Other medicinal plants and botanical products from the first edition of the Brazilian Official Pharmacopoeia (original) (raw)
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Biotemas
Ferreyra da Rosa, publicado em 1694, foi o primeiro documento sobre a febre amarela, seus sintomas, tratamento e fi toterapia utilizada na época. Rosa descreveu uma centena de plantas medicinais aplicadas no combate à epidemia, destas, grande parte já vinha preparada do Reino, pois os médicos portugueses, em sua grande maioria, rejeitavam os conhecimentos fi toterápicos indígenas. Só mais tarde, devido à duração da viagem marítima e possível perda da efi cácia dos princípios ativos, devido à sua degradação pela ação de altas temperaturas, umidade e forma de acondicionamento inadequada dos produtos fi toterápicos, é que esses médicos foram obrigados a adotar as plantas medicinais nativas na sua terapêutica. Dessa forma, as plantas medicinais brasileiras empregadas no tratamento da primeira epidemia de febre amarela no Brasil (século XVII) foram atualizadas do ponto de vista taxonômico fazendo-se comparações com as empregadas atualmente pela medicina popular para outros fi ns terapêuticos. Como resultado, no tratamento fi toterápico para debelar a febre amarela, no fi nal do Séc XVII, Rosa fez uso das plantas medicinais brasileiras: copaíba, macela, maracujá-mirim, aroeira-vermelha, angelicó e almécega.
Plantas proibidas na composição de produtos tradicionais fitoterápicos no Brasil
Pantanal Editora, 2022
É com muita satisfação que apresento o e-book “Plantas proibidas na composição de produtos tradicionais fitoterápicos no Brasil”, baseado na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 26, de 13 de maio de 2014, editada pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, que proíbe diversas espécies e gêneros, de Plantas e Fungos, na composição de Produtos Tradicionais Fitoterápicos no país. O e-book apresenta 92 espécies, uma subespécie e uma variedade, com total de 94 táxons de plantas, incluídos em 33 famílias botânicas, onde 50% dos táxons são nativos do Brasil, além de diversos táxons nativos da Europa, África, Ásia e América Central, principalmente. São plantas utilizadas na medicina popular, mas proibidas na composição de produtos tradicionais fitoterápicos devido a presença de compostos químicos prejudiciais à saúde do brasileiro, principalmente alcaloides, ácidos aristolóquicos e glicosídeos cardioativos, que podem desencadear reações adversas. Para cada planta, o leitor terá acesso a várias informações, como: nome científico aceito, família botânica, sinônimo, nome popular, descrição morfológica, distribuição geográfica, principais compostos químicos tóxicos e fotografias. Quero fazer alguns agradecimentos! Ao prof. Dr. António Maria Luís Crespí, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Portugal, pela cordialidade em disponibilizar a fotografia (Jardim Botânico da UTAD - Flora Digital de Portugal) da capa do e-book, da fotógrafa Cristina Sanvito, que também agradeço em nome de todos os outros fotógrafos com fotos usadas aqui; ao pesquisador Dr. Joelcio Freitas, do Instituto Nacional da Mata Atlântica e especialista em Aristolochiaceae; à profa. Dra. Márcia Cristina Machado Pasuch, da Escola Estadual Dom Bosco (Alta Floresta – MT), pela leitura das páginas iniciais do e-book; e, ao prof. Dr. João Paulo Viana Leite, da Universidade Federal de Viçosa, pelos incentivos na área de plantas medicinais e suas potencialidades ao SUS.
Resumo O " Tratado Único da Constituição Pestilencial de Pernambuco " de João Ferreyra da Rosa, publicado em 1694, foi o primeiro documento sobre a febre amarela, seus sintomas, tratamento e fi toterapia utilizada na época. Rosa descreveu uma centena de plantas medicinais aplicadas no combate à epidemia, destas, grande parte já vinha preparada do Reino, pois os médicos portugueses, em sua grande maioria, rejeitavam os conhecimentos fi toterápicos indígenas. Só mais tarde, devido à duração da viagem marítima e possível perda da efi cácia dos princípios ativos, devido à sua degradação pela ação de altas temperaturas, umidade e forma de acondicionamento inadequada dos produtos fi toterápicos, é que esses médicos foram obrigados a adotar as plantas medicinais nativas na sua terapêutica. Dessa forma, as plantas medicinais brasileiras empregadas no tratamento da primeira epidemia de febre amarela no Brasil (século XVII) foram atualizadas do ponto de vista taxonômico fazendo-se comparações com as empregadas atualmente pela medicina popular para outros fi ns terapêuticos. Como resultado, no tratamento fi toterápico para debelar a febre amarela, no fi nal do Séc XVII, Rosa fez uso das plantas medicinais brasileiras: copaíba, macela, maracujá-mirim, aroeira-vermelha, angelicó e almécega. Unitermos: Plantas medicinais brasileiras, febre amarela, João Ferreyra da Rosa Abstract Brazilian medicinal plants used by the Dr. João Ferreyra da Rosa according to his " Treatise on Pestilence in Pernambuco " at the end of the 17 th century. João Ferreyra da Rosa's " Treatise on Pestilence in Pernambuco " , published in 1694 was the fi rst document on yellow fever, its symptoms and treatment, and it described the phytomedicines used at the time. Rosa described a hundred medicinal plants used to treat the epidemic; most of them came already prepared from Europe, since the majority of Portuguese physicians rejected the indigenous therapeutic knowledge. However, later, due to the lenght and adverse conditions of maritime trevel, leading to losses in the effectiveness of the active ingredients of such phytotherapeutic Biotemas, 21 (4): 39-48, dezembro de 2008
Resumo O uso de plantas medicinais para a manutenção ou recuperação da saúde é difundido em todo o mundo, sendo-e, fora da área farmacêutica, as plantas medicinais possuem possibilidade de uso como cosmético ou alimento. O controle sanitário desses produtos pela ANVISA difere de acordo com a forma que é preparado o produto obti-Abstract used. Products obtained from medicinal plants are regulated by the National System of Health Surveillance, which is coordenated by Nacional Health Surveillance Agency (ANVISA). As a pharmaceutical product, there are herbal medicines. In the other hand, medicinal plants could be used in manufacturing of cosmetics and foods. The health control for these products by ANVISA is different and depend on how they are produced or their exigency this products are discussed in this article. 5
Medicamentos a partir de plantas medicinais no Brasil
Esta é também a posição de Jörg Grünwald acerca do potencial dos fitoterápicos. Na Europa o mercado destes produtos está crescendo a uma taxa mais elevada do que a do mercado farmacêutico como um todo, como mostra o Quadro 2.6. Quadro 2.6-Crescimento do mercado de fitoterápicos em países selecionados em 1993 País % Espanha 35 Alemanha 15 Itália 11 Reino Unido 10 Fonte: Nicolas Hall Company (1994) O Quadro 2.7 mostra que esse crescimento, além de expressivo, é bastante generalizado: Quadro 2.7-Taxas de crescimento anual por região (%)
Plantas Medicinais: Sabedoria Tradicional e Ciência Moderna, 2024
Objetivo: Os inquéritos sobre a medicina popular portuguesa realizados por Michel Giacometti (1929-1990) nas décadas de 1960-70 foram recentemente publicados e serviram de material-base para a elaboração do presente estudo, cujo objectivo era a identificação científica das plantas mencionadas nestes inquéritos e a comparação das recomendações terapêuticas com as referidas na bibliografia. Métodos: As plantas foram identificadas a partir dos seus nomes vulgares recorrendo a bibliografia especializada. De seguida, comparámos a lista de espécies com as mencionadas na Farmacopeia Portuguesa e em bibliografia sobre plantas medicinais. Resultados: Nas receitas (total de 751) foi possível identificar com segurança 153 espécies ou grupos de espécies de plantas, e uma espécie de fungo. Destas, 53 não constam da Farmacopeia Portuguesa, mas todas (excepto Thymus caespititius Brot. e Thymus lotocephalus G.López & R.Morales) são mencionadas em trabalhos clássicos e gerais sobre as plantas medicinais da flora portuguesa ou em bibliografia mais especializada. Dez espécies mencionadas nos inquéritos são hoje reconhecidas como potencialmente tóxicas ou venenosas, tendo o seu uso sido progressivamente abandonado. Conclusão: Que tenhamos conhecimento, este é o primeiro estudo crítico de carácter botânico baseado nas receitas recolhidas por Giacometti que constituem uma base de dados de primeira importância para o conhecimento da medicina popular em Portugal nos inícios da segunda metade do século XX. A presença nas receitas de espécies actualmente consideradas como potencialmente tóxicas releva o peso da tradição e a longa persistência de usos e costumes nas práticas populares.
Plantas medicinais usadas pelos moradores das áreas urbana e rural de Luziânia, Goiás, Brasil
O Brasil tem flora megadiversa, sendo o Cerrado a savana mais rica em espécies do mundo. Ademais, o uso de plantas medicinais é prática comum e tradicional na população brasileira. Por isso, é esperado que populações de cidades históricas, localizadas no Cerrado, tenham vasto conhecimento etnobotânico. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de registrar as plantas medicinais utilizadas por moradores de Luziânia (GO), Brasil, e avaliar seus perfis socioeconômicos. Os moradores (18 da área urbana e 20 da área rural) foram selecionados pelo método “bola de neve”, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com eles, que abordavam aspectos socioeconômicos e etnobotânicos. Dentre os entrevistados, 74,4 % eram mulheres, sendo adultos e idosos os maiores conhecedores, e 71 % tinham Educação Básica incompleta. A maioria cultivava as plantas em quintais e citou as folhas como o principal órgão utilizado. Os entrevistados da área urbana e rural se diferenciaram quanto à forma de obtenção do conhecimento (c2= 10,367; p < 0,05), pois a origem do conhecimento deu-se da família, da leitura e de terceiros na área urbana e preponderantemente da família na área rural. Os entrevistados citaram 95 espécies, não havendo diferença estatística na quantidade de exóticas e nativas. Porém, as espécies referenciadas eram predominantemente exóticas. Lamiaceae, Asteraceae e Fabaceae foram as famílias mais representativas. O hábito herbáceo foi o mais comum. As espécies mais usadas foram Lippia alba (erva-cidreira), Mentha arvensis (hortelã), Dysphania ambrosioides (mastruz) e Plectranthus barbatus e Plectranthus grandis (boldo). Os principais problemas tratados com as plantas medicinais foram resfriado, má digestão, estresse e problemas respiratórios.