Devir institucional (original) (raw)
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Arte ConTexto Plataforma Multimídia , 2019
Este conceito se fundamenta na hipótese de que ao longo da redemocratização foi desenvolvido um novo tipo de ativismo artístico, o ativismo institucional. O qual, por ter efetivamente impactado no processo de reformulação institucional e nas políticas voltadas para as artes visuais, se diferencia das estratégias de ativismo comumente associadas ao período da ditadura militar, o frentismo – quando um grupo de artistas se une para problematizar e/ou se opor a uma dada situação – e o ativismo da obra, quando o trabalho artístico é indissociável de seu vínculo com o político. Desse modo, essa estratégia de intervenção artística está diretamente conectada a três questões: a relação das artes visuais com o estado autoritário no pós-1974; o processo de institucionalização das artes visuais ao longo da redemocratização e o desenvolvimento de um horizonte de inteligibilidade para arte contemporânea no Brasil. Disponível em http://artcontexto.com.br/portfolio/ativismo-institucional\_fabricia-jordao/
Objetiva-se compreender a produção e utilização dos resultados derivados dos processos de Avaliação Institucional (A.I), entendendo-os como estratégia de (re)organização dos espaços de discussão no contexto da universidade. Tomamos como referência o processo de Avaliação desenvolvido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), cujo período de implementação teve início em 1997, sustentado nos princípios do PAIUB. Atualmente, este processo está adequado às leis do SINAES. A pergunta norteadora da pesquisa é: para que tem servido os resultados da A.I? Utilizamos como metodologia a abordagem quanti-qualitativa, aplicando, inicialmente, um questionário (por amostragem) aos professores, alunos e funcionários. Constatamos como limites no processo de A.I, a pouca divulgação, discussão e implementação de ações sugeridas pelos resultados e, como avanços, o reconhecimento da comunidade acadêmica de que a avaliação é importante e necessária para obtenção de melhorias. Posteriormente, realizamos grupos focais com uma amostra dos sujeitos participantes, além dos membros da CPA e Chefes de Departamento, buscando entender, aprofundar e desvendar os entraves que distanciam os resultados das tomadas de decisão. Para melhor compreensão, organizamos os resultados da pesquisa em duas grandes categorias. Na primeira, as concepções de avaliação sustentam o viés regulatório, causando temor nos sujeitos sobre "como" e "para que" tais dados serão utilizados. Na segunda, as concepções de avaliação sustentam o viés emancipatório, propiciando aos sujeitos conceberem os resultados como potencializadores da qualidade institucional. Desse modo, torna-se evidente que os resultados da avaliação têm sido usados, porém, em níveis insuficientes ao se considerar os fundamentos da avaliação participativa. As tomadas de decisão também têm se efetivado apenas no nível das mudanças físicas, administrativas e organizacionais. Todavia, as mudanças decorrentes são insuficientes. Tal constatação pode estar relacionada com o fato de que a participação restringe-se, mais intensamente, no preenchimento dos instrumentos para coleta de opiniões. Essa forma de participação é insuficiente para produzir efeitos sobre as práticas e mudanças nas concepções. Concluímos, é necessário repensar as formas de participação, enfatizando o aprender a participar, como forma de alcançar resultados confiáveis nos processos de avaliação. Assim, a CPA e toda instituição poderá utilizá-los como estratégia potencializadora da (re)organização dos espaços de discussão. Esses diálogos podem gerar mudanças de concepções, engendrando novos sujeitos dispostos a usarem os princípios emancipatórios em suas práticas, rompendo com o medo instalado sobre o fim a que se destinam os resultados da avaliação. Portanto, não são os resultados da avaliação que engendrarão as mudanças de concepções de qualidade ou fortalecerão os processos de tomadas de decisão, mas a possibilidade de discuti-los coletivamente, devidamente, referenciados ao projeto pedagógico da instituição.
2022
Os 10 passos para as boas práticas de proteção de dados pessoais nas instituições de ensino superior não resumem todos os passos de um projeto de conformidade, porém, podem servir como bom ponto de partida para uma mudança duradoura (conteúdo completo em https://revistaensinosuperior.com.br/sumario-ensino-superior-264-marco-2022/)
Revista de Ciências do Estado
Entrevista concedida pelo Professor Doutor Roberto Mangabeira Unger à Revista de Ciências do Estado.
DITADURA E VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL
2019
O presente livro é um delicado equilíbrio entre a exigência cientifica de revisar teorias consolidadas, até se tornarem senso comum histórico; bem como de percorrer novas trilhas teórico-metodológicas, e a exigência civil de esclarecer o recente passado ditatorial, com o seu legado ainda traumático de violência, terror e torturas - feridas ainda abertas nas sociedades contemporâneas da América Latina. Na nossa perspectiva crítica trata-se de considerar a herança das experiências autoritárias e ditatoriais como fixação de aspectos que se tornaram perenes e que estão inseridos na própria redemocratização pós ditadura, de acordo com um processo que alguns cientistas sociais chamam de “hibridismo” da “semidemocracia” latino-americana, caracterizada por uma convivência ambígua de novos elementos democráticos e permanências autoritárias
DEVIR MENOR, ARQUITETURAS E PRÁTICAS ESPACIAIS CRÍTICAS NA IBEROAMERICA, 2013
Devir Menor, arquiteturas e práticas espaciais críticas na Iberoamerica tem um título composto de diversos pequenos enunciados que são tentativas de articulação de um conjunto de intuições, de conceitos e, também, de diversas linhagens de prática da arquitetura e da produção de espaço. O título é complexo e, por ventura, pouco hospitaleiro pois emprega vocabulário com diversas proveniências que importa desde já abrir: a crítica da literatura, os estudos culturais, a teoria da arquitetura; acresce a mancha cinzenta de uma ampla zona geográfica que, também, coloca questões de identidade e de representação mútua. Para entrar no projeto é, pois, necessário partir por partes, e não sem antes se assumir o grau de especulação das questões e os riscos das metodologias curatoriais perseguidas: criativas, exploratórias, informais e avessas à ideia de síntese.
Memória institucional em Risco
Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, 2018
Prolifera-se, nos órgãos da Administração Pública Federal a divulgação da informação produzida em formato digitais, em sua maioria armazenadas nos sites das instituições. O estudo oferece uma reflexão sobre o risco da perda da memória institucional no curto, médio e longo prazo. O objetivo da pesquisa é apresentar o levantamento e as justificativas das principais tendências, incertezas e possíveis rupturas relacionadas à preservação da memória institucional da Administração Pública Federal até 2050. A pesquisa tem caráter descritivo e qualitativo, cujo método utilizado foi o levantamento bibliográfico, documental associado a levantamentos realizados junto a órgãos públicos mediante roteiro de entrevista. Foram identificadas e justificadas 32 sementes de futuro, das quais 16 referem-se a tendências, 11 são incertezas e quatro são possíveis rupturas. A principal conclusão é que a memória institucional da Administração Pública Federal, em especial em Brasília, encontra-se em risco, configurando-se como uma megatendência. Considera-se a formulação de uma política de informação voltada para sua gestão e preservação, em especial a digital, associada a um protagonismo profissional do bibliotecário, atuando frente à preservação e à gestão da informação digital. Essas medidas seriam rupturas que minimizariam essa perda. Palavras-chave. Gestão da informação. Informação digital. Preservação digital.
Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas
Este artigo fornece uma análise crítica de abordagens alternativas que oferecem explanações para a elucidação de certos problemas teóricos relativos aos determinantes de políticas públicas e resultados nas intervenções do Estado no desenvolvimento, dando especial atenção para a perspectiva teórica identificada como novo institucionalismo. Na primeira parte do artigo, o novo institucionalismo será introduzido através do esboço de algumas características que distinguem esta abordagem na literatura sobre desenvolvimento e intervenção do Estado. A segunda parte irá se voltar para a abordagem do novo institucionalismo na pesquisa empírica. Concluo este artigo avaliando a relevância desta abordagem para estudos de desenvolvimento rural e, finalmente, apresento algumas das implicações políticas desta perspectiva.