A antropologia segundo um viajante (original) (raw)

Antropologia como “experiência de qualquer viajante”

Proa: Revista de Antropologia e Arte, 2018

A presente entrevista encerra a série Fundadores, dedicada a celebrar a história do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp a partir dos seus primeiros professores-Antônio Augusto Arantes*, Peter Fry e Verena Stolcke** (à época Verena Martinez-Alier), e das circunstâncias que remontam ao seu feliz encontro, há 46 anos. Realizadas em Campinas, de 3 a 6 de novembro de 2013, por alguns estudantes do Programa, as entrevistas estão vinculadas à 3ª edição das Jornadas de Antropologia John Monteiro e figuram como um importante documento da antropologia no Brasil, abordada/pensada sob o ponto de vista de seus protagonistas. Peter Fry graduou-se na Universidade de Cambridge em 1963, e fez doutorado em Antropologia Social na Universidade de Londres, em 1969. Nos anos 1960, realizou sua primeira pesquisa de campo entre os Zezuru da Rodésia do Sul (atual Zimbabue). Após ter concluído a pesquisa de doutorado, Fry veio para o Brasil em 1970, onde colaborou com a fundação da Unicamp. Escreveu sobre diversos temas, que passam por religião, sexualidade e relações raciais. Desde 1993 integra o corpo docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde permanece até hoje. Atualmente, atua como editor do jornal da Associação Brasileira de Antropologia, Vibrant-Virtual

Antropologia como “experiência de qualquer viajante”: entre lugares, autores e anedotas. Entrevista com Peter Fry

2018

A presente entrevista encerra a serie Fundadores, dedicada a celebrar a historia do Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social do Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas (IFCH) da Unicamp a partir dos seus primeiros professores – Antonio Augusto Arantes, Peter Fry e Verena Stolcke (a epoca Verena Martinez-Alier), e das circunstâncias que remontam ao seu feliz encontro, ha 46 anos. Realizadas em Campinas, de 3 a 6 de novembro de 2013, por alguns estudantes do Programa, as entrevistas estao vinculadas a 3a edicao das Jornadas de Antropologia John Monteiro e figuram como um importante documento da antropologia no Brasil, abordada/pensada sob o ponto de vista de seus protagonistas. Peter Fry graduou-se na Universidade de Cambridge em 1963, e fez doutorado em Antropologia Social na Universidade de Londres, em 1969. Nos anos 1960, realizou sua primeira pesquisa de campo entre os Zezuru da Rodesia do Sul (atual Zimbabue). Apos ter concluido a pesquisa de doutorado, Fry veio para o ...

Antropologia nos cruzamentos da cidade

Novos Debates , 2021

A proposta do texto é levantar algumas questões sobre as zonas de contato entre as disciplinas Antropologia e Arquitetura e Urbanismo. O texto foi apresentado, como aula, na disciplina eletiva "Antropologia da Arquitetura", ministrada pela professor Antônio Agenor (FAU/UFJF), e parte de sua provocação: "como fazer antropologia da arquitetura, da cidade, da paisagem?". A aposta é na relação, na observação e na escuta, orientada pela disposição para o aprendizado.

Dialogos entre Antropologia e Turismo

Revista Abordagens, 2021

Resenha da obra Antropologia e turismo: coletânea franco-brasileira. VIDAL, Leonardo da Silva. Diálogos entre Antropologia e Turismo. Revista Abordagens, João Pessoa, v.2, n.2, ago./dez. 2020.

Antropologias que atravessam

Revista de Antropologia da UFSCar, 2014

Este artigo tem o objetivo de realizar um diálogo simétrico entre as práticas categorizadas na “palavra” e no “silêncio” dos zapatistas, com as quais esses indígenas privilegiam a produção de suas relações, e alguns dos esforços no interior das ciências sociais e da antropologia que refletem sobre o lugar privilegiado do seu saber na sua produção, pelas relações com os interlocutores de suas pesquisas. As consequências desse diálogo são aqui apresentadas numa reflexão final sobre a categoria de “estar na cultura” dos Tupinambá de Olivença, com a qual eles replicam o lugar conferido como “menos índios e aculturados” no contexto atual do Brasil. O objetivo é imaginar alguns deslocamentos conceituais, epistemológicos e políticos da prática antropológica.

A antropologia na atualidade

1994

Quero, antes de 1nais nada, agradecer ao CPG em História, pelo convite para compartilhar desta discussão interdisciplinar que considero muito pertinente, 1nas também impertinente e, por que não dizer, pretensiosa. Além do que, falar de uma área de conhecimento na atualidade nos deixa setnpre um gosto amargo do inacabado. Ciente destes lünites tentarei trazer algumas reflexões sobre as produções teórico-metodológicas que dão forma e conteúdo à Antropologia hoje. ... .,. Desde já posso convencê-los qe que essa disciplina vive um rico momento de auto-avaliação, autocrítica do passado e do presente, sem costurar necessariamente afirmações certeiras ou respostas convictas. Não se constrói algu1na coisa sem desconstruir outra; não se produz paradigtnas inéditos, mas paradigtnas existentes • são criticados, repensados, bricolados e se complementam no deci:fratnento lógico sobre o real; não se produz uma sinfonia antropológica melódica ou harmônica, mas ruídos e barulhos entre velhas fonnulações de probletnas e alternativas ditas pós-modernas. Uma tnudança associada "ao processo de autocrítica por que passa a antropologia hojem, aos "desenvolvimentos recentes nas áreas da crítica de textos, história cultural, semiótica,filosofia hermenêutica e psicanálise" e à conquista de "um espaço novo, aberto pela desintegração do homem com te los de uma disciplina", sugere o antropólogo americano J atnes Clifford. 2 Desde sua premissa básica, do relativistno cultural, a Antropologia tem absorvido um caráter crítico na própria estrutura epistemológica. Crítica que lhe garante a credibilidade científica. Cornelia Eckert é professora do Departamento de Antropologia e do PPG em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul * Comunicação apresentada no cusro de Extensão História, hoje I CPG História/

Percursos da antropologia em Goiás

2015

Este texto narra, do ponto de vista da memoria da autora, alguns dos percursos da institucionalizacao da antropologia na Universidade Federal de Goias. Sao dadas enfases ao contexto historico-cultural da emergencia dos estudos antropologicos e as singularidades da disciplina no curso de Ciencias Sociais.