Processos civilizadores, colonialidades e decolonialidades (original) (raw)

Decolonialidades e Cosmovisões

EBOOK IV CONGEAfro, 2018. Evento realizado: 7 a 10 de novembro de 2017

Este trabalho é fruto da pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania da Universidade de Brasília que resultou na dissertação "CANDOMBLÉ E DIREITO: O encontro de duas cosmovisões na problematização da noção de sujeito de direito". Em sua construção foram conectados a formação, o desejo profissional e a espiritualidade da pesquisadora. Nesse artigo serão apresentados os estudos realizados sobre os candomblés baseados em Bâ

Do pós-colonial à decolonialidade

2 8 d e n o v e m b r o d e 2 0 1 4 Do pós-colonial à decolonialidade Por Larissa Rosevics Como dizem os zapatistas, [é preciso] "luchar por un mundo donde otros mundos sean posibles". Ramón Grosfoguel Diego Rivera -Mural do mercado Asteca de Tlatelolco Palácio Nacional -Cidade do México (Fonte: Wikipedia)

Noção concisa de decolonialidade/decolonialismo

Jornalistas Livres, 04 de março , 2022

Resumo: O levante da decolonialidade/decolonialismo não se pauta somente em superar a ordenação colonialista de nosso passado e em procurar emancipar os locais colonizados, mas também em assumir uma postura de luta permanente para apontar outro relato dos explorados como sujeitos sociais participantes do meio e não como meras figuras subjugadas e submissas.

Decolonialidade e justiça restaurativa

Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia

No presente estudo, pretende-se apresentar as potencialidades da Justiça Restaurativa como um paradigma capaz de superar alguns dos problemas identificados em relação ao sistema de justiça tradicional, tendo como principal diretriz a reparação integral do dano por meio da construção dialógica de uma solução em um espaço profícuo ao diálogo respeitoso e voluntário, efetivando direitos e garantias fundamentais dos envolvidos e conferindo protagonismo àqueles efetivamente implicados no conflito - autor, vítima e comunidade. Parte-se da vertente jurídico-sociológica para o desenvolvimento do tema proposto, por meio de uma revisão bibliográfica acerca da Justiça Restaurativa como um novo paradigma de justiça alinhado ao Estado Democrático de Direito utilizando, para tanto, o método de pesquisa indutivo. Faz-se necessário pensar um novo modelo de justiça alinhado com as necessidades dos países do Sul Global, de tal forma que a Justiça Restaurativa se apresente sob uma perspectiva contra-h...

Metodologia científica e decolonialidade

Práticas de ensino e apropriação de metodologia científica, 2020

O artigo consiste em uma reflexão filosófica cujo objetivo é extrair dos próprios conceitos de decolonialidade e ciência algumas diretrizes gerais para o método científico e seu estudo/ensino. A discussão está baseada em pesquisa bibliográfica e nela conclui-se que a proposta decolonial mais coerente restitui à ciência e metodologia científica a dimensão ética destruída pelo Capital. A decolonialidade implica à pesquisa científica e seu ensino alguns rearranjos em detrimento da colonialidade do poder, do saber e do ser.

Decolonização, Sul global e colonialidade do poder

Revista X, 2021

Este texto é a versão em português de "Decolonizzazione, Sud del mondo e colonialità del potere", de Marina De Chiara, capítulo do livro Sud immaginari. Colonialità del potere, chicane ribelli, interferenze blues, publicado na Itália em 2019 e organizado pela mesma autora. O artigo apresenta os principais conceitos advindos de perspectivas críticas sobre a modernidade como produto da empresa colonial e o sistema dela resultante, chamado por Aníbal Quijano de colonialidade do poder, ainda em operação. Tais reflexões são consideradas úteis para se pensar a oposição epistemológica entre norte e sul do mundo, fratura que atua inclusive no corpo das nações, promovendo uma forma de colonialismo interno. Nesse sentido, De Chiara faz referência às questões italianas, especialmente em relação à marcada divisão entre o mezzogiorno (o sul) e o norte do país desde a Unificação (1861), às migrações internas do sul ao norte no século XX e, mais recentemente, à migração do continente afr...

Visualidades coloniais e processos de descolonização

2019

O tema da paisagem é desafiante desde logo pela multiplicidade de áreas em que é um conceito importante: nas ciências da natureza, em particular na ecologia, na geografia física e na geografia humana, na antropologia cultural e em algumas engenharias (de ambiente, de construção, de geodesia, agronómica, etc.). A lista pode continuar pelas ciências militares preocupadas com a vigilância do território e com as estratégias de defesa e ataque. Nas artes é central para a arquitetura e não apenas para a que se designa "paisagística", mas para toda a arquitetura enquanto forma organizada de construção de paisagens, aliando natureza e cultura. Na poesia foi elemento glosado em muitos momentos da sua história; é especialmente associada à poética romântica, que na pintura e demais artes plásticas, se tornou um género autónomo, e na música, solidariamente com aquelas artes, expressou estados de alma. A sua transversalidade toca também um aspeto crítico extremamente caro à área da Cultura Visual, a confusão que o termo proporciona entre a sua dimensão sígnica e a sua dimensão de referente, ou seja, entre a paisagem enquanto representação e a paisagem "fora da representação", a paisagem "real", aquela que existe materialmente à nossa volta. Isto mesmo se expressa na polissemia da palavra "vista", que dá nome a esta revista: a "vista" significando os olhos, os órgãos da visão; a "vista" que vislumbro no ato mesmo de olhar o que se apresenta à minha volta, e que estará realmente diante de mim; e a "vista" representada, referindo-se ao género de imagem onde uma ampla parte de um território ou "paese" (país)-na sua origem italiana-é representado. Confusão entre visão e território que em inglês admite o trocadilho "sight and site" (visão e lugar) e que na estética do pitoresco se desenvolve como uma confluência entre imagens representadas e locais reais apreciados como se fossem uma imagem, isto é, lugares (geralmente) naturais que "dariam uma boa imagem", passando a submeter-se brought to you by CORE View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk

Direitos Humanos e Decolonialidade

Direitos Humanos e Decolonialidade - interpretação do conceito na América Latina a partir da Justiça de Transição , 2022

O livro traz uma perspectiva conceitual revisitada para os direitos humanos, apresentando a necessidade de rompimento com a epistemologia dominante na América Latina. Foi realizado um estudo de alguns casos sobre Justiça de Transição e as violações aos Direitos Humanos cometidas durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). A perspectiva adotada é a do Sistema Interamericano de Direitos Humanos e considera a forma como o conceito de Justiça de Transição foi construído mundialmente. São trabalhados os conceitos de modernidade, de eurocentrismo e dos legados das colonialidades poder, saber, ser e gênero. A partir da aplicação da teoria decolonial e das previsões do Novo Constitucionalismo Latino-Americano, aborda a possibilidade de reconhecimento da América Latina como lócus de enunciação e a necessidade de revisão do conceito de direitos humanos, aprofundando o debate sobre a geopolítica do conhecimento no diálogo Norte-Sul.

Modernidade/Colonialidade/Decolonialidade: perspectivas teóricas e históricas

Revista Tempo, Espaço, Linguagem (TEL), 2022

Através de breve síntese bibliográfica, apresenta-se por meio de alguns intelectuais e suas reflexões, aspectos básicos para a compreensão histórica sobre os estudos pós-coloniais e decoloniais que abrem possibilidades para pensarmos múltiplas perspectivas de entendimento sobre história e sociabilidades humanas, principalmente, em relação à colonialidade e suas implicações aos colonizados.