Prática educomunicativa com o cinema nas Licenciaturas (original) (raw)

Experiência pedagógica educomunicativa: o cinema nas Licenciaturas

Comunicação & Educação, 2015

O objetivo deste artigo é relatar uma experiência pedagógica com narrativas fílmicas em duas Licenciaturas da Universidade de Taubaté. A prática ocorreu no horário destinado às Atividades Acadêmico-Científico-Culturais (AACC). Foram exibidos principalmente filmes que fogem aos padrões tradicionais conhecidos pelos sujeitos participantes da pesquisa. Depois das exibições, acontecia uma discussão entre professora-pesquisadora e alunos sobre aspectos considerados significativos por eles. Por meio de relatos escritos e de gravações, procurou-se identificar como os estudantes atribuíam sentidos aos filmes vistos. Observou-se que uma prática educomunicativa com narrativas fílmicas na formação docente das Licenciaturas em questão pode contribuir para ampliar o capital cultural dos discentes, logo, para sua construção identitária pessoal e profissional. Palavras-chave: comunicação; educação; prática educomunicativa; cinema; formação de professores.

O potencial educativo de práticas pedagógicas com filmes na licenciatura

2017

A introducao de cinema/filmes em espacos formais de educacao tem sido um caminho metodologico percorrido por muitos docentes a fim de compartilhar, de alguma forma, o contato com um artefato tecnologico e ao mesmo tempo cultural; seja para aprendizados de conteudos, seja para possibilitar a experiencia de fruicao estetica e outras vivencias humanas e culturais. O objetivo desse estudo foi o de analisar o potencial educativo de praticas pedagogicas com filmes em cursos de licenciaturas, para compreendermos o por que e como elas se dao, como sao pensadas e sentidas pelos sujeitos envolvidos, em particular os discentes. Para isso, pergunta-se, de modo especial, como os estes sentem, enxergam e dao significados as atividades com filmes em seus cursos, uma vez que a eles se destinam. Investigamos junto a docentes e discentes de duas turmas uma do curso de Historia e outra de Pedagogia da Universidade de Pernambuco Campus Garanhuns, se a forma como as atividades sao pensadas e realizadas,...

A Prática do Cinema na Educação

Apresentar a cinematografia no contexto das aulas de artes na educação formal brasileira consiste na compreensão de como esta linguagem artística pode contribuir, podendo ser usado em sala de aula. Visando o cinema como uma linguagem, que merece seu espaço para aprendizagem em escolas - não apenas como um meio, como por exemplo, a conteúdos de história através do cinema, matemática e cinema, sociologia e cinema, mas sim o estudo da arte do cinema em si. Pensando nas qualidades que o estudo e prática da cinematografia podem trazer ao aluno, ao estar apto a ter um olhar crítico quanto as imagens em movimento que o cerca, buscando isto através da análise de cenas de filmes e através da prática da filmagem. Palavras-chaves: cinema, arte, linguagem cinematográfica, educação.

FILMEDUCAÇÃO: UM CINEMA POSSÍVEL NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

Tese de Doutorado, 2019

A presente tese propõe uma metodologia que se desenvolve por meio de três apostas de oficinas. Partindo de valores como comunicação, colaboração, criatividade e criticidade, propomos projetos de aulas que têm como norte a aplicação prática em sala de aula, independente da área do currículo. Temos conhecimento da longa trajetória da relação entre cinema e educação no Brasil e, neste sentido, não nos detemos em embasamentos unicamente teóricos. A tese parte da hipótese de que, a partir das oficinas aqui propostas e dos relatos de vivências enquanto formadora de escolas públicas em Campinas, SP, é possível uma reflexão sobre como o cinema pode ser inserido em sala de aula enquanto encontro com a produção fílmica. Considerando-se a problemática de uma aplicação plausível em escolas, tendo em vista os obstáculos relativos aos equipamentos tecnológicos e à necessidade de uma formação para o conhecimento da linguagem cinematográfica, construímos oficinas que avaliam essas lacunas e se propõem a sanar essas dificuldades. Nosso objetivo se deteve na formulação de aulas que pudessem ser replicadas pelos respectivos participantes da formação, de maneira que se tornassem replicadores dessa metodologia junto aos alunos. A prática envolve não somente uma sala de aula isolada, como também a reação em cadeia e a transformação da rotina escolar como um todo. A tese apresenta os resultados vividos a partir da metodologia proposta nas apostas de oficinas, elucidando como o currículo vivido se transforma no encontro com um cinema que não se define como fruição de um produto audiovisual pronto em uma sala escura, mas pelo desenrolar das relações humanas construídas ao longo da trajetória, ou seja, no encontro entre professor e alunos que realizam produções fílmicas a partir dessas oficinas. Um cinema possível, que chamamos como sendo o encontro de escola e produção fílmica, bem como as relações construídas nesse encontro pelos envolvidos e que tem a escola contemporânea como local de atravessamento.

O Cinema na Escola: o fazer como prática curricular

Encontros de Cinema - 7ª Conferência Internacional de Cinema de Viana 2018, 2020

Objetiva-se, com esta comunicação, apresentar um projeto de ensino de História e Cinema desenvolvido no nível médio, em uma turma de disciplina eletiva da Educação Básica, vinculado ao projeto de pesquisa institucional Arte, psicanálise e educação: procedimentos estéticos no cinema e as vicissitudes da infância e realizado no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás, Brasil. É importante situá-lo no eixo temático Cinema e Escola, pois permite a inserção das elaborações acerca do ensino e do cinema que foram o foco principal do projeto. Pesquisas apontam que muitas experiências escolares instrumentalizam o cinema, pois não é valorizado por si mesmo. Assim, optou-se por construir uma ementa organizada em três eixos a fim de problematizar tanto as questões históricas e teóricas do cinema quanto garantir a vivência dos alunos em uma produção fílmica. O curso foi realizado durante cinco meses, perfazendo uma carga horária de 40h. Observou-se o comprometimento e realizações dos alunos no decorrer do processo e por sua vez, constatou-se que é possível construir uma prática curricular em relação ao cinema na escola, valorizando sua originalidade e potencialidade.

O Cinema na Universidade: da teoria à prática

Revista de Estudios e Investigación en Psicología y Educación, 2017

Assumidos os propósitos europeus para um Ensino Superior focado em resultados de aprendizagem concretos, questionamos a forma como a teoria e a História devem ser inseridas nos cursos superiores artísticos. Em termos metodológicos, iremos centrar-nos na planificação do programa da unidade curricular “História e Estética do Cinema Português”, lecionada na Universidade da Beira Interior. A aplicação de um modelo pedagógico que reúne a contextualização, a visualização de filmes e a sua análise permitirá ao/à estudante adquirir capacidades cognitivas e práticas, tendo em vista a formação de seres humanos críticos, autónomos, imaginativos e socialmente implicados.

Pedagogia Do Cinema Na Escola

Revista Ciências Humanas

A proposta deste trabalho é problematizar práticas educacionais da escola brasileira a partir da relação com a produção audiovisual. Entendemos que a escola precisa repensar práticas excludentes, que perpetuam uma monoculturalidade hegemônica e buscar desenvolver um novo olhar que identifique e valorize diferentes culturas entre os alunos. Neste contexto, o cinema apresenta-se como pedagogia propícia para promover a emancipação dos alunos através de uma prática cultural com ênfase na formação social. Ao contrário do planejamento escolar conteudista, a prática fílmica busca proporcionar estratégias mais significativas para criar novos processos de aprendizagem de forma sensível e coletiva. Buscamos apresentar como esta atividade pode propiciar uma tendência no fomento do processo de reconhecimento dos alunos dos modos de aprendizado como diretamente ligados ao seu cotidiano e suas expectativas. Com base em uma metodologia qualitativa de caráter autobiográfico, analisamos de forma ref...

Cinema, educação do olhar e formação docente

Incontáveis imagens atravessam nosso cotidiano e são constantemente tema de debates. É inegável a relevância da discussão sobre a presença da cybercultura e as implicações da multiplicação das imagens a partir dos mecanismos digitais, no campo da educação. Atentas a isso, propomos que o cinema seja efetivamente tomado como possibilidade formativa, diante da complexidade de operações às quais a rede de imagens nos desafia. Pensamos que a experiência com determinadas produções cinematográficas pode aprofundar o olhar do futuro professor em relação às imagens, sendo esta um possível exercício dos processos de formação. O termo formação pode ser compreendido tanto na perspectiva da educação formal quanto num sentido mais amplo. Nesse viés, cabe citar a conceitualização de Marcos Pereira (2008) sobre formação que corrobora a concepção adotada por nós nas pesquisas que impulsionaram as ideias aqui expostas: entendemos que formação inclui os espaços tradicionais de educação, mas certamente vai além deles. O autor define o termo formação como "o processo de transformação em que as relações que o sujeito estabelece com o mundo, com os outros e consigo mesmo são afetadas de modo proposital, ou seja, de maneira que o sujeito em formação não apenas se dá conta de que está em formação, mas, também, interfere, ele mesmo, nessa afecção e nessa reflexão" (PEREIRA, 2008, p.2) As recentes investigações, Educação do Olhar e Formação Ético-Estética: Cinema e Juventude (2008-2011) e a atual, Juventudes e Narrativas Visuais: por uma Ética da Imagem na Educação (iniciada em 2011), que dá continuidade à anterior, fomentam nossa análise e compreendem estudos sobre materiais audiovisuais, juventude e educação. Ao mapear as relações de estudantes de Pedagogia com 1

DESESTABILIZANDO O SENSO COMUM: O CINEMA A SERVIÇO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Redesenhar as linguagens, os espaços e os tempos escolares é uma das providências mais importantes a que deve estar atenta uma formação de professores voltada à promoção da interculturalidade na educação básica. E, certamente, o cinema está dentre as ferramentas didáticas que podem colaborar a tal ruptura. Nesse âmbito, cabe questionar: como o cinema pode se constituir em um recurso de construção intercultural do saber sociológico escolar? Explorando o problema, a investigação partiu da hipótese de que o uso do cinema na Sociologia escolar pode colaborar ao alcance das finalidades da disciplina e da educação intercultural, desestabilizando concepções preconceituosas e estereotipadas sobre as minorias culturais que são reproduzidas pelo senso comum. Para tanto, buscou-se analisar os aspectos constitutivos e as aprendizagens decorrentes de uma proposta pedagógica desenvolvida com o apoio do cinema no ensino da Sociologia escolar. Na operacionalização da pesquisa, foram promovidas atividades pedagógicas interculturais conjuntamente com um professor atuante em uma escola pública situada em Niterói/RJ, a partir da exibição do documentário O Riso dos Outros. Em linhas gerais, as atividades motivaram diferentes percepções acerca do fenômeno cultural e da justiça social. Por um lado, os discursos da maioria dos alunos reproduziram o imaginário excludente e individualista que pauta as sociedades atuais. Por outro lado, houve estudantes que viram na película uma oportunidade de aprender e praticar uma forma humanística de se conceber a diversidade cultural, baseada no respeito, na valorização e no diálogo entre as culturas. Ainda que tais atitudes tenham sido pouco recorrentes entre os sujeitos discentes da pesquisa, concluiu-se que o cinema é uma linguagem benéfica à estruturação intercultural da Sociologia escolar, e da capacitação profissional de seus docentes. Palavras-Chave: Formação de Professores, Cinema e Educação Intercultural.

Cinema Também Se Faz Na Escola

Signo, 2008

Acreditando que a leitura pode ser uma atividade deflagradora da produção textual e fundamental para o enriquecimento cultural, buscamos alternativas de trabalho para as aulas de Língua Portuguesa e Literatura, conjugadas a ferramentas audiovisuais. Um dos objetivos dessa busca é o de transformar o ato passivo frente ao texto literário em atividade participativa da criação. Além disso, estamos inseridos em um contexto em constante transformação, e necessitamos, como educadores, desacomodarmo-nos, "bolindo" com o nosso imaginário e com o dos alunos, desafiando-os à reflexão e autoria, ousando fazer diferente. Este artigo pretende, pois, compartilhar uma prática realizada na Escola de Educação Básica Feevale-Escola de Aplicação, há cinco anos, com alunos da 2ª Etapa do Ensino Médio. Palavras-chave: Leitura. Literatura. Cinema. Prazer. INTRODUÇÃO Um dos grandes desafios que se apresenta ao professor de Língua Portuguesa e Literatura, independente da idade de seus alunos, sendo de escola particular ou pública, é o de incrementar, quando não o de incentivar, a leitura de obras literárias. No entanto, essa leitura não se restringe (ou não deveria se restringir) a uma atividade escolar para posterior avaliação. É preciso buscar alternativas de trabalho que, atendendo às diretrizes educacionais relacionadas ao desenvolvimento das competências e