartonero. E é nesta espécie de pista que fazemos nossa aposta.
O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanho... more O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanhola veiculado no texto Acuerdo cerrado, publicado em TAM nas Nuvens, revista de bordo da companhia aérea TAM. Os resultados da análise apontam para, basicamente, dois pré-construídos que parecem ancorar esse discurso utilitarista -a valorização da temporada no exterior como a melhor opção para acelerar o aprendizado do idioma e a suposta facilidade para aprender espanhol. Deste nosso ponto de vista, problematizar esse discurso utilitarista se torna imprescindível, já que este parece apenas (re)produzir práticas pedagógicas anacrônicas e pouco efetivas. Palavras-chave: mídia; aprendizagem da língua espanhola; discurso utilitarista.
Caracol
título es "Las cartoneras: um devir editorial latino-americano".
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), Dec 22, 2022
In this article we analyze Almha, la Vengadora-a work written by Crispín Portugal and published b... more In this article we analyze Almha, la Vengadora-a work written by Crispín Portugal and published by Yerba Mala Cartonera, in Bolivia in 2006, whose translation into Portuguese was presented in 2021 by Curupira and Va Cartonera-through the point of view of ekphrasis (Ferreira, 2007), here understood as a literary resource that mixes the linguistic with the visual-pictorial. From a reading that understands writing as belonging to the masculine and the image as belonging to the feminine, we problematize this understanding in our analysis and interpret this literary resource as a possible correspondence to the supplementary jouissance, read here as a matrix of writing that it exceeds the masculine logic, based on classifications (Lacan, 2008). By focusing on some excerpts that support our argument, from a methodological apparatus that tensions the narrative technique used in the work with the Aymará cosmovision (
Signos Ele, Sep 6, 2010
Este texto relata un proceso vivenciado en la disciplina Pasantia Supervisada en Lengua y Literat... more Este texto relata un proceso vivenciado en la disciplina Pasantia Supervisada en Lengua y Literatura Espanola, en el septimo semestre 2009/01 del curso de Letras de la Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de Tangara da Serra, Brasil. A partir del trabajo con los diarios dialogicos como instrumento de reflexion sobre la propia practica docente, trato de tejer una colcha de retazos que, de modo metalinguistico, intenta comprender el mecanismo de confeccion de los informes hechos por las alumnas. Para ello, observo ciertos aspectos vinculados con la constitucion de las subjetividades de los implicados en el proceso de ensenanza y aprendizaje de la lengua espanola en el estado de Mato Grosso, Brasil, analizando algunas cuestiones centrales para la comprension del proceso de aprendizaje de dicha lengua, que pueden ser aprovechadas en la formacion del profesorado. Abstract This text recounts the process that took place during the subject Pasantia Supervisada en Lengua y Literatura Espanola [Supervised Internship on Spanish Language and Literature], in the seventh term 2009/01, from the Arts course of the Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Tangara da Serra campus, Brazil. From the work with these reflective journals as an instrument to consider my own teaching activity, I try to “knit a hotchpotch” that attempts to understand, in a metalinguistic way, the mechanisms used by students to write their reports. For this purpose, I observe certain aspects related to the construction of subjectivities of those involved in the process of teaching and learning Spanish in the state of Mato Grosso, Brazil, analysing some key points to comprehend the learning process of said language, which can be useful for teacher training. Resumo Este texto e resultado de um processo vivenciado na disciplina Estagio Supervisionado em Lingua e Literatura Espanhola no setimo semestre 2009/01 do curso de Letras da Unemat, campus de Tangara da Serra. A partir do trabalho com os diarios dialogicos como instrumento de reflexao sobre a propria pratica docente, me esforco por tecer uma colcha de retalhos que, de maneira metalinguistica, procura compreender o mecanismo de confeccao dos relatos feitos pelas alunas. Assim, me debruco alguns pontos localizados no processo de constituicao das subjetividades dos implicados no processo de ensino-aprendizagem da lingua espanhola no estado de Mato Grosso, analisando algumas questoes fulcrais implicadas tanto no processo de aprendizagem de dita lingua quanto no de formacao de professores.
Beoiberística : Revista de Estudios Ibéricos, Latinoamericanos y Comparativos, 2021
In this text, contributing with a possible inspiration for the didactics of Hispanic studies in t... more In this text, contributing with a possible inspiration for the didactics of Hispanic studies in the world, I present a form of work that we are accomplishing in the countryside of Brazil, in a city called Tangara da Serra, located in the State of Mato Grosso – a border state with Bolivia. As we have previously studied (Krauss 2016) the literary-editorial work carried out by the Cartonera Publishers – collectives that manufacture books with cardboard covers and that have gained more and more literary expression in Latin America – we understand that their catalog is a privileged gateway for a linguistic and literary work that strives to be counter-hegemonic (Palmeiro 2010, Navarro 2020). For this reason, I contacted a Bolivian Cartonera Publisher and proposed to coordinate a group of students willing to translate some of their titles for later publication in Brazil. When I realized that the students were engaged in the translation process, but did not relate much to each other, I made...
Revista Moinhos
Resenha do livro "Papel" de Everton Almeida.
Chuy: Revista de Estudios Literarios Latinoamericanos, 2022
ALETRIA, 2022
Resumo: Neste artigo, analisamos o trabalho pelo qual Damián Ríos se constitui como narrador em H... more Resumo: Neste artigo, analisamos o trabalho pelo qual Damián Ríos se constitui como narrador em Habrá que poner la luz (2003). Se Benjamin (1987) discute que com o fim do trabalho manual também se extinguiu o narrador, argumentamos que Ríos transforma o próprio trabalho de escrita em um processo artesanal e, como ressonância deste labor, constrói-se como narrador. A partir da noção de escrita de si (FOUCAULT, 2004), de trabalho de escrita (RIOLFI, 2003) e pontos de virada (RIOLFI, ALAMINOS, 2007), entendemos que o trabalho de escrita é o que possibilita o autor construir uma voz apta a ser chamada de "a voz do narrador", no decorrer da narrativa. A análise identificou três pontos de virada, a partir dos quais o autor se constituiu como narrador, no sentido benjaminiano do termo. Este narrador, mais que nos aconselhar, mostra-nos que ainda é possível narrar e transmitir experiência na contemporaneidade. Palavras-chave: escrita de si; trabalho de escrita; pontos de virada; construção do narrador; Damián Ríos.
Revista Moinhos, Jan 18, 2021
Consideramos que o trabalho com a constante construcao da identidade a partir da exposicao a alte... more Consideramos que o trabalho com a constante construcao da identidade a partir da exposicao a alteridade, conforme preconizado pelos documentos educacionais oficiais, estaria potencializado a partir do contato formal com o espanhol. Entretanto, os livros didaticos produzidos no Brasil nem sempre propiciam o desenvolvimento deste aspecto. De acordo com nossa argumentacao, nao podemos corroborar com uma posicao discursiva que se sustente no estancamento de estereotipos culturais; sob pena de propiciarmos construcoes identitarias que se pretendem homogeneas, hegemonicas. Assim, cabe aos professores de lingua espanhola para brasileiros, conjuntamente pensar e construir metodologias alternativas de ensino que reconhecam e saibam se aproveitar do processo de relativizacao e conscientizacao do politico inerente as linguas, a cultura que esta abarca e ao processo educativo.
Trabalhos em Linguística Aplicada, 2013
O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanho... more O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanhola veiculado no texto Acuerdo cerrado, publicado em TAM nas Nuvens, revista de bordo da companhia aérea TAM. Os resultados da análise apontam para, basicamente, dois pré-construídos que parecem ancorar esse discurso utilitarista - a valorização da temporada no exterior como a melhor opção para acelerar o aprendizado do idioma e a suposta facilidade para aprender espanhol. Deste nosso ponto de vista, problematizar esse discurso utilitarista se torna imprescindível, já que este parece apenas (re)produzir práticas pedagógicas anacrônicas e pouco efetivas.
Esta reflexao busca pensar a experiencia da escrita de diarios dialogicos a partir do relato de u... more Esta reflexao busca pensar a experiencia da escrita de diarios dialogicos a partir do relato de uma bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciacao a Docencia PIBID em Lingua Espanhola, no curso de Letras da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), no periodo de 2018/2, campus de Tangara da Serra – MT. Partindo da implantacao de diarios dialogicos na formacao de professores de lingua espanhola, e o processo de desenvolvimento da escrita a partir da observacao feita em sala de aula, da observacao analitica e da experiencia subjetiva na elaboracao desses diarios e registros, o processo narrado aqui nos mostra como essa escrita pode dar suporte a organizacao da vivencia de sala de aula pela aluna atraves da observacao, da aplicacao do conteudo planejado e executado pelo professor de classe, os ajustes ao longo do periodo, as repostas do grupo ao conteudo de espanhol proporcionado pelo docente. A aluna narra o desenvolvimento da sua escrita, as mudancas que ocorreram du...
Espana Y America En El Bicentenario De Las Independencias 2012 Isbn 978 84 9828 370 9 Pags 893 918, 2012
Polifonia, Sep 15, 2014
RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, ... more RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, que buscavam retratar o caso dos torcedores brasileiros presos na Bolívia após a morte de um adolescente boliviano durante um jogo de futebol. Nosso propósito é identificar as construções discursivas empregadas pela revista para (des)qualificar o país vizinho. Para tanto, lançamos mão das principais características do discurso colonial, tais como a dicotomia entre o familiar e o estranho, segundo Said (1978), as categorias "primitivo" versus "civilizado" e "tradicional" versus "moderno", conforme propostas por Quijano (2011), e as generalizações, assentadas em Mills (2004), as quais nos parecem perpetuar um discurso endocolonial, que contribui, a nosso ver, apenas para a manutenção de relações de distanciamento e de não reconhecimento entre os países latino-americanos.
Polifonia, Sep 15, 2014
RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, ... more RESUMO: Neste artigo, analisamos duas reportagens publicadas pela revista IstoÉ, no ano de 2013, que buscavam retratar o caso dos torcedores brasileiros presos na Bolívia após a morte de um adolescente boliviano durante um jogo de futebol. Nosso propósito é identificar as construções discursivas empregadas pela revista para (des)qualificar o país vizinho. Para tanto, lançamos mão das principais características do discurso colonial, tais como a dicotomia entre o familiar e o estranho, segundo Said (1978), as categorias "primitivo" versus "civilizado" e "tradicional" versus "moderno", conforme propostas por Quijano (2011), e as generalizações, assentadas em Mills (2004), as quais nos parecem perpetuar um discurso endocolonial, que contribui, a nosso ver, apenas para a manutenção de relações de distanciamento e de não reconhecimento entre os países latino-americanos.
Palavras-chave: literatura cartonera; literatura marginal; literatura menor.
Se existe um modo no qual se tem um processo de construção do corpo do livro onde o corpo das pes... more Se existe um modo no qual se tem um processo de construção do corpo do livro onde o corpo das pessoas estão diretamente envolvidos, eu vejo este modo de produção em um projeto literário-editorial que convencionou-se chamar "cartonero". Estudamos especificamente um projeto coletivo com sede em Buenos Aires intitulado Eloísa Cartonera. Desde 2003, esta cooperativa se propõe a confeccionar livros manualmente utilizando-se de papelão coletado nas ruas como matéria-prima, de modo que, antes que o corpo da caixa vá para o lixo, o corpo do trabalhador o transforma em livro. O projeto Eloísa nasce em 2003, na cidade de Buenos Aires e foi fundado por Washington Cucurto, Fernanda Laguna e Javier Barilaro. Cucurto era um escritor ainda sem muito reconhecimento que trabalhava como vigilante noturno em uma biblioteca pública. Laguna e Barilaro eram artistas plásticos. Reza a lenda que Barilaro teria se apaixonado por uma modelo boliviana cujo nome era Eloísa 1 . Cucurto teria dito algo como: "Eu já sei como você pode conquistá-la: vamos colocar o nome dela na nossa editora". O resultado foi que a musa se sentiu insultada com a "homenagem", ficou brava e foi embora para sempre. "No sé, creo que ella no cachó la onda" 2 , avaliava Cucurto em uma mesa redonda, em Córdoba, em setembro de 2015, na qual se falava sobre a produção editorial do começo dos anos 2000. Quem vai saber o que é brincadeira e o que é verdade? Barilaro e Fernanda Laguna já não participam ativamente dos trabalhos desenvolvidos pela cartonera, ainda que tenhamos encontrado o Barilaro no ateliê mais de uma vez. O Cucurto sim. Hoje, Eloísa é uma cooperativa de trabalho que se chama: Cooperativa de Trabajo Gráfico Editorial y de Reciclado Eloísa Cartonera Ltda. Conta com 5 sócios: Alejandro, Celeste, Cucurto, María e Osa. O Cucurto, como dissemos, está desde sempre. Os irmãos da Celeste eram "cartoneros" e participaram do projeto em seu início; através deles foi que ela chegou à oficina. Osa conta que era uma catadora de papelão (se a gente se detém e observa, os outros integrantes da cooperativa nunca foram catadores de papelão, de 1 Como aparece no manifesto do Eloísa Cartonera: (BILBIJA & CARBAJAL, 2009, p. 57).
A cartonera "é um coletivo de pessoas que se unem pela diferença", para começarmos este texto pin... more A cartonera "é um coletivo de pessoas que se unem pela diferença", para começarmos este texto pinçando uma definição que aparece no primeiro parágrafo do manifesto do Dulcinéia Catadora. E nesta primeira definição já temos um jogo entre o artigo feminino e o masculino. "Cartonera" é um substantivo feminino e, de um modo geral, as cartoneras são tradicionalmente batizadas, ainda que de forma profana, com nomes femininos. Mas -sim, no meio do caminho existe uma adversativa-somando-se ao fato de serem substantivos femininos singulares, são coletivos: a cartonera é um coletivo. Ou seja, a "cartonera", uma palavra feminina no singular, é definida por uma palavra masculina que nos remete a um sujeito coletivo. E com esta assertiva inicial, "a cartonera é um coletivo de pessoas que se unem pela diferença", e seu intrincado jogo entre masculino e feminino, singular e plural, encontramos a primeira nota indicial que vai dar o mote de todo o composé cartonero. E é nesta espécie de pista que fazemos nossa aposta.
O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanho... more O objetivo deste artigo é analisar o discurso utilitarista sobre a aprendizagem da língua espanhola veiculado no texto Acuerdo cerrado, publicado em TAM nas Nuvens, revista de bordo da companhia aérea TAM. Os resultados da análise apontam para, basicamente, dois pré-construídos que parecem ancorar esse discurso utilitarista -a valorização da temporada no exterior como a melhor opção para acelerar o aprendizado do idioma e a suposta facilidade para aprender espanhol. Deste nosso ponto de vista, problematizar esse discurso utilitarista se torna imprescindível, já que este parece apenas (re)produzir práticas pedagógicas anacrônicas e pouco efetivas. Palavras-chave: mídia; aprendizagem da língua espanhola; discurso utilitarista.