Antropologia nos cruzamentos da cidade (original) (raw)

Antropologias que atravessam

Revista de Antropologia da UFSCar, 2014

Este artigo tem o objetivo de realizar um diálogo simétrico entre as práticas categorizadas na “palavra” e no “silêncio” dos zapatistas, com as quais esses indígenas privilegiam a produção de suas relações, e alguns dos esforços no interior das ciências sociais e da antropologia que refletem sobre o lugar privilegiado do seu saber na sua produção, pelas relações com os interlocutores de suas pesquisas. As consequências desse diálogo são aqui apresentadas numa reflexão final sobre a categoria de “estar na cultura” dos Tupinambá de Olivença, com a qual eles replicam o lugar conferido como “menos índios e aculturados” no contexto atual do Brasil. O objetivo é imaginar alguns deslocamentos conceituais, epistemológicos e políticos da prática antropológica.

Antropologia na análise de situações periféricas urbanas

Cadernos Metropole Issn 1517 2422 2236 9996, 2010

Resumo Através da análise sobre a diferenciação existente entre distintas áreas pobres da cidade de Salvador, os caminhos que distintas redes sociais traçam entre distintos espaços da cidade, a importância de contextos e histórias particulares em conformar a capacidade de moradores de favela de atuar coletivamente, e a emergência de novos tipos de atores políticos e comunitários, sugere-se que uma análise sociologicamente mais ampla, focada numa análise mais etnográfi ca de como as pessoas vivem, pode oferecer tanto uma melhor compreensão de como e por que distintas "situações urbanas periféricas" diferem entre si, como oferecer melhores pistas para a reformulação de políticas públicas, iluminando importantes mudanças espaciais, sociais, políticas e simbólicas de signifi cados de "situações urbanas periféricas" nessa metrópole. Palavras-chave: marginalidade; informalidade e desigualdade; redes sociais; organização comunitária; novos atores; política urbana.

Entre Tempos: Ensaio para uma Antropologia Depois da Encruzilhada

Mediações - Revista de Ciências Sociais, 2022

O curso da história da antropologia está permeado de elaborações que conformam um corpo diversificado de reflexões acerca da prática antropológica, servindo como um referencial para os profissionais da área. No entanto, esse referencial tem sido pensado privilegiando a experiência de um perfil restrito de pesquisadores, em grande parte desconsiderando experiências que, de outro modo, seguem percebidas como episódicas, esparsas e individuais. O presente ensaio propõe o exercício de conectar essas experiências para refletir sobre questões ético-metodológicas que se apresentam tanto na pesquisa de campo quanto na experiência da escrita quando consideramos a produção de conhecimento no contexto da vigência das ações afirmativas.

Antropologia Urbana: da metrópole à aldeia

ACENO, v. 6 n. 11, p. 11-30, 2019

No dia 25 de abril de 2018, o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFMT teve como aula inaugural a Conferência "Antropologia Urbana: da metrópole à aldeia", proferida pelo professor José Guilherme Cantor Magnani, cujas reflexões ocupam agora as páginas da Aceno. Um dos principais expoentes da Antropologia Urbana brasileira, Magnani apresenta nesta conferência a possibilidade de colocar a Antropologia Urbana em diálogo com outros campos de pesquisa, de forma a superar a antinomia "na e da cidade". Partindo de pesquisas realizadas por ele e seus orientandos, nos últimos anos, no Núcleo de Antropologia Urbana (NAU/USP), a ideia de Magnani é a de ampliar o campo da Antropologia Urbana, em diálogo com outras áreas do conhecimento.

A antropologia segundo um viajante

Este trabalho é uma proposta de plano de aula de antropologia para o ensino médio no Brasil usando como referencial o livro “Tristes Trópicos”, do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss. Os pressupostos teóricos são expostos no primeiro capítulo, e então segue-se uma análise dos capítulos da obra, procedendo à escolha de alguns capítulos para serem trabalhados no plano de aula (e a exclusão, portanto, de outros). Realizar-se-á, por fim, uma delineação do plano de aula em si levando em conta os capítulos selecionados.