Noções de Territorialidades na vivência musical do coletivo de mulheres indígenas "AS KARUANA (original) (raw)

TERRITÓRIO, CULTURA E IDENTIDADE nas vozes femininas da obra “Quilombolas do Tocantins – Palavras e Olhares”

Aturá - Revista Pan-Amazônica de Comunicação, 2019

O artigo proposto se constrói a partir do interesse nas vozes que ecoam das narrativas dos poemas concebidos por mulheres quilombolas, publicados no livro Quilombolas do Tocantins: Palavras e Olhares, da Defensoria Pública do Estado do Tocantins, e a forma como expressam traços do território, cultura e identidade, e as relações sociais de gênero estabelecidas nesse diálogo. A pesquisa possui uma abordagem qualitativa e utilizou o método da análise de conteúdo e de narrativas. Dos 17 poetas com trabalhos classificados para o livro, 11 são mulheres. Em seus versos, ao escreverem sobre a temática proposta, “Ser Quilombola”, as mulheres narram as relações que estabelecem com a cultura e com os territórios, papéis que desempenham nestes espaços, expressando assim suas identidades quilombolas. PALAVRAS-CHAVE: Território; Cultura, Identidade; Mulheres Quilombolas. ABSTRACT The proposed article builds on the interest in the voices that echo the narratives of the poems conceived by “qu...

Território, Cultura e Identidade Nas Vozes Femininas Da Obra Quilombolas Do Tocantins

A Diversidade na Era Pós-Verdade, 2019

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Musicalidades indígenas em transformação - Cadernos Ema Klabin

Cadernos da Casa Museu Ema Klabin, 2023

Resumo As musicalidades indígenas são uma ferramenta poderosa para os indígenas expressarem sua identidade, resistência, lutas e aspirações. Diante da nossa dificuldade de escutar as vozes dos mais de 300 povos no Brasil, discorro sobre importantes aspectos para a desconstrução de estereótipos que seguem a “lógica da ausência”, a fim de aprimorar nossa compreensão sobre o fazer/saber sonoro-musical originário. A história e a ancestralidade desses povos estão registradas na memória de xamãs, cantores (as) e narradores(as) que transmitem suas cosmopercepções. Muitos artistas indígenas trazem, para os palcos do Brasil e do mundo, essa memória ancestral, criando uma vibrante cena musical contemporânea em constante transformação, aqui exemplificada pela cantora Djuena Tikuna.

Reflexões a Partir Do Coletivo Feminista Gercília Krahô: Territorialização Das Estudantes Indígenas Da Universidade Federal Do Tocantins

2018

This arti cle highlights the experiences and the relati onships when an indigenous person comes into contact with the process of formal educati on at the basic and higher levels of educati on within public insti tuti ons: such as the need to carry out studies through a second language, the need for regaining territory and fi nancial problems. This paper focuses on discussing the formati on of the Gercília Krahô Feminist Collecti ve as a proposal for the regaining of territory of indigenous women, including students, within the academic spaces of the Federal University of Tocanti ns UFT, Araguaína campus. We seek to refl ect on the case of representati veness of Gercília Krahô and the emergence of the Collecti ve as a space for feminist and indigenous speech, as well as the contributi on of this group to the constructi on of an egalitarian place that gives value to the indigenous woman’s voice within the university.

Territórios e territorialidades da Música: Uma representação de cotidianos e lugares

GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 2014

Nesse artigo buscaremos entender as territorialidades contemporâneas como condições e reflexos da globalização, expressas em paisagens e formas-conteúdos que aparecem em letras musicais. Nesse sentido, nossa hipótese de pesquisa é a de que a letra musical, como relato de experiência e visões sobre os lugares, é um importante elemento para se entender a dinâmica da desterritorialização e reterritorialização constantes no período atual e que se manifestam através das múltiplas microterritorialidades. As territorialidades, em diversas escalas, podem ser vistas como as representações individuais e coletivas sobre tempos e espaços, trazendo em sua essência os elementos simbólicos, identitários e cotidianos dos lugares, sendo a música um destes elementos de representação dos conflitos, usos e práticas territoriais.

Territorialidades: Potências De Elos Em Territórios De Grupos Culturais Pernambucanos

Boletim Goiano de Geografia

Os territórios de grupos culturais são carregados de dominância simbólica em função da rede de significados criados. A multiplicidade e a diferença inerentes à cultura encerram o poder da apropriação e podem agregar aos territórios o seu valor de uso, trazendo marcas do vivido. Assim, objetivamos compreender como a apropriação do elemento cultural por grupos culturais periféricos e precarizados urbanística e economicamente atinge as formas de atuação no espaço, significando-o e tecendo relações. Como metodologia, realizamos revisão bibliográfica e entrevistas semiestruturadas, no ano de 2018, com lideranças culturais de dois grupos pernambucanos: Coco de Umbigada e Maracatu Nação Cambinda Estrela, localizados nas periferias urbanas de Olinda e Recife, respectivamente. Percebemos que nesses territórios cabem a cultura, a educação, a religião e a composição social, imbricando-se num emaranhado de forças e potencialidades, para que seus integrantes possam melhor sobreviver. A cultura e...

A Territorialidade do Povo Krahô na Perspectiva Cultural

Revista Tocantinense de Geografia, 2016

Nas últimas décadas, a questão da territorialidade dos povos indígenas tem se apresentado como campo fértil à pesquisa de natureza geográfica, sobretudo porque ela se insere nos estudos sobre as contradições no campo brasileiro e nas abordagens culturais que a Geografia se propõe a estudar. Os conceitos de território, territorialidade e cultura são balizadores desses estudos. Diante disso, o objetivo do presente trabalho é investigar e compreender a territorialidade do povo Krahô sob a perspectiva cultural. Aqui, toma-se como pressuposto que a cultura e a territorialidade são dimensões do comportamento humano, que ambas são social e historicamente construídas, e que o território é produto das relações de poder, da ocupação, da apropriação e da dominação do espaço geográfico. Diante disso, o objetivo do presente trabalho é investigar e compreender a territorialidade do povo Krahô sob a perspectiva cultural. A pesquisa tem caráter etnográfico, exploratóriodescritivo e qualitativo, de observação participante. Constatou-se que a territorialidade do povo Krahô se particulariza pelos seus aspectos etnográficos: os mitos, a cosmologia, as experiências coletivas, as trocas simbólicas, os saberes tradicionais e a relação recíproca com a natureza. Portanto, tais aspectos devem ser o ponto de partida para se pensar e entender a territorialidade Krahô.

Mulher, música e educação indígenas: aspectos da prática e transmissão musical feminina Tupinambá no Brasil colonial

É na perspectiva de valorizar os saberes femininos, que se propõe o estudo de aspectos de práticas e transmissão musical das mulheres Tupinambá no Brasil colonial. Estudo documental e bibliográfico, a metodologia constou de análises dos relatos históricos da sociedade em questão, interpretados com o auxílio de pressupostos da Etnomusicologia, Educação e Educação Musical. Como resultados, evidencia-se que os saberes musicais femininos eram transmitidos nas diversas situações cotidianas e cerimoniais pelas mais velhas às mulheres mais novas.

ESTRATÉGIAS DE APROPRIAÇÃO TERRITORIAL NA CULTURA TRADICIONAL DOS INDÍGENAS SURUÍ EM RONDÔNIA-BRASIL EM

2021

: As invasões em terras indígenas continuam mesmo durante a pandemia de Covid-19. O objetivo é compreender as estratégias de apropriação territorial em terras de culturas tradicionais, como a dos indígenas Suruí, em Rondônia, Brasil. A metodologia da pesquisa utilizou o método de estudo de caso com abordagem qualitativa, valendo-se de um protocolo de pesquisa com três variáveis. Os resultados apontaram para um conjunto de diferentes tipos de invasores de terras indígenas, que não mais se resumem apenas aos latifundiários, podendo a pandemia do coronavírus ter contribuído para o aumento das invasões. A conclusão reitera que as estratégias de apropriação territorial em terras indígenas foram ampliadas, dando indícios da existência de um processo de apagamento da identidade territorial dos indígenas na América Latina.