Finitude e Liberdade na Confrontação de Heidegger com Kant (original) (raw)
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Heidegger, Kant e o Problema da Liberdade
2018
Analiso neste trabalho a questão da demarcação causal do problema da liberdade. Esse problema surge da interpretação heideggeriana da obra de Kant. Para isto, examino a interpretação fenomenológica do sentimento de respeito, visando a correta determinação do modo de ser daquele que age. Em seguida, caracterizo em linhas gerais a famosa interpretação fenomenológica da Crítica da Razão Pura. Com isto será possível fazer um primeiro aceno para a noção de espontaneidade em sua ligação com o conceito de liberdade. Esta avaliação será importante do ponto de vista metodológico, pois prepara para a análise da relação entre liberdade e causalidade. Será possível assim considerar de um ponto de vista ontológico-fundamental um tipo de liberdade distintivo, não derivado da estrutura causal comumente a ela associada. Palavras-chave: Liberdade; causalidade; Heidegger; Kant
Pensar Acadêmico, 2017
Este artigo tem por escopo analisar o conceito de liberdade desenvolvido pelo filósofo alemão Immanuel Kant – considerado por muitos como o pai da filosofia moderna – como um dos elementos centrais da ideia de justiça, ao lado da igualdade. Para tanto, trabalhar-se-á, sob uma perspectiva crÃtica, tanto a ideia de liberdade como a noção de igualdade, ambas acasteladas por Kant. Ligadas à ideia de justiça, indesatáveis estão as ideias de liberdade e de igualdade. Destarte, para o filósofo, o exercÃcio da liberdade  de cada um deve compatibilizar-se com o da liberdade de todos os demais segundo um princÃpio de igualdade.
Liberdade e Virtude Na Filosofia Moral De Kant
Este artigo se propõe apresentar as feições que adquire a virtude na filosofia moral de Kant, para quem o fundamento da moralidade é a liberdade. Esta se qualifica para tanto uma vez que a moralidade diz respeito a um bem incondicionado, e, somente ela, que significa uma possibilidade de escapar ao determinismo do mundo empírico (condicionado) e se determinar pela própria resolução, é capaz de tornar possível tal espécie de bem, o bem moral. O que, por sua vez, faz da liberdade uma realidade e não uma quimera é a possibilidade de determinação da vontade humana de um modo puro, para além do encadeamento dos instintos, apetites e emoções humanos, o que só é possível por uma determinação puramente racional da vontade. Como o ser humano não é um ser puramente racional, a virtude assim vem a ser para ele um esforço que sempre tem que se reiniciar para fazer vencer o que há de superior nele, a autonomia da vontade possibilitada pelo uso puro e prático da razão.
A liberdade no pensamento de Heidegger e Gadamer
Revista Eletronica Do Curso De Direito Puc Minas Serro, 2010
Os conceitos de autonomia e autossuficiência formam o juízo analítico de liberdade desde o fim da Idade Média, numa perspectiva solipsista, no sentido de razão como mônada. A Filosofia da Linguagem, por sua vez, por meio do Existencialismo, permite a compreensão que o conceito de liberdade é condicionado pelos sentidos de vida autêntica e interpretação autêntica, num viés focado no dasein que é projeto, linguagem, tempo e decisão em prol da verdade como vitória existencial. Para a Filosofia da Linguagem, liberdade e autossuficiência são sentidos que não se implicam. Ao contrário, liberdade resulta em hemenêutica como projeto de vida assentada na escolha de enfrentamento que o dasein deve desempenhar em face da certeza da morte vidando à autenticidade.
Liberdade e Imagens de Mundo em Kant e Fichte
2012
Resumo O presente artigo tem como objetivo reconstruir a transformação pela qual Fichte faz passar os elementos centrais da filosofia prática de Kant para a constituição de sua filosofia da religião na obra Instrução à vida bem-aventurada, de 1806. Mais precisamente, procuraremos mostrar que Fichte retoma a vinculação kantiana entre liberdade, imagens de mundo e religião no contexto de uma proposta monista de pensamento. Defenderemos que, desse modo, ele aprofunda a concepção das imagens de mundo ao conceber o caráter espontâneo da construção dessas imagens como exercício fundamental da liberdade humana. Ao mesmo tempo, mostraremos que, em sua teoria acerca das possíveis visões de mundo, Fichte distancia-se não só da teologia moral kantiana, mas também do projeto kantiano de uma de defesa do ponto de vista moral.
Sobre a Liberdade Da Vontade: Objeções De Hannah Arendt À Kant
Dissertatio, 2011
The study aims to explore the objections that Arendt addresses to Kant regarding the question of free will. Arendt sees the will as being the source of action, capable of bringing something new to the world that cannot be explained by a chain of causality, as suggested by Kant in his Third Antinomy. Yet contrary to Kantian thought, Arendt defends the thesis that the will is its own sake, or not is a will, it is not possible to consider it only a tool of practical reason. KEYWORDS: action, free will, pratical reason. RESUMO: O estudo pretende explorar as objeções que Arendt dirige à Kant no que concerne à questão da vontade livre. Arendt considera a vontade como sendo a fonte da ação, capaz de trazer ao mundo algo novo, que não pode ser explicado por uma cadeia de causalidade, como sugere Kant em sua Terceira Antinomia. Ainda contrária ao pensamento kantiano, Arendt defende a tese de que a vontade é sua própria causa, ou não é uma vontade, não sendo possível considerá-la apenas um instrumento da razão prática.
Autonomia e Dignidade Em Kant e a Eutanásia Voluntária
2014
A discussao envolvendo a eutanasia levanta atualmente importantes questoes no campo da Bioetica. Alguns a enxergam como um instrumento de alivio para os que perderam a dignidade de viver; outros a veem como algo similar ao suicidio assistido. O termo "eutanasia" deriva do grego euthanasia e significa "boa morte", ou seja, uma morte sem sofrimento – mais precisamente, uma morte a fim de evitar um sofrimento desnecessario. Atualmente utilizam-se varias classificacoes para a eutanasia: eutanasia ativa e passiva; eutanasia voluntaria, nao-voluntaria e involuntaria. Muitos autores se referem ainda aos termos distanasia, mistanasia e ortotanasia. Entretanto, o presente trabalho tem por objetivo fixar o olhar apenas sobre a eutanasia voluntaria (que em alguns casos tambem e ativa), ja que esta enfrenta – talvez injustamente – uma situacao de muita controversia e polemica. Uma das razoes para a nao-aceitacao da eutanasia voluntaria reside no dogmatismo religioso. Outra r...