Eduardo Holderle Peruzzo | Universidade de São Paulo (original) (raw)
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Books by Eduardo Holderle Peruzzo
Oliveira, F. R., Paiva, D. (Eds.) (2019). Saberes geográficos e Geografia institucional: relações luso-brasileiras no século XX. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, Universidade de Lisboa. ISBN: 978-972-636-284-5, 2019
Teaching Documents by Eduardo Holderle Peruzzo
Universidade de São Paulo Departamento de História Programa de Pós-Graduação em História Social... more Universidade de São Paulo
Departamento de História
Programa de Pós-Graduação em História Social (professor colaborador)
Disciplina: FLH5638 – Historiografias Atlânticas
Chamado de “Mar Tenebroso”, aos poucos, as águas incógnitas do Atlântico seriam singradas por tantos povos, que o vasto oceano iria receber novas alcunhas. O espaço que antes separava agora uniria distintas partes do mundo moderno e é em meio a necessidade de compreendê-lo que se percebem, talvez, as primeiras tentativas globalizantes de História. Portanto, se é verdade que temas como: a expansão marítima europeia; comércio, tráfico e contrabando; conquista e exploração de novos territórios; escravismo mercantil; identidades/alteridades entre Velho e Novo(s) Mundo(s) etc. já aparecem cruzando fronteiras na pena dos tratadistas do XVI ou de um abade trânsfuga das Luzes, é no esforço contemporâneo em romper com os limites das histórias nacionais que veremos surgir propostas verdadeiramente conscientes e sistemáticas de uma história de fato mais globais...
Universidade de São Paulo Departamento de História Área: História Moderna (professor temporári... more Universidade de São Paulo
Departamento de História
Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0116 – HISTÓRIA DA CULTURA III
Concordando-se com a máxima que define a História enquanto ‘o estudo dos homens e mulheres no tempo’, não se deve, portanto, ignorar a mais humana das condições: a finitude da vida. Embora se trate de um tema tabu, a morte, além de um fenômeno biológico inexorável, possui entre nós uma dimensão sociocultural e uma historicidade própria. Cada época e contexto enfrenta esta questão de formas distintas, nos quais recorrências e inovações foram estabelecendo comportamentos que merecem ser conhecidos não só pelo que nos informam sobre si mesmos, mas também, pelo que esclarecem acerca de seu entorno. Poucos vestígios testemunham tão bem o funcionamento de uma sociedade quanto o modo como lidam com o morrer, com a morte e com seus mortos...
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Departamento de História
Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0530 – HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
Fernand Braudel (1902-1985) consagrou-se como um dos mais eminentes historiadores do século XX e sua obra e formas de conceber a História seguem reverberando na historiografia contemporânea. A quase totalidade de sua produção destinou-se a explorar os contornos da História Moderna, mais propriamente da sua primeira fase — ou, do que gostava de chamar de “o longo século XVI”. Período que vai de 1450 até cerca de 1650 no qual que teve início os processos de expansão marítima, colonialismo e consolidação de uma Economia-mundo capitalista a partir da Europa. São essas leituras sobre a primeira modernidade europeia, suas relações com o mundo atlântico e demais partes do globo que procuraremos abordar neste curso, não somente através de suas obras mais consagradas como O Mediterrâneo (1949, 1a ed.) e Civilização Material, Economia e Capitalismo (1979), mas também em trabalhos ocasionais (artigos, entrevistas, conferências etc.) menos conhecidos, porém essenciais para se compreender mais a fundo a complexidade e sedimentação de sua visão sobre estes assuntos.
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Departamento de História
Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0232 – HISTÓRIA MODERNA II
Se é verdade que os processos históricos se desenrolam numa dialética entre continuidades e rupturas, os séculos XVII e XVIII parecem estar especialmente atrelados a este segundo movimento. Mais do que isso, a ideia de transitoriedade e, sobretudo de “crise”, parecem dominar a interpretação que esse período fazia de si mesmo. Vários são os relatos e impressões da época que denotam haver não somente uma “crise de consciência europeia” mas uma consciência da(s) própria(s) crise(s). As disparidades entre as novas formas de governo e a economia mercantil globalizada, bem como a manutenção de uma ordem estamental que caracteriza a sociedade de Antigo Regime, criam fraturas irremediáveis no terreno das mentalidades e disputas políticas, no qual a Inglaterra e França terão papeis proeminentes. Para muitos que defendem a ideia de uma “crise geral” do XVII, o que diferencia este século de seus antecessores imediatos é que não teria conseguido absorver suas tensões, que, portanto, serviriam mais tarde como força motriz paras “revoluções” que transformariam definitivamente aquelas estruturas até finais do XVIII.
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Departamento de História
Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0231 – HISTÓRIA MODERNA I
Fernand Braudel utilizou a expressão “longo século XVI” para designar o período que vai de 1450 até 1630-50 na Europa, onde uma conjuntura econômica específica “favoreceu o progresso da vida material e de tudo quanto dela se alimentava”. Como bom historiador de seu tempo, seu ponto de partida foram as altas no preço do trigo, mas com a sensibilidade que lhe é peculiar, termina por constatar que no desenvolvimento urbano e arquitetônico de cidades como Veneza, durante o quattrocento, poder-se-ia tomar um indicador ainda mais confiável do que a curva nos preços dos cereais. Por isso, embora o conceito tenha inspirado diversas análises econômicas — como as de Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi — a ideia de uma tendência (trend) secular que desse conta de abarcar aquela conjuntura transborda também para o universo da cultura renascentista e barroca, da formação dos estados territoriais e, depois, dos impérios, bem como no contexto conturbado de um continente dividido entre disputas religiosas e dinásticas em plena expansão, choque e incorporação de novos mundos. É, a partir deste quadro geral, que se pretende compreender os processos e momentos decisivos que marcaram essa primeira fase da Era Moderna.
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Departamento de História
Programa de Pós-Graduação em História Social (professor colaborador)
Disciplina: FLH5566 – TÓPICOS EM HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS E RELAÇÕES SOCIAIS
A proposta da disciplina é pensar os distintos modos de conceber e praticar a história dos movimentos e relações sociais a partir da leitura crítica e debate conjunto dos projetos de pesquisa dos alunos — amparados pela bibliografia sugerida ou outras leituras que se mostrarem pertinentes — sempre respeitando a especificidade e enfoque de cada pesquisa. Tendo em vista a multiplicidade de temas, abordagens e recortes cronológicos dos trabalhos, procurou-se selecionar textos e autores que de alguma forma contemplassem a maior parte dos projetos de mestrado e doutorado ingressantes na linha de pesquisa. Neste sentido, pretende-se retomar algumas tendências e debates basilares em torno da história social, focando em tensões fundamentais para a compreensão de qualquer processo histórico, como: sujeito/estrutura, continuidade/ruptura, memória/esquecimento. A ideia também é instrumentalizar aportes específicos sobre gênero, classe, questões étnico-raciais e demais recortes que procurem abarcar a complexidade do social dentro de cada objeto de pesquisa e suas respectivas fontes.
Oliveira, F. R., Paiva, D. (Eds.) (2019). Saberes geográficos e Geografia institucional: relações luso-brasileiras no século XX. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, Universidade de Lisboa. ISBN: 978-972-636-284-5, 2019
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Programa de Pós-Graduação em História Social (professor colaborador)
Disciplina: FLH5638 – Historiografias Atlânticas
Chamado de “Mar Tenebroso”, aos poucos, as águas incógnitas do Atlântico seriam singradas por tantos povos, que o vasto oceano iria receber novas alcunhas. O espaço que antes separava agora uniria distintas partes do mundo moderno e é em meio a necessidade de compreendê-lo que se percebem, talvez, as primeiras tentativas globalizantes de História. Portanto, se é verdade que temas como: a expansão marítima europeia; comércio, tráfico e contrabando; conquista e exploração de novos territórios; escravismo mercantil; identidades/alteridades entre Velho e Novo(s) Mundo(s) etc. já aparecem cruzando fronteiras na pena dos tratadistas do XVI ou de um abade trânsfuga das Luzes, é no esforço contemporâneo em romper com os limites das histórias nacionais que veremos surgir propostas verdadeiramente conscientes e sistemáticas de uma história de fato mais globais...
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Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0116 – HISTÓRIA DA CULTURA III
Concordando-se com a máxima que define a História enquanto ‘o estudo dos homens e mulheres no tempo’, não se deve, portanto, ignorar a mais humana das condições: a finitude da vida. Embora se trate de um tema tabu, a morte, além de um fenômeno biológico inexorável, possui entre nós uma dimensão sociocultural e uma historicidade própria. Cada época e contexto enfrenta esta questão de formas distintas, nos quais recorrências e inovações foram estabelecendo comportamentos que merecem ser conhecidos não só pelo que nos informam sobre si mesmos, mas também, pelo que esclarecem acerca de seu entorno. Poucos vestígios testemunham tão bem o funcionamento de uma sociedade quanto o modo como lidam com o morrer, com a morte e com seus mortos...
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Departamento de História
Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0530 – HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS
Fernand Braudel (1902-1985) consagrou-se como um dos mais eminentes historiadores do século XX e sua obra e formas de conceber a História seguem reverberando na historiografia contemporânea. A quase totalidade de sua produção destinou-se a explorar os contornos da História Moderna, mais propriamente da sua primeira fase — ou, do que gostava de chamar de “o longo século XVI”. Período que vai de 1450 até cerca de 1650 no qual que teve início os processos de expansão marítima, colonialismo e consolidação de uma Economia-mundo capitalista a partir da Europa. São essas leituras sobre a primeira modernidade europeia, suas relações com o mundo atlântico e demais partes do globo que procuraremos abordar neste curso, não somente através de suas obras mais consagradas como O Mediterrâneo (1949, 1a ed.) e Civilização Material, Economia e Capitalismo (1979), mas também em trabalhos ocasionais (artigos, entrevistas, conferências etc.) menos conhecidos, porém essenciais para se compreender mais a fundo a complexidade e sedimentação de sua visão sobre estes assuntos.
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Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0232 – HISTÓRIA MODERNA II
Se é verdade que os processos históricos se desenrolam numa dialética entre continuidades e rupturas, os séculos XVII e XVIII parecem estar especialmente atrelados a este segundo movimento. Mais do que isso, a ideia de transitoriedade e, sobretudo de “crise”, parecem dominar a interpretação que esse período fazia de si mesmo. Vários são os relatos e impressões da época que denotam haver não somente uma “crise de consciência europeia” mas uma consciência da(s) própria(s) crise(s). As disparidades entre as novas formas de governo e a economia mercantil globalizada, bem como a manutenção de uma ordem estamental que caracteriza a sociedade de Antigo Regime, criam fraturas irremediáveis no terreno das mentalidades e disputas políticas, no qual a Inglaterra e França terão papeis proeminentes. Para muitos que defendem a ideia de uma “crise geral” do XVII, o que diferencia este século de seus antecessores imediatos é que não teria conseguido absorver suas tensões, que, portanto, serviriam mais tarde como força motriz paras “revoluções” que transformariam definitivamente aquelas estruturas até finais do XVIII.
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Departamento de História
Área: História Moderna (professor temporário)
Disciplina: FLH0231 – HISTÓRIA MODERNA I
Fernand Braudel utilizou a expressão “longo século XVI” para designar o período que vai de 1450 até 1630-50 na Europa, onde uma conjuntura econômica específica “favoreceu o progresso da vida material e de tudo quanto dela se alimentava”. Como bom historiador de seu tempo, seu ponto de partida foram as altas no preço do trigo, mas com a sensibilidade que lhe é peculiar, termina por constatar que no desenvolvimento urbano e arquitetônico de cidades como Veneza, durante o quattrocento, poder-se-ia tomar um indicador ainda mais confiável do que a curva nos preços dos cereais. Por isso, embora o conceito tenha inspirado diversas análises econômicas — como as de Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi — a ideia de uma tendência (trend) secular que desse conta de abarcar aquela conjuntura transborda também para o universo da cultura renascentista e barroca, da formação dos estados territoriais e, depois, dos impérios, bem como no contexto conturbado de um continente dividido entre disputas religiosas e dinásticas em plena expansão, choque e incorporação de novos mundos. É, a partir deste quadro geral, que se pretende compreender os processos e momentos decisivos que marcaram essa primeira fase da Era Moderna.
Universidade de São Paulo Departamento de História Programa de Pós-Graduação em História Social... more Universidade de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação em História Social (professor colaborador)
Disciplina: FLH5566 – TÓPICOS EM HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS E RELAÇÕES SOCIAIS
A proposta da disciplina é pensar os distintos modos de conceber e praticar a história dos movimentos e relações sociais a partir da leitura crítica e debate conjunto dos projetos de pesquisa dos alunos — amparados pela bibliografia sugerida ou outras leituras que se mostrarem pertinentes — sempre respeitando a especificidade e enfoque de cada pesquisa. Tendo em vista a multiplicidade de temas, abordagens e recortes cronológicos dos trabalhos, procurou-se selecionar textos e autores que de alguma forma contemplassem a maior parte dos projetos de mestrado e doutorado ingressantes na linha de pesquisa. Neste sentido, pretende-se retomar algumas tendências e debates basilares em torno da história social, focando em tensões fundamentais para a compreensão de qualquer processo histórico, como: sujeito/estrutura, continuidade/ruptura, memória/esquecimento. A ideia também é instrumentalizar aportes específicos sobre gênero, classe, questões étnico-raciais e demais recortes que procurem abarcar a complexidade do social dentro de cada objeto de pesquisa e suas respectivas fontes.