Tempos de mudança nas escolas: nas tramas do velho e do novo (original) (raw)
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NADA É NOVO, MAS TUDO MUDOU: a metamorfose da escola
Olhares: Revista do Departamento de Educação da Unifesp
Esta é uma resenha do livro intitulado “Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar”, de António Nóvoa (2022). Apresenta discussões sobre temas atuais como o futurismo da educação e a metamorfose dos estabelecimentos de ensino; a necessidade de (re)pensar a escola futura e o modelo adotado; a pandemia, os docentes e seus papéis na construção de um espaço público comum da educação; a criação de novos ambientes escolares e a composição de uma pedagogia do encontro; a formação continuada e a indução profissional dos professores; tecnologias; entre outros. Observa-se que, apesar de serem essenciais, os meios digitais não desfazem as possibilidades educativas, pois existe um patrimônio humano que não pode ser digitalizado – sem ele, a educação se reduziria a uma “caricatura digital”. O texto aborda “três ilusões perigosas”: a) presente em todos os lugares e tempos, a educação acontece “naturalmente”, sobretudo em um viés familiar e virtual; b) enquanto ambiente físico, a esco...
Gestão escolar em tempo de mudança
1995
A vida consiste no não saber, no ter de mudar, No agarrar o momento e fazer o melhor, sem saber o que a seguir vai acontecer. Gilda Radner
Saberes, sabores e dissabores de professores em tempos de mudança
Este artigo pretende enredar reflexões sobre a complexidade do ato de aprender, a partir de um recorte conceitual sobre a influência das crenças docentes na prática pedagógica e seu papel, por vezes obstaculizador, na construção de novas aprendizagens. Para isso, são utilizados como base os aportes teóricos relacionados às crenças docentes e o conceito de obstáculo epistemológico, defendido por Bachelard. O contexto desta temática está inserido nas pesquisas sobre o pensa-mento do professor, nas reflexões sobre os modelos de formação de professores e sobre a neces-sidade de ruptura do paradigma da racionalidade técnica, em qualquer experiência docente, a fim de se conquistar o exercício da prática reflexiva, um dos desafios postos na contemporanei-dade. Desta forma, pretende contribuir para a construção de experiências formativas que pos-sam, efetivamente, ser consonantes com o projeto de professor como um professor reflexivo.
Escola e Nova Escola: faces de um velho sonho
História da Educação, 2013
Este artigo compara as edições inaugurais de dois periódicos educacionais do Grupo Abril: ESCOLA e Nova Escola. O primeiro é editado durante a ditadura militar, entre outubro de 1971 e abril de 1974, totalizando 27 números. O segundo é lançado logo após a retomada do regime democrático, em março de 1986, sendo editado até hoje, numa média de dez números anuais. Cerca de 15 anos separam o início das duas publicações, ambas dirigidas aos professores do 1º Grau e muito semelhantes quanto à sua forma material. Outra característica comum e indissociável dessa forma material é o uso dos recursos do jornalismo e a sua venda em bancas de jornal. Apesar dessas semelhanças, a sua repercussão no campo educacional diferiu sobremaneira, pois a revista ESCOLA foi um fracasso do ponto de vista comercial e não parece ter alcançado relevância entre seus destinatários; ao contrário de Nova Escola, que teve forte penetração entre os professores. Ao comparar as edições inaugurais, este trabalho pretend...
Juventudes plurais na escola (des)ordenando tempos e espaços na contemporaneidade
EccoS – Revista Científica, 2013
Este artigo, oriundo de pesquisas no campo dos Estudos Culturais e estudos sobre juventudes contemporâneas têm como objetivo visibilizar e problematizar práticas juvenis que tensionam e deslocam espaços e tempos escolares contemporâneos. A pesquisa configura-se em estudo de cunho etnográfico e a principal ferramenta para a construção dos dados é o diário de campo que abarca registros fotográficos, entrevistas e conversas. Os sujeitos observados circulam em espaços escolares de duas escolas públicas de Porto Alegre/RS. O estudo dialoga com autores como Bauman, Hall, Sibilia, Maffesoli, Canevacci, Garbin, Xavier, dentre outros. O foco destacado é como a escola contemporânea se articula com esses tensionamentos, pois espaços escolares ganham novas linguagens e sensibilidades criando outros contornos para as relações interpessoais na escola. Logo, infere-se que a escola com toda a solidez construída na modernidade, no contexto contemporâneo, de modo controverso, busca por meio de alguns...
Educação Histórica: vontades de mudança
Educar em Revista
Para explorar de forma aprofundada as conceções de mudança para lá de análises do presente, importa relembrar algumas discussões de caráter epistemológico em que perpassam visões diversas acerca da Mudança em História, algumas já ultrapassadas mas que permanecem a nível do senso comum. Perante uma intensa produção historiográfica permanentemente em renovação e aberta a diversos pontos de vista e enfoques. Pode-se inferir que a mudança em História, num quadro de reconhecimento de multiperspectiva, é concebida de forma complexa e problemática, sem um sentido fixo ou uma direção determinada. Em educação histórica, as conceções de alunos sobre o conceito de Mudança têm sido já objeto de alguns estudos que podem fornecer pistas frutuosas para a ação educativa. Neste sentido, apresentam-se e discutem-se os fundamentos teóricos, métodos e resultados de alguns desses estudos sobre ideias de alunos de vários países acerca da mudança em História. Algumas implicações destes estudos pretendem c...
Novos rumos da história da educação
2013
Trata-se da aula magna proferida pelo Professor Gary McCulloch, do Instituto de Educacao da Universidade de Londres, na UNINOVE no dia 18 de abril de 2013. O texto aborda as tradicoes teoricas da Historia da Educacao, as inovacoes pelas quais esse campo vem passando nas ultimas decadas e termina projetando desafios e esperancas. Traducao e notas: Marisa Bittar.
A Escola, a Rede e a Rua – Espaços e Tempos Juvenis Nas Tramas Do Contemporâneo
2013
We will provide in this paper some problematisations about spaces and times where young identities and subjectivities come together, flourish and become visible in the complex social and cultural compositions in our times. They are discussions developed in three ethnographic investigations about young practices in the web, school and in the street. So we seek to highlight multiple understandings about subjects in some spaces and times in their lives, in which they construct relations of affection, belonging and diverse learning so to challenge institutions, norms and rules.
Ciganos portugueses: escola e mudança social
Sociologia, Problemas e Práticas
O cumprimento da escolaridade obrigatória, o sucesso e o controlo do abandono escolar estão longe de ser metas atingidas em Portugal para as crianças e jovens ciganos. Atualmente está mais clara a importância da escolarização, seja do ponto de vista do estado, regulador do acesso de todos ao sistema de ensino público, seja por parte das famílias, que reconhecem a sua importância como recurso essencial para uma cidadania efetiva. Neste artigo, através de uma abordagem etnográfica, são evidenciadas, por um lado, a continuidade de reprodução de desigualdades sociais em relação aos ciganos portugueses e, por outro, os processos de mudança em curso que mostram que, face à escola, os ciganos experienciam desafios, enfrentando mudanças provindas de dentro e de fora da escola.