Sujeito globalizado e mundo do trabalho (original) (raw)

Trabalho, sindicato e globalização

Revista Politica Trabalho, 2015

O texto pretende discutir os efeitos da globalizacao economica sobre o trabalho, nas ultimas decadas, a partir da reorganizacao das grandes empresas em redes globais de producao com desdobramentos sobre a flexibilizacao do trabalho, a reducao de direitos laborais, o deslocamento geografico dos empregos e o enfraquecimento da capacidade de negociacao dos sindicatos. A proposta e identificar sinais de resistencia e potencial de contestacao e confronto politico nas mais variadas escalas (global, nacional e local) e apostar na possibilidade de construcao de novos recursos de poder por parte dos trabalhadores e seus orgaos de representacao. Usa como um exemplo concreto de articulacao internacional, o caso do Comite Mundial dos Trabalhadores da Volskwagen e sua organizacao no Brasil, e discute os avancos e problemas de iniciativas voltadas para o estabelecimento de padroes mundiais de relacoes de trabalho. Palavras-chave: trabalho, sindicato, globalizacao. Abstract The text intends to discuss the effects on labour of economic globalisation in the last decades, considering the re-organisation of big companies into Global Production Networks and its consequences in relation to the flexibilisation of work, the reduction of labour rights, the geographical displacement of jobs and the weakening of trade unions capacity to negotiate. The proposal is to identify signs of resistence and potential action for contestation and political confrontation in different scales (global, national and local) and to consider the possibility of gathering new power resources from workers and trade unions. The text uses as a concrete example of international articulation, the case of Volkswagen´s World Workers’ Committee and its organisation in Brazil, and discusses the advantages and problems of initiatives in favour of establishing global patterns for labour relations. Keywords: Labour, Trade Union, Globalisation.

Sujeito aprendente e transformações do mundo do trabalho

Revista de Educação PUC-Campinas, 2017

No presente texto, o objetivo é apresentar os elementos com que esboçamos a noção de sujeito aprendente, articulando duas perspectivas complementares. Do ponto de vista conceitual, caracterizamos essa noção articulando aspectos teóricos de diferentes autores de referência. Do ponto de vista empírico, abordamos a empresa como lócus de aprendizagem, em que o sujeito aprendente aprende na e com a organização, considerando o contexto das transformações do mundo do trabalho para além dos dois modelos clássicos de gestão da produção e do trabalho: taylorismo/fordismo e toyotismo. No plano metodológico, associamos de forma exploratória e qualitativa pesquisa bibliográfica, documental e trabalho de campo efetuado em uma empresa de grande porte, do ramo alimentício, da região do meio-oeste de Santa Catarina. Os resultados mostram que o sujeito aprendente corresponde a uma posição material e subjetiva que opera o trabalho vivo, o qual se constitui em uma prática educativa. O trabalho vivo ref...

O mundo do trabalho individualizado

Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da UNICAMP, 2018

Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa de iniciação científica sobre os/as trabalhadores/as gays e lésbicas que atuam na modalidade home office em diferentes ocupações. O objetivo era compreender de que maneira gays e lésbicas compreendem a atuação em home office articulada à sua experiência de sexualidade. A literatura sobre trabalho ainda trata da sexualidade de maneira descritiva e indireta. Buscou-se: 1) realizar um estudo exploratório no qual gays e lésbicas eram o foco da análise; 2) entender como e se a sexualidade se articula às motivações pessoais e constrangimentos estruturais que levaram à atuação em home office; 3) entender o impacto dessa organização do trabalho e da vivência da sexualidade na subjetividade desses/as trabalhadores/as.

O trabalho no contexto do “novo capitalismo” globalizado

2011

Productive restructuring is usually interpreted from the point of view of “post fordist” theories, whose application to developing countries has been widely ques - tioned due to the socio-economic and political-historical specificities of the latter. This paper intends to scrutinize the nature of this restructuring from the point of view of the financialization of capital in order to analyze its meaning for the world of labor. In this sense, productive restructuring would have a different character in different parts of the world, for it would be included in a new international labor division, coherent with a logic of maximization of returns commanded by finance, and according to localized interests in certain countries

Crentes descrentes globalização

Economia Global e Gestão, 2005

Resumo Os jovens vêm o futuro como algo inevitável, mas temem-no ou ambicionam-no de diferentes formas, consoante as suas vivências e características culturais. Através de um questionário sobre os sentimentos que associam ao processo de globalização procedemos a uma classificação dos respondentes. O questionário foi colocado a jovens estudantes universitários de Portugal, Espanha, Macau, China, Alemanha, Moçambique e Quénia. Os resultados obtidos indicam que os jovens que mais temem o futuro representam quase um terço de todos os inquiridos. Contudo, verifica-se que não são as características culturais que definem o tipo de sentimentos face ao processo de globalização. Os jovens mais receosos do que o futuro lhes propiciará são os jovens de Macau e da Alemanha e os que são em menor número pertencem aos países africanos. Os que têm expectativas elevadas quanto ao futuro são os jovens da península ibérica e de África. Abstract Young people see future as something inevitable, have fears and have hopes and ambitions according with their experiences of life and cultural characteristics. Through an inquiry about opinions and values that individuals associated to the current process of development designated by globalization we classified answers. The questionary was conducted between university students of Portugal, Spain, Macau, China, Germany, Mozambique and Kenya. The results indicate that almost one third of young people fear from the outcome. However, aren’t the cultural characteristics that define the afraid from the future. Who suffer the higher level of anxiety about future is in greatest number are students of Germany and Macau, and the Africans represent the lowest number of it. Those that have higher expectations are from Portugal and Spain and from de African countries. Palavras-chave: Segmentação; Globalização; Juventude; Key Words: Segmentation; Globalization; Youth;

Mundos do trabalho português

Mundos do Trabalho, 2023

O presente artigo aborda a mineração de prata nos Andes na época colonial e tem como objetivo proporcionar um diálogo entre duas áreas que têm se desenvolvido separadamente: a História das Ciências e a História do Trabalho. Assim, pretende reavaliar o atual consenso historiográfico sobre a excelência técnica da mão de obra mingada e yanacono (trabalhadores assalariados) e a quase total escassez de habilidades e conhecimentos dos mitayos, trabalhadores forçados. Por meio da análise linguística e de estudos de casos jurídicos, o artigo documenta como os mineradores ocupavam várias posições técnicas nas minas e como os mesmos mitayos, mingas e yanaconas mudavam de estatuto, oascilando entre categorias e posições laborais. Dessa maneira, conclui-se que categorias tradicionais como salário e habilidade técnica são inadequadas para entender as experiências e os saberes dos trabalhadores em economias extrativistas altamente coercitivas como a mineração colonial. Este artículo se centra en la minería de la plata en los Andes durante la época colonial, y tiene como objetivo poner en dialogo dos áreas que se ha desarrollado por separado: la historia de la ciencia y la historia del trabajo. Al hacerlo, propone una manera de reevaluar el consenso historiográfico tradicional de que los trabajadores asalariados independientes eran “altamente cualificados” y los trabajadores forzados eran “poco cualificados”. A través de análisis lingüísticos y estudios de casos legales, el articulo muestra que los mineros a menudo iban y venían entre categorías laborales y posiciones, y que marcos como las habilidades y los salarios son inadecuados para entender las experiencias y conocimientos de los trabajadores en industrias extractivas altamente coercitivas como la minería en el periodo colonial. This article, which focuses on silver mining in the colonial Andes, attempts to bring silo-ed conversations in the history of science and labor history into a shared dialogue. In so doing, it offers a way to reassess the traditional historiographic consensus that independent wage laborers were “high skilled” and forced laborers were “low skilled.” Through linguistic analysis and legal case studies, it shows that miners often crossed back and forth between labor categories and positions, and that frameworks like skills and wages are inadequate to understand workers’ experiences and expertise in highly coercive extractive industries like mining in the colonial period.

Medo existencial e globalização

Synesis, 2010

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Gênero e mundo do trabalho

2021

Resumo: O alvorecer do século XXI trouxe expectativas de renovação para a economia brasileira, com o país figurando entre os países emergentes no cenário internacional apresentando crescimento do produto interno bruto, valorização da renda e criação de postos de emprego. Esse cenário refletiu no mercado de trabalho com a diminuição da taxa de desemprego, valorização do salário mínimo e renda, chegando a se cogitar a hipótese de um cenário de pleno emprego. Acompanhado do crescimento econômico, verifica-se a presença cada vez maior do trabalho feminino com registro em carteira. Utilizando-se de pesquisa documental e bibliográfica investigamos os bancos de dados e pesquisas da área econômica, amparados pelo conceito de interseccionalidade de gênero e cor/raça, para verificar se houve mudanças estruturais em relação as variáveis gênero e cor/raça no período de 2004-2014. Embora no período estudado o desemprego tenha variado de 12% em 2004 para 5% em 2014, desde o início até o fim do período as mulheres mantêm taxas de desemprego maiores que os homens, mesmo se consideradas cor/raça nas análises. Há também a ocorrência de uma hierarquia no rendimento médio mensal não alterada durante o período em que os homens brancos figuravam o topo seguidos das mulheres brancas que ganham mais que homens negros, enquanto as mulheres negras são quem mais sofrem essa disparidade ganhando os menores rendimentos. Apesar do desenvolvimento econômico brasileiro durante o período de 2004-2014, verificamos a ocorrência de assimetrias de gênero e cor/raça não se alteradas durante o período. Palavras-chaves: Mercado de trabalho; interseccionalidades; Gênero.