Nicole Lima | Universidade Estadual de Campinas (original) (raw)
Papers by Nicole Lima
A fotografia enquanto corpo, movimento, alteracao, subtracao, repeticao. Quais vertices tensionam... more A fotografia enquanto corpo, movimento, alteracao, subtracao, repeticao. Quais vertices tensionam essa trama formada entre imagem, espectador, espaco e tempo? A partir de uma analise fenomenologica do processo de artistas que utilizam a fotografia como meio e suporte para suas obras, paralelamente ao meu processo de trabalho, busquei tecer uma logica de efeitos e descontinuidades, a partir da qual formei tres grupos ou paradigmas. No capitulo 1: O corpo da imagem: ocupacoes , estabeleco que a fotografia oscila entre ver e ser vista, ora fazendo-se objeto de seu espectador, ora fazendo dele seu proprio objeto, capturado em sua armadilha. A isso chamo corpo da imagem. Para sustentar essa afirmacao, percorro a extensao do meu corpo na fotografia enquanto espaco, revisitando o processo de construcao de dois trabalhos: Gravitacao e In_versos:Tao fragil me sinto agora, seguidos da analise de obras de Vito Acconci e Gabriel Orozco. No capitulo 2: O movimento: alteridades , observo a constr...
Revista GEARTE, Porto Alegre, v. 10, 2023
LIMA, Nicole Chagas. A imagem permeável na arte e os movimentos de resistência dos anos 60 à cont... more LIMA, Nicole Chagas. A imagem permeável na arte e os movimentos de resistência dos anos 60 à contemporaneidade.
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... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@... more ... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@gmail.com ... Tanto em Public Opinion uma pilha de balas doces amontoada contra a parede contendo exatamente o peso do corpo do artista. ...
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... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@... more ... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@gmail.com ... Tanto em Public Opinion uma pilha de balas doces amontoada contra a parede contendo exatamente o peso do corpo do artista. ...
Neste breve artigo, intitulado “corpo da imagem: ocupações”, estabeleço que a fotografia oscila... more Neste breve artigo, intitulado “corpo da imagem: ocupações”, estabeleço que a fotografia oscila entre ver e ser vista, ora
fazendo-se objeto de seu espectador, ora fazendo dele seu próprio objeto.
A fotografia enquanto corpo, movimento, alteração, subtração, repetição. Quais vértices tensionam... more A fotografia enquanto corpo, movimento, alteração, subtração, repetição. Quais vértices tensionam essa trama formada entre imagem, espectador, espaço e tempo? A partir de uma análise fenomenológica do processo de artistas que utilizam a fotografia como meio e suporte para suas obras, paralelamente ao meu processo de trabalho, busquei tecer uma lógica de efeitos e descontinuidades, a partir da qual formei três grupos ou paradigmas. No capítulo 1: "O corpo da imagem: ocupações", estabeleço que a fotografia oscila entre ver e ser vista, ora fazendo-se objeto de seu espectador, ora fazendo dele seu próprio objeto, capturado em sua armadilha. A isso chamo corpo da imagem. Para sustentar essa afirmação, percorro a extensão do meu corpo na fotografia enquanto espaço, revisitando o processo de construção de dois trabalhos: Gravitação e In_versos:Tão frágil me sinto agora, seguidos da análise de obras de Vito Acconci e Gabriel Orozco. No capítulo 2: "O movimento: alteridades", observo a construção da imagem em pleno vôo, uma fotografia que existe em função do interesse em acessar e se deixar alterar pelo Outro, seja partindo em direção a ele ou ressurgindo do trauma da colisão. Neste capítulo também apresento o processo de construção de dois trabalhos: Oi Nicole Lima e Sobre, seguidos de uma análise de fotografias de Cindy Sherman e Diane Arbus. No terceiro capítulo, intitulado "A coisa real: lateralidade e deslocamento", descrevo o processo de elaboração de um de meus trabalhos mais recentes, a obra 100 importâncias, paralelamente a trabalhos de artistas como Nan Goldin, Ivars Gravlejs, Elina Brotherus e Rosângela Rennó, que apresentam fotografias apropriadas e deslocadas de arquivos, pessoais ou alheios -fotografias "do mundo" reapresentadas "ao mundo" numa operação que parece confirmar: imagens não são criadas, mas repetidas. O que podemos alterar são suas combinações. Ao final de cada capítulo, faço uma breve pausa entre análises e teorias, para apresentar uma pequena e nova série de imagens intitulada Geografias, que ofereço ao leitor deste texto como uma forma de reflexão
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Resumo: A inserção de novas tecnologias no campo da arte sempre gerou discussões acerca do que pa... more Resumo: A inserção de novas tecnologias no campo da arte sempre gerou discussões acerca do que passaria ou deixaria de ser considerado arte propriamente a partir delas. Desde a dita "era da reprodutibilidade técnica" em que Walter Benjamin anunciava a perda da "Aura", ao minimalismo industrial de Donald Judd, o objeto artístico foi progressivamente desvinculando-se de seu gêniocriador, questionando valores que iam desde a sua execução por máquinas que substituíam progressivamente a mão do virtuoso artista, perdendo seu valor de culto e exposição, a medida que não distinguíamos cópia e original, conquistando espaços cada vez mais diluídos, expandindo o interior da galeria ao plano real: o urbano. Nesse artigo apresento e analiso uma série de recentes trabalhos de artemídia à luz das reflexões de Hanna Arendt em seu livro "A Condição Humana". Como se dão as relações humanas em trabalhos mecanizados por interfaces eletrônicas?
Drafts by Nicole Lima
Do que é feita uma imagem? Poderíamos dizer que imagens são feitas de pedra, tinta, barro, ou pap... more Do que é feita uma imagem? Poderíamos dizer que imagens são feitas de pedra, tinta, barro, ou papel e, assim, atribuir-lhes volume, densidade, profundidade. Mas do que é feita uma imagem, precisamente? Eis o problema. Talvez precisemos recuar nossas cadeiras um pouco mais para responder a essa pergunta e, primariamente, indagar: o que é uma imagem?
On this paper I chose two different approaches to discuss my latest work. The first one regards t... more On this paper I chose two different approaches to discuss my latest work. The first one regards the photograph as a commodity, on the text “The cultural biography of things: commoditization as process”, by Igor Kopytoff. The second approach regards the concept of iconoclasm and iconoclash, and how they might apply to my work, based on the text “Iconoclash”, by Bruno Latour.
On this paper I analyze the work “Nazaré do Mocajuba”, created in 2004 and 2005 by the Brazilia... more On this paper I analyze the work “Nazaré do Mocajuba”, created in 2004 and 2005 by the Brazilian artist Alexandre Sequeira. It is composed of several pieces of cloth, such as bed linen, tablecloths, mosquito nets, among other pieces, given to him by local villagers, along with images of their previous owners silkscreened on them. A series of photographs, resulted of the combination of these silkscreened portraits in an open-air exhibition on the banks of the river Mocajuba, in front of the house of each inhabitant photographed, is also presented as part of the work.
Em sua série O pequeno gesto: ensaio em torno da experiência ordinária (2011-2013), Luciano Vinho... more Em sua série O pequeno gesto: ensaio em torno da experiência ordinária (2011-2013), Luciano Vinhosa cria um léxico visual onde estrutura toda sorte de objetos ordinários, como garrafas plásticas, latas de refrigerante, entre outros, que foram abandonados de um modo preciso. Essa coleção de gestos forma quinze classes poéticas, dispostas em ordem alfabética, sub-locadas em outras três sub-categorias mais abrangentes, cada uma delas agrupando cinco dos quinze tipos: [Por associação] (Dádivas/ Imitação da arte/ Mallembradas/ Oportunidades/ Parassempre); [Por modo] (Assim!/ Assinaladas/ Enfiadas/ Guardadas/ Lançadas fora); [Por posição] (Lá/ Ali/ Aqui/ Do lado de cá/ Do lado de lá). Poderia-se afirmar, inicialmente, que O pequeno gesto é um tratado sobre a forma que aqui, no entanto, alcança um sentido além do estético.
Desde o advento da fotografia digital, sempre que nos deparamos com textos que comparam as novas ... more Desde o advento da fotografia digital, sempre que nos deparamos com textos que comparam as novas tecnologias ao modo analógico, não raro encontramos um tom apocalíptico ou saudosista. Relendo alguns, observo que são recorrentes afirmações relacionadas sobretudo a três aspectos: o tempo, o excesso, e a imaterialidade. Pretendo, a partir destas reflexões trazer um foco menos pretérito para uma fotografia presente que, sim, mudou, e vai continuar mudando a nossa relação com as imagens técnicas.
Neste artigo me proponho a estender a interpretação de textos sobre a narrativa histórica ao ca... more Neste artigo me proponho a estender a interpretação de textos sobre a narrativa histórica ao campo das Artes Visuais, buscando nas suas erupções, como propunha Walter Benjamin, um entendimento das posições ocupadas pelo artista: sua implicação em seu próprio discurso e o papel que destina, nessa “partilha do sensível”, como colocou Jacques Rancière, ao espectador.
Thesis Chapters by Nicole Lima
Tese Doutorado, 2019
Esta pesquisa teórico-prática teve como finalidade a ampliação do entendimento do espaço do ... more Esta pesquisa teórico-prática teve como finalidade a ampliação do entendimento do espaço do receptor na constituição do corpo das imagens. Partindo da premissa formulada pelo filósofo italiano Emanuelle Coccia, de que as imagens precisam devir sensíveis, partiu-se então para a pergunta que naturalmente se segue: como e onde se dá esse devir da imagem. A hipótese inicial que se buscou comprovar é de que o corpo das imagens seria uma resultante entre o corpo da obra no espaço, o corpo do artista e o corpo do receptor. Uma vez que diversos estudos específicos sobre as obras e sobre os artistas vêm sendo desenvolvidos amplamente por pesquisadores, optou-se por concentrar a pesquisa na perspectiva do receptor da imagem. No primeiro capítulo, por meio de uma revisão bibliográfica e da análise de algumas obras dos principais movimentos artísticos, fez-se um mapeamento das implicações do receptor ao longo de toda a história da arte, desde a pré-história até o século XX. No segundo capítulo, descreveu- se o processo de desenvolvimento de trabalhos recentes da pesquisadora, como artista e curadora. Esses trabalhos também foram analisados sob a perspectiva do receptor em seus processos constitutivos e através de feedbacks deixados por pessoas que visitaram as exposições. No terceiro capítulo, analisou-se o agenciamento do receptor e a apropriação da cultura visual em processos fotográficos contemporâneos. Verificou-se que a atualização da imagem artística, por sua natureza quimérica, necessita ser praticada pelo receptor. Espera-se que este trabalho tenha trazido contribuições importantes acerca do entendimento dos processos constitutivos da imagem.
Palavras-chave: Imagem. Corpo. Receptor. Arte. Fotografia.
A fotografia enquanto corpo, movimento, alteracao, subtracao, repeticao. Quais vertices tensionam... more A fotografia enquanto corpo, movimento, alteracao, subtracao, repeticao. Quais vertices tensionam essa trama formada entre imagem, espectador, espaco e tempo? A partir de uma analise fenomenologica do processo de artistas que utilizam a fotografia como meio e suporte para suas obras, paralelamente ao meu processo de trabalho, busquei tecer uma logica de efeitos e descontinuidades, a partir da qual formei tres grupos ou paradigmas. No capitulo 1: O corpo da imagem: ocupacoes , estabeleco que a fotografia oscila entre ver e ser vista, ora fazendo-se objeto de seu espectador, ora fazendo dele seu proprio objeto, capturado em sua armadilha. A isso chamo corpo da imagem. Para sustentar essa afirmacao, percorro a extensao do meu corpo na fotografia enquanto espaco, revisitando o processo de construcao de dois trabalhos: Gravitacao e In_versos:Tao fragil me sinto agora, seguidos da analise de obras de Vito Acconci e Gabriel Orozco. No capitulo 2: O movimento: alteridades , observo a constr...
Revista GEARTE, Porto Alegre, v. 10, 2023
LIMA, Nicole Chagas. A imagem permeável na arte e os movimentos de resistência dos anos 60 à cont... more LIMA, Nicole Chagas. A imagem permeável na arte e os movimentos de resistência dos anos 60 à contemporaneidade.
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... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@... more ... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@gmail.com ... Tanto em Public Opinion uma pilha de balas doces amontoada contra a parede contendo exatamente o peso do corpo do artista. ...
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... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@... more ... Production Nicole Chagas Lima Bolsista CAPES - Mestranda do PPGAV CEART-UDESC niwonderland@gmail.com ... Tanto em Public Opinion uma pilha de balas doces amontoada contra a parede contendo exatamente o peso do corpo do artista. ...
Neste breve artigo, intitulado “corpo da imagem: ocupações”, estabeleço que a fotografia oscila... more Neste breve artigo, intitulado “corpo da imagem: ocupações”, estabeleço que a fotografia oscila entre ver e ser vista, ora
fazendo-se objeto de seu espectador, ora fazendo dele seu próprio objeto.
A fotografia enquanto corpo, movimento, alteração, subtração, repetição. Quais vértices tensionam... more A fotografia enquanto corpo, movimento, alteração, subtração, repetição. Quais vértices tensionam essa trama formada entre imagem, espectador, espaço e tempo? A partir de uma análise fenomenológica do processo de artistas que utilizam a fotografia como meio e suporte para suas obras, paralelamente ao meu processo de trabalho, busquei tecer uma lógica de efeitos e descontinuidades, a partir da qual formei três grupos ou paradigmas. No capítulo 1: "O corpo da imagem: ocupações", estabeleço que a fotografia oscila entre ver e ser vista, ora fazendo-se objeto de seu espectador, ora fazendo dele seu próprio objeto, capturado em sua armadilha. A isso chamo corpo da imagem. Para sustentar essa afirmação, percorro a extensão do meu corpo na fotografia enquanto espaço, revisitando o processo de construção de dois trabalhos: Gravitação e In_versos:Tão frágil me sinto agora, seguidos da análise de obras de Vito Acconci e Gabriel Orozco. No capítulo 2: "O movimento: alteridades", observo a construção da imagem em pleno vôo, uma fotografia que existe em função do interesse em acessar e se deixar alterar pelo Outro, seja partindo em direção a ele ou ressurgindo do trauma da colisão. Neste capítulo também apresento o processo de construção de dois trabalhos: Oi Nicole Lima e Sobre, seguidos de uma análise de fotografias de Cindy Sherman e Diane Arbus. No terceiro capítulo, intitulado "A coisa real: lateralidade e deslocamento", descrevo o processo de elaboração de um de meus trabalhos mais recentes, a obra 100 importâncias, paralelamente a trabalhos de artistas como Nan Goldin, Ivars Gravlejs, Elina Brotherus e Rosângela Rennó, que apresentam fotografias apropriadas e deslocadas de arquivos, pessoais ou alheios -fotografias "do mundo" reapresentadas "ao mundo" numa operação que parece confirmar: imagens não são criadas, mas repetidas. O que podemos alterar são suas combinações. Ao final de cada capítulo, faço uma breve pausa entre análises e teorias, para apresentar uma pequena e nova série de imagens intitulada Geografias, que ofereço ao leitor deste texto como uma forma de reflexão
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Resumo: A inserção de novas tecnologias no campo da arte sempre gerou discussões acerca do que pa... more Resumo: A inserção de novas tecnologias no campo da arte sempre gerou discussões acerca do que passaria ou deixaria de ser considerado arte propriamente a partir delas. Desde a dita "era da reprodutibilidade técnica" em que Walter Benjamin anunciava a perda da "Aura", ao minimalismo industrial de Donald Judd, o objeto artístico foi progressivamente desvinculando-se de seu gêniocriador, questionando valores que iam desde a sua execução por máquinas que substituíam progressivamente a mão do virtuoso artista, perdendo seu valor de culto e exposição, a medida que não distinguíamos cópia e original, conquistando espaços cada vez mais diluídos, expandindo o interior da galeria ao plano real: o urbano. Nesse artigo apresento e analiso uma série de recentes trabalhos de artemídia à luz das reflexões de Hanna Arendt em seu livro "A Condição Humana". Como se dão as relações humanas em trabalhos mecanizados por interfaces eletrônicas?
Do que é feita uma imagem? Poderíamos dizer que imagens são feitas de pedra, tinta, barro, ou pap... more Do que é feita uma imagem? Poderíamos dizer que imagens são feitas de pedra, tinta, barro, ou papel e, assim, atribuir-lhes volume, densidade, profundidade. Mas do que é feita uma imagem, precisamente? Eis o problema. Talvez precisemos recuar nossas cadeiras um pouco mais para responder a essa pergunta e, primariamente, indagar: o que é uma imagem?
On this paper I chose two different approaches to discuss my latest work. The first one regards t... more On this paper I chose two different approaches to discuss my latest work. The first one regards the photograph as a commodity, on the text “The cultural biography of things: commoditization as process”, by Igor Kopytoff. The second approach regards the concept of iconoclasm and iconoclash, and how they might apply to my work, based on the text “Iconoclash”, by Bruno Latour.
On this paper I analyze the work “Nazaré do Mocajuba”, created in 2004 and 2005 by the Brazilia... more On this paper I analyze the work “Nazaré do Mocajuba”, created in 2004 and 2005 by the Brazilian artist Alexandre Sequeira. It is composed of several pieces of cloth, such as bed linen, tablecloths, mosquito nets, among other pieces, given to him by local villagers, along with images of their previous owners silkscreened on them. A series of photographs, resulted of the combination of these silkscreened portraits in an open-air exhibition on the banks of the river Mocajuba, in front of the house of each inhabitant photographed, is also presented as part of the work.
Em sua série O pequeno gesto: ensaio em torno da experiência ordinária (2011-2013), Luciano Vinho... more Em sua série O pequeno gesto: ensaio em torno da experiência ordinária (2011-2013), Luciano Vinhosa cria um léxico visual onde estrutura toda sorte de objetos ordinários, como garrafas plásticas, latas de refrigerante, entre outros, que foram abandonados de um modo preciso. Essa coleção de gestos forma quinze classes poéticas, dispostas em ordem alfabética, sub-locadas em outras três sub-categorias mais abrangentes, cada uma delas agrupando cinco dos quinze tipos: [Por associação] (Dádivas/ Imitação da arte/ Mallembradas/ Oportunidades/ Parassempre); [Por modo] (Assim!/ Assinaladas/ Enfiadas/ Guardadas/ Lançadas fora); [Por posição] (Lá/ Ali/ Aqui/ Do lado de cá/ Do lado de lá). Poderia-se afirmar, inicialmente, que O pequeno gesto é um tratado sobre a forma que aqui, no entanto, alcança um sentido além do estético.
Desde o advento da fotografia digital, sempre que nos deparamos com textos que comparam as novas ... more Desde o advento da fotografia digital, sempre que nos deparamos com textos que comparam as novas tecnologias ao modo analógico, não raro encontramos um tom apocalíptico ou saudosista. Relendo alguns, observo que são recorrentes afirmações relacionadas sobretudo a três aspectos: o tempo, o excesso, e a imaterialidade. Pretendo, a partir destas reflexões trazer um foco menos pretérito para uma fotografia presente que, sim, mudou, e vai continuar mudando a nossa relação com as imagens técnicas.
Neste artigo me proponho a estender a interpretação de textos sobre a narrativa histórica ao ca... more Neste artigo me proponho a estender a interpretação de textos sobre a narrativa histórica ao campo das Artes Visuais, buscando nas suas erupções, como propunha Walter Benjamin, um entendimento das posições ocupadas pelo artista: sua implicação em seu próprio discurso e o papel que destina, nessa “partilha do sensível”, como colocou Jacques Rancière, ao espectador.
Tese Doutorado, 2019
Esta pesquisa teórico-prática teve como finalidade a ampliação do entendimento do espaço do ... more Esta pesquisa teórico-prática teve como finalidade a ampliação do entendimento do espaço do receptor na constituição do corpo das imagens. Partindo da premissa formulada pelo filósofo italiano Emanuelle Coccia, de que as imagens precisam devir sensíveis, partiu-se então para a pergunta que naturalmente se segue: como e onde se dá esse devir da imagem. A hipótese inicial que se buscou comprovar é de que o corpo das imagens seria uma resultante entre o corpo da obra no espaço, o corpo do artista e o corpo do receptor. Uma vez que diversos estudos específicos sobre as obras e sobre os artistas vêm sendo desenvolvidos amplamente por pesquisadores, optou-se por concentrar a pesquisa na perspectiva do receptor da imagem. No primeiro capítulo, por meio de uma revisão bibliográfica e da análise de algumas obras dos principais movimentos artísticos, fez-se um mapeamento das implicações do receptor ao longo de toda a história da arte, desde a pré-história até o século XX. No segundo capítulo, descreveu- se o processo de desenvolvimento de trabalhos recentes da pesquisadora, como artista e curadora. Esses trabalhos também foram analisados sob a perspectiva do receptor em seus processos constitutivos e através de feedbacks deixados por pessoas que visitaram as exposições. No terceiro capítulo, analisou-se o agenciamento do receptor e a apropriação da cultura visual em processos fotográficos contemporâneos. Verificou-se que a atualização da imagem artística, por sua natureza quimérica, necessita ser praticada pelo receptor. Espera-se que este trabalho tenha trazido contribuições importantes acerca do entendimento dos processos constitutivos da imagem.
Palavras-chave: Imagem. Corpo. Receptor. Arte. Fotografia.