Vacilo da vocação: Endereçamento e auto-hétero-afecção em Ana Cristina Cesar (original) (raw)

Entre Anas: textualidade feminina em Ana Cristina Cesar e Ana Carolina Soares

Ao meu orientador, Leonardo Francisco Soares, que me convidou a percorrer os caminhos da literatura e do cinema, e que me conduz pelo labirinto iluminando o caminho com sua orientação, generosidade, dedicação e amizade. À professora Cynthia Costa e ao professor Paulo Fonseca Andrade, pela amizade e companheirismo nas dicas e críticas preciosas no Exame de Qualificação. À professora Flávia Trocoli e, novamente, ao professor Paulo Fonseca Andrade, que junto a mim e ao professor Leonardo, teceram uma rede de afetos na realização da Banca, com a indicação de novos caminhos e leituras. À minha mãe, Rita, que me levou ainda no ventre para a universidade, e que me ensina desde sempre a alegria da descoberta. À Luiza, minha irmã, por jamais me deixar perder a esperança. Ao João, meu pai, por me mostrar que o amor é intransitivo. Às minhas amigas, Aline, Fernanda e Luciana, pela escuta atenta e sem julgamentos, pois com elas essa partilha ganha sentidos. Também aos amigos Alessandra Caixeta, Fernando Barcellos, Laís Corpa, Marcus Vinícius Lessa de Lima, companheiros queridos de Graduação e Pós-Graduação. À Cleusa Bernardes, que leu o resultado desta pesquisa e me auxiliou na lapidação da trama. À Regina, com quem compartilho as exasperações de ser Mariana. À Fernanda Bevilaqua e Luciane Segatto, que me mostraram a potência de meu corpo de mulher que dança. Ao Ênio Bernardes, para quem me faltam as palavras, e com quem tenho a alegria de dividir belezas, até mesmo as belezas do erro. Ó Ana, eu queria ir ao interior da madeira para saber , finalmente, qual é a tua relação com a pequena estátua onde ensinas a ler. o fundo da madeira interioriza um nó, um ovo, que acabará por ser um povoado longínquo no meu horizonte. O rumor longínquo que há na casa é meu. Mas o labirinto que me atrai é vosso; mais que duas bocas, dez dedos, muitas folhas.

Ana Cristina Cesar: O Devir De Um Corpo

Em Tese, 2005

Compreender o fazer poético de Ana Cristina é entrarteoricamente em seu mundo, sua dinâmica, pelo viés da poesia.E, tomando-a por inteiro, acompanhar a velocidade de suapassagem, sua performance corpo-voz, enquanto disseca suasalucinações, gozos e anseios em busca da palavra múltipla,abstraindo a morte dia a dia.

Ana Cristina Cesar: Habilitação Para O Território Da Ironia

Teoria, Prática e Metodologias das Ciências Humanas, 2019

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Hibridismo e Autoria: A Subversão Dos Limites Em Ana Cristina Cesar

Organon

Este breve ensaio tem a proposta de abordar o hibridismo e a subversão dos limites na poesia da brasileira Ana Cristina Cesar (1952-1983), tendo como foco o estranho e escorregadio lugar da autoria, desde as formulações de Barthes e Foucault até o estudo contemporâneo de Giorgio Agamben. Parte da leitura de alguns poemas de Cenas de Abril e do poema único Correspondência Completa (1979) e investiga os movimentos de desestabilização das fronteiras, de gêneros literários, de discursos ou de suportes. Algumas questões examinadas teoricamente recebem na poética de Ana C. um tratamento formal que as retoma, em tensão ou diálogo, evidenciando no corpo textual uma pose enfaticamente crítica.

O não-senso em Ana Cristina Cesar e Marcos Siscar

Texto Poético, 2013

encontram-se em um importante ponto comum: o trabalho com o nãosenso. Trata-se de um gesto arriscado de escrita, pouco frequente dentre as poéticas atuais, que aproximaria seus projetos das propostas das vanguardas artísticas do século XX. Para além de identificar ou valorar este gesto, o artigo analisa a composição de seus poemas levando-se em conta este trabalho com o não-senso enquanto modo de produzir um abalo na linguagem e, com isto, uma vertigem poética.

Olhar de soslaio: as cartas mentirosas de Ana Cristina Cesar

Letras do Sintoma, 2016

O presente trabalho traz a poesia de Ana Cristina Cesar como um convite a um jogo. De saída, ao alertar os leitores de que não se trata de um diário, de que não se trata de narrações de fatos verídicos, ela dá início ao seu jogo de desconfiança. É preciso desconfiar que a mentira possa ser verdade, e que talvez essa seja a única verdade possível. A poeta parte de imagens simples e corriqueiras e as tensiona pela incompletude dos sentido provocando a fantasia. No seu jogo entre realidade e ficção, a escritora alcança sua verdade e nos remete à sua fantasia.