“Entre a possibilidade de se ensinarem as artes visuais e a necessidade imperativa de se conhecerem as novas culturas infanto-juvenis que hoje habitam a escola” (original) (raw)
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2016
Longe de procurar esmiucar e detalhar tecnicamente as principais metodologias utilizadas pelos professores de arte em diferentes momentos historicos, este texto procura assinalar e caracterizar as filosofias que subjazem as praticas, bem como os consequentes modelos de referencia. O que pressupoe, a partida, que existem modelos mais adequados do que outros para fazer face a desafios que tambem mudam historicamente, assim como tambem mudam, psico-sociologicamente, os jovens para quem se destina o ensino artistico oferecido pela escola publica. Ensinar segundo pressupostos de outro tempo historico e, portanto, um dos principais mal-entendidos da escola formal, convencida (assim como muitos dos seus professores) de que terao de ser as pessoas (os aprendentes) a adaptarem-se a escola, aos seus conteudos e as suas praticas, e nao o contrario. Esta posicao encontra-se muitas vezes expressa na expressao “No meu tempo… e que era!”. Os que apoiam, sem reservas, este posicionamento, que no fu...
Considerações sobre a educação para a arte e para a cultura, ou “como levar Clio à escola”
Arte e cultura são expressões da busca incessante do conhecimento. No entanto, nem todos fruem dessa busca e não encaram o conhecimento artístico e cultural como um prazer. Talvez porque a Escola de hoje veicule inúmeros conhecimentos sem atender à sua interiorização plena. Talvez porque arte e cultura não passem de meros nomes a que a Escola se refere sem produzir nos seus estudantes uma transformação pessoal e uma vivência autêntica. Em parte porque perdemos a metáfora das musas, filhas de Zeus e da sua amante Mnemosine que unidas inspiravam poetas, filósofos, professores e alunos. Trazer as musas à Escola é sinónimo de integrar, imaginar, interpretar, interrogar, inferir, investigar, intuir, isto é, abrir caminhos para a autonomia e para uma Escola inspiradora da arte e da cultura. O presente artigo procura mostrar como se pode levar de novo Clio e as suas irmãs musas à escola. A partir da fundamentação do estado da arte sobre a educação artística e da análise das opiniões de 40 professores de História da Arte sobre a necessidade de educação do olhar artístico, são delineados quatro princípios orientadores da promoção da busca incessante do conhecimento de que a arte e a cultura são expressões nobres
AS ARTES INTEGRADAS: questões entre a BNCC e a Escola
AS ARTES INTEGRADAS: questões entre a BNCC e a Escola, 2019
O mundo da atualidade tem exigido novas formas de ver e lidar com o próprio mundo. É prevista a necessidade de novas habilidades para conseguir atender às demandas do mundo global e a reformulação de como o ensino deve ser propagado no contexto escolar. Para isso, foi proposta uma Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que indica novos conhecimentos e nova abordagem de ensino. Sendo proposto que o aluno tenha uma educação integral, uma formação interdisciplinar e um pensamento próximo ao pensamento complexo, permitindo que ele perceba os conhecimentos interligados e conectados entre si. E, principalmente, consiga relacioná-los em seus contextos variados, fazendo uso das habilidades e formas criativas de se resolver problemas. Com base em uma pesquisa bibliográfica pretendo tratar da questão da integração na educação brasileira, colocando em destaque as Artes Integradas e a BNCC. Assim, para tentar propor algo e problematizar também, venho me arriscar com este artigo, refletindo sobre as Artes Integradas como uma proposta valorosa para educação em nosso país. Meu objetivo, é dialogar por ‘entre’ as Artes Integradas, a Interdisciplinaridade e a BNCC, esperando trazer uma discussão importante e necessária para nosso contexto escolar brasileiro. Palavras-Chave: Artes Integradas. Interdisciplinaridade. BNCC.
A dimensão educativa da arte contemporânea
2014
Práticas emancipatórias na educação pela arte: a contribuição das iniciativas sócio-pedagógicas para a transformação individual e social Danny Wildemeersch 2 1 O olhar educado nos (des)caminhos da cultura visual Allex Medrado 2 8 Desafíos en la formación universitaria de profesionales de la visualidad: la díada teoría/práctica Ramón Cabrera Salort 3 2 My personal journey through art education 1956-2013: a visual autopsychography Richard Hickman 4 2 Objeto Malasartes e a mudança de foco no perfil de professor de Artes Neusa Vinhas 4 8 "En busca de identidades". Una acción colaborativa a través de la fotografía
Diálogo entre artes e a educação básica
2021
Bibliotecário responsável: Roberto Gonçalves Freitas CRB-5/1549 D536 Diálogo entre as artes e a Educação básica : [Recurso eletrônico]: leituras de mundo / Organizadores José Braulio da Silva Junior; Nataniel dos Santos Gomes; Tais Turaça Arantes.-Catu: Bordô-Grená, 2021. 2643kb, 95fls. Il: Color. Livro eletrônico Modo de acesso: Word Wide Web <www.editorabordogrena.com> Incluem referências ISBN: 978-65-87035-75-8 (e-book) 1. Educação básica. 2. Artes. 3. Ensino-aprendizagem. I. Título. CDD 377.707 CDU 37(81) _____________________________________________________________________________ Os conteúdos dos capítulos são de absoluta e exclusiva responsabilidade dos autores.
2021
O trabalho a seguir apresenta a trajetória de uma pesquisa para a conclusão do curso de Licenciatura em Artes Visuais. Tem como tema as potências da relação arte contemporânea e educação inclusiva para a escola contemporânea. O enfoque está na educação pública após o Plano Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, com o objeto de estudo voltado para experiências e conhecimentos que uniram arte e inclusão de algum modo. O objetivo deste trabalho é provocar a reflexão sobre a potência dessa relação e buscar quais contribuições cada área pode trazer. Analisando as práticas com a teoria pesquisada, baseada nas pesquisadoras Mara Sartoretto (2011), Débora Diniz (2007), Maria Teresa Mantoan (2002, 2011), Virgínia Kastrup (2001), Luciana Loponte (2011) e Daniele Noal (2016) e no pesquisador Fernando Cocchiarale (2006). Na conexão das vivências, aproximadas através das entrevistas com docentes, ao conteúdo percebemos o diálogo criado para a reflexão sobre desafios ...
Um olhar para a arte na escola
Revista Contrapontos, 2009
O artigo em foco pretende refletir sobre o entendimento do processo e da dinâmica do fenômeno artístico dentro das instituições escolares. O referencial teórico, a partir de materiais vários sobre Educação, Arte e especificamente da Cultura, é revelador quanto à desarticulação entre o "fazer artístico" e o falar sobre arte, o que nos aponta uma desarmonia entre a realidade do aluno e o contexto sócio-cultural. O referencial adotado contempla uma visão antropológica da Educação, inspira-se ainda em idéias de Marx, Fabiano, Peixoto, Ponce, Giroux, entre outros, para refletir sobre a massificação da cultura, a indústria cultural e o papel da escola, questionando sua posição como produtora de consumidores, ou como instância estimuladora de sensibilidades, formadora de sujeitos criativos e capazes da fruição estética.
Das infâncias estriadas às infâncias lisas: experimentar trajetos de arte na educação
Revista Digital do LAV, 2021
Este artigo investiga a teoria dos trajetos estriados e lisos, proposta inicialmente por Deleuze e Guattari, e ampliada por Guattari. Sustenta-se que existem dois tipos de experiências com a infância: a estriada e a lisa. A hipótese é que a infância estriada se deriva da política de trajeto de modelização subjetiva cuja síntese de dominação situa-se no Estado. Em oposição, situa-se a infância lisa, suscitando experiências singulares a partir de trajetos de uma política de turbilhão e experimentação. Em ambos os casos, há uma formação subjetiva em questão cuja recepção da arte é necessária para uma formação subjetiva da infância estriada ou lisa. Para tanto, empreendeu-se uma pesquisa de revisão da literatura atinente ao escopo teórico. Ao cabo, defende-se que é urgente se deflagrar uma política de alisamento da infância para se interpor, no âmbito da educação e da arte, à modelagem subjetiva de dominação.
Crianças e Arte Contemporânea na Escola e em Espaços Expositivos
Educação & Realidade, 2022
RESUMO-Crianças e Arte Contemporânea na Escola e em Espaços Expositivos. O texto reflete sobre a relação entre crianças e arte contemporânea na escola e em espaços expositivos. O estudo parte de uma pesquisa de doutorado de abordagem qualitativa fundamentada em um aporte teórico-conceitual que correlaciona os campos de estudo da arte contemporânea, da infância e da educação, com destaque à relação entre interatividade, culturas infantis, múltiplas linguagens. A metodologia envolveu uma intervenção didática com crianças dos anos iniciais de uma escola pública e o acompanhamento de crianças a uma exposição. As particularidades dos espaços na experiência da criança com as propostas artísticas contemporâneas sugerem diferentes possibilidades de encontros com a arte e sinalizam alguns desafios da mediação nesta relação. Palavras-chave: Crianças. Arte Contemporânea. Culturas Infantis. Escola. Espaços Expositivos. ABSTRACT-Children and Contemporary Art at School and in Exhibition Spaces. The text reflects on the relationship between children and contemporary art at school and in exhibition spaces. The study is based on a qualitative doctoral research built on a theoretical and conceptual approach that correlates the fields of study of contemporary art, childhood and education, with emphasis on the relationship between interactivity, children's cultures, multiple languages. The methodology involved a didactic intervention with children of a public school and accompanying children to an exhibition. The particularities of the spaces in the child's experience with contemporary artistic proposals suggest different possibilities of encounters with art and point out some challenges of mediation in this relationship.
Entre escolas e equipamentos de arte e cultura: em busca de outros tempos e espaços de educação
2020
Resumo: O estudo que agora se apresenta explora as interações entre Arte, Cultura e Educação, situando-se no âmbito mais lato das relações entre educação e desenvolvimento (Gomes & Alves, 2018; Caramelo & Ferreira, 2015) e da problematização sobre o espaço público de educação (Nóvoa, 2002, 2009; Gomes, 2011). Tomando como objeto empírico o Programa DESCOLA uma iniciativa conjunta da CML e a EGEAC que tem como finalidade desenvolver o potencial educativo dos equipamentos de Arte e Cultura do município de Lisboa, através das suas relações com públicos escolares proporciona a análise de fenómenos que ocorrem na interface entre espaços e tempos de educação formal e não-formal (Pires, 2014; Alves, 2014; Bruno, 2014; Gohn, 2016). O estudo suportase numa metodologia de natureza qualitativa e interpretativa (Alves & Azevedo, 2010) com uma dupla finalidade: produzir conhecimento sobre o fenómeno em estudo e contribuir para o desenvolvimento do próprio programa DESCOLA. Neste artigo discutem-se os resultados obtidos através da análise de conteúdo temática do documento das atividades oferecidas no âmbito do DESCOLA. Os eixos de análise considerados incluem: tipo de atividades, públicos e níveis de ensino a que se destinam, duração, temáticas abordadas, localização geográfica das atividades, natureza do equipamento, competências a desenvolver, áreas disciplinares mobilizadas. As conclusões, ainda preliminares, permitem discutir o contributo educativo que emerge destes outros espaços e tempos educativos. Palavras-chave: arte, cultura & educação; educação não-formal; trabalho colaborativo.