Análise Da Escrita De Crianças Com Dificuldade De Aprendizagem (original) (raw)
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Análise Qualitativa da Escrita das Crianças em Processo de Alfabetização
2017
Resumo. Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise qualitativa de dados de escrita de crianças em processo de alfabetização norteada pela Neurolinguística de orientação discursiva. A metodologia de análise abarca o conceito de dado-achado e reforça a necessidade do acompanhamento longitudinal das crianças a fim de acompanhar os picos e platôs característicos do processo de aquisição da leitura e da escrita. Por fim, este artigo visa contribuir para as reflexões sobre como dificuldades normais e esperadas no processo de leitura e escrita têm sido interpretadas como sintoma de dislexia ou outros transtornos da aprendizagem. Palavras-chave: Neurolinguística, leitura, escrita, dislexia, patologização Qualitative analysis of writing of children in leaning process Abstract. This article aims to present a qualitative analysis of writing data of children in Reading and writing learning process guided by Neurolinguistics of discursive orientation. The analysis methodology encompasses the concept of "dado-achado" and reinforces the need for longitudinal follow-up of children in order to check the characteristic peaks and plateaus of the process of acquisition of reading and writing. Finally, this article aims to contribute to the reflections about how normal and expected difficulties in the process of reading and writing have been interpreted as a symptom of dyslexia or other learning disorders. Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise qualitativa de dados de escrita de crianças em seu estágio inicial de alfabetização, através da metodologia de dado-achado usada em acompanhamento longitudinal de crianças que apresentam dificuldades escolares. Os pressupostos teórico-metodológicos são os que constituem a Neurolinguística Discursiva (doravante ND) desenvolvida no Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. No decorrer do desenvolvimento da área, que teve início na década de 80, os pesquisadores passaram a integrar o debate sobre a patologização de dificuldades normais de leitura e de escrita, uma vez que, ao realizarem análises qualitativas da escrita de crianças em processo de alfabetização e de acompanhamentos longitudinais, constataram que muitos profissionais das áreas clínica e educacional têm interpretado como sintoma de patologia as hipóteses construídas pela criança em sua escrita: dificuldades esperadas no processo de alfabetização, ou mesmo fruto de questões socais que marcam o país, passaram a ser vistas como desviantes do padrão esperado baseado na visão organicista e biologizante. A esse processo se nomeia patologização ou medicalização. Conforme veremos, subjazem a ele análises quantitativas não só dos erros que fazem parte do processo de aprendizado da leitura e da escrita, mas também do comportamento das crianças: com uma lista de sintomas, enumera-se quais são apresentados e atribui-se um diagnóstico, desconsiderando-se a possibilidade de avaliar qualitativamente condições históricas, sociais e econômicas que podem ser a causa de questões escolares e comportamentais. Para participar do debate e argumentar contra a tendência hegemônica de patologizar dificuldades normais, a teorização caminha no sentido de agregar autores que partilham da mesma concepção de cérebro, sujeito, ensino/aprendizado e, sobretudo, de linguagem, e que propõem uma visão qualitativa e abrangente das crianças, considerando sua singularidade. Os trabalhos iluminados pela
Criança No Reforço Escolar e Seus Impasses Na Relação Com a Escrita
Intercâmbio
Este trabalho discute os encaminhamentos de crianças com dificuldades de leitura e escrita, realizados pela escola para a clínica fonoaudiológica. A pesquisa é exploratória e o corpus é constituído por produções escritas de uma criança inserida no 3º ano do ensino fundamental e encaminhada para o reforço escolar. A análise, a partir da proposta Interacionista na aquisição da linguagem e seus desdobramentos na Clínica de Linguagem, destaca mudança e oscilação da criança frente à própria escrita. Destaca-se um olhar linguístico-discursivo que favoreça a mudança da escrita da criança, antes de tomá-la como patológica.
Dificuldades de Escritas Diagnosticadas em Alunos do Ensino Fundamental
Revista Exitus, 2013
Este artigo apresenta uma análise das dificuldades de aprendizagem da escrita, pois muitos alunos cursam o ensino fundamental, médio e superior e apresentam grandes dificuldades de aprendizagem no desenvolvimento da escrita, pois acabam passando pela escola sem desenvolver de forma significativa essa habilidade. A escolha de trabalhar essa temática surgiu da observação que a escrita é de fundamental importância para a aprendizagem dos alunos e que os educadores precisam desenvolver estratégias diversificadas para promover a aprendizagem dos educandos. Com o tema definido surgiram as seguintes problematizações: Como os professores trabalham com a escrita em sala de aula? Qual a importância da escrita para o desenvolvimento da aprendizagem dos educandos? Que estratégias diversificadas os educadores utilizam para desenvolver a aprendizagem dos seus alunos? O objetivo da pesquisa é verificar como se dá a aquisição da escrita, bem como analisar o que é a escrita e observar como a escrita é desenvolvida. O trabalho sobre as dificuldades de escrita foi desenvolvido através de uma pesquisa feita com três professores, de maneira tanto qualitativa quanto quantitativa, para analisar as dificuldades de escrita por uma turma de alunos da Escola Amélia Pessoa, na localidade de Ingá dos Cardoso no município de Canindé-Ce. A pre
A Construção Da Escrita Pela Criança Em Processo De Alfabetização
2017
O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão acerca da construção da linguagem escrita pela criança, a partir de experimentos realizados com criança em processo de alfabetização, tendo como modelo os testes realizados por Ferreiro e Teberosky (1999) e Luria (2010) sobre como a criança constrói e ou desenvolve a linguagem escrita. Partimos da abordagem histórico-cultural, que defende a ideia de que a construção da escrita demanda um esforço cognitivo por parte da criança. Isso sugere dizer que o professor alfabetizador deva ter domínio desse processo de construção para que possa mediar o aprendizado da escrita pela criança na fase inicial de escolarização. O experimento aqui consistiu em analisar o nível de construção da escrita de uma criança em processo de alfabetização. Para tal, lhe foi solicitada algumas atividades de produção escrita. Os testes foram realizados com uma criança de 6 anos e 5 meses, que teve seu início na educação infantil aos três anos de idade e atualmen...
As Dificuldades De Aprendizagem Na Leitura e Na Escrita
2020
Direitos para esta edição cedidos pelos autores à Amplamente Cursos e Formação Continuada. Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de atribuição Creative Commons. Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC-BY-NC-ND). Este e-book contém textos escritos por autores de diversos lugares do Brasil e, possivelmente, de fora do país. Todo o conteúdo escrito nos capítulos, assim como correção e confiabilidade são de inteira responsabilidade dos autores, inclusive podem não representar a posição oficial da Editora Amplamente Cursos.
Desempenho De Escolares Com Dificuldades De Aprendizagem Em Função Motora Fina e Escrita
Journal of Human Growth and Development, 2012
Objetivos: este estudo teve por objetivos caracterizar e comparar o desempenho da função motora fina, sensorial e perceptiva e a qualidade da escrita entre escolares com dificuldades de aprendizagem e escolares com bom desempenho acadêmico. Médodos: participaram desse estudo 192 crianças na faixa etária de 7 a 11 anos de idade, de ambos os gêneros, da 1ª à 4ª série de escolas públicas municipais. Os escolares foram distribuídos em: GI, GII, GIII e GIV, compostos de 96 escolares com dificuldade de aprendizagem, e GV, GVI, GVII e GVIII, compostos de 96 escolares com bom desempenho acadêmico. Os escolares foram submetidos à avaliação da função motora fina, sensorial e perceptiva e avaliação da escrita sob ditado. Resultados: os resultados revelaram que os que os escolares com dificuldades de aprendizagem da 1ª à 3ª série obtiveram desempenho inferior em provas de função motora fina, sensorial e perceptiva, quando comparados com escolares sem dificuldades de aprendizagem na mesma série ...
Dificuldades De Aprendizagem Na Leitura e Na Escrita De Alunos Do 2º Ano Do Ensino Fundamental I
Revista Vox Metropolitana, 2021
RESUMO O presente trabalho teve por objetivo analisar a intervenção pedagógica dos professores frente às dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita de alunos do 2º ano do ensino fundamental I. Optou-se por uma pesquisa de caráter qualitativa, bibliográfica e com pesquisa de campo, através do uso de questionário online, devido ao momento da pandemia da COVID- 19. Participaram quatro (4) professores da escola particular Felipe Magalhães, situada em Jaboatão dos Guararapes - PE. O embasamento teórico contou com a contribuição de Soares (1998), Veiga (2002), Leite (2012), dentre outros. Por fim, verificou-se que as dificuldades de aprendizagem advêm de diversos fatores que podem atingir grande parte dos alunos, representando um desafio que precisa ser superado no âmbito escolar. A intervenção pedagógica para a superação de tais dificuldades deve ser no sentido de mudança no papel do professor e da metodologia adotada em sala de aula, criando projetos, momentos lúdicos e oficin...
A Construção Da Escrita Pela Criança Na Fase Inicial De Escolarização
2017
O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão acerca da construção da linguagem escrita pela criança, a partir de experimentos realizados com criança em processo de alfabetização, tendo como modelo os testes realizados por Ferreiro e Teberosky (1999) e Luria (2010) sobre como a criança constrói e ou desenvolve a linguagem escrita. Partimos da abordagem histórico-cultural, que defende a ideia de que a construção da escrita demanda um esforço cognitivo por parte da criança. Isso sugere dizer que o professor alfabetizador deva ter domínio desse processo de construção para que possa mediar o aprendizado da escrita pela criança na fase inicial de escolarização. O experimento aqui consistiu em analisar o nível de construção da escrita de uma criança em processo de alfabetização. Para tal, lhe foi solicitada algumas atividades de produção escrita. Os testes foram realizados com uma criança de 6 anos e 5 meses, que teve seu início na educação infantil aos três anos de idade e atualmen...
Peculiaridades Na Escrita Da Criança Surda
Trama, 2018
O presente artigo propõe uma análise de textos escritos por crianças surdas, em fase de aprendizagem da escrita da língua portuguesa. Para realização de análises das produções textuais, escritos por essas crianças, foram realizadas duas coletas de escrita de produções textuais apresentadas em Libras. Os resultados apontaram para a constatação de que, a criança surda que não tem o contato com sua língua natural (Libras) desde o seu nascimento, apresenta dificuldades no processo de aprendizagem de uma segunda língua e por consequência: a escrita da mesma. Logo, essa aquisição implicará em características particulares manifestadas na escrita de crianças surdas. Os seguintes critérios: espaçamento entre as palavras, ausência de artigos, pronomes, conjunções e as combinações de diferentes letras (vogais e consoantes), tornam a escrita do surdo, em processo de aquisição, um diferencial exclusivo da escrita dessas pessoas.
Leitura e Escrita Na Educação Infantil
Revista Brasileira de Alfabetização, 2023
Desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão nas áreas: Educação Infantil (políticas, práticas pedagógicas e formação de professores), infância e linguagem, alfabetização, leitura, escrita e literatura infantil. RESUMO O objetivo desta entrevista é, ao mesmo tempo, colocar em diálogo as professoras da Educação Infantil com uma grande especialista deste campo, Profª Drª Patrícia Corsino, e trazer reflexões sobre os "consensos, tensões e disputas" que permeiam a temática da leitura/escrita na Educação Infantil. Assim, como é próprio ao gênero textual entrevista, iniciaremos com a apresentação da nossa entrevistada, seguindo-se com suas reflexões dobre o tema em tela.