Da casa à nação: passado, memória, identidade (original) (raw)
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Trabalho para avaliação final da disciplina História e Escrita da História, ministrada pelo professor Renato Franco e sob o tema História, Memória e Temporalidade.
CASA DOMÉSTICA: um Território da Memória e do Poder
Na década de 30 e 40 o modernismo chegou à arquitetura em Goiás. No panorama das construções em geral o estilo Art-deco. Em Goiânia a casa doméstica de Pedro Ludovico Teixeira, seu fundador, tinha compromisso com este estilo. Já no interior da residência ocorreu uma harmonização com o novo estilo ou seja, o desejo da modernidade cingiu-se à maneira de morar. Nossos registros objetivos estarão em torno da casa, sua apresentação objetiva e concreta, a arquiterura e sua organização interna dos aposentos e mobiliário. Pela análise da disposição dos cômodos silenciosos, dos móveis e objetos acumulados será possível detectar seus usos cotidianos e os comportamentos de uma fatia do tempo passado de personalidades importantes da História de Goiânia e de Goiás. Eu procurarei registrar neste território da memória o cenário doméstico em movimento.Afinal a noção de território é, sem dúvida, formada através do dado imediato da materialidade.
ENTRE TÚMULOS E MEMÓRIAS: PATRIMÔNIO E IDENTIDADE NO
Resumo Ante uma sociedade cada vez mais marcada pelas mudanças rápidas e contínuas, a necessidade de resguardar lugares de memória é uma realidade cada vez mais presente. Essa situação tem resultado em investimentos em prol da preservação de elementos tangíveis e intangíveis que servem de amparo e suporte à constituição de memórias, histórias e identidades. Os cemitérios não ficam à parte de tais considerações. Deste modo, o Cemitério Vera Cruz, de Passo Fundo/RS, constitui-se em um vetor para a compreensão e o ensino da história local. O Cemitério pode ser considerado um museu a céu aberto, pois remete às questões históricas, sociais, econômicas e culturais da sociedade passofundense; bem como a memórias, crenças, saberes, práticas; constituindo-se, desta forma, como bem material e imaterial, e, portanto, patrimônio cultural.
O Público e o Privado, 2022
Em distintos momentos do texto me refiro ao abrigo em que realizei a pesquisa como a "Casa".
Mediações na construção da memória e da identidade: “A Casa da Autonomia"
Anais da 4ª Jornada Científica Internacional da Rede MUSSI: "Mediações da Informação, Democracia e Saberes Plurais" (pp. 168-182), Belo Horizonte: Escola de Ciência da Informação/Universidade Federal de Minas, 2020 (Comunicação). ISBN: 978-85-65609-13-5., 2020
This 4th Scientific Journey of the MUSSI Network focuses on the "emergence of reflecting on the mediation of information and plural knowledge as forms of democratization of scientific and cultural production" and highlights, among other topics, the mediations of knowledge and information in cultural spaces, within the scope of the "polis" and with special focus on collective memories and the democratization of knowledge. Taking into account these desiderats, we decided to analyze the "Casa da Autonomia" project, which has been developed since 2014 by the Government of the Autonomous Region of the Azores in order to preserve, disseminate and consolidate the memory of the process of Azorean political autonomy. This initiative is based on history, memory, identity and citizenship, and developed in four structuring axes: patrimonial recovery, research project, museological program, and digital platform. In the presentation of the Project and in its critical analysis we also pronounce on the internal and external perceptions of this cultural mediation, which is supposed to promote an active and informed citizenship and to integrate the memories in the reinforcement of the collective identity of Azorean people developed in four structuring axes: patrimonial recovery, research project, museological program, and digital platform. In the presentation of the Project and in its critical analysis we also pronounce on the internal and external perceptions of this cultural mediation, which is supposed to promote an active and informed citizenship and to integrate the memories in the reinforcement of the collective identity of Azorean people.
Da diáspora à nação, de casa à dispersão
Locus: Revista de História, 2020
Neste artigo é pensada a tensão entre inclusão e exclusão da subjetividade queer palestiniana. Partimos do conceito lato de “diáspora” apresentado por James Clifford, em Routes: Travel and Translation in the Late Twentieth Century (1997) e do conceito queer proposto por João Manuel de Oliveira, no Dicionário Alice (2019), para pensar a dupla rutura desta subjetividade, em relação a uma origem territorial e a uma sexualidade normativa. Do ponto de vista metodológico, destacamos o uso de fontes bibliográficas secundárias de forma transdisciplinar –de áreas do conhecimento tão diversas como a antropologia, a história, o planeamento urbano, os estudos culturais e pós-coloniais e os estudos de género e sexualidade–, a partir das quais analisamos a reabilitação do corpo físico e social do judeu pelo movimento sionista e as novas estratégias propostas para uma integração instrumental de subjetividades queer dentro do espaço normativo e militarista dos Estados-nação. Estas fontes bibliográf...
HISTÓRIA, MEMÓRIA E NACIONALISMO
Falar de história não é fácil, mas estas dificuldades de linguagem introduzem-nos no próprio âmago das ambiguidades da história", sugere Jacques Le Goff 1. Efetivamente, o conceito de História é amplamente vasto, na medida em que assume várias significâncias mediante a contextualização em que se insere, e o reconhecimento do seu estatuto científico é relativamente recente, tendo o seu estado embrionário nos finais do século XVIII e firmando, então, o seu papel no século XIX. Deste modo, a História funciona como um saber nos entremeios enquanto ferramenta para a procura da visão essencial do conhecimento histórico, e tal como alude Margarida Sobral Neto, é a "área do saber ou ciência que se dedica ao estudo da vida dos homens ao longo do tempo" 2 , ideia que provém da relação entre o historiador e as fontes, cada vez mais diversificadas, aspeto também referido por José Mattoso, através da "seleção do conteúdo «útil» dos documentos […] inseridos numa totalidade" 3 , estabelecendo-se, desta parte, uma clara relação entre o historiador, enquanto sujeito, e as fontes, enquanto objeto, ademais ao seu processo crítico que se desenvolveu a partir dos avanços no campo da Paleografia e da Diplomática protagonizados por Jean Mabillon, e que vinham no sentido de verificar a autenticidade dos documentos históricos, reclamando-se, desta maneira, já no último quartel do século XVII, o estatuto científico da História. Deste modo, a ciência histórica e o seu movimento, e corroborando a ideia de