As palavras entre o saber e o poder (original) (raw)

‘Saber é poder’ e o saber do poder

Revista Brasileira de História da Educação

Este artigo analisa a ‘experiência educativa’ de José Veríssimo associada à ‘marginalização’ e ao ‘engajamento’ político na província do Pará. No contexto de polarização política entre tradição imperial e política científica, ocorreu o concurso para a cadeira de francês do Liceu Paraense (1881) e emergiu a Sociedade Paraense Promotora da Instrução (1883-1884). Considero que a desclassificação no concurso foi uma forma de marginalização das posições profissionais prestigiadas e constatação a respeito da ‘decadência’ das instituições imperiais – conhecendo o ‘saber do poder’ –, permitindo o engajamento na Sociedade – promovendo o ‘saber é poder’ –, ao se apropriar das práticas político-culturais da Geração 1870 de contestação do status quo saquarema no contexto amazônico.

Vida, poder e conhecimento

r@u, 2019

Este artigo tem como objetivo argumentar que entre grupos Tukano Orientais contemporâneos o nascimento da criança é um momento considerado fundamental para a construção da pessoa e para a circulação de conhecimentos masculinos e femininos, e envolve uma articulação intergeracional e entre gêneros, para atualização de certas práticas de cuidados. As elaborações aqui apresentadas foram desenvolvidas a partir de 1 A família Tukano Oriental é composta por 19 grupos linguísticos que na maior parte correspondem a grupos de descendência exogâmicos:

O poder do discurso em diferentes saberes

Linha D'Água, 2017

O poder do discurso em diferentes saberes Refletir sobre o real funcionamento dos discursos, tendo em vista as relações de poder que se instauram entre os participantes de determinadas esferas ou domínios discursivos que se entrecruzam, constitui a proposta central deste número da revista Linha D'Água. Além disso, destaca-se que os artigos publicados resultam de pesquisas apresentadas durante evento organizado conjuntamente por pesquisadores do Programa em

Entre o poder e o direito

A Fundaç ão A l e xandre de G us mão ( Funag) , i nsti t uí da em 1971, é um a fundação públ i ca vi ncul ada ao M i ni stéri o das Rel ações Exteri ores e tem a fi nal i dade de l evar à soci edade ci vi l i nform ações sobre a real i dade i nternaci onal e sobre aspectos da pauta di pl om áti ca brasi l ei ra. Sua m i ssão é prom over a sensi bi l i zação da opi ni ão públ i ca naci onal para os tem as de rel ações i nternaci onai s e para a pol í ti ca externa brasi l ei ra. M i ni stéri o das Rel ações Ext eri ores Espl anada dos M i ni stéri os, Bl oco H Anexo II, Térreo, Sal a 1 70170-900 Brasí l i a, D F Tel efones: (61) 3411 6033/6034/6847 Fax: ( 61) 3322 2931, 3322 2188 Si t e: www. funag. gov. br O Inst i t ut o Ri o Branc o ( IRBr) , cri ado em abri l de 1945, é o órgão do M i ni stéri o das Rel ações Ext eri ores ( M RE) e t em com o fi nal i dade o recrutam ento, a form ação e o aperfei çoam ento dos di pl om atas brasi l ei ros. O IRBr organi za, regul arm ente, o Concurso de Adm i ssão à Carrei ra de D i pl om ata, e m ant ém o Curso de Form ação, o Curso de Aperfei çoam ento de D i pl om atas ( CAD ) e o Curso de Al t os Est udos (CAE) . Setor de Adm i ni stração Federal Sul Q uadra 5, Lote 2/3 70170-900 Brasí l i a, D F Tel efones: (61) 3325 7000 /5/6 Si t e: www. m re. gov. br/i rbr M IN ISTÉRIO D AS RELAÇÕ ES EXTERIO RES M i ni st ro de Es t ado Em bai xador Cel so Am ori m Sec re t ári o-G e ral Em bai xador Sam uel Pi nhei ro G ui m arães FUN D AÇÃO ALEXAN D RE D E G U SM ÃO Pre si dent e Embai xadora M ari a Stel a Pom peu Brasi l Frota IN STITUTO RIO BRAN CO ( IRBr) D i re t or Em bai xador Fernando G ui m arães Rei s BRASÍLIA 2005 IN STITU TO RIO BRAN CO FUN D AÇÃO ALEXAN D RE D E G USM ÃO CO LEÇÃO RIO BRAN CO Prê m i o A zeredo da Si l vei ra -2º l ugar entre as di ssertações apresentadas no M estrado em D i pl om aci a do IRBr, 2001-2003 Prê m i o H i l debrando Acci ol y -1º l ugar entre as di ssertações apresentadas sobre tem a j urí di co no M est rado em D i pl om aci a do IRBr, 2001-2003 Copyri ght © Proj eto de fot o da capa: João Bat i sta Cruz D i rei t os de publ i cação reservados à Fundação Al exandre de G usm ão ( Funag) M i ni stéri o das Rel ações Ext eri ores Espl anada dos M i ni stéri os, Bl oco H Anexo II, Térreo 70170-900 Brasí l i a -D F Tel efones: ( 61) 3411 6033/6034/6847/6028 Fax: ( 61) 3322 2931, 3322 2188 Si t e: www. funag. gov. br E-m ai l : pub1i cacoes@ funag. gov. br Im presso no Brasi l 2005 D epósi t o Legal na Fundação Bi bl i oteca N aci onal conform e D ecreto n° 1. 825 de 20. 12. 1907

O poder no texto

1978

Lenirà Marques Covizzi (1) "La Dominante" é um texto de 1935. E, as tres primeiras eta pas da pesquisa formalista, são assim brevemente caracterizadas : 1. análise dos aspectos fônicos 2. problemas do sentido (base: poética) 3 integração do som e do sentido na obra, entendida como um todo indivisível. Para falar p rim ariam en te:1 significante (+) 2. signi ficado (=)3. significação. E é aqui, em 3 ., que aparece o conceito de dominante, que, "peut se définir comme Félément focal d'une oeuvre d'art: elle gouverne, détermine et transforme les autres éléments. C'est elle qui garantii la cohésion de la structure." (2) No caso da literatura: função manifesta, sem implicar em negativização ou extermínio das outras funções, que coexistem. Em caráter recessivo, para utilizar terminologia biológica. Dizendo de oütra maneira: trata-se da função que está definindo, determinando uma estrutura linguistica de maneira não exclusiva; apesar de as outras funções da linguagem continuarem presentes em caráter vir tual. De estarem implícitas. A definição da obra de arte diante de outros valores culturais de pende do conceito de dominante que a define. (1) 一 Êste texto foi preparado para apresentação em seminário do curso de pós graduação Poesia e Históricidade sob a responsabilidade do prof, dr. João Alexandre Costa Barbosa (Teoria Literária e Literatura Comparada), no 19 semestre de 1974. Redigido e apresentado por Lenirà Marques Covizzi, ocupa-se do conceito de dominante em literatura, basado nos seguintes textos:-Jakobson,

A relação saber-poder na organização e representação do conhecimento

2016

This paper addresses aspects of researcher and professor Eduardo Ismael Murguia’s trajectory, through his works dedicated to the relationships between knowledge and power in knowledge organization and representation. It mainly covers the last five years of his work, a period in which his preference for machinic agencements as a unit of analysis becomes more evident. It presents his materialistic phase based on the exhibition “Para que guardar?” (“Why keep/collect [things]?”), which Murguia curated and in which the problematization of the themes of collecting took on philosophical aspects. It considers that, from that exhibition on, Murguia begins new theoretical determinations to talk about objects and institutions, culminating in his post-doctoral work “Da Ciencia da Informacao a Cultura Material” (“From Information Science to Material Culture”). It presents the influence that Murguia absorbed by reading the works of Foucault and Deleuze, which culminated in a new way of thinking d...

“O saber está do lado deles; o não-saber, do nosso”

Revista Eletronica Gestão & Saúde

Esse trabalho traz a reflexão sobre a prática com um grupo focal, denominado por seus membros de Grupo de Discussão, sendo esse realizado no período de um ano, em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I), na cidade de Itaporanga-PB. Tendo como perspectiva teórica os fundamentos da psicanálise aplicada à prática entre vários, objetivou-se refletir sobre as atividades em grupo realizadas na referida instituição. O Grupo de Discussão fez uso de vários recursos metodológicos: cartazes, massa de modelar, figuras, desenhos, folhas de papel em branco, lápis de cor, cola e tesoura, aparelho de DVD, filmes e fotografias. Repensando a prática realizada, considera-se que as regras do Grupo foram repensadas, os horários foram flexibilizados, os temas discutidos passaram a ser levantados pelos usuários, através de sugestões dadas de modo verbal (fala oral), e através da arte (arte-terapia), tendo como consequência a construção do Grupo de Filmagem e do Grupo de Fotografia.