Sobre o som no cinema de horror: padrões recorrentes de estilo (original) (raw)
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Sobre o som no cinema de horror: padrões recorrentes de estilo (Revista Ciberlegenda)
Este artigo procura listar alguns recursos estilísticos recorrentes no som do cinema de horror, examinando e discutindo algumas razões pelas quais essas ferramentas narrativas se tornaram populares entre cineastas, compositores e sound designers. Assim, partimos de uma definição estável do horror como gênero e analisamos a recorrência de certas técnicas narrativas em cada componente do som no cinema – voz, música e efeitos sonoros – em filmes que encaixam nessa definição.
Por uma teoria do som no cinema de horror
Ícone
É voz comum entre pesquisadores do cinema que o papel do som nos filmes de horror é mais importante do que em outros gêneros fílmicos. O objetivo deste artigo é compreender porque o horror favorece mais o uso criativo do som do que outros tipos de filmes. A partir dessa questão, e levando em consideração a relação estreita entre tecnologia e estética sonora, tentaremos identificar e analisar as principais tendências estilísticas e os mais recorrentes padrões de utilização de voz, efeitos sonoros e musica, a fim de traçar apontamentos iniciais que permitam o desenvolvimento de uma base conceitual para a concepção de uma teoria do som no cinema de horror.
Este não é um filme de ficção: Notas sobre o som em falsos documentários de horror (Revista Logos)
Este artigo pretende descrever e analisar os padrões recorrentes no uso do som em falsos documentários de horror, cuja produção vem se expandido desde o final dos anos 1990. A partir da análise de um grupo de filmes do subgênero, procuramos lançar luz sobre a estreita relação entre a verossimilhança documental de alguns padrões sonoros e a produção de sentimentos de medo e repugnância nos espectadores.
Continuidade intensificada no som dos filmes: seis tendências e um estudo de caso
Revista FAMECOS
Este artigo tem como objetivo discutir a pertinência do conceito de continuidade intensificada para a análise da banda sonora de filmes e outros produtos audiovisuais. Além de detalhar a origem do conceito, desenvolvido por David Bordwell, o artigo examina duas tentativas prévias de correspondência conceitual entre o termo e certas estratégias estilísticas edição de som e mixagem, utilizadas de forma recorrente por profissionais de pós-produção sonora. Na seção seguinte, o artigo testa as premissas desenvolvidas através de um estudo de caso: a análise da banda sonora de uma sequência do filme Drive (2011), de Nicolas Winding Refn. A análise foi realizada a partir da banda sonora do filme, aberta e dissecada no software de edição de som Pro Tools, padrão da indústria do audiovisual contemporânea.
Este não é um filme de ficção: notas sobre o som em falsos documentários de horror
Logos, 2013
Resumo: Este artigo pretende descrever e analisar os padrões recorrentes no uso do som em falsos documentários de horror, cuja produção vem se expandido desde o final dos anos 1990. A partir da análise de um grupo de filmes do subgênero, procuramos lançar luz sobre a estreita relação entre a verossimilhança documental de alguns padrões sonoros e a produção de sentimentos de medo e repugnância nos espectadores.
[Rec] como paradigma do sound design em falsos documentarios de horror (Anais SOCINE 2012)
Os falsos documentários no estilo "found footage" vêm se consolidando como um dos subgêneros mais férteis do cinema de horror. Na área do sound design, esse subgênero empurra os limites criativos em direção a uma estética que, ao contrário da ficção tradicional, ressalta certo grau de imperfeição técnica. Pretendemos, aqui, analisar o sound design de [Rec] (2007), de Paco Plaza e Jaume Balagueró, filme que constitui, para muitos, o modelo mais bem acabado do uso do som no subgênero.
O som em filmes de falso found footage de horror latino-americanos
Imagofagia: revista de la Asociación Argentina de Estudios de Cine y Audiovisual, 2016
Resumo: O objetivo principal deste ensaio é examinar o sound design dos filmes de falso found footage de horror produzidos em países da América Latina, entre os anos de 2010 e 2014. A investigação pretende verificar qual o grau de obediência a (e, consequentemente, também o grau de desvio de) do conjunto de procedimentos técnicos de gravação, edição e mixagem de som desse tipo de filme, cuja padronização estética ocorreu a partir do ano de 2007. O eixo condutor da análise é a tensa conciliação, dentro da banda sonora de cada título, entre a legibilidade narrativa e a verossimilhança documental, princípios contraditórios, mas igualmente cruciais para a compreensão do enredo e para o estabelecimento do afeto do horror. Palavras-chave: cinema de horror, found footage, documentário, América Latina, gênero fílmico.
Uma questão de método: notas sobre a análise de som e música no cinema
Matrizes, 2016
To establish accurate methods that enable the rigorous study of the soundtrack in audiovisual products has been a recurring problem in film studies in Brazil. This essay critically examines manuals, books and articles from different areas of study, including Social Communication, Film Analysis and Sound Studies, in order to compile suggestions of methods of sound and music analysis in audiovisuals that may help future researchers.
As sonoridades e os devires da escuta cinematográfica
Animus Revista Interamericana de Comunicação Midiática, 2012
O presente artigo visa a encontrar ressonâncias entre o pensamento poético de Robert Bresson, Dziga Vertov, Alberto Cavalcanti, Eric Rohmer e Andrei Tarkovsky no que tange à criação das sonoridades na concepção dos seus filmes. A pesquisa destes artistas coaduna-se diante de um mesmo desafio: o de "fazer escutas" em prol da força narratívica, plástica e rítmica de suas películas. Para tentar compreender as suas ideias apoiando-se em pensamentos teóricos específicos, empregam-se os conceitos de Pierre Schaeffer sobre a escuta a acusmática, as concepções de Silvio Ferraz e Brian Ferneyrough acerca das modalidades de escuta e as sonoridades e, por fim, o conceito de "devir", sob o sentido que Gilles Deleuze lhe atribui, para se estudar a escuta cinematográfica.
2017
Resumo: Este artigo provoca uma reflexãoa cercado papel do designer na construção da narrativa cinematográficaa partir de suas camadas sonoras. O artigo se baseia em conceitos descritos por Michel Chion em seu aclamado livro Audiovisão e traça os paralelos entre o designer e o cinema a partir da visão de modelo e projeto de Giulio Argan e da definição do papel do designer de VilémFlusser. O desenvolvimento destas ideias se dá através de uma linha do tempo cronológica que vai do surgimento do cinema até o marco simbólico do surgimento do designer de som. Palavras-chave: design de som,cinema, projeto sonoro.