Rafael Pansica | Universidade Estadual de Campinas (original) (raw)
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Artigos/Resenhas by Rafael Pansica
Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea (UnB), 2024
Este ensaio propõe ler o conto "Partida do audaz navegante" tanto como uma transformação especula... more Este ensaio propõe ler o conto "Partida do audaz navegante" tanto como uma transformação especular do conto "A terceira margem do rio"- ambos publicados em Primeiras Estórias (1962) por João Guimarães Rosa - quanto como uma variação cosmopolítica do bestseller infantojuvenil de Pamela Travers intitulado Mary Poppins (1934). A leitura comparativa e estrutural desses textos apontará questões sociopolíticas na abordagem literária de uma mãe solo (de "filhas órfãs de pai vivo") a construir um regime familiar curiosamente "contra-estatal" (sensu Clastres, [1974] 2003).
O eixo e a roda (UFMG), 2024
Partindo da hipótese que sugere articular os contos de Primeiras Estórias (João Guimarães Rosa, 1... more Partindo da hipótese que sugere articular os contos de Primeiras Estórias (João Guimarães Rosa, 1962) como uma série de pares espelhados, este artigo propõe ler “Os irmãos Dagobé” e “A benfazeja” a partir de dois textos políticos de Sigmund Freud, a saber, Totem e tabu (1913) e Moisés e o monoteísmo (1939). A comparação entre os textos de Rosa e Freud se fará em torno do tema das possibilidades de emancipação política que passam a circular em uma comunidade após a morte de seu tirano.
e-letras convida, 2023
Resenha do díptico mais recente de João Canijo (2023) para a revista portuguesa "e-letras convida"
Revista "O eixo e a roda" (UFMG), 2023
Resumo: Este breve ensaio propõe ler o conto "A terceira margem do rio" como um mito político. Ar... more Resumo: Este breve ensaio propõe ler o conto "A terceira margem do rio" como um mito político. Articulando-o a outros textos - ao Livro de Jó, por exemplo, mas também a outros contos de Primeiras Estórias (1962) -, focamos nossa atenção na sombra misteriosa que o pai canoeiro projeta sobre o fluxo fluvial para sugerir a presença de uma figura política inesperada a se insinuar nessa margem terceira.
Palavras-chave: Guimarães Rosa; A terceira margem do rio; Mito de origem.
Revista Investigações (UFPE), 2023
Este artigo propõe uma leitura comparativa entre dois contos de Guimarães Rosa publicados em Prim... more Este artigo propõe uma leitura comparativa entre dois contos de Guimarães Rosa publicados em Primeiras Estórias (1988 [1962]): “As margens da alegria” e “Os cimos”. O espelhamento dessas estórias nos permitirá apontar o posicionamento político-artístico do autor que será caracterizado, aqui, como um posicionamento perspectivista. O tratamento literário da colonização do sertão brasileiro nesses contos não faz apenas a denúncia crítica da destruição do ecossistema do cerrado, mas apontará também para o ataque contra um regime social perspectivista constituído pela mútua implicação afetiva dos seres que povoam o que costumamos separar como “natureza” e “sociedade”.
Revista FronteiraZ (PUC-SP), 2022
Resenha do livro do Prof. Luis Augusto Fischer
Congresso Pensar Música, 2022
O presente artigo busca explorar o espírito da música de Hermeto Pascoal, procurando evidenciar a... more O presente artigo busca explorar o espírito da música de Hermeto Pascoal, procurando evidenciar as linhas de força que o motivam a compor e a improvisar – com destaque ao papel criativo da intuição. Por meio da análise de textos e entrevistas concedidas por Hermeto Pascoal – e em diálogo com os debates gerados pelas obras de Freud, Deleuze e Guattari –, busco também contribuir para ampliar o escopo de sentido que a literatura acadêmica vem atribuindo aos aspectos estético e pedagógico da expressão “Escola Jabour”.
Revista de Antropologia, 2015
Ilha Revista de Antropologia, 2010
Resenhas VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Métaphysiques cannibales: lignes d'anthropologie post-struc... more Resenhas VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Métaphysiques cannibales: lignes d'anthropologie post-structurale.
Teses by Rafael Pansica
Dissertação defendida no PPGMus-UFMG, em 2022, sob a orientação do Prof. Dr. Mauro Rodrigues. "Es... more Dissertação defendida no PPGMus-UFMG, em 2022, sob a orientação do Prof. Dr. Mauro Rodrigues. "Esta dissertação propõe tomar a força intuitiva da música de Hermeto Pascoal como fonte de afecção para uma experiência artística de criação e performance. O laboratório enunciado aqui [1] discute o papel da intuição como mecanismo motriz da imaginação artística, [2] descreve os mecanismos "antropofágicos” (sensu Oswald de Andrade e Eduardo Viveiros de Castro) como operadores da relação local/ universal na música de Hermeto e [3] busca fazer uso dessas forças de afecção para empreender e relatar, etnograficamente, experiências transformadoras do meu fazer artístico. Entre os resultados produzidos pela presente pesquisa, destaco os dois arranjos para violão solo que compus para duas das mais conhecidas canções de Hermeto Pascoal: “Bebê” e “Chorinho pra ele”".
Tese defendida no PPGAS-USP, em 2016, sob a orientação do Prof. Dr. Renato Sztutman
Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea (UnB), 2024
Este ensaio propõe ler o conto "Partida do audaz navegante" tanto como uma transformação especula... more Este ensaio propõe ler o conto "Partida do audaz navegante" tanto como uma transformação especular do conto "A terceira margem do rio"- ambos publicados em Primeiras Estórias (1962) por João Guimarães Rosa - quanto como uma variação cosmopolítica do bestseller infantojuvenil de Pamela Travers intitulado Mary Poppins (1934). A leitura comparativa e estrutural desses textos apontará questões sociopolíticas na abordagem literária de uma mãe solo (de "filhas órfãs de pai vivo") a construir um regime familiar curiosamente "contra-estatal" (sensu Clastres, [1974] 2003).
O eixo e a roda (UFMG), 2024
Partindo da hipótese que sugere articular os contos de Primeiras Estórias (João Guimarães Rosa, 1... more Partindo da hipótese que sugere articular os contos de Primeiras Estórias (João Guimarães Rosa, 1962) como uma série de pares espelhados, este artigo propõe ler “Os irmãos Dagobé” e “A benfazeja” a partir de dois textos políticos de Sigmund Freud, a saber, Totem e tabu (1913) e Moisés e o monoteísmo (1939). A comparação entre os textos de Rosa e Freud se fará em torno do tema das possibilidades de emancipação política que passam a circular em uma comunidade após a morte de seu tirano.
e-letras convida, 2023
Resenha do díptico mais recente de João Canijo (2023) para a revista portuguesa "e-letras convida"
Revista "O eixo e a roda" (UFMG), 2023
Resumo: Este breve ensaio propõe ler o conto "A terceira margem do rio" como um mito político. Ar... more Resumo: Este breve ensaio propõe ler o conto "A terceira margem do rio" como um mito político. Articulando-o a outros textos - ao Livro de Jó, por exemplo, mas também a outros contos de Primeiras Estórias (1962) -, focamos nossa atenção na sombra misteriosa que o pai canoeiro projeta sobre o fluxo fluvial para sugerir a presença de uma figura política inesperada a se insinuar nessa margem terceira.
Palavras-chave: Guimarães Rosa; A terceira margem do rio; Mito de origem.
Revista Investigações (UFPE), 2023
Este artigo propõe uma leitura comparativa entre dois contos de Guimarães Rosa publicados em Prim... more Este artigo propõe uma leitura comparativa entre dois contos de Guimarães Rosa publicados em Primeiras Estórias (1988 [1962]): “As margens da alegria” e “Os cimos”. O espelhamento dessas estórias nos permitirá apontar o posicionamento político-artístico do autor que será caracterizado, aqui, como um posicionamento perspectivista. O tratamento literário da colonização do sertão brasileiro nesses contos não faz apenas a denúncia crítica da destruição do ecossistema do cerrado, mas apontará também para o ataque contra um regime social perspectivista constituído pela mútua implicação afetiva dos seres que povoam o que costumamos separar como “natureza” e “sociedade”.
Revista FronteiraZ (PUC-SP), 2022
Resenha do livro do Prof. Luis Augusto Fischer
Congresso Pensar Música, 2022
O presente artigo busca explorar o espírito da música de Hermeto Pascoal, procurando evidenciar a... more O presente artigo busca explorar o espírito da música de Hermeto Pascoal, procurando evidenciar as linhas de força que o motivam a compor e a improvisar – com destaque ao papel criativo da intuição. Por meio da análise de textos e entrevistas concedidas por Hermeto Pascoal – e em diálogo com os debates gerados pelas obras de Freud, Deleuze e Guattari –, busco também contribuir para ampliar o escopo de sentido que a literatura acadêmica vem atribuindo aos aspectos estético e pedagógico da expressão “Escola Jabour”.
Revista de Antropologia, 2015
Ilha Revista de Antropologia, 2010
Resenhas VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Métaphysiques cannibales: lignes d'anthropologie post-struc... more Resenhas VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Métaphysiques cannibales: lignes d'anthropologie post-structurale.
Dissertação defendida no PPGMus-UFMG, em 2022, sob a orientação do Prof. Dr. Mauro Rodrigues. "Es... more Dissertação defendida no PPGMus-UFMG, em 2022, sob a orientação do Prof. Dr. Mauro Rodrigues. "Esta dissertação propõe tomar a força intuitiva da música de Hermeto Pascoal como fonte de afecção para uma experiência artística de criação e performance. O laboratório enunciado aqui [1] discute o papel da intuição como mecanismo motriz da imaginação artística, [2] descreve os mecanismos "antropofágicos” (sensu Oswald de Andrade e Eduardo Viveiros de Castro) como operadores da relação local/ universal na música de Hermeto e [3] busca fazer uso dessas forças de afecção para empreender e relatar, etnograficamente, experiências transformadoras do meu fazer artístico. Entre os resultados produzidos pela presente pesquisa, destaco os dois arranjos para violão solo que compus para duas das mais conhecidas canções de Hermeto Pascoal: “Bebê” e “Chorinho pra ele”".
Tese defendida no PPGAS-USP, em 2016, sob a orientação do Prof. Dr. Renato Sztutman