A Constituição De Espaços Educacionais Pelo Movimento Camponês: As Experiências Do MST (original) (raw)
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Olhar de Professor, 2009
The participation of the social movements in the country side, in particular the MST (Landless Workers Movement) in the elaboration of a proposal for education oriented for the their interests has been increasing since the 1989´s, as well as the claims for the construction of public schools in the sites of the agrarian reform. This study is part of a research that intended to deepen the discussion about education in the country side in Brazil and, in particular, in the state of Paraná. The theoretical framework for the study included texts that discuss the social movements, the social movements in the country side, the creation of the MST in Brazil and the MST pedagogical proposal. The struggle experiences of the MST for the land contributed to the construction of a pedagogy that values the historic-cultural differences of the men that lives in the country side. From this perspective, education in the country side is in movement of (re) construction having in mind that the experiences are not isolated and are an intense exercise between practice-theory-practice. In the state of Paraná it was observed that the social movements have been important so that the government develops initiatives concerning education in the country side in the same way as the education seminars in the country side that took place and the initiatives in terms of teacher education.
Das Origens Da Ocupação Da Escola: O Caso Do MST
e-Mosaicos
A onda de ocupações das escolas que tomaram o Brasil em 2015 e amplamente em 2016 evidenciaram o fenômeno para os mais diferentes públicos. Ocorre que tal prática já é usada e localizada historicamente em outros espaços e movimentos, inclusive no que tange à escola. O que se quer no presente artigo é evidenciar a ocupação da escola no interior da prática do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, e assim destacar que muitos contornos comuns da ocupação da escola, estão presentes em experiências, que podem parecer distintas, porém, partilham de um processo de formação política unificado.
As políticas da educação do campo desenvolvidas pelo MST e pelo Estado
2015
O presente artigo faz um breve levantamento historico das proposicoes politicas para a Educacao do Campo, notadamente para esta ultima decada. Inicialmente sao analisadas as construcoes feitas pelos movimentos sociais, especificamente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em seguida, e feito um estudo sobre como o Estado assume essa questao, a partir da legislacao existente sobre Educacao e Educacao do Campo, tendo em vista que esta ultima esta incluida nas propostas de politicas publicas, o que reorganiza as discussoes em torno das definicoes estipuladas pelo Estado e as demandas dos movimentos sociais do campo.
O MST Na Gestão Da Escola Itinerante Institucionalizada Pelo Estado No Paraná
Germinal: Marxismo e Educação em Debate, 2018
Este artigo reflete sobre a gestão institucionalizada da escola itinerante nos acampamentos do MST. Na origem dessa escola está a preocupação dos acampados com a escolarização das crianças e jovens, cuja família se faz presente nos acampamentos. A denominada “escola itinerante” é uma escola institucionalizada como escola pública no território do Movimento. A gestão escolar é materializada dentro dos princípios organizacionais do MST, cuja centralidade é a gestão democrática. Dessa forma, o objeto do presente trabalho traz o MST como sujeito da gestão da Escola Itinerante no Paraná, tendo como base operacional uma escola-base, que centraliza a documentação escolar de todas as escolas itinerantes. As análises indicam uma forma de gestão que se orienta pelo princípio de auto-organização, formação de coletivos, núcleos de base e coordenações com respaldo das famílias em assembleias dos acampados.
A Expropriação Do Camponês No Brasil E A Organização Do Espaço Produtivo
Resumo: Este artigo tem o objetivo de levantar historicamente o processo de ocupação do território brasileiro e a implantação da agricultura como uma atividade que norteou a configuração do espaço, e também as relações de poder estabelecidas. Pretende-se socializar a relevância histórica da estrutura fundiária do país, com predominância das grandes propriedades, em oposição aos pequenos proprietários, característica presente na atual estruturação do espaço. Nesse viés serão discutidas ideias que abordam a modernização da agricultura no Brasil a partir da década de 1960, esse projeto que buscava aumentar a produção e uma tentativa de redefinir o território nacional, processo que beneficiou a exclusão dos pequenos produtores. Essas transformações ocorridas na agricultura por meio da industrialização modificaram o panorama de campo brasileiro, revelando uma nova dinâmica agrária no país, uma reestruturação que favoreceu os grandes proprietários.
Educação Do Campo e Resistência Camponesa
PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho
Apresentamos uma reflexão acerca da prática da Pedagogia da Alternância desenvolvida na Escola Família Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR). Como práxis pedagógicas em Educação do Campo, possui vínculos com a Educação Popular Freireana ao se contrapor ao projeto capitalista de educação, formando camponeses em técnicos agrícolas que contribuem com a emancipação dos sujeitos excluídos e subalternizados por meio da organização e fortalecimento da identidade de classe para os processos sociopolíticos de resistência territorial. Este artigo analisa a experiência quanto política/escola pelo método dialético, partindo-se da história concreta de luta da conquista da terra. As metodologias utilizadas foram a discussão teórica e a pesquisa de campo da EFAR, onde entrevistamos educadores, educandos e gestores.
Revista Debates Insubmissos, 2022
O neoliberalismo tem acelerado a mercantilização da educação e das políticas públicas conquistadas pela população brasileira desde o fim da ditadura militar. No estado do Espírito Santo esse processo foi ampliado na área da educação desde a segunda gestão do governo de Hartung, mediante o fechamento de escolas do/no campo, mas ainda é vigente no Governo Casagrande. A pesquisa “A resistência inventiva da escola do campo frente a ofensiva do estado” tem como objetivo analisar as práticas de resistência de educadores e educandos da EEEF “Paulo Damião Tristão Purinha”, do assentamento Sezínio Fernandes de Jesus, no município de Linhares no estado do ES para dar visibilidade ao processo de afirmação da vida dos trabalhadores em suas atividades de resistência, garantindo os princípios filosóficos, pedagógicos e políticos que se afirmam no plano de estudos, na auto-organização, na agroecologia e mística como práticas de libertação que fomentam resistências que se dão desde o chão da escola...
Revista Brasileira de Educação do Campo, 2018
RESUMO. Este artigo trata da Educação do MST em sua relação com o Estado e os organismos multilaterais, sintetizada na política de Educação do Campo. Nossa investigação fundamentou-se na análise dos documentos do MST, do Estado e dos organismos multilaterais, entrevistas e questionários. A partir deste estudo, chegamos à conclusão que o caráter de classe da educação no MST fica subsumido ao consenso que se inicia a partir do I ENERA, focado na luta pela educação centrada na política pública de Educação do Campo, representando um consenso entre frações de classes antagônicas. Apontamos para a necessidade de uma educação da classe trabalhadora, que neste momento se dá com limites e contradições, mas a reconhecemos como necessária para a construção de experiências para um acúmulo de forças futuro. Palavras-chave: Educação do MST, Educação do Campo, Luta de Classes, Estado, Política Pública.
A luta dos movimentos socioterritoriais camponeses pelo direito à Educação do Campo
2021
Toda a legislação que foi sancionada a respeito da Educação do Campo é conquista de todo o Movimento da Educação do Campo, que envolve, além dos movimentos socioterritoriais camponeses, várias organizações sociais, universidades e educadores do campo (formais e não formais), representados, sobretudo, primeiramente, pela Articulação Nacional Por uma Educação do Campo e, atualmente, o Fórum Nacional da Educação do Campo (FONEC). A primeira conquista da Educação do Campo, enquanto política pública, foi o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), que é uma política pública de Educação do Campo desenvolvida nas áreas de Reforma Agrária. A metodologia do artigo está dividida em duas partes principais. A primeira é a análise da legislação e de documentos oficiais relativos à Educação do Campo. A segunda está relacionada com a entrevista de camponeses-assentados-educandos do Curso Especial de Geografia do Pronera (CEGeo).