O ensino da produção textual escrita na formação inicial do professor de Língua Portuguesa: das bases teórico-metodológicas às ações em sala de aula (original) (raw)
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2011
AGRADECIMENTOS "A coisa não está nem na partida e nem na chegada, mas na travessia". Guimarães Rosa Esta dissertação, felizmente, não foi uma empreitada individual. Tive todo tipo de apoio-acadêmico ou não-de indivíduos e instituições que ajudaram a criar condições para viabilizá-la durante todo o processo de travessia do mestrado e, especialmente, da escritura deste texto. É chegado o momento de creditar esse apoio, assumindo também o risco das omissões. Agradeço à minha família: meus pais, Anildo e Marlene, pelo suporte emocional, pela compreensão, pelo amparo financeiro, pelas lições de vida, por sempre acreditarem em mim, por me permitirem ir ao encontro daquilo que acredito e por tudo aquilo que não sou capaz de expressar em palavras. Aos meus irmãos, Eleandro e Marcelo que, cada um a seu modo, de alguma forma contribuíram comigo e com a realização deste mestrado. Agradeço, muito, à minha orientadora, professora Ana Guimarães, por me permitir, acima e antes de tudo. Mesmo eu sendo, sempre, um enfant terrible, Ana soube me guiar pacientemente pelas veredas da produção intelectual, permitindo que eu explorasse aquilo que me despertava a curiosidade sem, no entanto, comprometer a seriedade daquilo que deveria fazer. Com ela aprendi sobre jeitos de ser, agir e fazer. Às professoras Marlene Teixeira e Ana Zilles, pelas muitas e significativas aprendizagens, tanto em disciplinas cursadas quanto, sobretudo, na banca de qualificação. Com a professora Ana Zilles aprendi sobre a importância da coerência de nossas ações e de nosso trabalho, especialmente em relação ao rigor metodológico com que desenvolvemos nossas pesquisas. Com a professora Marlene aprendi sobre a singularidade do homem na língua, da Linguística da Enunciação, da atenção com que trata a todos e conduz seus alunos pelos caminhos do conhecimento. Às demais professoras do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Unisinos, onde encontrei espaço para o desenvolvimento deste trabalho. Em especial, agradeço às professoras Maria da Graça Krieger, Cátia Fronza e Dinorá Fraga, fundamentais na caminhada que me trouxe até aqui. Agradeço, ainda, à secretária do PPGLA, Valéria Cabral, sempre solícita, acessível e disposta a me ajudar em tudo quanto foi preciso. À Capes, pela bolsa concedida, sem qual, certamente, este mestrado não poderia ter sido realizado. Neste trabalho há, também, um pouco de meus ex-professores, mas, notadamente, de minha ex-orientadora, Maria Júlia Macagnan, de quem herdei o interesse pela formação de professores e pelas práticas de ensino de língua materna. Dela sou amigo, ex-aluno, ex-orientando, colega, admirador e discípulo. Muitos foram os interlocutores na troca de ideias e de textos. No grupo de pesquisa sou grato à Taiane, pelas primeiras discussões sobre o ISD quando do ingresso no mestrado. À Carina e à Bianca, pelo apoio com as transcrições. Agradeço aos colegas de turma pelas interlocuções realizadas durante as aulas, que certamente deixaram marcas e que estão, de alguma forma, aqui representadas. Thaís, Carolina, Éder, Cassiano, Tatiana certamente fazem parte "da melhor parte" do mestrado. Agradeço de modo especial às "gracinhas", Rosi, Alexandra, Fabrina e Úrsula, que me receberam tão bem e cuja amizade quero levar para além das interlocuções acadêmicas. Ao Daniel, amigo de longa data, com quem o riso é sempre franco e, ainda que na distância, está sempre presente. À Raquel, Bianca e Marília, amigas e ex-colegas de graduação, pelos reencontros em Santa Rosa, por acreditarem em mim e, muitas vezes, por fazer com que eu percebesse que esse mestrado não foi apenas um projeto individual. Ao Alexandre, por tornar a vida em São Leopoldo mais divertida, ao me contagiar com sua criatividade e presença alegre, e por me fazer ter sempre uma janela aberta para outro horizonte que não o acadêmico. Ao Matheus, por inusitadamente ter chego e ter se tornado meu amigo. Pelas muitas horas de conversa, pelas lástimas, pelas dúvidas, pelas compreensões, pelas verdades e por me mostrar, muitas vezes, o óbvio que eu me recusava a enxergar. À Caroline, pela amizade construída "no corredor da pesquisa", com o desejo de que sua travessia no mestrado em Fonologia lhe renda tantas alegrias quanto nossos encontros sempre me renderam. Ao Rodrigo Weimer, que mesmo sem saber, emprestou-me um pouco de seu conhecimento sobre o gênero "agradecimentos em dissertação". Ao Jairo, à Lígia e à Carine, por terem me acolhido tão bem em meu primeiro ano de mestrado. O risco de agradecer a tantas pessoas extraordinárias que encontrei em minha travessia, que me ensinaram, me acompanharam e, cada um à sua maneira, concorreram para possibilitar este trabalho, está na criação de uma expectativa de que ele seja tão extraordinário quanto elas, o que é, no entanto, impossível. Ainda assim, escrevi a dissertação com a esperança de que possa estar à sua altura.
Revista Leia Escola, 2016
Este artigo analisa os impactos da formação inicial sobre as práticas de ensino de escrita de uma professora egressa do Curso de Pedagogia de uma Instituição pública de ensino da Paraíba, com base nas noções de escrita como atividade sociodiscursiva e de gênero textual como entidade empírica de organização dos discursos. Para tanto, discute a contribuição das teorias sobre escrita e gêneros textuais para a formação inicial docente, a partir de relatos dessa professora sobre o seu processo de formação, bem como sobre uma proposta de produção de texto. A análise dos dados demonstra que a apropriação de conhecimentos sobre as teorias acerca da escrita situada e dos gêneros textuais pode favorecer o redimensionamento das práticas de ensino de escrita.
2013
Neste artigo apresentamos a análise da avaliação de uma proposta de produção textual aplicada a acadêmicos das habilitações Português Literatura e Português Inglês de um Curso de Letras. A análise indiciária dos dados centrou-se em 4 aspectos das aulas ministradas durante a experiência: os conteúdos estudados; a metodologia; a avaliação da aprendizagem e o relacionamento professor-alunos. Os resultados evidenciaram que houve 95% de índice de (+) satisfação e 0,5% de (-) satisfação com a disciplina, segundo a ótica dos acadêmicos. Palavras-chave: ensino da escrita; reescrita; avaliação processual.
Raído , 2017
RESUMO: Este trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa empreendida com alunos do curso de Letras/Português da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) que buscou analisar a compreensão dos alunos sobre a escrita de gêneros acadêmicos em disciplinas de estágio supervisionado em Língua Portuguesa, realizada no último ano do curso integral, em 2014. Consideramos que a inserção do aluno em práticas de escrita de gêneros acadêmicos é um importante processo de socialização. Como metodologia, utilizamos questionário aberto, aplicado ao fi nal do período em que os alunos produziram seus textos, após escrita-reescrita-refl exão sobre a escrita. Os dados mostram que a) uma minoria discente está imersa em práticas de escrita acadêmica ao longo do curso de Letras; b) os alunos deparam-se ao fi nal do curso com difi culdades de escrita ainda não detectadas ao longo da graduação; c) há maior envolvimento dos alunos na escrita de artigos e relatos quando há contexto de circulação. ABSTRACT: This work shows the result of a research with Portuguese Language students of Federal University of Juiz de Fora (MG) that analysed their understanding about academic genres wri en in supervised internship of Portuguese Language in last period of full time course in 2014. We understand that the student's insertion in wri en practices of academic genres is an important socialization process. Methodologically, we used open questionnaire applied at the end of the period when the students wrote their texts, a er writing-rewriting-refl ection about wri en. The data show us that a) a minority of students is immersed in academic wri en practice during the Portuguese Language undergraduation; b) the students face up di culties in writing not detected along the course; c) there is more student's engagement in the wri en of paper and reports in circulation context.
A produção escrita e a formação de professores
Educação (UFSM), 2019
Este artigo trata da escrita como experiência de formação para estudantes e professores. Historicamente a escola assumiu como suas funções ensinar a ler e a escrever, com o passar do tempo privilegiou a leitura em detrimento da escrita, o que faz com que saiamos dela sem experiências mais significativas ou com habilidade de escrever. A investigação que originou este artigo é de natureza teórico-bibliográfica, de cunho qualitativo. A incursão na literatura permitiu encontrar autores para amparar teoricamente a reflexão e a interpretação da temática proposta. A interlocução com obras de estudiosos como Barthes, Marques, Bianchetti, Machado, possibilitou o aprofundamento a respeito do escrever como prática de conhecimento e autoria, bem como alçar questionamentos e construir argumentos em favor da escrita e sua relação com a formação de professores. As descobertas permitem afirmar que a escrita é secundarizada na escola e que os professores, em sua grande maioria, temem-na e não a util...
A reflexão, por parte de uma professora de língua portuguesa, sobre seu ensino da produção textual
Working Papers em Linguística
Nesta pesquisa, investigamos a reflexão de uma professora sobre seu ensino da produção textual. O sujeito da pesquisa foi uma professora do Colégio de Aplicação da UFPE, que regia, na época, uma turma do 6º ano. Ela desenvolveu uma sequência didática envolvendo o gênero notícia e contendo atividades de produção, avaliação, revisão e reescrita. Utilizamos, como procedimento de geração de dados, a autoconfrontação simples, tal como concebida por Clot (2007, 2010), tendo sido a professora convidada, em cinco encontros, a assistir a suas aulas (gravadas em vídeo) e a falar sobre elas. Para analisarmos os dados, nos baseamos no conceito de “esquemas profissionais”, delimitado por Goigoux (2001, 2002, 2007) e Goigoux e Vergnaud (2005). Através das análises, verificamos que a professora explicitou verbalmente os esquemas mobilizados durante a sequência didática para ensinar seus alunos a produzirem textos. Assim, ela conseguiu esclarecer, sem dificuldade e com propriedade, quais eram os se...
Domínios de Lingu@gem
Em 2008, no Paraná, publicaram-se as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCE). Esse documento, ainda vigente, orienta um ensino de Língua Portuguesa (LP) norteado pelas ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin: centrado na concepção dialógica de linguagem e no trabalho com os gêneros discursivos. No entanto, para efetivarem a proposta, os professores devem rece-ber, desde a graduação, uma formação coerente com tais propósitos. Assim, esta pesquisa analisa dois cursos de Letras de uma universidade pública do Paraná buscando responder: que diálogo existe entre os Projetos Político-Pedagógicos dos cursos e os planos de ensino de suas disciplinas voltadas à formação do professor de LP com o que preconizam as DCE? Os resultados indicam que o diálogo com as DCE é distinto nos dois cursos. O primeiro se pauta pela concepção de linguagem das DCE e algumas disciplinas não só discutem sua proposta de ensino como propõem o estudo dos gêneros nos moldes bakhtinianos. O segundo, embora ...
Trabalhando com textos no ensino de língua portuguesa
Cleber Braga, 2017
Este relatório de estágio, sob orientações da professora e doutora Rosely Machado, foi apresentado ao curso de Letras da universidade FURG/RS para obtenção parcial da nota. O trabalho trata do ensino de textos (visuais e não-visuais) no ensino de língua portuguesa, a partir de um tema inicial: "escolhas", foram agregados outros temas principais e relacionais como tecnologia, modernidade e cotidiano, além de passar subtemas como futuro, arte, literatura, metalinguagem, amor, desilusão, entre outros tantos. Durante o processo, os textos, como objetos de estudos, foram apresentados um a um, exercendo nos alunos um estudo interpretativo, reflexivo e gramatical, além de proporcionar debates construtivos, a compreensão de texto, gênero textual e discurso, levando a muitos deles momentos sérios, porém agradáveis e despertando neles o amor pela Língua Portuguesa, não como enfadonha, mas prazerosa. O relatório de estágio me proporciona uma rememoração do que é ser professor e o seu papel em sala de aula e fora dela; o quê, como e porquê ensinar tais conteúdos; também um olhar para os papéis do estado com a educação; uma visão da escola e do espaço de trabalho; além de entender e compreender toda essa dinâmica complexa e satisfatória do ensino-aprendizado de língua portuguesa para o nosso cotidiano.