Esclarecimento: da filosofia Kantiana à Teoria Crítica da Sociedade (original) (raw)
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Notas introdutórias ao Criticismo Kantiano
Apostila introdutória sobre criticismo kantiano abordando os seguintes tópicos: 1. O conhecimento que se dá na sensibilidade e no entendimento; 2. Os limites do conhecer; 3. As formas a priori da sensibilidade; 4. Os juízos analíticos e juízos sintéticos; 5. A possibilidade dos juízos sintéticos a priori.
Da Crítica Kantiana À Crise Da Racionalidade Científica
Criar Educação, 2023
Esse artigo apresenta, a partir de um recorte histórico-filosófico, reflexões sobre a racionalidade cientifica enquanto problema contemporâneo que permeia a Educação. Embasado no campo da Filosofia da Ciência, o texto busca conexões com aportes teóricos epistemológicos que visam a uma Educação comprometida e responsável, que se posiciona contra as invisibilidades que a Educação veio promovendo em nome da racionalidade cientifica. De Kant à Jean-Marc Ela, os referenciais teóricos deste texto também contemplam pensadores como Nietzsche, Habermas, Foucault e Boaventura Sousa Santos. Por fim, o artigo convida a uma reflexão quanto à possibilidade de uma ciência que valorize a diversidade e que reconheça as sutilezas do "racismo epistemológico" embutido na racionalidade cientifica ocidental.
Ainda alguns esclarecimentos sobre a filosofia kantiana
Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 1998
Este texto (Noch einige Erläuterungen zur kantischen Philosophie) faz parte do capítulo 13 dos Fragmentos sobre a história da filosofia (Fragmente zur Geschichte der Philosophie) que, por sua vez, integram os Parerga e Paraliponema (Parerga und Paraliponema), obra em dois volumes editada em Berlim no ano de 1851. No prefácio, Schopenhauer adverte que essa obra inclui dissertações paralelas à sua obra sistemática, dentre as quais figura como texto capital O mundo como vontade e representação (Die Welt als Wille und Vorstellung). São textos sobre temas variados, que o autor diz não ter incluído na sua obra capital, quer por não encontrarem, tendo em vista seu conteúdo, um lugar nela, quer por terem sido escritos posteriormente. Schopenhauer explica que esses textos complementares trazem esclarecimentos ao leitor já familiarizado com sua obra sistemática anterior. Mas acrescenta que "no todo, o conteúdo desses volumes, com exceção de algumas passagens, será também compreensível e proveitoso para quem não tiver tal conhecimento". Aliás,
A resposta Kantiana à pergunta: que é esclarecimento?
ethic@-An international Journal for Moral Phylosophy, 2011
Resumo Diante do lema "sapere aude", com o qual Kant apresenta sua caracterização de esclarecimento, colocase imediatamente a questão: o que signi¿ ca pensar por si mesmo? Apesar de Kant procurar responder a isso ao longo do texto, muitas di¿ culdades permanecem enquanto as teses ali defendidas não forem integradas no horizonte da ¿ loso¿ a crítico-transcendental. Em primeiro lugar, mostra-se como o esclarecimento é uma noção ambivalente, por um lado se refere ao indivíduo, por outro, se refere a uma época. Em segundo lugar, o esclarecimento implica essencialmente uma mudança no método e não necessariamente no conteúdo do pensamento, nesse sentido, o esclarecimento exige um determinado modo de pensar (Denkungsart), que se caracteriza pela disposição de se fazer um uso público da razão, ou seja, a disponibilidade pública de pedir e oferecer razões para justi¿ car determinada posição. Em terceiro lugar, defende-se que na expressão "fazer uso de teu próprio entendimento", o termo entendimento deve ser interpretado em um sentido lato, isto é, de forma a abarcar tanto a razão no seu uso teórico quanto no seu uso prático. Mais do que isso, defende-se que o principal objetivo do Esclarecimento, segundo Kant, é o estabelecimento de um modo de pensar autônomo em sentido moral. Perpassando todos esses três pontos, evidencia-se a importância desempenhada pela ¿ loso¿ a, seja enquanto aquela que deve zelar pelos princípios do uso público da sã razão, seja enquanto doutrina da sabedoria.
Crítica De Levinas À Estrutura Da Subjetividade Kantiana
Veritas (Porto Alegre)
Conforme Lévinas, a filosofia críticakantiana ainda é insuficiente para estabeleceruma autêntica relação com outrem, à altura dohumano. Isso ocorre apesar de Kant determinaros limites, o alcance e o valor da razão, concluindopela redução do campo do conhecimento racionalaos objetos de experiência possível, o que significoua negação da possibilidade de cognoscibilidadedos objetos da metafisica e da religião. Tal insuficiênciaconsiste essencialmente na concepção dasubjetividade como atividade espontànea. Nessesentido, Lévinas propõe uma destituição do euautônomo do seu poder de legislar os princípiosque regem a lei moral. Ele substitui o principio daautonomia pelo princípio da heteronomia, propondoque a heteronomia é a condição de possibilidadepara chegar à autonomia.
A Maioridade Ética Kantiana Sob O Viés Do Sistema Cosmopolita Unificado
2013
O presente texto tem por objetivo analisar o enlace dos conceitos de educacao, moralidade ecomunidade cosmopolita no âmbito da filosofia pratica kantiana. Desse modo, pretende-seseguir o percurso desses conceitos, considerando a rudeza e as influencias brutas quepertencem ao estado de natureza humana, que, necessariamente carece de disciplina einstrucao como suporte e orientacao aos principios do agir moral. Nesse sentido, seraexplanado o desenlace do progresso e o aperfeicoamento da especie humana que ocorre naperspectiva de um sistema cosmopolita unificado sao condicoes de possibilidade a maioridadeetica.
Liberdade e Esclarecimento: Da Esperança Kantiana À Aporia Segundo Horkheimer e Adorno
Intuitio, 2009
Pretendeu-se, com este artigo, mostrar dois momentos e duas concepções bem distintas acerca do Esclarecimento (ou Iluminismo), tomando como base dois documentos referenciais: Resposta à pergunta o que é o esclarecimento?, de Kant, e O conceito de esclarecimento 1 , de Horkheimer e Adorno. O primeiro momento é o liberal, marcado pela ascensão econômica e política da burguesia e que ofereceu a Immanuel Kant, a despeito do atraso alemão (e, por isso, a necessidade de algo para alcançar maior desenvolvimento), um quadro que o fez deslumbrar uma esperança de liberdade na medida em que uma racionalidade específica colocaria um movimento esclarecedor que retiraria os homens da
A Crítica Schopenhaueriana À Ética Kantiana
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais
A ética da compaixão desenvolvida por Arthur Schopenhauer parte, de um primeiro momento, de uma crítica à ética kantiana, tendo como conceito central o imperativo categórico. Para Schopenhauer, a razão não terá um papel central na realização da ação moral, pelo contrário, o agir moral tem como fundamento exclusivo a compaixão. Desse modo, apresentaremos os principais elementos que norteiam a crítica schopenhaueriana à ética kantiana.
O ‘Esclarecimento’ kantiano do socialismo evolucionário de Bernstein
2014
Eduard Bernstein foi atacado por todos os setores do Partido Socialdemocrata da Alemanha, entre eles aqueles liderados por pensadores destacados, como Karl Kautsky e, ainda mais condenatoriamente, Rosa Luxemburgo. Bernstein questionou dogmas estabelecidos no pensamento marxista, pilares da retórica de seu próprio partido. Seu revisionismo pregava uma mudança na concepção de socialismo, e sua fundamentação era impregnada de princípios neokantianos. Em termos kantianos, pode-se dizer que Bernstein queria que o partido saísse da menoridade, se iluminasse, se esclarecesse, se livrasse dos dogmas que lhe davam respostas prontas. Ele apresentava Kant como a arma contra o “cant” – a falsa retórica, o sofisma – que julgava estar afastando o partido da realidade e da efetividade. (the beginning, not an abstract)