O Diálogo Das Artes: A Poesia De Heloísa Prazeres e a Fotografia De Jamison Pedra (original) (raw)
Related papers
Poesia, Pintura, Música: Um diálogo de vanguardas
Tomando como referência o ensaio de João Cabral sobre a obra do pintor Joan Miró, procuramos traçar algumas analogias entre a poética do primeiro, a evolução da pintura do segundo, e as transformações sofridas pela música no século XX, em busca de alguns paradigmas comuns entre as diferentes artes Recorreremos também à poesia do autor para ilustrar as idéias por ele defendidas ou combatidas ao longo do ensaio.
Diálogos Híbridos em Fotografia Analógica, Tipografia e Poesia Autoral
Resumo: Trata-se de pesquisa experimental em Design Gráfico com a intenção de estabelecer diálogos híbridos entre alguns elementos. A saber: fotografia analógica, tipografia e poesia autoral. A fotografia analógica será o processo para a obtenção de imagens. Em tipografia, o recorte é o de caligrafias produzidas manualmente, e a poesia autoral tem a função de estabelecer as pontes necessárias para tecer os objetivos estabelecidos. Pretende-se desenvolver produto final no campo do Design Editorial. Abstract: This work consists of an experimental research in Graphic Design, which intends to establish hybrid dialogs between some elements, namely: analog photography, typography and authorial poetry. The Analog Photographic Process will be the source for the obtainment of images. In Typography, the cutout is focused on handwriting, while the authorial poetry will have the function of set the necessary bridges to achieve the objectives of this hybrid project. We intend to develop the final product in the field of Editorial Design.
Da Poesia e dos Diálogos Interartes
Guara, 2015
Resumo: estudam-se, neste texto, as estratégias de elaboração da poética de Serguilha que comportam um grande suporte visual extraído no plano da significação por meio de recursos lexicais que se combinam e recombinam, favorecidos pela elasticidade sintática da língua portuguesa, bem como a relação de suas obras com o plano visual, que ao entrelaçar-se com a visualidade, faz-nos recordar o desenho e a pintura como elementos de comunicação.
O Jogo Discursivo Entre Literatura e Fotografia Em Mão Na Lata e Berro D’Água
Revista Crítica Cultural
Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise da intertextualidade e do jogo discursivo entre literatura e fotografia presentes no fotolivro Mão na Lata e Berro D’Água, um ensaio fotográfico produzido em 2006 por um grupo de adolescentes da Favela da Maré, organizado pela fotógrafa Tatiana Altberg e fundamentado na obra de Jorge Amado intitulada A morte e a morte de Quincas Berro D’Água. O fotolivro reúne texto e imagem, palavra e fotografia, em uma ressignificação das memórias do personagem Quincas é do universo onírico presente na narrativa original, representado pela plástica das fotografias pinhole, técnica escolhida pelo grupo para esta releitura. Para esta análise, nos apoiamos nas teorias de autores que versam sobre a hibridização das artes contemporâneas (BRIZUELA, 2014) e a intertextualidade (FIORIN, 2016, NITRINI, 2015 e REIS, 2003), de forma a identificar a relação entre texto e imagem no fotolivro Mão na Lata e Berro D’Água.
Através de campanha no website da Concreta para financiar o lançamento da Arte Poética, 312 pessoas fizeram sua parte para que este livro se tornasse realidade, um gesto pelo qual lhes seremos eternamente gratos. A seguir, listamos aquelas que colaboraram para ter seus nomes divulgados nesta seção:
Por Entre Sonhos Pedras e Poesia
Matérias para fazer Sonhos. Gemidos... suaves e intensos, duradouros na brevidade de seus segundos. Efêmeros e débeis na eternidade de sua brevidade... Revezavam-se entre si, num bailado ansioso que lembrava o ecoar das abas da gaivota enevoada na vazante do Capetinga. Não em qualquer vazante, mas naquela onde este Rio Capetinga recebe aquele Rio Roncador, num profuso encontro de generosidade e entrega. Aí, o Roncador que em seu curso vai banhando terras, morros e chácaras, matando sede, gerando vida, ofertando piabinhas e lambaris, entronca-se na mata densa de borda ciliar na altura da Carestia, em terras de Vô Pulú, Apolinário, na verdade e se faz um gerando doravante um caudaloso Rio Capetinga. Vô Pulú é filho destes polacos goianos que descendem do polonês Szervinsk, que ali é lenda, é fábula, é gente... é mito. Não qualquer mito, mito vivo, mito fundador, mito de gênese e de escatologia, de eternidade na efemeridade da descendência. Mas olha, esse mito é coisa enganosa e encantante, está lá, mas não se pode vê-lo, e quando se vê, é bem pouco, oculto, diluído.... Na pele? Não! Na pele bem, pouco. Nos zóios vez ou outra, num colorido aclareado em tom esverdeado ou de matiz azul. No cabelo de quando em vez, quando em pálido melaninar, se dá um aloreamento pueril que poucas vezes dura até a idade adulta... Nas práticas? Hiii... aí é que num vige mesmo! Pois a prática é sertaneja, misturada de paulista, mineiro e baianos. Feito receita de bruxaria. Tudo jogado no mesmo escaldante caldeirão do Sertão, onde a bruxa e mãe da receita é a própria natureza e o pai zeloso, o bruxo pai Cerrado. Eles gestam essa descendência, nas além do nome e do mito na mente, além do já dito, não resta nada. Senão fascínio, encanto, poesia e curiosidade. Kiko di Faria 3 Mas bem, falava eu antes de pegar o atalho, da semelhança entre aqueles gemidos e o bater das asas da garça branca, visitante temporona daquela várzea de entre rios. Aqueles gemidos, não eram de dor, não eram de angústia, não eram de prazer... Eram uma mistura de tudo isso, ritmado, num frenesi intenso que de quando em vez, estancava-se numa estática transitória para depois, em seguida continuar sua ritmância... Que era aquilo? Insistentemente eu me perguntava. Ora, nem mesmo sei se fora realidade, ou devaneio, alucinação. Quiçá, ousar dizer o que era. Não mesmo. Mas o fato é que na angústia de saber, de apreender, de entender, de saciar a emoção que se amalgamava em meu peito, com uma infinitude de outras sensações, das quais me lembro: do medo, da euforia, da frustração ante a ignorância, entre outros. Esforcei me em me
Scripta, 2012
também coordenado pelas organizadoras desse livro. No texto "A palavra em trânsito", que serve como introdução ao volume, as propostas dessa obra estão explicitadas: "Serão examinados motivos, temas, formas, elementos diversos que, recorrentes em poetas da modernidade ocidental, ressurgem, infiltram-se, rasuramse na poesia de hoje, em franca interlocução." (AGUIAR; LOBO, 2008, p. 9). Desse modo, a ligação de autores contemporâneos com a tradição é compreendida de modo dinâmico nos 16 ensaios: os procedimentos da criação literária decorrem ao mesmo tempo de apelos do contexto de agora e motivações já consagradas, as quais podem responder às necessidades expressivas do presente. Acompanhando as orientações de críticos como T.S. Eliot-e seu belíssimo artigo "Tradição e talento individual"-, os ensaístas desse livro estão conscientes de que o sentido histórico leva os poetas a escreverem a partir de sua geração e também de toda a literatura que os precedeu, ou seja, existem, concomitantemente, um sentimento do temporal e um sentimento do intemporal que andam lado a lado, tomando a história por meio de um movimento simultâneo e sincrônico. Isto fica evidente logo no sumário de Poesia, tradição e modernidade, onde figuram nomes como
Diálogos entre Poeminha em Língua de Brincar e Miró
TECENDO LITERATURA: ENTRE VOZES E OLHARES, 2014
Maria Zilda da Cunha apresenta essa obra "com a feição de um livro de ensaios teóricos sobre literatura", com textos e depoimentos de profissionais de diferentes áreas, os quais, de algum modo, prestam sua homenagem à Maria Lúcia Pimentel Góes pela comemoração de seus quarenta anos como escritora. Professora titular da Universidade de São Paulo e pesquisadora, a maior contribuição da autora reside em sua produção literária infantil e juvenil, totalizando mais de 150 títulos, muitos deles premiados. Esse e-book também é uma homenagem aos poetas, nesses nossos "tempos de barbárie", pois "poesia e pensamento são formas de interrogar o mundo, movimento de intelecção da relação homem, mundo, sociedade, palavras". Organizadoras: Nelly Novaes Coelho Maria Zilda da Cunha Maria Auxiliadora Fontana Baseio
Photomaton & Vox: a coNStrução da poétIca de Herberto Helder
Terra Roxa, 2019
Herberto Helder configura-se como um dos mais importantes poetas portugueses da segunda metade do século XX e século XXI. Sua poesia marcada pelo silêncio, pelo corpo e por metáforas sobre o próprio fazer poético tornou-se reconhecida por seus contemporâneos e por gerações futuras de escritores de prosa e poesia. publicado em 1979 pela primeira vez, Photomaton & Vox é uma obra que alinha fragmentos de textos ensaísticos e poemas. Composto de comentários, experiências memorialísticas e estéticas, o livro tornou-se uma forma de poética herbertiana, onde encontramos diferentes aspectos que norteiam sua escrita. O presente artigo recorre a singulares ensaístas sobre o poeta e sobre o gênero poético para analisar excertos de Photomaton & Vox, percebendo as características que o promovem enquanto poética, bem como a importância de Herberto Helder para a poesia portuguesa pós-Fernando Pessoa.