CONSIDERAÇÕES SOBRE O PAPEL DO "SENSO COMUM" EM ISTVÁN MÉSZÁROS E ANTONIO GRAMSCI (original) (raw)

GRAMSCI E UMA TEORIA GERAL DO MARXISMO -I

v. 4, 2019

O jovem Gramsci imediatamente mostrou uma atitude de simpatia em relação ao marxismo e ao próprio Marx, mas não sem elementos críticos. Além disso, sua formação acadêmica, universitária e pessoal é marcada por uma grande abertura cultural. Ele rejeita qualquer posição de obediência dogmática a Marx, que ele não considera uma divindade para adorar, mas o iniciador de uma jornada crítica voltada para a libertação da humanidade. A dupla revolução na Rússia parece confirmar a análise e previsão de Gramsci: Uma revolução contra a letra de Marx, mas que interpreta seu espírito.

GRAMSCI E UMA TEORIA GERAL DO MARXISMO

v. 5, 2020

Durante seu período de prisão, incluindo anos na clínica, sempre em condições de detenção, Gramsci foi forçado a mudar sua situação-isto é, a perda da liberdade pessoal, a derrota de seu partido e todo o movimento proletário na Itália e na Europa-reconsiderar a mesma concepção da revolução, sem contudo renunciar a essa perspectiva. Mas deve mudar sua natureza, suas modalidades: não mais um ato, mas um processo destinado a construir uma contra-hegemonia ao poder burguês, um processo que se baseia no papel fundamental dos intelectuais orgânicos na classe proletária. Mas, para chegar a essa conclusão, Gramsci precisa inovar poderosamente a concepção marxista, abandonando primeiro a dogmática do marxismo-leninismo imposta pela Rússia e pelo Comintern, iniciando e introduzindo novos elementos no mesmo corpo do pensamento de Marx, por exemplo, sobre o assunto, o papel do Estado, a identificação e definição das classes dominadas, não mais simplesmente "proletários" ou "trabalhadores", mas Artigo © Rev.

A QUESTÃO DO INTELECTUAL EM ROSA LUXEMBURGO E ANTONIO GRAMSCI

v. 4, 2019

Rosa Luxemburgo (1871-1919) e Antonio Gramsci (1881-1937) contribuíram com o movimento proletário do final do século XIX e primeiras décadas do século XX, em sintonia com Karl Marx (1818-1883), defenderam que as contradições sociais, econômicas e políticas se dão por meio de embates não apenas em campo aberto, de forma explícita e aparentemente limpa, mas por meio de batalhas que acontecem no domínio da hegemonia, de um grupo social sobre o outro. A conquista do poder político (Estado) requer um certo domínio no campo da sociedade civil e de suas instituições, que trabalham unidas aos interesses do Estado e, por conseguinte, ao grupo dominante que está no poder, daí a importância da formação cultural da classe proletária e de um intelectual militante e orgânico, concebido em conexão com as lutas políticas das classes subalternas. O texto, resultado de pesquisa bibliográfica, realizada a partir das leituras das obras dos autores, com enfoque teórico marxista, na sua vertente do materialismo histórico-dialético, explícita nexos entre Luxemburgo e Gramsci, mostrando aproximações entre os autores na questão do intelectual e na função político-educativa que desempenham na formação da classe operária.

A PRESENÇA DO PENSAMENTO DE GRAMSCI NA ÁREA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

v. 4, 2019

O presente trabalho tem como objetivo contribuir com as reflexões sobre o pensamento gramsciano nas produções acadêmicas na área da educação brasileira por meio dos resultados obtidos na pesquisa intitulada Mapa Bibliográfico de Gramsci no Brasil. Mais especificamente, contribuir com reflexões acerca da relação entre educação, política e filosofia contidas no pensamento de Antonio Gramsci. A especificidade da filosofia da práxis delineada pelo filósofo italiano traz para o debate novas abordagens acerca da educação, por meio de uma construção teórico-prática, revolucionária, que visa a transformação do mundo a partir da criação de um novo projeto de sociedade.

GRAMSCI E UMA TEORIA GERAL DO MARXISMO -2

RESUMO Durante seu período de prisão, incluindo anos na clínica, sempre em condições de detenção, Gramsci foi forçado a mudar sua situação-isto é, a perda da liberdade pessoal, a derrota de seu partido e todo o movimento proletário na Itália e na Europa-reconsiderar a mesma concepção da revolução, sem contudo renunciar a essa perspectiva. Mas deve mudar sua natureza, suas modalidades: não mais um ato, mas um processo destinado a construir uma contra-hegemonia ao poder burguês, um processo que se baseia no papel fundamental dos intelectuais orgânicos na classe proletária. Mas, para chegar a essa conclusão, Gramsci precisa inovar poderosamente a concepção marxista, abandonando primeiro a dogmática do marxismo-leninismo imposta pela Rússia e pelo Comintern, iniciando e introduzindo novos elementos no mesmo corpo do pensamento de Marx, por exemplo, sobre o assunto, o papel do Estado, a identificação e definição das classes dominadas, não mais simplesmente "proletários" ou "trabalhadores", mas 1 Angelo d'Orsi è stato professore ordinario di Storia del pensiero politico all'Università di Torino. Ha insegnato anche numeose altre discipline. È stato visiting professor in vari atenei, in particolare in Brasile e in Francia. Studioso del pensiero di Antonio Gramsci, si occupa di storia della cultura e degli intellettuali nell'età contemporanea, di nazionalismo e fascismo, di guerre e di pacifismo, di metodologia storiografica e di storia della storiografia. Svolge anche attività di conferenziere a livello internazionale e di commentatore giornalistico.

O CONCEITO DE GEOPOLÍTICA PARA O PENSAMENTO DE ANTONIO GRAMSCI E DE SEUS INTÉRPRETES

O projeto de doutorado consiste em investigar uma vertente específica do pensamento gramsciano ao resgatar a dimensão espacial a partir da análise do conceito de geopolítica. Para tanto, o trabalho busca reorganizar as ideias presentes nas obras de Gramsci sobre a relação sinonímia entre geografia e geopolítica e também de seus intérpretes contemporâneos, sobretudo na área das Relações Internacionais, no que se refere à relação entre espaço e política. Trata-se de reconstituir um mapa conceitual ao qual traz Antonio Gramsci como teórico espacial a partir de um conjunto de autores – precursores e, mais tarde os intérpretes gramscianos – que se preocupam com a política como uma questão espacial e geográfica. Portanto, proporá uma análise teórica por meio da reconstrução conceitual em termos das fontes e de releituras sobre a política espacial, como foco na geopolítica.

HISTÓRIA E POLÍTICA EM ANTONIO GRAMSCI

Desde suas primeiras publicações no final dos anos 1940 e início dos anos 1950, sob a curadoria de Palmiro Togliatti e Felice Platone, o pensamento gramsciano suscita inúmeras discussões, inspirando interpretações e usos diversos, como demonstram os estudos de Guido Liguori (1991). Dentre essas discussões, a questão do lugar de Gramsci no pensamento contemporâneo e, mais especificamente no interior do marxismo, é uma das mais recorrentes. Todavia, apesar de recorrente, o problema ainda demonstra sua vitalidade, seja em virtude da abertura de novos arquivos e fontes para os estudos gramscianos ou mesmo em razão das significativas transformações históricas e políticas que transcorreram nas últimas décadas do século XX. Nesse sentido, o presente trabalho objetiva oferecer uma contribuição para esse debate pensando que a discussão em torno do lugar de Gramsci perpassa pela análise dos conceitos carcerários em relação aos conceitos oriundos da tradição marxista do final do século XIX e início do XX. Assim, pretendemos demonstrar como os Quaderni del Carcere são condicionados por uma consciência histórica singular responsável por guiar um denso processo de revisão dos conceitos de história e política próprios à essa tradição. Para tanto, por razões de espaço, centraremos a discussão em torno das obras de Marx e Lenin, dois pilares essenciais do marxismo, em relação com a produção carcerária de Gramsci. Antes de passar a análise das fontes é preciso delinear um percurso metodológico, sobretudo em razão do caráter incompleto e fragmentário de nossa principal fonte. As escolhas editoriais de Togliatti demonstram que, desde o início, há uma preocupação nítida com as formas de leitura dos Quaderni, sobretudo em torno de suas possibilidades de uso político. A primeira edição dos manuscritos, publicada em vários volumes entre 1948 e 1951, conhecida como edição temática, dispõe os cadernos a partir de algumas temáticas, eliminando o caráter fragmentário do texto no intuito de aproximá-lo politicamente do bolchevismo. No contexto de crise dessa cultura política, * Mestre em História e Cultura Política pela Unesp -Franca e doutorando pela mesma instituição. Bolsista Capes.

A RECEPÇÃO DE GRAMSCI NO PENSAMENTO SOCIAL BOLIVIANO

Revista MovimentAção (UFGD), 2017

A influência do pensamento gramsciano no Brasil é relativamente conhecida pela literatura especializada. O que pouco sabemos é que também no pensamento social boliviano essa matriz teórica foi apropriada. Entre esses intérpretes, estão importantes intelectuais como René Zavaleta Mercado, Luis Tapia e Álvaro García-Linera. Intelectuais que souberam operar a apropriação do repertório teórico de Antonio Gramsci para a compreensão das particularidades da Bolívia. O presente artigo está subdividido em 5 seções. Na primeira, apresentamos o repertório de conceitos gramscianos aqui utilizados como Estado, hegemonia e sociedade civil. Em seguida, identificamos o contexto histórico que informa o debate sobre a formação social boliviana. Na terceira seção, observamos a relação entre hegemonia e a questão nacional no país. As duas partes finais verificam as apropriações gramscianas feitas por Luis Tapia e Álvaro García-Linera para a interpretação do caso boliviano.

GRAMSCI E O FASCISMO

v. 4, 2019

O presente texto buscou compreender o tratamento de Antonio Gramsci ao fascismo italiano, no marco da complexidade, indicando elementos de sua origem, implementação e consequências políticas e sociais para a Itália e Europa. Gramsci o define como uma expressão política ocidental no momento em que as classes dominantes estão fragmentadas e fragilizadas na relação com os grupos subalternos. Também indica que o pensador não admite simplificações na leitura de um fenômeno que deve ser compreendido pela dialética, uma vez que possui suas mediações em todas as dimensões sociais, incluindo o campo cultural. De outro lado é também a indicação do limite das classes dominantes por não conseguirem produzir a ampla sociabilidade, tendo que impor seus projetos via coerção dos grupos subalternos. É um movimento que se expressa como revolução passiva ou “revolução-restauração” e incorpora, especialmente a partir de 1900, o modelo da cooptação de grupos inteiros para o projeto das classes dominantes, também conhecido como transformismo.

EQUILÍBRIO CATASTRÓFICO E CESARISMO EM GRAMSCI

Resumo: Este texto tem como objeto a categoria "cesarismo" nos Cadernos do cárcere gramscianos, especificamente, o volume 3, intitulado Maquiavel: notas sobre o estado e a política. O objetivo é rastrear os usos, as características e possíveis mudanças na apreciação do tema, o que se quer alcançar por meio da análise imanente do texto, além de semelhanças e divergências com relação às tematizações de Marx e Engels sobre o mesmo assunto. Palavras-chave: Antonio Gramsci; cesarismo; bonapartismo; teoria política. Abstract: This essay has as object the category "Caesarism" in Gramsci's Prison Notebooks, specifically notebook 13, titled The Politics of Machiavelli. The objective is tracking the uses, the characteristics and the possible changes in the development of the subject, being reached through the immanent analysis of the text, besides similarities and divergences with respect to the thought of Marx and Engels on the same subject. Disponível em: http://www.niepmarx.blog.br/MM2019/Trabalhos%20aprovados/MC45/MC452.pdf