Trabalho: experiências laborais à luz da Logoterapia e da Análise Existencial (original) (raw)

A Espiritualidade em Logoterapia e Análise Existencial: o Espírito em uma Pe rspectiva Fenome nológica e Existencial

Resumo: O artigo visa abordar o conceito de espírito em Logoterapia e Análise Existencial, contemplando a visão ontológica e a antropologia filosófica elaborada por Viktor Emil Frankl sobre tal conceito, bem como os principais fundamentos e pensadores que embasam e dialogam com as ideias do referido autor. O trabalho visa esclarecer e aprofundar a dimensão noética ou espiritual do homem, tomando-o como a pedra angular da terapia do sentido. Enfocando a importância de compreender o espírito do homem dentro de uma visão antropológica para desenvolver uma humanização da ciência psicológica e da psicoterapia, bem como promover uma compreensão adequada da perspectiva e da metodologia logoterápica. O artigo contemplará uma breve introdução no contexto histórico no qual Frankl propõe como uma psicologia que abrange o estudo da pessoa espiritual, em seguida será abordado o conceito de espírito na ótica logoterápica, bem como sua fundamentação fenomenológica e existencial. Depois será aprofundada a questão da dimensão noética, explicitando a abordagem e suas principais fundamentações metodológicas, esclarecendo questões importantes a respeito da categoria espiritual, concluindo a relevância do conceito de espírito para a compreensão da Logoterapia e para a Análise Existencial, bem como para a uma prática humanizada em psicoterapia e em Psicologia como um todo. Palavras-chave: Logoterapia; Espírito; Humanização.

O Sentido De Vida No Trabalho: Contribuições Da Logoteoria Para a Qualidade De Vida Do Trabalhador

Revista Logos Existencia Revista Da Associacao Brasileira De Logoterapia E Analise Existencial, 2013

Resumo. Este trabalho procurou fazer relações entre a teoria de Viktor Frankl, intitulada Logoteoria, com estudos da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Trata-se de uma pesquisa bibliográfica utilizando os conceitos de autotranscendência, valores de criação, de experiência e de atitude, bem como referências a algumas teorias motivacionais. No tocante à QVT, foram investigados alguns estudos sobre seus aspectos históricos e suas características no contexto laboral atual, dificuldades enfrentadas e perspectivas. Esta pesquisa teve o intuito de promover reflexões referentes à viabilização do uso da Logoteoria em prol da QVT, em virtude da importância da temática frente ao desenvolvimento das pessoas e da sociedade. Para a compreensão teórica acerca de Frankl e da QVT, este artigo apresenta, em sua estrutura inicial, tópicos relacionados a ambos, separadamente; em um terceiro tópico, há uma reflexão sobre a aplicação da Logoteoria nos ambientes organizacionais relacionada ao desenvolvimento da Qualidade de Vida no Trabalho.

Pedagogias da experiencia no mundo do trabalho

de Gusmão pela sua orientação que me fez trilhar nos caminhos desta tese com liberdade, imaginação e rigor através de diálogos sempre muito proveitosos e intensos, o que me faz acreditar que é possível construir um trabalho acadêmico no entrecruzamento de afetos. Ao Prof. Guilhermo Raúl Ruben, co-orientador e amigo, por acompanhar de perto a minha trajetória acadêmica e de vida, há mais de dez anos, o que possibilitou prosseguir, através de seu estímulo, cercado de carinhos, com mais este trabalho. À Profa. Dra. Lea Carvalho Rodrigues pela inspiração para realizar este trabalho com seu estímulo, com a troca de idéias, com a oportunidade de trabalharmos juntos tantas vezes e com seu exemplo de que é possível percorrer uma trajetória acadêmica buscando um entendimento profundo da vida. À Profa. Dra. Elisete Zanrolenzi pelos comentários e sugestões no Exame de Qualificação e pela presença constante em vários passos da minha caminhada. À Profa. Dra. Clara Germano da FE pela calorosa acolhida nos primeiros anos do doutorado. À Profa. Dra. Liliana Segnini da FE pelos comentários e sugestões no Exame de Qualificação, muitos deles aqui incorporados. À Profa. Dra. Suely Kofes do IFCH pelas valiosas e inspiradoras reflexões sobre biografias e antropologia em suas disciplinas. Ao Prof. Dr. Geraldo Romanelli pelas sugestões, muitas delas acrescidas no formato final da tese. À Roseli Nespoli, acadêmica e ex-banespiana, pela sua generosidade ao estar junto em várias fases deste trabalho: compartilhando o campo, fornecendo materiais de pesquisa, discutindo idéias, indicando banespianos para entrevistas e comentando várias versões do texto. À Alicia Gonçalves, que há tantos anos seguimos juntos, pela leitura e discussão da versão final do texto. À Vani Ing pela amizade e afeto, uma companhia de todas as horas, inclusive nos palcos, e também pela revisão ortográfica final do texto. VI Às amigas de lugares distintos, que conheci na academia, com quem pude suportar melhor os percalços desta caminhada e também viver alegrias todos esses anos: Ladyselma e sua mãe Dejinha (Recife), Simone (Londrina), Maria Helena (Brasília), Ana Cláudia (Vitória), Maria Clara (Caxias do Sul), Rosely (Campinas), Juliana Schiel (Barão), todas do IFCH. Também à Eva (Araraquara) e Giovana (Barão/Sumaré), da FE. Aos amigos do grupo de Pesquisa "Culturas Empresariais" do IFCH, sempre colaboradores muito próximos, especialmente André e Cátia. Aos colegas do GPTECO da FE que me acompanharam no início do doutorado, quando cumprimos juntos as disciplinas e as atividades orientadas: Alexandre, Iara, Fran, Teresa, Sônia e Nivaldo. Aos banespianos que encontrei durante a pesquisa, especialmente à Cláudia Paoli e ao Sr. Ariovaldo Carvazan e seu trabalho na AFABEX-Associação dos Pais e Filhos de Excepcionais do Banespa que pude conhecer. Ao Sindicato dos Bancários de Campinas que facilitou o acesso aos eventos, especialmente à Estela. Aos vários "cuidadores" pelo profissionalismo e acolhimento, ajudando-me a tocar em frente em vários momentos: Irene, Etienne, Cristina, Zaida, Luciene, Pompéia, Wagner e, com carinho, Irmão Laércio. Aos amigos do curso de Psicologia Transpessoal e à Profa. Vera Saldanha por tantos momentos de expansão nesses tempos, especialmente Amaranta, e Lia e seu yoga. Aos amigos pelos momentos de descontração e de apoio: Zandra, Glauco e a pequena Tereza, João André e Flávia, e Fabi. Ao Sérgio pela convivência de muitos anos, com quem compartilhei vários lares nesse período. Ao Guilbert pela amizade duradoura que trilharmos através de muitos caminhos de expansão de consciência. À Marcilene Silva Pessoa pelos cuidados zelosos com minha casa e meus bichos. À Frida, minha gata, sempre espichada, lânguida e dengosa, à mesa do computador. Aos que tiveram suas vidas aqui contadas, pelo que me confiaram, pois sem eles não haveria este trabalho. Ao José Antonio Gussi, o Zé, pela lembrança do amor fraterno em minha existência. À minha mãe, Odete (in memoriam), pela presença desde sempre do amor incondicional. VII RESUMO Esta tese tem como foco refletir a experiência no mundo do trabalho a partir da construção de narrativas biográficas de ex-trabalhadores do Banespa-Banco do Estado de São Paulo, que passaram por um processo de mudanças decorrente sobretudo da privatização desse antigo banco público paulista comprado pelo banco privado espanhol Santander em novembro de 2000. Para tanto, inicialmente, realizei uma pesquisa etnográfica em que verifiquei os impactos dessa mudança na vida dos trabalhadores do Banespa-os "banespianos"-, que resultou no desligamento de milhares de funcionários e na rápida reestruturação do trabalho, e, como conseqüência disso, levou à quebra do sentido de pertencimento dos banespianos em relação à empresa, de sua identidade sócio-profissional. Partindo desse contexto etnográfico, construí quatro narrativas biográficas que permitem compreender essas mudanças a partir das experiências vividas e evocadas pelos próprios sujeitos quando narram suas histórias de vida no momento do encontro entre eles, os biografados, e eu, o pesquisador. As narrativas biográficas constituem um processo de aprendizagem, entre o vivido, o narrado e o interpretado, na medida em que os sujeitos, envolvidos na pesquisa e na construção do conhecimento, realizam uma reflexão sobre si mesmos, tomando como ponto de partida suas experiências e, por isso, as narrativas são entendidas, analiticamente, como pedagogias da experiência no mundo do trabalho.

Busca por Felicidade e Sentido de Vida na Sociedade de Consumo no Olhar da Logoterapia

Revista Mosaico

O trabalho tem o objetivo de discutir a situação do homem contemporâneo frente aos investimentos da sociedade hipermoderna, no que se refere ao consumo exacerbado (hiperconsumismo) e às ilusórias sensações de felicidade, prazer e sentido de vida provenientes dessa prática. Problematizam-se as razões que levam o homem hipermoderno às aquisições e a impregnar as coisas de sentido na busca pela felicidade, ações que o tem conduzido a vivenciar a neurose de massa da atualidade – o vácuo existencial. Dessa forma, foram analisadas a constituição da subjetividade dos indivíduos e a sua saúde emocional frente a essa realidade consumista. Através da logoterapia, doutrina criada por Viktor Emil Frankl, e de seus conceitos gerais, buscou-se compreender a derivação do prazer e da felicidade verdadeiros, provenientes de um sentido genuíno na vida, como também elucidar a propiciação de uma existência saudável a partir do exercício da responsabilidade e da liberdade frente às escolhas da vida. A l...

Logoterapia e psicoterapia: possibilidades e desafios do cognitivismo existencial

Revista Logos Existencia Revista Da Associacao Brasileira De Logoterapia E Analise Existencial, 2014

Premissa. Gostaria de tentar acolher as "sementes de humanismo" oferecidas pelo DSM-5 para responder à pergunta: a psicoterapia Cognitivo-Comportamental pode ser integrada à Análise Existencial proposta por V. Frankl? Partirei da abordagem humanístico-existencial para verificar a possibilidade de integrar a psicoterapia Cognitivo-Existencial à Análise Existencial. Esta poderia ser uma premissa para responder à seguinte pergunta: a psicoterapia Cognitivo-Existencial pode ser integrada à Análise Existencial? Uma resposta afirmativa poderá vir não só da especulação e da pesquisa mas também da relevância dos temas de vida em toda psicoterapia eficaz e em particular na psicoterapia cognitiva. Na conclusão procurarei evidenciar como uma abordagem Humanístico-Existencial na psicoterapia é a mais indicada nos casos clínicos graves e gravíssimos. Quando a pessoa duvida do primeiro valor-do valor da vida e da sua vida-justamente nestas ocasiões é absolutamente indispensável uma psicoterapia que ajude a reencontrar um sentido e um propósito para a própria existência. Esta abordagem pode ser a de uma integração entre o Cognitivismo e a Análise Existencial de Frankl. Premisse. I would try to accommodate the "humanism seed" offered by the DSM-5 to answer the following question: cognitive-behavioral psychotherapy can be integrated into the Existential Analysis proposed by V. Frankl? Starting from the humanistic-existential approach in order to verify the possibility of integrating Cognitive-Existential Psychotherapy to Existential Analysis. This could be a premise to answer the following question: Can cognitive-existential psychotherapy be integrated into the Existential Analysis? An affirmative answer may come not only from speculation and research, but also from the relevance of life themes in all effective psychotherapy and, particularly, in cognitive psychotherapy. In the conclusion of this work, I`m going to show how a humanistic-existential approach to psychotherapy is more suitable in severe clinical cases. When one doubts the first value-the value of life and his life-exactly on these occasions it is extremely necessary to find an appropriate psychotherapy that helps rediscover the meaning and purpose for existence. This approach may be an integration between Cognitivism and the Existential Analysis by Frankl.