Transformações Discursivas Das Identidades De Gênero Na Mídia (original) (raw)

Falas Sobre Gênero e Sua Relação Com a Mídia

DELICTAE: Revista de Estudos Interdisciplinares sobre o Delito, 2020

O artigo analisa os discursos sobre gênero nos meios de comunicação, os quais se projetam a partir de uma normatividade binária e discriminatória introjetada na sociedade, bem como seus efeitos atuais.

Transformações Discursivas No Contexto Digital: Análise Multissemiótica Do Gênero Meme

PERcursos Linguísticos, 2018

A linguagem e uma entidade viva, presente em todas as situacoes e manifesta-se de modos particulares em cada contexto, sofrendo a influencia de fatores socioculturais e ideologicos intrinsecamente. O discurso, inicialmente, considerado apenas na modalidade escrita ou oral passou a ser investigado sob a otica dos demais recursos semioticos, ou seja, textos multimodais. Este artigo cotejando um dialogo entre a Teoria Semiotica Social da Multimodalidade (1996) e Analise de Discurso Critica faircloughiana (2001 [1992]) apresenta uma analise multimodal-discursiva do genero meme , considerado como replicador de informacoes ou uma imagem que se espalha na Internet ate “viralizar”. Selecionaram-se tres memes inseridos no contexto da morte da onca Juma (junho/2016), Manaus (AM) num evento Pre-Olimpico. Toma-se destas teorias as categorias analiticas, por meio das quais se revelou que os memes consubstanciaram uma resposta negativa ao evento da morte do animal, as cores empregadas e a manipul...

Gêneros (digitais) em foco: por uma discussão sóciohistórica

ALFA: Revista de Linguística, 2010

• O objetivo deste artigo é realizar uma discussão de caráter sócio-histórico que aponte o que, a nosso ver, seriam as três grandes fases na história da constituição dos gêneros discursivos, a saber: suas origens na Retórica aristotélica, ainda como um gênero oral; sua redefi nição a partir da invenção da escrita tipográfi ca no século XV; e sua "transformação" em gêneros digitais com o advento da Internet. Como base teórica, adotamos uma perspectiva sócio-histórica de linguagem, cuja formação se estende desde a retórica aristotélica, perpassa a visão bakhtiniana dos gêneros discursivos e é ressignifi cada em teorias mais recentes que lidam com a questão dos gêneros digitais ). Consideramos que tal discussão de cunho sócio-histórico pode nos permitir construir um referencial teórico ainda pouco explorado no meio acadêmico que traga contribuições que contemplem tanto questões de cunho sócio-ideológico (mais amplas) quanto questões de cunho linguístico-discursivo (mais específi cas) a partir de uma relação dialética entre teoria e prática na constituição de gêneros digitais.

Ensino Do Gênero Discursivo Anúncio Publicitário Com Foco Nas Mídias Sociais

Revista Linguagem em Foco, 2019

Este artigo aborda o ensino do gênero anúncio publicitário nas aulas de Língua Portuguesa. Esse gênero faz parte da diversidade de gêneros discursivos que os professores de Língua Portuguesa precisam trabalhar com seus estudantes. A problemática relacionada a esse tema é a dificuldade na inserção dos anúncios veiculados nas mídias sociais, como o Youtube, nas aulas de Língua Portuguesa. Este artigo tem por objetivo geral levantar as características do gênero anúncio publicitário e por objetivo específico, mostrar a importância de se trabalhar os anúncios publicitários veiculados em mídia social, apresentando conceitos que muitas vezes não são do domínio dos professores de Língua Portuguesa e que estão ligados às TIC, à Internet e aos anúncios publicitários.

Identidade de Gênero: discursos passionais e de re(descobertas)

Signum: Estudos da Linguagem, 2019

Resumo: O tema identidade de gênero tem sido pauta de diversos debates sociais e políticos em que, de um lado, se apresenta sujeitos que procuram combater e excluir padrões que fogem ao previsto no estatuto heteronormativo. De outro, aqueles em busca de visibilidade e reconhecimento de direitos, constituído como um grupo que viveu historicamente segregado e que agora pode presentificar sua existência nas ruas por meio da ascensão de movimentos identitários que a comunidade LGBTTQI+ performatiza. Dessa forma, o presente trabalho refere-se ao recorte de uma pesquisa realizada em uma universidade do interior paulista, cujo corpus consiste em depoimentos consentidos de acadêmicos que discorrem sobre os temas: identidade, alteridade, gênero, preconceito e discriminação. Por se tratar de um tema multifacetado, onde emerge, em seus diversos desdobramentos, os fenômenos da intolerância, ódio e medo, além de discussões que envolvem questões políticas, religiosas e ideológicas, o presente trabalho recorre à semiótica discursiva de linha francesa, de Algirdas Julien Greimas e colaboradores, para fundamentar a análise da significação produzida por uma das depoentes da pesquisa mencionada. Desse modo, observou-se, em seu discurso, entre outros efeitos, a transformação identitária a partir do enfrentamento subjetivo de algumas paixões malevolentes, como o ódio e a intolerância. Palavras-chave: Semiótica discursiva. Intolerância. Identidade de gênero.

Gênero, notícia e transformação social

Gênero, notícia e transformação social, 2019

A construção do conhecimento ocorre quando este circula, chega aos olhos dos outros. Mas, para que isso aconteça, é preciso ajustar-se às realidades presentes no ecossistema midiático e aos comportamentos presentes nesse ecossistema. Com esse olhar, Neil Postman publicou, em 1996, a obra O Fim da Educação. Na ocasião, considerou as mudanças comportamentais das crianças daquele momento. Essas crianças são os adultos de hoje, e resultam daquele cenário midiático, com uma liberdade de conhecimento até então desconhecida pela sociedade. Mas, de que sociedade estamos falando? Falamos sobre uma sociedade conectada, aterrissado em um cenário onde a territorialidade se desmaterializa, transformando a matéria em bases binárias. Como nos propõe, há pouco mais de uma década, o antropólogo Marc Augé, vivemos em um não-lugar repleto de potenciais fluxos de conhecimento. Uma territorialidade experimentada por outra mudança social: a mobilidade. Esse espaço não-lugar, somado à mobilidade e à filosofia de conhecimento livre, oferece uma perspectiva em prol de uma sociedade melhor. Por essa razão, o GENEM - Grupo de Estudos sobre a Nova Ecologia dos Meios criou o MEISTUDIES, que conta com a Ria Editorial como parceira responsável pelas publicações dos textos apresentados em seus dois eventos - o Congresso Internacional Media Ecology and Image Studies e o Congresso Ibero-americano sobre Ecologia dos Meios. Os eventos, realizados 100% na modalidade virtual, possuem conteúdo aberto é gratuito. A Ria Editorial se associou ao projeto e organiza os textos em e-books distribuídos gratuitamente, o que proporciona maior construção do conhecimento coletivo. Diante disso, apresentamos o livro Gênero, notícia e transformação social, que resulta das mesas “Inclusão, Estudos de Gênero e Tecnologia”, “Ecologia dos Meios e Jornalismo” e “Comunicação e Transformação Social”, selecionados para o 1o Congresso Ibero-americano sobre Ecologia dos Meios, e esperamos que os mesmos colaborem para a difusão científica, em especial sobre essas temáticas. Encontramos olhares oriundos de diversos países e áreas do conhecimento. Uma diversidade concretizada pelo não-lugar, que transforma a nossa territorialidade em um espaço binário infinito. Boa leitura.

Gêneros jornalísticos em espaços digitais

Actas da Sopcom, 2005

Introdução Entre os anos de 1999 e 2002, uma equipe de ciberjornalistas da Redação paulistana do portal brasileiro Terra 2 realizou uma cobertura jornalística especial para acompanhar as temporadas de vestibular 3 no Brasil. Os vinte e sete programas multimidiáticos previstos pelo projeto e realizados ao longo dos três anos seguiram basicamente um mesmo protótipo de trabalho: a produção de um programa em vídeo com transmissão ao vivo pela WWW (em modelo de mesa redonda com apresentador e convidados); a moderação de uma sala de batepapo aberta à participação de utentes interessados no tema em debate no vídeo; a publicação online de conteúdo noticioso; a manipulação e publicação de arquivos (documentos relacionados ao assunto eram publicados em formato jpeg, pdf e doc para download); e o disparo de informações para celulares (sistema wap). Para garantir a memória do acontecimento, notícias, reportagens, entrevistas e o chat eram consolidados para contextualizar o usuário sobre o que havia acontecido durante a cobertura, enquanto fitas de vídeo era editadas para posterior publicação de vídeos on demand. Atividades que exigiam múltiplas competências e habilidades para alinhavar o percurso da préprodução à pósprodução. Na concepção do projeto, em 1999, optamos 4 por lançar mão de formatos que nos eram familiares e com os quais nos sentíamos seguros. Do jornalismo impresso, emprestamos o modelo de notícia em texto com fotos e infográficos. A experiência com os gêneros utilitários de serviço, também do impresso, nos permitiu formatar as notas

Tendências nas Produções Científicas Sobre Diversidade de Gênero

2017

Análise Bibliométrica sobre Diversidade de Gênero - O assunto “gender diversity” ganha relevância de crescimento initerrupto no meio acadêmico desde o início dos anos 2000. Devido a abrangência do tema, cabe questionar a que aspectos da "gender diversity" se dedica a academia. O propósito desta pesquisa é justamente o enfoque que os trabalhos acadêmicos dão ao tema. O método empregado foi o da bibliometria e análise textual dos artigos filtrados usando a expressão “gender diversity”. A opção de se pesquisar a palavra-chave em inglês se deve ao propósito de se ampliar a nível global a análise do termo. Os artigos analisados foram os mais relevantes segundo as bases consultadas. O resultado a que se chegou é que a expressão “gender diversity” é consistentemente usada para se referir a diversidade de gênero no ambiente corporativo, e esta diversidade, na literatura revisada é analisada segundo o impacto que esta tem no resultado econômico das organizações.Foi identificado nes...

Gêneros emergentes no Jornalismo Digital

O gênero jornalístico é fenômeno histórico e social integrado aos chamados cibermeios, configurando nova economia da escrita. Com base em pesquisa nos sítios eletrônicos uol.com.br e clarin.com, maiores portais em língua portuguesa e espanhola, este artigo estuda os gêneros que estão surgindo nas páginas noticiosas da rede mundial de computadores. Entre os tipos de notícia encontráveis, nem todos são novos. Há os que estão em transformação, os que se mantêm e os que passam por uma reciclagem. O relato colocado na página eletrônica, com recursos multimídia, seria apenas uma notícia ou o nome tornou-se inadequado? Examinando o jornalismo na internet a partir dos sítios eletrônicos brasileiro e argentino, o argumento principal é o de que a notícia está em processo de desenvolvimento, conseqüência da mutação que outros gêneros também sofrem ao se adaptar ao meio digital.

“Oi, Pessoal Que Tem Útero!”: Tensões Discursivas Sobre Gênero Em Ambiente Digital

2020

No presente artigo, analisamos as trocas argumentativas de usuarios da rede social digital Instagram em postagem publicada pela youtuber Julia Tolezano, do canal Jout Jout Prazer, que apresentava o seguinte slogan para uma campanha de coletor menstrual: “Oi, pessoal que tem utero!”. Nosso objetivo foi apreender os sentidos sobre genero mobilizados durante a discussao na postagem em questao e para isso nos apropriamos da Analise de Conteudo como metodo proficuo para categorizacao das tematicas centrais dos argumentos. A saudacao utilizada pela influenciadora digital, direcionada a pessoas de diferentes identidades de genero que possuem o orgao reprodutor, suscitou intenso debate entre comentadores que, a partir de diferentes perspectivas sobre o que e ser homem e mulher, (re) produziam sentidos e buscavam firmar posicionamento no debate. Percebe-se a polarizacao nos dialogos entre (1) sujeitos que proferem argumentos conservadores e uma visada binaria sobre genero e outro (2) que rei...