Quando Sísifo alcança o topo da montanha: escolarização de longo curso, vida socioprofissional e disposições culturais de sujeitos de origem popular (original) (raw)

Formação, aprendizagens e empowerment: estratégias para derrocar o mito de sísifo

2012

2 Psicóloga, Mestre em Administração e Doutora em Psicologia. Professora da Universidade de Caxias do Sul – UCS. Rua Professor Francisco Getulio Vargas, 1130 – Bairro Petrópolis. Caxias do Sul, RS. Cep 95070-560. Endereço Eletrônico: sramarco@ucs.br. Fone (54) 9974.75.96. Este ensaio, baseado em revisão da literatura e sustentado por produções de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, discute os processos de formação do trabalhador, aprendizagens e empowerment. Estes conceitos são perpassados pela perspectiva de mobilização do trabalhador para assumir a direção do processo de enfrentamento de situações que podem prejudicar o seu bem-estar, conseqüências do constante apelo derivado do instantâneo, imediato, breve e urgente, que tem caracterizado as ações organizacionais na atualidade. Reflete-se a respeito das mudanças no contexto do trabalho que requerem rearranjos pessoais, vez que podem mobilizar a capacidade do indivíduo de auto-organizar-se e de se apresentar como um novo tra...

Sísifo: uma experiência formativa Sisyphus: a formative expeirience

Anais do SEFIM v. 3 n.5, 2017

Resumo: O presente texto estabelece uma reflexão acerca dos possíveis sentidos da experiência a partir da montagem da obra Sísifo, de Guilherme Mansur, feita por alunos do curso de música da Universidade Federal de Ouro Preto. Para isso, recuperei depoimento do autor e fiz um pequeno questionário aos alu-nos participantes daquela montagem. Procurei também ampliar o entendimento desse processo através da ideia de experiência segundo Jorge Larrosa, articuladamente com o conceito de formatividade, de Luigi Pareyson. Palavras-chave: Sísifo. Experiência. Formatividade. Formação de professores. Abstract: The present text establishes a reflection about the possible senses of the experience from the assembly of the work Sisyphus, by Guilherme Mansur, made by students of the music course of the Universidade Federal de Ouro Preto. For this, I retrieved the author's testimony and did a small questionnaire to the students participating in that assembly. I also sought to broaden the understanding of this process through the idea of experience according to Jorge Larrosa, in articulation with the concept of formativity, by Luigi Pareyson.

A luta de Sísifo para a manutenção da filosofia no Ensino Médio

Revista do NESEF

Dentre os problemas referentes à luta pela manutenção da filosofia como disciplina obrigatória no currículo do ensino médio está o de se compreender a complexidade das propostas em curso. É preciso desnudar algumas dessas propostas e reapresentá-las como falaciosas. Nesse sentido importa assumir um ponto de vista histórico e determinado: o ponto de vista dos que estão sendo prejudicados, dos estudantes secundaristas e dos licenciados em filosofia que tiveram seus interesses e seus sonhos arrancados ainda verdes do pé. Sonhos que serão lançados nas ―águas geladas do cálculo egoísta‖ e da racionalidade puramente técnica.

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA MESTRADO UMA TORRENTE D'AIS OU A ALMA NACIONAL? O FADO EM PERSPECTIVA IDENTITÁRIA NA DISCUSSÃO ACERCA DA NAÇÃO PORTUGUESA (1878-1904

O fado, gênero musical considerado canção nacional em Portugal, surge na periferia da cidade de Lisboa na década de 1840. A partir dos anos 1860, já é possível observá-lo circulando entre as diversas camadas da sociedade portuguesa. Este trabalho investiga duas “imagens” do fado compostas entre a segunda metade do século XIX e os primeiros anos do século XX, a fim de desemaranhar a tessitura que tramou tais retratos através do tempo. Busca-se, assim, demonstrar a historicidade na construção dos símbolos nacionais, bem como o caráter mutável do conceito de nação, através da apreensão dessas “imagens” do fado construídas em dois momentos da história de Portugal: ora como elemento incapaz de figurar como símbolo da nação portuguesa, ora como objeto cultural genuinamente português. Constituídas no contexto em que se percebe a alteração da perspectiva temporal de análise da história de Portugal, quando a intelectualidade portuguesa rompe com uma tradição passadista na concepção da nação e descortina a possibilidade de repensá-la segundo pressupostos com condições de consolidação no futuro, as “imagens” do fado em questão, defende-se, estiveram ligadas às “estéticas de recomposição identitária” desenvolvidas pela cultura portuguesa. Através da articulação das temporalidades expressas pelas categorias de “espaço de experiência” e “horizonte de expetativa”, aponta-se, assim, a elaboração das referidas “estéticas” por duas lógicas de pensamento vinculadas às ideias em torno de dois agrupamentos de intelectuais. A primeira, demarcada pela chamada Geração de 1870, de cunho cientificista ligado à corrente literária realista e a um modelo racional de nação de inspiração classicista-humanista, encontra síntese nas obras de Eça de Queirós, O Primo Basílio (1878) e A Ilustre Casa de Ramires (1900), nas quais o fado é desconsiderado como símbolo nacional. A segunda lógica de pensamento, atribuída à dita Geração de 1890, cujas ideias caracterizam-se por um viés nacionalista relacionado ao contexto pós-Ultimatum de 1890, ligada à corrente literária simbolista e a um modelo etnocultural de nação de inspiração romântica, estão presentes nas obras dos olisipógrafos Pinto de Carvalho, História do Fado (1903), e Alberto Pimentel, A Triste Canção do Sul (1904), nas quais o fado figura como expressão da “alma nacional”.

Sísifo: Uma Experiência Formativa - Sisyphus: A Formative Experience

2016

O texto relata a experiencia de montagem do poema-escultura intitulado Sisifo, do poeta Guilherme Mansur por alunos do curso de licenciatura em musica da Universidade ***. Refletimos sobre o sentido desta atividade no contexto de um curso de formacao de professores de musica tomando com referenciais teoricos a ideia de experiencia segundo Jorge Larrosa, articuladamente com o conceito de formatividade , de Luigi Pareyson.

A educação de Sísifo: sobre ressentimento, vingança e amok entre professores e alunos

Educação & Sociedade, 2008

O objetivo deste artigo é argumentar que os alunos humilhados pelos professores são obrigados a reprimir a angústia e o medo que sentem, fato este que produz frustração e ressentimento. Na sociedade onde tudo se transforma cada vez mais em espetáculo, esse ressentimento alimenta o ódio em relação ao professor até a ponto de ser exposto pelos estudantes através de ações violentamente espetaculares, tais como o Amok, uma síndrome psicopatológica na qual um indivíduo mata todos aqueles que cruzam seu caminho.

A educação e os mitos no século XXI: Narciso, Eco e Sísifo estão na escola

Cadernos do Aplicação

RESUMO: O presente artigo relata alguns momentos de estudos realizados durante a capacitação para professores promovida pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó, em parceria com a 4ª gerência de estudos do Estado de Santa Catarina nos anos de 2007 e 2008. Em algumas dessas capacitações, os professores da rede pública de educação, além de envolverem-se com teorias educacionais e participarem de oficinas, usaram o momento para fazer desabafos. A partir desses sintomas e sinais, organizou-se uma oficina sobre a educação e os mitos. Tendo como referência os mitos de Eco, Narciso e Sísifo, os professores apresentaram a uma leitura crítica de suas experiências educacionais. O objetivo desse trabalho, portanto, é fazer um registro dessas reflexões.Palavras-chave: Educação; Formação de Professores; Mitos.

O Mito de Sísifo

A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo Sobre nós: O Le Livros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site: LeLivros.link ou em qualquer um dos sites parceiros apresentados neste link. "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível." também o desprezo pela guerra e seus ingredientes: "A grandeza mudou de campo. Ela está no protesto e no sacrifício sem futuro". Mais especificamente, Le mythe de Sisyphe (1942)-que, não vamos esquecer, o autor publicou aos vinte e nove anos-é a primeira formulação teórica da noção de absurdidade, isto é, da tomada de consciência, pelo ser humano, da falta de sentido (ou, portanto, do sentido absurdo) da sua condição. Situando a questão nos planos da sensibilidade e da inteligência, Camus trabalha com designações que muitas vezes se confundem, na base de estímulo e resposta assumidos com o mesmo nome. Assim, o "homem absurdo" é o que enfrenta lucidamente a condição-e a humanidade-absurda. Antecedido intuitiva e literariamente (como reconhece e aplaude no último ensaio do livro) pelo gênio de Franz Kafka, Camus é o primeiro a descrever objetivamente as situações e consequências da absurdidade, compreendendo a sua lógica e propondo a sua moral. De lá para cá, ao mesmo tempo em que o "homem absurdo" se exprimiu em toda a sua verdade na literatura, no teatro e em outros campos ou vertentes da arte e do pensamento (de Jorge Luis Borges à dramaturgia de autores como Beckett, Ionesco, Genet, Pinter, Albee, Arrabal-e tantos escritores contemporâneos) a absurdidade do humano se estendeu, fez metástases por toda parte, prosperou. Como, nos seus rumos políticos, o autoritarismo já não anda de braçadeiras ou suásticas às claras, a humanidade absurda também adotou disfarces e novos colarinhos para as respectivas coleiras. Os esquemas burocráticos de falso paternalismo e servidão são estéreis, mas afanosa vaidade de hierarquias inteiras que superpõem andróides às voltas com obrigações e incumbências inúteis nos mostram hoje como viu longe a atividade crítica e criativa de homens em corpo inteiro como Franz Kafka (muitas vezes chamado "profeta do absurdo") e Albert Camus-inclusive em suas obras posteriores, principalmente La peste (1947) e L'homme revolté (1951). Por todos esses motivos, a atualidade e oportunidade de O mito de Sísifo são absolutamente exemplares. Estão aqui os antídotos certos, a palavra certa para uma rara humanidade que ainda merece continuar a se distinguir dos insetos e dos ratos. Como se depreende do ensaio-título deste livro, pode até rolar a pedra até o alto da montanha, de onde ela desce de novo: desde que, nos intervalos, se mantenha e se renove a consciência do processo. A grande maioria, no entanto, já prefere naqueles momentos tão-somente rolar também de volta, ladeira abaixo. E já consegue chegar um pouco antes da pedra.