As Ocupações Escolares De 2015 e 2016 Pela Leitura Da Ética Da Libertação (original) (raw)
Related papers
As Ocupações Escolares De 2015 e 2016 Pela Leitura Da Ética Da Libertação. Teias, 2019
Revista Teias, 2019
O trabalho propõe uma análise do movimento de ocupações escolares nos anos de 2015 e 2016 no estado de São Paulo, sob a ótica da ética da libertação. Trata-se de uma abordagem qualitativa, decorrente de pesquisa exploratória e bibliográfica, com o intento de descrever as características do movimento e fazer uma leitura analítica com o aporte bibliográfico em Enrique Dussel (2002) e a sua ética da libertação e as contribuições de Theodor Adorno (2003) e Paulo Freire (2011), com os seus respectivos conceitos de emancipação e autonomia. As ocupações escolares surgem como um movimento insurgente dos estudantes secundaristas contra o governo do estado, que deliberou sobre a política de reorganização das escolas, uma ação arbitrária e antidemocrática diante da comunidade de vítimas afetadas. A estratégia de ocupações de escolas obteve um resultado favorável à demanda dos estudantes.
Ocupação das escolas em 2015 e 2016: uma breve análise da forma e do conteúdo da ação dos estudantes
v.6, n.1, 2020
Este artigo tem por objetivo realizar uma breve análise da forma e do conteúdo da ação dos estudantes que ocuparam as escolas no ano de 2015 e 2016, a partir da maneira como foram representados em periódicos acadêmicos e imprensa. Para tanto, realizo uma revisão bibliográfica sobre o tema das ocupações, considerando dois tipos de fontes: artigos publicados em revistas acadêmicas e artigos e/ou notícias publicadas em dois jornais de grande circulação, O Globo e a Folha de São Paulo. Diante disso, considero três eixos de abordagem: i. a luta por uma educação pública de qualidade; ii. a utilização das redes sociais e aplicativos de mensagem como ferramenta de mobilização; iii. a disputa em torno do discurso sobre a legitimidade da ação dos estudantes. A hipótese defendida neste artigo é de que o processo de ocupação das escolas, representado em periódicos acadêmicos e imprensa, compõem um repertório de ação não convencional mobilizado em grande medida por valores pós-materialistas. Conforme a literatura dentro do campo da cultura política, esses valores estão orientados para uma postura pró-democracia. School occupation in 2015 and 2016: a brief analysis of student action ABSTRACT The purpose of this article is to briefly analyse the form and content of the actions of the students who occupied the schools in 2015 and 2016, based on the way they were represented in academic journals and the press. To this end, I carry out a literature review on the subject of occupations, resorting to two sources: articles published in academic journals and articles and/or news published in two newspapers of wide circulation, O Globo and Folha de São Paulo. Given this, I analyse three issues related to the students' occipations: i. the struggle for improcedent in public education; ii. the use of social networks and message applications as tools for mobilization; iii. the contest over the discourse on the legitimacy of student action. The hypothesis defended in this article is that the process of school occupation, represented in academic journals and press, compose a repertoire of unconventional action mobilized to a great extent by post-materialist values. According to the literature in the field of political culture, these values are oriented towards a pro-democracy perspective. 1. O processo, a forma e o conteúdo da ação.
A Educação derruba governos: movimentos de resistência nas ocupações de 2015 e 2016
A Educação derruba governos: movimentos de resistência nas ocupações de 2015 e 2016, 2021
Este trabalho analisa os movimentos de resistência dos estudantes secundaristas que ocuparam escolas públicas em 2015 e 2016, em protesto contra as medidas de reorganização escolar e de reforma do ensino médio propostas pelos governos estadual e federal, respectivamente. O objetivo é compreender como essas ações coletivas desafiaram as políticas educacionais autoritárias e expressaram uma demanda por uma educação pública de qualidade e democrática. A hipótese é que esses movimentos revelaram o potencial da educação como uma ferramenta de transformação social e política, capaz de derrubar governos que não atendem aos interesses da população. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental, baseada em fontes primárias e secundárias, tais como manifestos, cartazes, vídeos, reportagens, artigos acadêmicos e livros. Os resultados apontam que as ocupações foram um exemplo de resistência popular, de protagonismo juvenil e de educação emancipatória, que contribuíram para a queda dos governadores de São Paulo e do Paraná, e para a suspensão da medida provisória que alterava o ensino médio.
Ocupações secundaristas no Brasil em 2015 e 2016: sujeitos e trajetórias
Revista Brasileira de Educação
RESUMO O artigo comunica resultados gerais de pesquisa nacional sobre as ocupações secundaristas no Brasil em 2015 e 2016. Teve como objetivo a interpretação dos sentidos da participação de adolescentes nesse movimento estudantil, destacando a caracterização dos sujeitos nas ocupações e as trajetórias educacionais, familiares e políticas pós-ocupação. Como metodologia, a análise qualitativa e quantitativa de 80 entrevistas semiestruturadas concedidas em 2019 e 2020 por jovens que, em 2015 e 2016, eram estudantes do Ensino Médio que ocuparam suas escolas, de 10 diferentes estados. Orientam a análise, as categorias de subjetivação política de Jacques Rancière, de significado de González Rey e de trajetória (inspirada em Lahire e Bourdieu). Os resultados que se destacam: o caráter popular do movimento; o protagonismo feminino e a influência decisiva da experiência da ocupação para a definição de trajetórias educacionais entre outros aspectos.
Coletivos e o uso das redes: o caso das ocupações das escolas de São Paulo em 2015
Simbiótica. Revista Eletrônica, 2020
Este artigo aborda o uso das redes sociais, bastante relevantes para divulgação de informações e organização dos estudantes, durante o período de ocupações de escolas em 2015, a partir do estudo comparativo das duas páginas de Facebook mais atuantes durante os eventos: “O Mal Educado” e “Não Fechem Minha Escola”. A primeira administrada pelo coletivo de mesmo nome e a segunda criada por ativistas não organizados. A metodologia utilizada incluiu entrevistas com administradores e análise de conteúdo de 50 publicações com maior engajamento de cada página. As páginas diferem em relação à visão sobre estratégia de comunicação, composição da administração e quanto às redes às quais pertenceram no movimento. As postagens analisadas se assemelham em temas abordados, mas apresentam algumas diferenças em relação aos enquadramentos e recursos utilizados. Palavras-chave: coletivos; ocupações secundaristas; mobilizações em rede; Facebook.
RIDPHE_R Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo, 2016
Educação Libertária no Brasil é uma obra que, ao longo de suas 384 páginas, apresenta múltiplas possibilidades de usos e leituras. Trata-se, como o subtítulo afirma, de um "inventário de fontes" do Acervo João Penteado que encontra-se reunido no Centro de Memória da Educação (CME) da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Um inventário é resultado de um longo processo de organização, pesquisa, identificação,
Ética Da Libertação e Educação: Por Novos Horizontes À Educação De Jovens e Adultos
Filosofia e Educação, 2014
O artigo apresenta uma reflexão sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Metodologicamente, constitui-se em uma pesquisa bibliográfica, a partir da qual realiza uma incursão crítico-analítica sobre alguns momentos da história da EJA para em seguida apontar algumas lições aprendidas. Conclui afirmando que a Ética da Libertação pode constituir-se em subsídio para a elaboração de novos horizontes de práxis de libertação no âmbito da educação brasileira e instiga à realização de pesquisas sobre a educação e suas relações com a Ética da Libertação como meio de pensar em novos horizontes teórico-práticos para a EJA.
Juventudes e Políticas: uma abordagem das ocupações estudantis brasileiras de 2015 e 2016
Revista Gestão & Políticas Públicas
O artigo tem como objetivo abordar o movimento de ocupações estudantis ocorridas em 2015 e 2016 no Brasil em sua relação com algumas proposições vinculada a juventude. A promulgação do Estatuto da Juventude se coloca como um marco no que diz respeito a políticas para tal público no Brasil. Diversos autores(as) e teóricos(as) se debruçam sobre definições e entendimentos sobre a juventude, assim como são vários os olhares que o Estado, partidos e grupos políticos atribuem às pessoas que se enquadram neste período de vida. Nos anos de 2015 e 2016, jovens estudantes realizaram ocupações de instituições educacionais por todo o Brasil. Tais movimentos possuíram caraterísticas que os diferenciaram dos ditos movimentos estudantis tradicionais. As ocupações estudantis de 2015 e 2016 defenderam propostas de educação pública, gratuita e de qualidade; se colocaram contra modelos de educação gerencialistas e neoliberais; e lutaram por uma concepção de escola e educação baseadas na gestão democrá...