The Sisters", de James Joyce - Luz, Escuridão e Sentidos nas Traduções de José Roberto O 'Shea e Hamilton Trevisan (original) (raw)
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Uma odisséia tradutória do 'Ulisses': análise de traduções da obra de James Joyce
By following André Lefevere's concepts of translated literature as refracted texts, this study presents certain aspects of the reception of the first translations into Portuguese, French and Spanish of James Joyce's Ulysses (1922) in France, Argentina, Portugal and Brazil. It also discusses various solutions of the translators when interpreting Joyce's text, using Antoine Berman's concept of identifying the deforming tendencies that operate in every translation. The examination of these translations describes each translator's style and how the thematic concepts of the novel are expressed. According to Berman, this kind of analysis is always effective when making a critique of translations because it makes use of double criteria: the poetics and the ethics of a translation. The former refers to the translator's work on his or her own translated text, and its textual proximity to the original. The latter refers to the kind of dialogue the translator maintains with the original and his respect towards it. In order to compare the elements of selected passages in Ulysses this study will also take into consideration the contemporary ideas on translations of Joyce's
Por Uma História Das Traduções De James Joyce No Brasil
Belas Infiéis
Marcas geográficas, culturais e linguísticas costumam delimitar o trabalho do pesquisador que pretende escrever uma história da tradução. Mesmo válido e útil o balizamento, a abordagem histórica da tradução não abarca apenas o conjunto de técnicas, tendências e teorias tradutórias de determinados períodos e locais, isto é, o que se pensou sobre tradução, mas também as próprias traduções. Em outras palavras, também se deve considerar a importância da história das traduções de um determinado autor ou obra, uma história cuja construção ocorrerá sempre dentro de limites espaciais e temporais determinados pelo pesquisador. Este artigo pretende estabelecer as bases para a construção de uma história das traduções das obras de James Joyce no Brasil, apresentando exemplos claros de desafios certamente encontrados pelo pesquisador em seu percurso.
Revista Dialectus, 2019
Tradução de Sobre a eloquência, Pronúncia, Comentários lexicais, Sobre as mulheres, Uma casa na rua Saint-Denis, Ensaio sobre os acontecimentos importantes cuja causa secreta foram as mulheres, Conselhos a um cura e Cartas para Sara, de Jean-Jacques Rousseau Rafael de Araújo e Viana Leite 1 APRESENTAÇÃO Um filósofo alcança reconhecimento por causa do que produziu e não exatamente pelos empreendimentos nunca concluídos. Poderíamos ir além: é com a ajuda de livros terminados que se mensura a grandiosidade de um percurso intelectual, e não tateando fragmentos. Dessa maneira, o resultado de um trabalho reflexivo ou literário só pode ser a tão desejada obra final, aspirante a obra-prima, pois é ela que manifesta um pensamento, que deve ser utilizada para corroborar sua relevância enquanto ou, inversamente, para servir como prova de acusação. Mais do que isso, qualquer outro aparato documental, caso não tenha sido formalmente publicado, pode muito bem ser considerado oficialmente inválido para fins de crítica, elogio ou apreciação. Quando muito, tem-se um material curioso com o qual tenta-se apreender, muito equivocamente, algum tipo de gênese criativa ou reflexiva. Nas obras completas de Jean-Jacques Rousseau (Pléiade, Tomo II, 1964, org. Bernard Gagnebin e Marcel Raymond), há uma seleção de textos, desses quase apócrifos, representantes de um esforço nunca concluído, excertos sem um ponto final que nos permita medi-los com precisão e propriedade. Todavia, isso não impede que nós, leitores de Rousseau, encontremos um material interessante, capaz de complementar pesquisas sobre a reflexão, interesses ou mesmo sobre o estilo literário do filósofo genebrino. Esses fragmentos, em sua maioria manuscritos conservados em Neuchatel ou Genebra, alguns publicados no final do século XVIII ou nos idos do século XIX, foram reunidos sob o título de Miscelâneas de literatura e de moral. São excertos, notas de trabalhos e empreendimentos apenas iniciados de tamanho e valor desiguais, como diz Charles Guyot (1964, t. II, p. CI). Para o comentador, manifestam 1 Fez graduação, mestrado e doutorado em Filosofia pela UFPR. É membro da ABES XVIII (Associação brasileira de estudos sobre o século XVIII), do GIP Rousseau (Grupo interdisciplinar de pesquisa Jean-Jacques Rousseau) e participa, desde 2009, do Grupo das Luzes-UFPR. Publicou artigos, traduções e resenha em revistas de Filosofia. Atualmente, realiza estágio de pós-doutorado na UFPA (CAPES-PNPD).
Gragoatá, 2019
O presente artigo consiste em um estudo das nove traduções brasileiras de “Os mortos” (“The Dead”), do livro de contos Dublinenses (Dubliners, 1914), do escritor irlandês James Joyce (1882-1941). A primeira tradução desse conto foi publicada em 1942, e a última, em 2018. Esse artigo é, salvo engano, o primeiro estudo que abarca todas as traduções de “Os mortos” no Brasil, entre as que figuram em uma das cinco traduções integrais de Dublinenses (1964, 1992, 2012, 2012, 2018), as publicadas como livro (2014, 2016), a que está inserida em uma seleção (2013) e a publicada em revista (1942). Para este estudo de cunho comparativo, o autor e as autoras selecionaram passagens do texto em inglês para cotejá-las com suas traduções em português do Brasil, de modo a permitir uma leitura que ressalte o trabalho envolvido nas traduções, ilumine possibilidades de interpretação e sirva de fonte de consulta a futuros tradutores de Joyce.
Virginia Woolf leitora de Joyce: o testemunho de suas cartas em tradução para o português do Brasil
IPOTESI – REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS
Embora a complicada reação de Virginia Woolf ao Ulysses de James Joyce gere interesse não apenas em estudiosos de suas respectivas obras e dos modernismos de forma mais ampla, falta a quem lê o português brasileiro acesso mais completo ao que Woolf escreve sobre sua leitura do romance de Joyce. Traz-se aqui a primeira tradução de trechos de todas as cartas já encontradas em que Woolf trata de Ulysses, utilizando-se como texto-base a edição de suas cartas completas e o fac-símile da carta datilografada a Harriet Weaver.
ABC das traduções brasileiras do Ulysses de James Joyce
Cadernos de Tradução, 2018
Resumo: Ulysses (1922), de James Joyce, é considerada uma obra especialmente desafiadora para os tradutores, tendo em vista a variedade de estilos, técnicas narrativas e jogos de palavras empregada pelo autor. As três traduções brasileiras até o momento publicadas, de Antônio Houaiss, Bernardina da Silveira Pinheiro e Caetano Galindo, ilustram a diversidade de caminhos que o trabalho tradutório pode empreender, com diferentes ênfases em valores como literalidade, reprodução dos procedimentos formais e inteligibilidade pelo leitor, o que o cotejo de fragmentos dessas traduções aqui empreendido permitirá entrever.
James Joyce, o canto das sereias e o segundo fôlego de Bloolisses em Dublin
1995
No Livro XII da Odisseia, o nobre Ulisses conta ao rei dos Feaces como Circe o avisara dos perigos que iria correr e o prevenira contra as duas sereias de canto suave e fascinante, cujos sons conduziam inevitavelmente à morte os viajantes incautos que navegavam junto à costa rochosa da ilha onde aqueles dois estranhos seres habitavam. Por isso, aconselhara Circe, se o desejo de ouvir o. canto da morte se revelasse insuperável, Ulisses deveria tapar com cera os ouvidos dos companheiros e amarrar-se ele próprio a um mastro, ordenando firmemente aos seus homens que o não libertassem, ainda que ele muito pedisse ou protestasse. Prudente e apoiado pela tripulação fiel, Ulisses segue os conselhos de Circe e ouve, sem qualquer punição, o canto que promete a sabedoria e o prazer aos que cederem ao seu poder fatal. Em Ulysses, de James Joyce, o herói grego surge sob os traços de Leopold Bloom: um pacífico angariador de publicidade, bricoleur de mil artifícios, de ascendência judaica e por isso segregado no ambiente nacionalista e hostil de uma Dublin, cujas ruas percorre sem cessar (viajante como Ulisses) durante cerca de vinte horas do dia 16 de Junho de 1904. No capítulo XI, Bloom, obcecado pelo encontro amoroso que sua mulher Molly irá ter nessa tarde com Blazes Boylan (um Antínoo insolente e confiante nas suas qualidades de sedutor), passa pelo bar do Ormond Hotel, pouco antes das quatro da tarde (a hora marcada para o adultério desta Penélope infiel ao marido mas fiel à sua sexualidade e ao corpo de que ele se ausentara), e ali permanece largo tempo, ouvindo as canções e as áreas que um grupo de alegres dublinenses toca e canta na sala ao
2016
Este trabalho busca mapear e discutir, de forma interpretativa, algumas das possiveis significâncias de tematicas e vocabulario exploradas por meio do uso frequente de sinonimia no compendio de contos Dublinenses que intercalam os contos The sisters e o The Dead – os quais tomaremos por objetos de estudo. Para isso, faremos o cotejo dos dois contos de Joyce, e as propostas de traducao de Omar Rodovalho (2013), em interacao com a fortuna critica sobre esses textos, em especial, Murfin (1994) e Riquelme (1994). Deste modo, ao decorrer da analise partiremos da hipotese que apesar dos contos The sisters e The dead estarem separados, esses podem ressoar dentre os contos e sob as diversas narrativas do dublinenses .
A tradução de referências culturais em The Magdalene Sisters, de Peter Mullan
Percalços nos caminhos da tradução: entrelaçando ideias, 2017
Tradução audiovisual, de modo particular tradução para o cinema, é constituída por diversas restrições que a tornam uma atividade peculiar e complexa, sobretudo quando componentes próprios de uma cultura ou suas especificidades culturais, representam um desafio para o tradutor e exigem a utilização de estratégias distintas. Partindo desse pressuposto, este artigo se propõe analisar as principais restrições técnicas que caracterizam a legendagem para o cinema enquanto mídia composta por relações intersemióticas e tida como uma poderosa ferramenta de representação nacional e comunicação intercultural. Ao mesmo tempo, este estudo procura investigar o conceito de referências culturais em legendagem e as principais estratégias disponíveis para solucionar problemas de tradução de referências culturais, utilizando como exemplo diálogos do filme The Magdalene Sisters (2002) do diretor escocês Peter Mullan. A análise teórica será realizada, principalmente, a partir de concepções desenvolvidas por Jorge Díaz Cintas e Aline Remael (2009, 2014), que abordam diversos aspectos da tradução audiovisual. Audiovisual translation, particularly translation for the cinema, is a peculiar and complex activity formed by several constraints that represent a great challenge for the translator, especially when specific components of a culture require the use of distinct strategies. Based on this assumption, this article proposes the analysis of the main technical constraints that characterize subtitling for the cinema as a media composed by intersemiotic relations and seen as a powerful tool of national representation and intercultural communication. At the same time, this study intends to investigate the concept of cultural references, also known as culture-bound items in subtitling. In addition, it intends to investigate the most common translation strategies available to solve translation problems of culture-bound references through the analysis of dialogues presented in The Magdalene Sisters film, directed by scotch actor and director Peter Mullan. The theoretical approach is mainly based on conceptions developed by Jorge Díaz Cintas e Aline Remael (2009, 2014) who cover several aspects of audiovisual translation.