A questão do referente em alguns fotógrafos contemporâneos (original) (raw)

ENTRE A REALIDADE E O IMAGINÁRIO, O REFERENTE COMO OBJETO MOVEDIÇO DA FOTOGRAFIA

Discutimos o referente da fotografia pelo viés do receptor. O foco é a troca social de signos subjacente à recepção e como o receptor analisa a imagem fotográfica. Apresentamos o processo de construção cognitiva da criança, segundo Piaget, e sua relação com as categorias semióticas de ícone, índice e símbolo conforme Peirce. Mostramos que as discussões sobre o caráter da fotografia -icônico, simbólico ou indicial -pouco contribuem para a adoção de uma perspectiva de análise de imagens como objetos sociais e informacionais. Destacamos a importância do que designamos referentes internos para o processo de leitura de imagens. Palavras-chave: semiótica; fotografia; referente; cognição.

A questão da memória nos fotógrafos ficcionais de Italo Calvino, Adolfo Bioy Casares e Julio Cortázar

Este artigo propõe a análise de três contos que envolvem questões de memória e fotografia: “As aventuras de um fotógrafo” (1955), de Italo Calvino, “As babas do diabo” (1959), de Julio Cortázar e “A invenção de Morel” (1963), de Adolfo Bioy Casares, a fim de refletir sobre as relações entre a fotografia, a memória e o comportamento social do fotógrafo enquanto fotógrafo. Em todos esses casos, a fotografia (ou a reprodução do “real” vivido) aparece em sua relação com a memória como evocadora do passado. Palavras-chave: Fotografia. Memória. Literatura

Narative Art. Da autoridade do referente a uma possível ficcionalidade da fotografia

ouvirouver, 2015

Perin Emel Yavuz é Doutora pela EHESS em Artes: historia e teoria, Perin Emel Yavuz defendeu tese sobre Narrative Art sob a orientação de Jean-Marie Schaeffer. Especialista das transformações na arte dos anos 1960-1970 na Europa e nos Estados Unidos, pesquisa atualmente tais transformações nos países não acidentais, principalmente na Turquia e no Leste Europeu. É membro fundador do grupo de pesquisa sobre as Artes Visuais do Mundo Muçulmano, nos países Magrebinos e no Oriente Médio durante os séculos 19 e 21 (ARVIMM).

O fotojornalismo em questão

O presente trabalho compreende um estudo, deflagrado por uma inquietação em relação aos conceitos e regras que definem o fotojornalismo, sobre o livro de fotografias Canudos 100 anos, de Evandro Teixeira. Metodologicamente, a pesquisa foi dividida em quatro capítulos. O primeiro faz, a partir da observação de questões históricas e conceituais, uma reflexão sobre a origem dos padrões e convenções que delineiam o gênero fotojornalismo, para, em seguida, realizar a desmontagem desses padrões. No capítulo dois, longe da classificação a qual o livro estava enquadrado, são empreendidas aproximações das fotografias de Canudos 100 anos com a obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, e com os trabalhos fotográficos de Pierre Verger e Maurren Bisilliat, que também retrataram o tema. No capítulo três, as análises são levadas para o campo da memória e do imaginário e se debruçam especialmente sobre as imagens das figuras humanas. No quarto e último, apresenta-se um ensaio que mescla as fotografias de Canudos 100 anos rearranjadas de outra forma com trechos do texto retirados do livro e de fontes diversas.

A imagem-enigma na fotografia contemporânea

Laocoonte. Revista de Estética y Teoría de las Artes, 2018

Este artigo visa refletir sobre os caminhos que a fotografia trilhou para se inserir na arte contemporânea. Através da análise de imagens de renomados fotógrafos e artistas, o estudo aborda os caminhos trilhados pela fotografia na atual sociedade da “hipervisibilidade”, onde o peso do visual e das imagens que circulam sem fim por todos os lados parecem nos “devorar”. O diagnóstico é feito a partir de conceitos de H. Belting, F. Jamenson, V. Flusser, J. Fontcuberta e M. Fried, entre outros e o conceito de R. Fabbrini sobre a "imagem-enigma".

“Hoje, fotografia no museu" reflexões em torno de uma interseção

2018

Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo Horizonte2, organizou a “V Exposicao Internacional de Arte Fotografica”. A inedita parceria da exposicao e o ponto de partida para a analise dessa geracao de fotografos mineiros, alem do contexto de producao e recepcao de suas imagens. O caso belo-horizontino servira tambem de referencia para reflexao em torno do processo de entrada da fotografia em espacos expositivos e colecoes de centros e museus de arte no Brasil e no exterior. O artigo se encerra com uma discussao em torno da producao de Eugenio Vidigal Amaro, fotografo amador portugues radicado em Minas Gerais.