A gênese do equívoco: a partir de um ponto de vista epistemológico (original) (raw)
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A noção deontológica de justificação epistêmica
Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), 2010
Resumo: Neste ensaio apresentamos uma introdução à noção deontológica de justificação epistêmica. Mostramos que a noção deontológica de justificação epistêmica surge de um paralelo traçado entre ética e epistemologia mediante a utilização de um vocabulário deontológico para a avaliação de um status epistêmico de nossas crenças. Indicamos que a noção deontológica de justificação encontra sua origem em uma tradição que tem John Locke como um de seus representantes mais ilustres. Depois disso, exploramos a relação entre justificação e normatividade, mostrando que os juízos epistêmicos são mais naturalmente entendidos em linhas teleológicas. Por fim, consideramos o que caracteriza um dever epistêmico.
Como ser fundacionalista neoclássico quanto à justificação epistêmica
Revista de Filosofia Aurora, 2014
Este trabalho é um estudo sobre a manifestação da violência pelo recorte da homofobia com sujeitos LGBTs. Adentrou-se a obra freudiana (1905 a 1925), objetivando apreender, pela luz da psicanálise, a condição subjetiva do sujeito em relação à sexualidade. O ponto central da pesquisa foi alcançado pelo desenho do que se denominou estatuto do ódio, que foi composto com elementos primordiais da constituição do sujeito. O estatuto denuncia o enlace destrutivo ao outro, aqui representado pelo sujeito LGBT, denuncia uma manifestação do conteúdo arraigado no inconsciente, que alcança o fim último de um gozo do ódio caracterizado pela discriminação preconceituosa e cruel. Nessa perspectiva, destacou-se a necessidade de se construir urgentemente uma realidade social mais justa, mais bem alicerçada sobre o conhecimento científico, ético e político. Abordou-se, por fim, o enfrentamento desse ódio por uma educação emancipadora em direitos humanos comprometida com projetos de reconhecimento e de...
A estética do equívoco - considerações sobre a irrupção do autêntico na narrativa de televisão
II Congresso Internacional de Comunicação e Consumo - Comunicon, 2012
Pretende-se aqui apresentar uma aproximação inicial a um fenômeno, cunhado aqui como estética do equívoco, no qual se entende o uso de uma estratégia televisual na qual se explora o erro – os lapsos na narrativa preditiva desse veículo midiático – como espaço de irrupção do que foge da típica representação ensaiada das mídias. Para tanto, analisa-se a entrevista de Xuxa no quadro O que vi da vida, do programa Fantástico, visto se tratar de uma narrativa cercada de protocolos de autenticidade, mas que ainda assim foi compreendida com desconfiança pelos espectadores que se manifestaram nas redes sociais. Intenta-se então identificar as funções dos pequenos elementos de escapes da narrativa compreendidas como autênticos e nos quais o self das regiões de fundo seria visibilizado.
O "equívoco" como morte negra, ou como "naturalizar" balas racializadas
O "equívoco" como morte negra, ou como "naturalizar" balas racializadas Resumo: O artigo apresentado pretende realizar reflexão inicial sobre genocídio da população negra com enfoque no que vamos chamar de "assassinato por equívoco". O conceito de genocídio está amparado em Vargas (2010) e Almeida (2015) que, de modo geral, trabalham com a concepção da Organização das Nações Unidas (ONU), que coloca o genocídio como destruição física e ou cultural de parte ou de todo um grupo étnico/racial. Os assassinatos de que tratamos são de negros moradores do Rio de Janeiro e região metropolitana que foram assassinados por "engano" por agentes do Estado. A coleta desses casos ocorreu via mídia eletrônica. Trabalhamos com o escopo de reportagens a fim de traçar uma discussão entre violência de estado, racismo e "naturalização" do genocídio. Por fim, percebemos que os assassinatos por "equívoco" têm se tornado um crescente e têm demonstrado a "naturalização" da morte negra justiçada pela criminalização dessa população.
Bienais e os giros epistemológicos
2021
This text aims to reflect in a panoramic and introductory way on the constitution of biennials and other alternatives that are elaborated within the logic of biennialization. As an unavoidable context there is a need to consider the current moment with the Covid-19 epidemic and its physical restrictions. To present it, offers a possible narrative about the histories of exhibitions from the perspective of the biennials that incorporate a debate related to the decolonial turn.
Introdução: Prolegômenos Epistemológicos – da Causalidade, da Posição Ética e da Metodologia
Sobre o Trabalhar Contemporâneo: Diálogos entre a Psicanálise e a Psicodinâmica do Trabalho
Este trabalho marca uma inflexão em meus estudos e pesquisas no campo psicanalítico. Significa um ajuste entre o meu desejo de seguir na vereda psicanalítica e as vicissitudes de meu percurso profissional como psicólogo, as quais me encaminharam para o universo corporativo e para o setor chamado de Recursos Humanos (RH) nas empresas. Trata, portanto, da realização de um desejo de saber, cuja causa está na confrontação do autor, uma confrontação própria e única, após uma sucessão de descontinuidades e relutâncias no seu percurso profissional, com a questão das relações teóricas, práticas e éticas do sujeito da psicanálise com a forma de organização do trabalho nas organizações e empresas na contemporaneidade, cuja orientação estruturante é, petitio principii, utilitarista e financista, e que sob um véu de cientificidade e de produtividade mascara uma opção ideológica e uma visão muito específica de ser humano. Nesse sentido, acreditamos que a História definitivamente não acabou-estamos longe de um modelo final e acabado de sociedade. Neste momento histórico em que vivemos, os sujeitos humanos são convocados a tornarem-se máquinas de calcular e de competir pela felicidade, mas isso não acontece de forma unívoca, 9 Ao analisarmos o trabalho de Axel Honneth no subcapítulo 3.4.
Justificação epistêmica. Fundacionismo e coerentismo
O artigo de E. Gettier, “É Conhecimento Crença Verdadeira Justificada?” mudou o curso da epistemologia ao analisar a questão da verdade justificada pertinente ao conhecimento proposicional e detectar uma falha na definição tradicional de conhecimento, dando origem a diferentes comentários. Várias teorias sobre o assunto são discutidas, sendo as mais utilizadas aquelas que enfatizam o fundacionismo e o coerentismo em seu caráter internalista.
A gênese do conceito freudiano de inconsciente
Durante toda sua obra, Freud concebe os processos psíquicos como derivados da atividade do cérebro. Aqui é proposta uma reconstituição dos passos inferenciais (constituindo uma seqüência lógica e não cro-Freud, a consciência é uma espécie de percepção interna de processos psíquicos. Como a consciência não é inerente a esses processos, torna-se natural imaginar que eles possam também ocorrer sem serem percebidos (processos pré-conscientes). O conceito de inconsciente propriamente dito também se mostra tributário de sua concepção psiconeural.