Ócio e Lazer nas Cidades Palimpsesto e Tradicional (original) (raw)

Lazer, Tempo Livre e Ócio na Cidade Contemporânea

José Clerton de Oliveira Martins Universidade de Fortaleza (Brasil) Palavras-chave: tempo livre, lazer, contemporaneidade, consumo. Palabras-clave: Tiempo libre, recreación, contemporaneidad y consumo.

Ócio, Lazer e Tempo Livre das Velhices em Quarentena

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer

O presente estudo buscou identificar significados atribuídos pelos idosos brasileiros ao tempo vivido na quarentena decorrente da pandemia de COVID-19. A partir de um levantamento nacional, de abordagem multimétodos, 276 idosos responderam a um questionário online, analisado a partir de estatística descritiva no SPSS e análise textual no IRaMuTeQ. Os resultados organizaram-se em três classes de evocações sobre a percepção do tempo na quarentena: Reações negativas na quarentena; Precauções e cuidados durante a quarentena; e Reações positivas na quarentena. Tais categorias nos levam a observar apreensões pouco associadas ao tempo livre, ao lazer e ao ócio, e permeadas por sensações desde angústias à apreensão de um olhar solidário para o próximo.

Lazer e Experiência Cultural

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer

Este trabalho é um recorte da tese de doutorado intitulada Cultura e Lazer na vida cotidiana do povo Akwẽ-Xerente. Este texto busca uma discussão entre lazer e experiência cultural, aproximando do modo de vida e de constituição da territorialidade e alteridade Akwẽ-Xerente. Uma aproximação com a antropologia permitiu que a metodologia fosse construída a partir do diálogo entre a pesquisa bibliográfica e de campo; em uma perspectiva etnográfica foi desenvolvida a observação participante e realizadas entrevistas. Através do “olhar de perto e de dentro” buscamos a compreensão do que os indígenas vivenciam que se aproxima das perspectivas de lazer lançadas até o momento. Assim, o objetivo é apresentar as práticas culturais de lazer do povo Akwẽ-Xerente, mais especificamente o Dasipê e a utilização das tecnologias, trazendo para a discussão questões que permeiam a alteridade e territorialidade deste povo. Estas práticas culturais de lazer fazem parte da vida cotidiana e participam da for...

Semelhanças e Especificidades entre os Estudos do Ócio e os Estudos do Lazer

Revista Subjetividades, 2018

As concepções teóricas dos estudos do ócio e dos estudos do lazer apresentam semelhanças e especificidades quanto à análise dos fenômenos culturais. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar essas duas perspectivas considerando suas abordagens conceituais. Para tanto, conduzimos uma pesquisa bibliográfica, por meio de uma revisão narrativa. As análises realizadas indicam que há distinções referentes aos aspectos filosófico, ontológico, epistemológico, axiológico e temporal. Todavia, apresentam similaridade em relação à subjetividade/atitude e à intervenção pedagógica. Embora singulares, ambas as áreas podem estabelecer um dialogismo para a construção de conhecimentos que compreendam os fenômenos sociais do ócio e do lazer enquanto desenvolvimento pessoal e coletivo.

Capítulo XIX - Ócio e Lazer

Criteriologia do Agir Comunicativo, 2019

O conflito entre sexualidade e civilização desenrola-se com êsse desenvolvimento da dominação. Sob o domínio do princípio de desempenho, o corpo e a mente passam ser instrumentos se renunciam à liberdade do sujeito-objeto libidianl que o or-ganismo humano é e deseja. A distribuição de tempo desempe-nha um papel fundamental nessa transformação. O homem existe só uma parcela de tempo, durante os dias de trabalho, como um instrumento de desempenho alienado; o resto do tempo está livre para si próprio. (Se o dia médio de trabalho, incluindo os preparativos e a vaigem de ida e volta do local de trabalho, somar dez horas, e se as necessidades biológicas de sono e alimentação exigirem outras dez horas, o tempo livre será de quatro horas em cada vinte e quatro, durante a maior parte da vida do indivíduo). Êsse tempo livre estaria potencialmente disponível para o prazer. Mas o princípio de prazer que governa o id é "intemporal" também no sentido em que milita contra o des-membramento temporal do prazer, contra a distribuição em peq uenas doses separadas. Uma sociedade goveranda pelo princípio de desempenho deve neces-sàriamente impor tal distribuição, visto que o organismo tem de ser treinado para a sua alienação em suas próprias raízes: o ego de prazer. Deve aprender a esque-cer a reivindicação de gratificação intemporal e inútil, de "eternidade do prazer". Além disso, a partir do dia de trabalho, a alienação e a arregimentação se alastram para o tempo livre. Tal coordenação não tem por que ser, e normalmente não é, imposta desde fora, pelas agências da sociedade. O contrôle básico do tempo de ócio é realizado pela própria duração do tempo de trabalho, pela rotina fatigante e mecânica do trabalho alienado, o que requer que o lazer seja um relaxamento pas-sivo e uma recuperação de energias para o trabalho. Só quando se atingiu o mais recente estágio da civilização industrial, quando o crescimento da produtividade ameaça superar os limites fixados pela dominação repressiva, a técnica de mani-pulação das massas criou então uma indústria de entretenimentos, a qual contrla diretamente o tempo de lazer, ou o Estado chamou a si diretamente o tempo de lazer, ou o Estado chamou a si diretamente a execução de tal contrôle. Não se po-de deixar o indivíduo sòzinho e entregue a si próprio. Pois se tal acontecesse, com o apoio de uma inteligência livre e consciente das potencialidades de libertação da realidade da repressão, a energia libidinal do indivíduo, gerada pelo id, lançar-se-ia contra as suas cada vez mais extrínsecas limitações e esforçar-se-ia por abran-ger uma cada vez mais vasta área de relações existenciais, assim arrasando o ego

Arte, Cidade Criativa e Ócio

No presente artigo procuramos relacionar arte, cultura e ócio apresentando em um primeiro momento, seus desenvolvimentos teóricos através da apresentação de breves sínteses conceituais. Em um segundo momento, apresentamos a partir de um estudo de caso na cidade do Porto, em Portugal, alguns exemplos de arte contemporânea, seja sob a forma de arte de rua, ou museológica, bem como, alguns exemplos de património e arquitetura da cidade, assim como, um exemplo de oferta musical em um espaço privado. Estes casos resultantes de um estudo de natureza qualitativa e de teor etnográfico desenvolvido no mês de junho de 2016, permitem refletir sobre a sua relação com o ócio, partindo do princípio de que todas as cidades são criativas, embora variem em intensidade.

Florianópolis: a cidade como um palimpsesto

2017

O objetivo desta pesquisa e o de caracterizar a cidade como um palimpsesto. Um palimpsesto e um pergaminho muito antigo, que depois de escrito podia ser raspado e utilizado novamente. Pesavento (2004), ao usar esta expressao, trata de uma cidade que esta constantemente sendo raspada e reconstruida e que essa raspagem sempre deixa algum vestigio no pergaminho. A cidade, hoje em dia, e feita de caminhos faceis para que o transeunte nao precise prestar atencao no que esta fazendo, onde esta pisando. E o que Richard Sennett chama de “a privacao sensorial dos novos projetos arquitetonicos” (2008) nos quais as coisas sao projetadas para nao nos chamar atencao e para seguirmos o caminho sem interferencias do meio. Benjamin (1991), tomando a expressao de Baudelaire diz que para o flâneur a cidade se transforma em uma paisagem que e formada nao somente pelo sistema sensorial do olhar, mas tambem o do saber, no qual e usado algo ja experimentado e vivido. Isso mostra a importância do moviment...

Os Espaços de Lazer na Cidade

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2010

Tendo em vista a diversidade de maneiras de pensar o lazer na cidade, este estudo se dedica a fazê-lo tendo como foco o planejamento urbano. Teve como objetivo analisar como a cidade de Belo Horizonte planejou seus espaços de lazer, através da legislação urbanística e outros documentos. Possui abordagem qualitativa, combinando Pesquisa Bibliográfica e Pesquisa Documental. Nesta última, verificamos o planejamento relativo aos espaços de lazer a partir de categorias: acessibilidade, distribuição espacial, recuperação/manutenção e construção de novos espaços de lazer. A análise dos documentos indica, no Plano Diretor, como o lazer é tratado junto ao esporte, mas aparece também em outros trechos do documento. Questões acerca do lazer tiveram maior visibilidade quando o debate foi realizado por diferentes setores da sociedade, nas Conferências Municipais de Política Urbana.

Lazer e Museus

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2021

O presente artigo traz uma reflexão teórica acerca dos significados e das interações entre o Lazer e os Museus. Os procedimentos metodológicos consistiram em revisão bibliográfica e análise documental. O percurso metodológico adotado permitiu uma ampla investigação sobre o universo museal e o lazer ao longo de diversos períodos históricos até o paradigma atual, com destaque ao que se convencionou chamar de Nova Museologia. Neste novo paradigma, pautado pela indústria cultural, consideramos que as novas formas de interação dos Museus com o seu público são sempre mediadas na perspectiva do lazer cultural e pelo alcance da importante função social dos museus.