Ocupações secundaristas no Brasil em 2015 e 2016: sujeitos e trajetórias (original) (raw)
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O movimento de ocupações estudantis no Brasil., 2018
O estado do Espírito Santo vivenciou em 2016 um processo de ocupação das escolas por parte dos estudantes secundaristas em luta pela educação pública
As ocupações secundaristas em Francisco Beltrão-PR – 2016: fazer-se e experiências
2021
In 2016, several students occupied more than 800 schools in the state of Parana. This action was extended to universities and other states. This article reflects on this movement in Francisco Beltrao. From semi-structured interviews, reports published in the local newspaper, and bibliographic review, the formative experiences lived by high school students are analyzed, as well as their contribution to the political making of these young people. Based on the categories, experience, and Thompson's role, it is concluded that the occupations were important in the political work of the participants who, when competing for public education and the school space, placed themselves as subjects of their historical time.
As ocupações secundaristas de 2015: viver entre iguais no mundo da desigualdade
Agradeço, especialmente, aos estudantes que compartilharam comigo suas histórias e percepções sobre o tempo presente. Este foi o caso de André Ferreira, Aniely Silva, Heudes Castro, João Pedro e Thalita Gomes, os quais possibilitaram que suas narrativas fossem contadas aqui, virassem outras e se misturarem a tantas mais... Mais do que contadores de histórias, eles foram grandes parceiros na difícil tarefa de atribuir significados à experiência das ocupações. Minha gratidão não basta para fazer frente à generosidade sem tamanho e disponibilidade ímpar de vocês. Deixo, aqui, um enfático "obrigada" aos secundaristas que, em encontros voltados ao tema das ocupações, contribuíram direta, ou, indiretamente para a realização deste trabalho.
Revista de Estudos Universitários - REU, 2017
Este artigo apresenta uma reflexão sobre democracia, cidadania e identidade em um contexto de mundialização da cultura, abordando, a partir da problematização de alguns paradigmas das Ciências Sociais, a especificidade de tais questões no contexto político brasileiro. Trata-se, mais especificamente, das relações entre Estado e participação política durante as ocupações de escolas promovidas pelos secundaristas do Estado de São Paulo em 2015, passando, ainda, pelas chamadas Jornadas de Junho de 2013. Atenta-se à postura vertical adotada pelo governo paulista, ao determinar a “reorganização escolar”, e a contrapartida dos estudantes, através do movimento de ocupação ao longo de mais de dois meses no final do referido ano. A articulação das ocupações foi engendrada com base no emprego de “redes sociais”, na organização horizontal e autonomista do espaço escolar e na tentativa de diálogo com o governo; sua análise evidencia uma significativa possibilidade de participação política.
As Ocupações Escolares De 2015 e 2016 Pela Leitura Da Ética Da Libertação
Revista Teias, 2019
O trabalho propõe uma análise do movimento de ocupações escolares nos anos de 2015 e 2016 no estado de São Paulo, sob a ótica da ética da libertação. Trata-se de uma abordagem qualitativa, decorrente de pesquisa exploratória e bibliográfica, com o intento de descrever as características do movimento e fazer uma leitura analítica com o aporte bibliográfico em Enrique Dussel (2002) e a sua ética da libertação e as contribuições de Theodor Adorno (2003) e Paulo Freire (2011), com os seus respectivos conceitos de emancipação e autonomia. As ocupações escolares surgem como um movimento insurgente dos estudantes secundaristas contra o governo do estado, que deliberou sobre a política de reorganização das escolas, uma ação arbitrária e antidemocrática diante da comunidade de vítimas afetadas. A estratégia de ocupações de escolas obteve um resultado favorável à demanda dos estudantes.
Primavera secundarista: as ocupações nas escolas estaduais públicas de Uberlândia- -MG em 2016
Teoria e Cultura, 2017
O presente trabalho visa apresentar o processo, os impactos e os desafios das ocupações das Escolas Estaduais de Ensino Médio ocorridas em Uberlândia no final de 2016. Uberlândia tem trinta escolas estaduais urbanas que oferecem Ensino Médio regular e presencial, e destas 25 foram ocupadas e a escola federal (urbana e rural) foi ocupada. O movimento de ocupação das escolas contra a PEC 55 e a MP 476 foi algo inédito para a cidade e transformador para os jovens. A análise foi realizada por meio da observação participante nas escolas ocupadas e pelas cartas de desocupação das escolas. Um dos pontos abordados na análise foi a modificação positiva com relação aos conhecimentos e conteúdos da Sociologia durante a ocupação e nas cartas de desocupação. Outra questão analisada por meio da teoria de Castells, foi a forma e a velocidade de comunicação realizada pelas redes sociais e similares entre os estudantes, professores e apoiadores do movimento de Uberlândia e com outras localidades. A ...
Posse e propriedade nas ocupações de escolas por secundaristas: o caso do Paraná
Propriedades em Transformação 2 : Expandindo a agenda de pesquisa, 2021
Entre 2015 e 2016, centenas de escolas públicas foram ocupadas pelos próprios alunos, em ao menos oito estados brasileiros. O movimento começou em São Paulo, como reação contra a política de "reorganização escolar" do governo do Estado, que propunha fechar dezenas de unidades escolares, realocando alunos e diminuindo o número de professores, além de instaurar ciclos únicos em seus currículos. A péssima qualidade da merenda também foi um dos pontos centrais de mobilização 46 . Já as centenas de ocupações no Paraná se inserem num ciclo mais amplo de reivindicações e protesto, que aconteceu em diversos estados, contra o corte de gastos federais na área da educação e contra a Medida Provisória n.746/2016, editada sob a gestão de Michel Temer, que trazia mudanças na organização do ensino médio. Certamente há diversas maneiras de olhar para estas ondas de ocupações. Este texto propõe analisá-las sob um recorte específico: como conflitos que foram tematizados, discutidos e decididos na arena judicial 47 .
As Ocupações Escolares De 2015 e 2016 Pela Leitura Da Ética Da Libertação. Teias, 2019
Revista Teias, 2019
O trabalho propõe uma análise do movimento de ocupações escolares nos anos de 2015 e 2016 no estado de São Paulo, sob a ótica da ética da libertação. Trata-se de uma abordagem qualitativa, decorrente de pesquisa exploratória e bibliográfica, com o intento de descrever as características do movimento e fazer uma leitura analítica com o aporte bibliográfico em Enrique Dussel (2002) e a sua ética da libertação e as contribuições de Theodor Adorno (2003) e Paulo Freire (2011), com os seus respectivos conceitos de emancipação e autonomia. As ocupações escolares surgem como um movimento insurgente dos estudantes secundaristas contra o governo do estado, que deliberou sobre a política de reorganização das escolas, uma ação arbitrária e antidemocrática diante da comunidade de vítimas afetadas. A estratégia de ocupações de escolas obteve um resultado favorável à demanda dos estudantes.
Juventudes e Políticas: uma abordagem das ocupações estudantis brasileiras de 2015 e 2016
Revista Gestão & Políticas Públicas
O artigo tem como objetivo abordar o movimento de ocupações estudantis ocorridas em 2015 e 2016 no Brasil em sua relação com algumas proposições vinculada a juventude. A promulgação do Estatuto da Juventude se coloca como um marco no que diz respeito a políticas para tal público no Brasil. Diversos autores(as) e teóricos(as) se debruçam sobre definições e entendimentos sobre a juventude, assim como são vários os olhares que o Estado, partidos e grupos políticos atribuem às pessoas que se enquadram neste período de vida. Nos anos de 2015 e 2016, jovens estudantes realizaram ocupações de instituições educacionais por todo o Brasil. Tais movimentos possuíram caraterísticas que os diferenciaram dos ditos movimentos estudantis tradicionais. As ocupações estudantis de 2015 e 2016 defenderam propostas de educação pública, gratuita e de qualidade; se colocaram contra modelos de educação gerencialistas e neoliberais; e lutaram por uma concepção de escola e educação baseadas na gestão democrá...
Crítica Educativa, 2016
Este texto apresenta a íntegra de uma entrevista realizada em 15/03/2016 com cinco estudantes secundaristas, que participaram do processo de ocupação de escolas públicas de São Paulo contra a "reorganização" que o governo estadual tentou promover em 2015. O roteiro da entrevista visou, basicamente, conhecer as origens das ocupações nas escolas da região de Sorocaba/SP, o desenvolvimento do processo de ocupação e os legados que deixou. Na introdução, os entrevistadores apresentam uma síntese histórica dos fatos, desde o anúncio da "reorganização" até o cancelamento do Decreto que a instituiu.